1. A PROBLEMÁTICA DA EUTANÁSIA

A eutanásia nada mais é do que um modo de se abreviar a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida por um especialista competente, e é um tema polemico nos dias atuais por envolver questões de direito e questões afetivas, pois um dos papéis fundamentais do Estado é a proteção da vida dos cidadãos.

Existem aqueles que, devido ao seu estado precário de saúde desejam dar um fim ao seu sofrimento antecipando a morte. Seja qual for a prática da eutanasia o Brasil é ilegal. Sempre ocorre controversias sobre o assunto, para quem é a favor da eutanásia, acredita-se ser um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida. Para os que se colocam contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos e sociais, é entendida como uma vilolação do direito a vida.

1.1 O doente

As pessoas com doença crônica e, portanto, incurável, ou em estado terminal, têm naturalmente momentos de desespero, momentos de um sofrimento físico e psíquico muito intenso, mas também há momentos em que vivem a alegria e a felicidade. Estas pessoas lutam dia após dia para viverem um só segundo a mais. Nem sempre um ser humano com uma determinada patologia quer morrer porque não tem cura.

1.2 A sociedade e familia

Perante o tabu da morte e a família como um elemento indispensável, existem inúmeros contextos e particularidades onde é necessário definir o comum. A eutanásia continuará a suscitar grande polêmica na sociedade, de argumentos supostamente válidos entre os que defendem a legalização e os que a condenam, havendo assim, necessidade de compreender na moral, a prática concreta dos homens enquanto membros de uma dada sociedade, com condicionalismos diversos e específicos, e refletir sobre essas cundutas, afinal, a vida humana é um direito em qualquer sociedade.
As necessidades de um doente em estado terminal, muitas vezes isolado pela sociedade, aumentam as exigências no que diz respeito a cuidados de conforto que promovam a qualidade de vida física, intelectual e emocional sem descuidar da vertente familiar e social.

2. A eutanásia no Brasil

No Brasil a eutanásia é considerada homicídio, ao contrário da Holanda onde é permitida por lei.

Um dos casos mais recentes de eutanásia é o da americana Terri Schiavo, seu marido entrou com um pedido na justiça para que os aparelhos que mantinham Terri viva fossem desligados.

Este caso chamou a atenção do mundo todo, muitas pessoas se manifestaram contra, as igrejas se revoltaram com tal situação, a família da paciente era contra, os pais dela entraram na justiça tentando impedir tal ação. No fim a justiça e o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, decidiram pelo desligamento dos aparelhos que a mantinha viva.

3. Eutanásia e a igreja católica

A Igreja, como todos sabem, é contra a eutanásia. A campanha da fraternidade lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2008, "Escolhe, pois a vida", se dirigia contra a eutanásia, bem como contra o aborto e a pesquisa científica com embriões humanos. Ao tomar parte do debate levantado pelo caso Eluana Englaro, o papa Bento XVI afirmou que a eutanásia seria uma "solução falsa para o sofrimento".
4. Os argumento políticos
O Brasil chegou a ter uma iniciativa parlamentar a favor da eutanásia. Foi o projeto de lei 125/96, de autoria do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que pretendia liberar a prática em algumas situações. Submetida à avaliação das comissões parlamentares em 1996, a proposta não prosperou e acabou sendo arquivada três anos depois. Já o deputado Osmâmio Pereira (PTB-MG) propôs em 2005 uma lei que proibisse claramente e prática no país, definindo-a, assim como ao aborto, como crime hediondo. O seu projeto de lei, de número 5058, também se encontra arquivado.