Eu sempre fui um grande pescador
Publicado em 26 de dezembro de 2011 por creumir guerra
Um dia eu estava pescando em Juacuba, em Ecoporanga, no lugar chamado de tres tombos. Estava la o meu falecido avo Miguel Briti, Miguelim do Zaias, o Izaias, o Josias da farmacia e outros parentes. O meu negocio nao era pescar. Gostava mesmo era de comer a matutagem e beber cafe feito na minha meia. Os outros, assim que chegavam, montavam as barracas e partiam no capinado. Cada um queria pescar mais que o outro. De vez em quando eu passava a mao na minha vara e ia rodear o rio. Estou eu la pescando num remanso, onde tinha um gramado, por que nao gostava de entrar no mato por medo de cobra, quando chega com olho grande no meu remanso o Josias da farmacia. Ele joga a isca e fica ali esperando a fisgada do pial. Enquanto isso eu dei uma olhada para a sacola de peixe dele, um saco vermelho daqueles quem vem cheio de batatinhas. O saco tinha um descusturado e os peixe dele tava saindo por aquele buraco. O Josias nao sentiu nem uma fisgada de pial e deu um jeito de rachar fora dali. Quando ele saiu eu fui direto na grama onde os peixes tinham caido e recolhi seis baita de pial. Peguei e joguei dentro do embornal. Fui chegando nas barracas e o tio Izaias ja foi logo cheretando. Falou ele: Nossa que pescada boa voce fez! Voce quase nao pega nada! Eu gavei que era fera no manejo da minha vara. Nao demorou nada e chegou o Josias da farmacia cramando que uma possivel cobra tinha roubado os peixes dele. Fiquei calado ate hoje e ganhei fama de bom pescador.