ESTUDO SOBRE A EXPECTATIVA DO DEPENDENTE QUÍMICO EM REABILITAÇÃO À SUA RESSOCIALIZAÇÃO.

 

STUDY ON THE EXPECTATION OF DEPENDENT CHEMICAL IN REHABILITATION TO RESOCIALIZATION.

 

 

Ana Carolina Paes Campos ¹

 Anderson Clayton Pereira¹

Diego Ribeiro Miguel¹

Douglas Vinicius de Morais Oliveira¹

Ivan Guilherme de Oliveira Machado¹

Sergio Farjala Barbosa¹

Ana Paula Barbosa² 

 

¹  Discentes do quarto semestre do curso de Psicologia da Universidade de Franca – UNIFRAN, cursando a disciplina Laboratório de Pesquisa II.

² Professora Orientadora do Projeto, Docente do curso de Psicologia da Universidade de Franca – UNIFRAN, Especialista em Didática, Mestre em Educação pela Universidade de São Carlos – UFSCAR e Doutora em Serviço Social pela UNESP de Franca. 

 

 

 

RESUMO

 O presente artigo tem como objetivo conhecer os resultados do estudo realizado na cínica AMAMASC – Associação Mão Amiga de Amparo Masculino de Franca sobre a expectativa do dependente químico em recuperação à sua ressocialização, e através da observação de métodos de tratamento, poder entender a sistemática da dependência. O estudo, de cunho quantitativo, teve como base o método dedutivo, a observação e a aplicação de questionário, aos profissionais que integram o quadro de funcionários da instituição e os internos da AMAMASC. O estudo aponta que a adaptação a recuperação está sujeita a resistência, e a reincidência tem índices elevados. Tem grande valor na recuperação, a formação da autoconfiança e a reinserção ao mercado de trabalho, sofrendo influência significativa à relação familiar, desenvolvida antes e durante o tratamento.

Palavras-chaves: Dependência; Ressocialização; Recuperação; Família; Trabalho; Fé.

ABSTRACT

This article aims to evaluate the results of the study in AMAMASC - Friend Hand Association for the Support Male from Franca on the expectation of addicts in recovery to their rehabilitation, and through observation of treatment methods, to be able to understand the systematic of dependence. The study, quantitative, was based on the deductive method, observation and questionnaires, to the professionals who comprise the staff of the institution and the internal AMAMASC. The study shows adaptation to recovery is subject to resistance, and the recurrence have elevated rates. The formation of self-sufficiency and reintegration into the labor market has a great value in the recovery, and suffers significant influence of family relationships, developed before and during treatment.

Keywords: Dependence; Resocialization; Recovery; Family; Job; Faith

 

INTRODUÇÃO

O consumo de substâncias químicas, segundo o Centro Nacional de Epidemiologia (1996), ocorre universalmente, sendo considerado de difícil abordagem e tratamento. Trata-se de um fenômeno bastante complexo, cujas raízes estão relacionadas nos aspectos sociais, culturais e filosóficos que apresentam a essência da existência humana.

A presente pesquisa teve como objeto/problema “a expectativa do dependente químico em reabilitação sobre a sua ressocialização”. Nas ultimas décadas, a prevenção e o tratamento da dependência de substâncias químicas têm sido tema de debate constante no meio científico e na comunidade em geral (ALBUQUERQUE, 2000).

O abuso de drogas tem levado crianças, adolescentes, adultos e idosos, além de suas respectivas famílias, a percorrerem um caminho de sofrimento, gerando como consequência, o rompimento de vínculos familiares, bem como os vínculos sociais (GOFFMAN, 1990). Desviam-se, portanto, pelo consumo de drogas, do rumo natural de suas vidas, pois sentem dificuldade de cumprirem com uma conduta que lhes permita o estabelecimento de relações sociais e institucionais.

Alguns estudos defendem que um dos três motivos que explicam o consumo, abuso e a dependência de drogas é a disponibilidade, ou seja, a oferta. Esse mercado que oferece o acesso às substancias ilícitas é alicerçado em violência e crimes, desde furto, dentro da própria casa, pelo próprio dependente, até crimes de grande impacto social, cometidos pelos traficantes para manter o funcionamento dessa máquina. O consumo de entorpecentes tornou-se fator determinante no aumento dos índices de criminalidade (TIBA, 2001).

