FACULDADE NOSSA CIDADE

 

 

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

 

 

PROFESSOR ORIENTADOR: Lawton Benatti

 

 

NEY JOSÉ SAMENSATTO RAMOS

 

 

 

A AVOLUÇÃO DOS APARELHOS DE VIDEOGAMES

Neste artigo demonstraremos de forma resumida, a evolução dos videogames ao longo das décadas.

Contudo, antes de falarmos especificamente sobre a evolução desse equipamento, vamos primeiramente efetuar um breve relato sobre a sua história.

Ao que tudo indica, o criador do primeiro videogame foi o físico William Higinbotham, que também fazia parte do grupo responsável pela produção da primeira bomba atômica.

A criação do videogame teria ocorrido em 1958. Ocorre que, o físico não tinha a ideia da importância de sua criação. Com isso, não se preocupou em patentear a invenção e desta forma, não foi considerado oficialmente o inventor do equipamento.

Durante a Guerra Fria, ele elaborou um equipamento para atrair o número de visitantes do Brookhaven National Laboratories (laboratório militar localizado na cidade de Nova Yorque).

O governo desejava atrair visitantes, pois queria demonstrar ao povo americano exibir seu potencial nuclear. Assim, ele produziu um jogo de tênis, com apenas dois traços primitivos e uma bola, o qual foi batizado de “Tennis Programming ou Tennis for Two” e foi projetado para ser processado em um computador analógico.

Desde então, o videogame evolui para simulação de jogos convencionais, tais como, dama, xadrez.

Em 1966, o engenheiro eletrônico Ralph Baer criou durante a segunda guerra mundial um equipamento que era capaz de processar um jogo por meio de veiculação da televisão. O primeiro jogo foi o “‘chasing game”, um jogo de ping pong onde duas figuras no formato quadrado podiam ser manuseadas pelo competidor, e assim deslocadas ao longo da tela.

Ralph patenteou o jogo e o equipamento, por isso, ele é oficialmente considerado o inventor do videogame.

A partir daí, com o surgimento de novas tecnologias, o videogame foi se evoluindo, até chegar às máquinas que conhecemos nos dias de hoje.

O primeiro console de videogame da história, foi o Odissey, projetado pela empresa Magnavox, no ano de 1972 nos Estados Unidos.

No Brasil, esse aparelho foi fabricado pelas empresas Philco e Ford sendo adotado o nome de “Telejogo”, que basicamente se consistia em traços rebatiam um quadrado.

A partir daí, a evolução do videogame deu um salto, com a criação do fenômeno “ATARI 2600”.

Segundo Myerse Marquis (1969 apud TROTT, 2012, p. 3), a inovação é a união da concepção de uma nova ideia, a invenção de um novo dispositivo e o desenvolvimento de um novo mercado, de forma integrada.

O Atari 2600 durante muito tempo e por mais de uma década se tornou a marca registrada da cultura dos jogos. .
Posteriormente, com o enfraquecimento nas vendas do Atari e a falta de títulos de jogos que impressionassem, à partir de 1982 entra em decadência a era Atari e se encerra a primeira era de ouro dos jogos.

Em resumo, os jogadores estavam cansados da simplicidade dos jogos e queriam algo mais interativo e que oferecesse mais diversão. O fim da era Atari age como marco de certa forma, com o fim da primeira parte da cultura dos jogos, onde tínhamos poucos apreciadores.

Com a popularização passa-se a abranger mais pessoas de diferentes faixas etárias.

Para Turkle "Os jovens estão a edificar a cultura da sua geração agora os vídeo games, os computadores encontram-se entre os materiais de que se servem. Crescer com tecnologia é um tipo de experiência muito especial (1987 p.80 apud Lynn 2004 p.45)”.

Paralelamente ao fim da era ATARI, surge uma nova potência: A NINTENDO. Seu primeiro sucesso de vendas foi o console “FAMICON”, com 8 bits e que adotou o nome de NES (Nintendo Entertainment System). Para estes consoles, surgiram os fenômenos Mario e Donkey Kong.

Enquanto a NINTENDO crescia e se consolidava, outra empresa japonesa também se desenvolvia. A SEGA criou o console “Master System”, também com 8 bits. Ocorre que a empresa encontraria dificuldades de ultrapassar a Nintendo. Com isso, inovou e criou o primeiro videogame de 16 bits: O Megadrive.

A NINTENDO, por sua vez, também entrou na disputa dos videogames de 16  bits e lançou um dos maiores sucessos da  história do videogame: “SUPERNINTENDO”.

A inovação dos videogames se estabilizava entre essas duas empresas.

Ocorre que uma forte concorrente entrou no mercado, com todo o aparato tecnológico disponível, além de infinidade de recursos, iniciando mais uma nova era dos videogames. A SONY, com seu console de 32 bits.

Nesta mesma ocasião, a SEGA lançou, sem muito sucesso o SATURN. Enquanto isso, a NINTENDO surpreendia a todos com o lançamento do N64, com gráficos de 64 bits.

A SONY então lançou no mercado o Playstation, que, por possuir grande número de jogos, se tornou a líder do mercado, com vendas superiores a 100 milhões de exemplares.

A mais recente geração de consoles se resume a três lançamentos das mesmas fabricantes da geração passada: Playstation 3, da Sony, Wii, da Nintendo, e Xbox 360, da Microsoft. De fato, o mercado dos games só cresce a cada dia. Uma prova disto é fato de que, de 1999 a 2004, o mesmo faturou 21 bilhões de dólares, mais que duas vezes o faturamento de todos os filmes de Hollywood no mesmo período.

Os videogames estão em constante inovação e de forma acelerada.

Mais uma vez, a concorrência entre as empresas fez com que surgissem novas tecnologias, novos aparelhos.

Os consumidores estão cada vez mais exigentes, sobretudo, no que diz respeito a realidade dos jogos. Quanto mais real ele for, melhor ele é.

Hoje em dia temos a possibilidade de ver personagens de jogos, incrivelmente parecidos com os da vida real.

A inovação dos jogos de videogames passa por todos os níveis da inovação:

  • Incremental, porque adicionou itens, detalhes de gráficos nos jogos;
  • Radical, à partir do surgimento dos videogames de 8 bits e
  • Fundamental, pois a guerra entre as empresas e a exigência do mercado consumidor fizeram com que surgissem consoles mais avançados para atender esta demanda.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

AÇÃO GAMES, edição nº129. São Paulo: Abril Jovem Editora, 2013.

TROTT, Paul, Gestão da Inovação e Desenvolvimento de Novos Produtos. – 4. Ed.- São Paulo: Bookman, 2012.·.