A traição conjugal traz uma serie de desconfortos e sofrimentos de diversas ordens: constrangimento social e familiar, frustração, rejeição, mágoa, contrariedade, ira, arrependimento, ânsia de vingança ou revanche. A sensação de choque pode demorar a passar e a pessoa traída pode apresentar ainda sintomas como: desânimo, perda de prazer com as coisas, tristeza, irritabilidade, alteração do sono, do apetite e até do peso.

Os sentimentos não são bem definidos, alternando-se de um para outro, da mágoa para a raiva, do arrependimento para a vingança, da sensação de impotência para o desespero da reconquista. “Fiquei sem chão...”, “... meu mundo acabou” são expressões muito comuns de se ouvir em situações como esta.

E o que fazer após esta situação? O que será da minha vida?  Continuo com a pessoa ou não?

Os medos e receios com o futuro tomam conta da pessoa traída. Perdoar é uma alternativa possível, mas o importante é que caso decida faze-lo é necessário que você tente melhorar seu relacionamento para não ocorrer a traição novamente. Boas conversas sobre o que aconteceu, sobre o que está problemático no relacionamento, e, principalmente dar uma outra chance ao parceiro para fazer você voltar a confiar nele(a) novamente. E esta confiança só pode vir com o tempo e atitudes acertadas. Nestes casos a psicoterapia de casal funciona bem e é uma ajuda bem vinda neste momento tão confuso e sofrido.

Seguem algumas dicas de como agir após uma infidelidade:

- Espere a “poeira baixar”: não aja impulsivamente, você pode se prejudicar e se arrepender depois

- Se for perdoar, que seja de verdade, sincero, se não, siga em frente

- Avalie os motivos que resultaram nesta situação e procure ajuda

E lembre-se: você não deve se conformar com as crises de mau humor, com as irritações, grosserias, descasos, negligências. Caso você se conforme e desanime poderá estar colaborando para o preparo do fértil terreno da infidelidade.

Por Giselle Dechen – Psicóloga On Line e Psicóloga Florianópolis – www.giselledechen.com.br