 Segundo Tiba (2001, p.72), outro motivo muito mencionado é a tolerância que a droga oferece. Não existe discriminação pela droga. A substância química, aceita qualquer indivíduo que decida experimentar, abusar ou que se torne dependente. Essa aceitação é sedutora porque, em geral, as pessoas que se tornam dependentes não se viram aceitos em seus lares, são frutos de lares desfeitos, ou foram, em algum momento, tratados como ‘desajustados’ às normas familiares e/ou sociais.

Os autores Kaplan, Sadock e Grebb (1997), realizaram uma pesquisa sobre o tratamento de dependência, e verificaram que não há soluções imediatas e utiliza-se de abstinência e apoio como sua base primordial.  Afirmam que é preciso aprender sobre a dependência e recuperar a capacidade de viver sem a droga.

Sendo a reabilitação social a fase mais complexa e determinante do processo de recuperação, merece atenção diferenciada e acompanhamento persistente (SANTOS). Portanto, o presente trabalho trata-se de uma pesquisa realizada em uma instituição de recuperação, em específico, a Associação Mão Amiga de Amparo Masculino, AMAMASC do município de Franca.

 

1. O USO DE SUBSTANCIAS E O PROCESSO DA DEPÊNDENCIA.

 A Classificação Internacional de Doenças - CID - descreve a dependência como uma síndrome, um conjunto de fenômenos em que o uso da substância tem prioridade na vida do dependente, o que o leva a não valorizar mais o meio nem as pessoas com as quais tinha contato direto, ou seja, o leva a trocar as pessoas pelo uso da substância.

Segundo SENAD, dependência é:

 

 o impulso que leva a pessoa a usar uma droga de forma contínua (sempre) ou periodicamente (frequentemente) para obter prazer. Alguns indivíduos podem fazer uso constante de uma droga para aliviar tensões, ansiedades, medos, sensações físicas desagradáveis etc. O dependente caracteriza-se por não conseguir controlar o consumo de drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva. [...]. A dependência [...] se apresenta física e psicológica (2003,p. 14).

             Pode-se dizer que o significado de dependência não é um consenso entre alguns autores, pois pode ser considerado como uma síndrome ou como um impulso. Muitos comportamentos sociais têm a finalidade de aumentar a aflição entre as pessoas, quanto à aceitação e a inclusão social. Isso aumenta a necessidade dos indivíduos em estabelecerem vínculos com grupos, família, amigos, trabalho (CENTRO NACIONAL DE EPIDEMIOLOGIA, 1996).

            O autor Tiba (2001) afirma que uma solução é estabelecer sempre vínculos positivos com a vida social, criação, analise e desenvolvimento de um projeto de vida, levando o indivíduo a entrar em contato com suas reais intenções, seus sonhos e suas aflições. Porém, o projeto de vida deve ser cumprido, acompanhado e atualizado. Isso tem o objetivo de orientar as decisões dos dependentes em recuperação, nos momentos em que a instituição não estará fisicamente presente. O desenvolvimento desse projeto é considerado sintoma por comprovar a mudança de sentido de vida desse individuo, mostrando expectativa pessoal e profissional (CARDOSO, 2001).

Segundo o estudo de Viscott (1976) o contato com o medo, as frustrações, as histórias dos outros integrantes, faz com que eles se reconheçam no outro, tendo uma visão de mundo, de que não é único, que não está sozinho, identificando-se com os relatos expostos. Saraceno afirma que “o dependente não tem dificuldade em perceber que é doente, mas de assumir essa doença como algo urgente de atitude” (2001: 74).

Para Prado, Ramos e Valle (2001, p.227), as justificativas para o uso das substâncias psicoativas são variadas, porém segundo Antunes (2001, p.35), podemos listar as mais frequentes pelas descrições dos próprios dependentes, como discussões na família, ansiedade, insegurança, não aceitação familiar, desajustamento social, baixa autoestima, uso de outras substâncias psicoativas lícitas anteriormente, como álcool e tabaco.

O apoio e acompanhamento familiar durante toda fase da recuperação é de primordial importância, já que a família precisa se adaptar a nova realidade do dependente em recuperação, e sobre a nova dinâmica familiar que se apresenta (GOFFMAN, 1980). Proporcionando que os membros tenham uma vivência compartilhada, objetiva-se orientar o familiar sobre condutas mais adequadas, para a família e o paciente, bem como o resgate da esperança, e ao mesmo tempo permite que se examinem comportamentos ensejadores de recaídas.

