Há centenas de anos atrás o homem utilizava as paredes das cavernas para fazer registros. Com o passar dos tempos os homens começaram a utilizar papiros e pergaminhos. De acordo com Santos e Blásquez (2005), baseando se na história, os chineses foram os inventores do papel, sendo os primeiros a fabricarem o livro. Conforme os autores “a invenção da imprensa impulsionou processos de mudanças culturais, alterando o relacionamento entre os sentidos humanos, modificando o modo de pensar, de agir e de perceber o mundo, dando asas à comunicação escrita.” (SANTOS e BLÁSQUEZ, 2005, p. 24 – 25). Desse modo, a criação e popularização do jornal impresso se tornaram viáveis, assim como as revistas. Mas, a invenção do papel não beneficiou o ser humano apenas por informações impressas. Todavia, com a invenção do papel e imprensa escrita foi possível fabricar livros e materiais que beneficiariam a educação; assim como a educação à distância, que nos primórdios era realizada através de correspondências. Através da leitura, análise, comparação e interpretação das informações é possível que o ser humano forme uma opinião a respeito do que está lendo, assim sendo, por muito tempo o ser humano podia pesquisar e formar um conceito através da leitura de informações impressas. Porém, esse recurso só podia ser utilizado por pessoas que tinham conhecimento de leitura e escrita. Outras invenções que podem ser utilizadas positivamente na educação, são as referentes a imagens, isto é fotografia e vídeo. A técnica utilizada para captar imagens foi descoberta pelos franceses. Segundo Santos e Blásquez (2005) foi a “fotografia que tornou pela primeira vez evidente, colocando na face dos olhos, a irremediável separação entre signo e objeto. Fez ruir a ilusão da representação, dissolvendo a miragem de uma relação idílica entre o signo que representa e o objeto representado.” (SANTOS E BLÁSQUEZ, 2005, p. 26) Após o surgimento da fotografia, foi possível que essas imagens ganhassem movimento, surgindo dessa maneira o cinema, criado pelos irmãos Lumière . A fotografia e o cinema são invenções humanas que podem ser utilizadas nas instituições escolares permitindo a interpretação da realidade focalizada, a temática abordada, assim como uma teia de interligações que se fazem possíveis via análise, debate e interação mediatizada. (SANTOS E BLÁSQUEZ, 2005, p. 26) No ano de 1840, o mundo é surpreendido pela invenção de um italiano chamado Guglielmo Marconi, trata-se da invenção do rádio. Nesta época o rádio conseguiu imensa popularidade devido ao seu poder de penetração, pois os seus ouvintes não necessitavam ser letrados para compreenderem o que era veiculado, ao contrário do que ocorria com a mídia impressa, que restringia o acesso a um grupo alfabetizado. (SANTOS e BLÁSQUEZ, 2005) Esse recurso tecnológico foi pouco aproveitado no sentido de produzir programas educativos de rádio, e de caráter crítico e inovador dentro e fora das instituições de ensino, podendo ser um canal de mobilização social em prol de valores e idéias, rediscutindo as informações veiculadas pelos meios de comunicação de massa e dando a estas uma roupagem questionadora, crítica, ativa, interativa, sem manipulação de conteúdos, respeitando e dando espaço as diferenças e aos diferentes recursos de manifestação cultural. (SANTOS e BLÁSQUEZ, 2005, p. 27 – 28) Outro modo de utilização do rádio na educação foi através de cursos à distância. No começo do século XX, surgiu um recurso capaz de transmitir imagens e sons: a TV. Com o passar dos anos este recurso ganhou cores, pois os primeiros aparelhos de televisão transmitiam as imagens em preto e branco, e popularidade. Além do mais, com a criação da televisão, os tele cursos se popularizaram, pois o estudante podia ver e ouvir o que estava sendo veiculado, diferente dos cursos por correspondência, em que o indivíduo tinha que ler a informação, e a mídia auditiva aonde somente era possível ouvir a informação. Além do mais, com a transmissão de imagens e sons, ao mesmo tempo, é possível ver experimentos, (por exemplo, em uma aula de ciência a simulação de uma erupção vulcânica). Porém como a TV é um equipamento unilateral, isto é as informações sempre partem de um único lado, muitos classificaram essa característica como objeto de massificação, ou seja, quem ouve as informações sempre fica a mercê do interlocutor, tendo atitudes passivas ao que ouvem. Porém, cabe aos professores e alunos interpretarem e debaterem sobre os assuntos assistidos e até mesmo os que articulam através da TV, rompendo a passividade e, passando a ser construir como indivíduos críticos, pensantes interativos e dinâmicos. (SANTOS e BLÁSQUEZ, 2005) Como complemento, foi criado o vídeo-cassete que por muito tempo foi usado, tanto como modo de entretenimento, como também escolas passaram a adotá-lo como ferramenta auxiliar ao ensino. As sugestões educativas apresentadas em uso desta ferramenta podem ser as mais variadas, tais como avaliação (os vídeos podem ser utilizados para observação e avaliação do desempenho em relação a determinados assuntos), produção dos próprios alunos, através de experiências com um telejornal (podendo conter informações críticas), ou mesmo para ver os eventos escolares. (SANTOS e BLÁSQUEZ, 2005) Além do mais, segundo Santos e Blásquez (2005), as fitas de vídeo podem ser selecionadas de acordo com sua categoria pedagógica e a veracidade de informações contidas nas mesmas, assim é possível promover interação entre o que é assistido e o conteúdo estudado; contudo, é de fundamental importância que o professor estabeleça o papel de mediador, chamando atenção dos alunos para os pontos mais importantes do estudo, estimulando-os a refletir sobre o conteúdo que está sendo apresentado. Sem dúvida alguma, o vídeo trouxe benefícios ao ser criado, porém o seu uso foi substituído pelo aparelho de DVD (Digital Video Disc), que tem as mesmas funções. Outra invenção que revolucionou o mundo e mudou o ritmo de trabalho, comunicações e entretenimento do ser humano, surgiu na época da 2ª Guerra Mundial, e foi o antecessor dos computadores modernos. Pesquisadores americanos desenvolveram uma máquina capaz de efetuar cálculos exatos para construção da bomba atômica, essa máquina ficou mundialmente conhecida como ENIAC (Electrical Numerical Calculator and Integrator), porém essa máquina era muito grande e a sua operação era feita através de ligação de cabos, o que dificultava muito esse processo. Mas com o passar dos anos, outras máquinas surgiram, e de tempos em tempos a sua operação se tornava mais fácil, assim como diminuíam o tamanho, e também o seu preço.