A Educação Física ao longo da história vem passando por profundas mudanças em seus aspectos metodológicos em função de estudiosos quebrarem paradigmas mostrando que a Educação Física não pode dar ênfase nos padrões físicos e mecânicos e, sim, desenvolver o homem de forma integral (corpo e mente). A Educação Física passou a ser entendida como uma forte aliada no processo de desenvolvimento do ser humano e de grande importância no processo de aprendizagem integrada em diferentes aspectos como: cognitivo, emocional, físico e social, através do movimento e ou da prática de atividades físicas (LIMA & CARVALHO, 1999). Vale ressaltar que as políticas públicas praticadas nas escolas são de interesse das classes dominantes, uma vez que não se prioriza o acesso ao conhecimento e à apropriação dos instrumentos necessários para um desenvolvimento intelectual das crianças e dos jovens.
Sobre este aspecto, Pimenta (2006) ressalta que o sistema prioriza a quantidade de alunos matriculados e aprovados, mesmo que seus resultados sejam de uma qualidade empobrecida e, ao serem questionados sobre a qualidade do ensino, responsabilizam os professores.
Neste contexto, observa-se que apesar dos avanços no processo de ensino-aprendizagem da Educação Física, percebe-se que muitos profissionais que atuam em escolas públicas do Estado do Pará continuam reproduzindo em suas práticas pedagógicas ideologias dominantes que não contribuem com a formação integral do aluno. Esta prática é percebida em suas aulas que priorizam o jogo de futebol e a queimada, que na maioria das vezes são impostos pelos alunos.
Nessa perspectiva, este estudo teve como objetivo analisar o perfil dos professores de Educação Física quanto à compreensão da ética, ideologia e poder na Educação Física, bem como sua relação com a prática pedagógica.