Esse indivíduo precisa ainda superar sua insegurança e vulnerabilidade, que vão incidir diretamente em sua culpa ou arrependimento. Segundo Viscott (1976), a culpa patológica é resultado de insegurança, que precisa ser tratada. Isso recebe ajuda no fortalecimento das relações familiares, resultantes dos conflitos causados pela presença da dependência química. A família ajuda a devolver a dignidade e cidadania ao dependente, quando devidamente orientada pelos profissionais da saúde, sobre a doença, o apoio, e o dialogo que pode desenvolver.

Os conflitos internos também têm grande influência na superação da dependência. Vale lembrar que a reinserção à sociedade deve receber atenção direta, pois no Brasil, alguns dos direitos preservados em Constituição estão dentro das condições em que o dependente em recuperação supõe que não terá acesso, segundo o Art. 6º: “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição” (BRASIL, 2000, p. 30)

Mesmo com as garantias constitucionais, na prática, tem-se a sensação de que não existe implementação de ações para o cumprimento das normais legais. Com essa visão, o dependente químico em recuperação acredita que não terá sua reinserção na sociedade e sente que retornará a condição de excluído. Para Vieira (1997, p.68) “de outra parte, poucos desses direitos estão sendo praticados ou ao menos regulamentados, quando exigem regulamentação. [...]”.

Além disso, as políticas sociais se tornam seletivas e não conseguem atender toda a população que necessita. As políticas sociais não são suficientes para oferecer o respaldo às necessidades básicas dos cidadãos. Iamamoto (2001a) apresenta a questão do aumento das demandas e da seletividade e afirma:

Temos por um lado, o crescimento da pressão da demanda por serviços, cada vez maior, por parte da população usuária mediante o aumento de sua pauperização. Esta se choca com a já crônica – e agora agravada – falta de verbas e recursos das instituições prestadoras de serviços públicos, expressão da redução de gastos sociais recomendada pela política econômica governamental [...]. Em consequência, amplia-se, cada vez mais, a seletividade dos atendimentos, fazendo com que a proclamada universalização dos direitos sociais se torne letra morta. O discurso governamental passa a espelhar a ‘lógica do contador’ [...]. (2001a: 160 grifo de autor).

O preconceito tende a acarretar ao dependente, sentimentos de auto-responsabilização, de vergonha, de solidão, de repulsa, de medo, etc., que levam esse indivíduo a se tornar cada vez mais vulnerável psicológica, social e fisicamente e, em consequência, mais suscetível ao aumento do consumo de substâncias químicas.

Cattani (1996, p.75-76) aborda as principais atitudes e sentimentos vivenciados pelo indivíduo que sofre a exclusão:

[...] uma fragilização psicológica, que está associada ao enfraquecimento dos laços sociais [...] distanciando-se cada vez mais dos amigos e colegas e da própria família, o desempregado desenvolve sentimentos de culpabilidade, de frustração e de resignação, constituindo o que autores denominam uma identidade negativa.

A participação da família no desenvolvimento do tratamento do dependente é constantemente estudada e discutida. Apesar de não existir um consenso sobre a exata importância, não se tem duvidas sobre essa importância. Vale lembrar que, como afirma Minayo (2003: 306), o uso de substancias químicas afeta não apenas o dependente, mas também a família.

Mais recentemente, estudos (TIBA, 2001) têm mostrado que a doença da dependência química manifesta sintomas específicos nas companheiras e companheiros de dependentes, dando origem ao conceito de co-dependência. Esta visão entende que é possível sucesso maior quando o tratamento é realizado paralelamente com familiares, sem a presença do dependente.

Segundo a Revista de Psiquiatria Clínica da USP (2007, n.34, p.73-81) escrito pela pesquisadora Sanchez a espiritualidade e a religiosidade são fatores muito importantes de proteção e prevenção do consumo de drogas. Revela ainda que usuários que adotam a fé tendem a permanecer mais tempo sem recair no uso de drogas. Aponta também a metodologia dos programas que estabelecem a espiritualidade com uma das bases para a recuperação dos dependentes químicos como fundamentalmente excelentes.

Sanchez (2007) lembra-nos que a eficácia esta no estabelecer um programa espiritual, ainda que não religioso que ajude as pessoas a buscarem um poder superior da maneira que elas ‘O’ compreendam e livrar as pessoas dos vícios químicos e emocionais.

3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA DESENVOLVIDA NA INSTITUIÇÃO: ASSOCIAÇÃO AMIGA DE AMPARO MASCULINA DE FRANCA.

