EDILSON LEAL DA CUNHA

EVOLUÇÃO E O GRADIENTE LATITUDINAL DE DIVERSIDADE: ESPECIAÇÃO, EXTINÇÃO E BIOGEOGRAFIA.

RESUMO

O gradiente latitudinal de biodiversidade (G.D.L.) existe desde o tempo dos dinossauros. Neste artigo são revistas as hipóteses que tentam explicar a origem do G.D.L. O clima tropical permite maiores oportunidades de diferenciação. Nas regiões tropicais ocorrem maiores índices de especiação devido ao aumento de oportunidades de evolução, isolamento reprodutivo, rápida evolução molecular, incremento da importância das interações bióticas e baixo índice de extinção. Estudos de variação latitudinal sugerem rápida especiação nos trópicos. O desafio para novas pesquisas é tentar explicar a especiação e a extinção na origem do G.L.D.

INTRODUÇÃO

O gradiente latitudinal de biodiversidade é o mais notável padrão na naturea, a riqueza de muitas espécies aumenta em direção ao equador  e é mais percebida em escala regional do que em escala local, não existe diferença entre os dois hemisférios nos trópicos, o padrão é percebido tanto nos organismos aquáticos como nos terrestres.

PROPOSTAS PARA EXPLICAR O GRADIENTE

—  Hipótese ecológica: Focalizada no mecanismo de coexistência de espécies e manutenção da diversidade de espécies.

—  Hipótese evolucionária: Focaliza o nível de diversificação (?)

—  Hipótese histórica: Duração e extensão do meio ambiente ao longo da história da terra.

            Diversos autores inclusive Darwin concordam que as adaptações nas zonas temperadas são dependentes do clima, e que nos trópicos ocorrem em consequência das interações bióticas.

            Outros levam em consideração o meio ambiente e o tempo de formação do mesmo.

HIPÓTESE DO TEMPO E ÁREA

—  Os trópicos acumulam espécies por maior período do que as regiões temperadas.

—  O clima é o fator fundamental da diminuição da riqueza das espécies com o aumento da latitude.

—  Evidências adicionais sustentam que a hipótese do tempo é fundamentada nas relações filogenéticas dos taxons das zonas temperadas e tropicais.

MECANISMOS DE VARIAÇÃO LATITUDINAL EM NÍVEIS DE DIVERSIFICAÇÃO

a) Deriva genética:

b) Troca do clima

c) Mecanismos de especiação

d) Área geográfica

e) Tolerância fisiológica e limitação da dispersão.

f) Rápida evolução: efeito da temperatura e processos biológicos.

g) Interações bióticas.

Estudos indicam que o índice de diversificação alto nos trópicos, e menor fora deles, e o baixo índice de especiação e extinção contribuem para a manutenção do padrão latitudinal de variação.

ESTUDOS

a)      Estudos paleontológicos

b)      Estudos filogenéticos

c)      Evolução do isolamento reprodutivo

d)      Especiação insipiente

CONCLUSÃO

—  Melhores estudos precisam ser desenvolvidos para explicar o padrão de comportamento da biodiversidade com relação à latitude.

—  Alguns pontos já podem ser definidos:

a)      Influência do clima.

b)      Influência da temperatura.

c)      Influência do tamanho da área.

d)      Influência da disponibilidade de recursos.