A pesquisa teve a proposta de aplicar questionário para todos os internos da instituição AMAMASC – Associação Mão Amiga de Amparo Masculino. Hoje a instituição conta com 13 (treze) dependentes químicos em recuperação e possui capacidade para acolher 30 (trinta). Existem estágios diferenciados, pois o método de recuperação adotado pela instituição respeita a individualidade de cada dependente. A instituição, localizada à Rua Walter Barbosa, 2991 – Jardim Luiza I, em Franca – SP, é uma entidade filantrópica, que atende ao público masculino, dependente de substâncias químicas.

Atua há alguns anos, com o objetivo de atender pessoas em situação de dependência química, tendo em vista as dificuldades apresentadas e a escassez de Comunidades Terapêuticas. Trabalha em três seguimentos: a) Trabalho, que abrange o físico e interior; Físico - realizado pelos residentes com o objetivo de desintoxicação e manutenção do Recanto; Interior - realizado através de programa terapêutico próprio da instituição; b) Disciplina, resgate de valores pessoais, sendo orientados a aceitar regras através de horários e organização pessoal; c) Espiritualidade/ religiosidade, apresentação de um poder superior através do Orientador Teológico.

O fundador e presidente da instituição frisa que a espiritualidade é fundamental no processo de recuperação do dependente químico, uma vez que existe a necessidade de acreditar em um poder superior e a religiosidade vem impor novas condutas morais que limitam a pessoa para um comportamento dirigido, contribuindo na compreensão de regras e conduta ética. A mudança ou nova norma de vida é imprescindível para uma nova perspectiva e objetivo em seu projeto de vida”.

A instituição conta com três profissionais, sendo nas áreas de psicologia e serviço social, além de um coordenador, que organiza e distribui as atividades aos internos.

A adaptação às novas regras está sujeita a resistência, já que o novo interno vem de um histórico recente de enfrentamentos, revoltas, crises familiares constantes e conflitos internos, na maior parte das vezes, ainda não identificados como problemas. A palavra inclusão, muito utilizada, tem seu principio aplicado na clinica, onde tratam as diferenças com diferença e as igualdades com igualdade. “A dificuldade inicial está em identificar as diferenças num momento onde aparentemente todos estão ali por um problema em comum, claro que originalmente motivados de maneiras bem individuais”, cita um funcionário.

A reincidência de internos na instituição foi considerada pelos profissionais alta com percentual de 80%. Essa reincidência ocorre por motivos que serão discutidos na conclusão, pois interfere diretamente na problemática do estudo aqui apresentado.

O item considerado de grande importância foi a conquista da autoconfiança (26,7%) outro item relevante foi a inserção no mercado de trabalho (22,2%) .

Os internos consideram muito importante (84%) a presença da família no processo de recuperação. As relações familiares mostram como será a reinserção social em todos os outros campos da vida desse interno. Se sua relação familiar é aberta e tranquila, ele vê sua reinserção em todas as áreas como tranquila.                              

Assim como é atribuída grande influencia das amizades no inicio do vicio, na persistência do vicio, também é vista de maneira preocupante a influencia das amizades para recuperação. O grupo de amigos antes frequentado, apoiava antigos costumes e atitudes que não condizem com a conduta adquirida durante a fase de recuperação e por isso é visto com preocupação por parte dos internos (39%).                                         

Apesar do preconceito sofrido, tão afirmado, a expectativa dos dependentes em recuperação aqui mencionados é positiva. A confiança em sua reinserção de maneira equilibrada, bem trabalhada dá a eles a certeza de um retorno ao trabalho com tranquilidade. Há também que se mencionar que existe a negação das consequências do uso indiscriminado de substancias químicas, descrito por um dos internos como acelerador de resultados, aumentando sua produção. Porém, o que se destaca nessa pesquisa é o apoio e estimulo fornecido pela instituição, ora qualificando-os a novos trabalhos, ora estimulando o que eles têm de melhor.

CONCLUSÃO

A família é o termômetro da sociedade para Goffman (1990, p.38), que considera a microestrutura familiar uma “mini sociedade”, com relações sociais de autoridade, dependência, autonomia, influenciadas por liberdade, compaixão, saúde, sobriedade. O estudo em questão, vem, através da coleta de dados apresentada, corroborar a importância e responsabilidade da família, que pode, determinar o sucesso do tratamento ou o índice de recaídas dos dependentes químicos em recuperação fora de clinicas de tratamento.

A expectativa dos dependentes que responderam ao questionário proposto, no entanto, mostra uma visão positiva com relação à ressocialização. Nenhum dos internos mostrou grande preocupação, ou expectativa ruim com relação ao retorno a sociedade. Claro que influencia nessa visão a condição de liberdade em que se encontram. Por ter acesso, através de pontuação obtida em trabalhos desenvolvidos, atividades das quais participam, e avaliação de comportamento, a visitas a casa da família, sendo de um a cinco dias, essa ressocialização acontece constantemente, aos poucos, e o tempo todo.

É uma visão mais próxima da realidade, dando oportunidade de trabalhar ao longo do tratamento, orientados pelos profissionais da clinica, as questões com as quais se preocupam de alguma forma ou em algum grau mais significativo. É importante entender a dinâmica que forma a dependência, identificando o pensamento desencadeador do uso entorpecedor da substancia química, para alterar seu impulso, seja para uma nova dinâmica mental, estimuladora, seja para conter a chamada fissura, estado de abstinência critica, caracterizada por impulsos agudos, físicos ou psicológicos.

Sendo assim concluímos que o dependente químico, em recuperação, espera que sua reinserção social seja tranquila, com ressalvas de confiança, mudança de hábitos e companhias, contando com apoio constante da família, desenvolvendo habilidades profissionais, com espontaneidade e verdade, para que sejam tratados com respeito, a fim de conquistarem novamente seu lugar, que há tempos deixaram em suspenso, num ímpeto de entorpecimento, que em seus planos, são parte de um passado constantemente lembrado e possivelmente controlado.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, P. In: Luis M.A.V., organizadora. Uso e Abuso de álcool e drogas. Ribeirão Preto (SP): FAPESP; 2000.

ANTUNES, Ricardo. Trabalho e precarização numa ordem neoliberal. In: GENTILI, Pablo;

CARDOSO A. M. Aspectos básicos do tratamento da síndrome de dependências e substancias psicoativas. Disponível em: <https://www.apad.clickvida.org.br/>. Acesso em: 16 março 2013.

CATTANI, Antônio D. Trabalho e autonomia. Petrópolis: Vozes, 1996, 195p.

CENTRO NACIONAL DE EPIDEMIOLOGIA (BR). Parecer n. 196/96 de 10 de outubro de 1996. Pesquisa envolvendo seres humanos. Informe Epidemol SUS 1996; (Supl 3): p. 278-291.

BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil (1988). Brasília: Senado Federal. Ed. Atual, 2000.

GOFFMAN E. Estigma, notas sobre a manipulação de identidade deteriorada. 3 ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores; 1990.

IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: dimensões históricas, teóricas e ético-políticas. São Paulo: Cortez, 1998.

KAPLAN H. I., SADOCK B., GREBB J. Compendio de psiquiatria: ciencias do comportamento e psiquiatria clinica. 7 ed. Porto Alegre: Editora Artmed; 1997.

MARCONI, M.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de Metodologia Científica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MINAYO, M. C. S; SCHENKER, M. A implicação da família no uso abusivo de drogas: uma revisão crítica. Ciência e saúde coletiva. São Paulo: Cortez, n. 8, v. 1, 2003. p. 299-306.

PRADO, F. C. do, RAMOS, J de A, VALLE J R do, organizadores. Atualização terapêutica: manual pratico de diagnostico e tratamento. 20 ed. São Paulo: Editora Artes Medicas; 2001.

SANTOS M. Programa dos doze passos. Disponível em:      https://www.comunidadeterapeuticacrtt.blogspot.com.br/. Postado em 2009.

SARACENO B. Reabilitação psicossocial: uma estratégia para a passagem do milênio. In: PITTA A. M. F., organizadora. Reabilitação psicossocial no Brasil. 2 ed. São Paulo: Editora Hucitec; 2001.

SENAD - Secretaria Nacional Antidrogas. Relatório do 1º Fórum Nacional Antidrogas, 27 a 29 de nov. 1998. Brasília: SENAD, 1999, p.64.

TIBA, I. 123 Respostas sobre drogas. 3 ed. São Paulo: Editora Scipione, 2001.

VIEIRA. Evaldo A. As políticas sociais e os direitos sociais no Brasil: avanços e retrocessos. Serviço Social & Sociedade. São Paulo: Cortez, n. 53, v. 18, p. 67-79, mar. 1997.

VISCOTT D. A linguagem dos sentimentos. 11 ed. São Paulo: Summus Editorial; 1976.