Antes do surgimento das escolas, o pensador Sócrates (469-399 a. C.) já discutia sobre o ofício de educar. Para Sócrates os jovens deveriam ser educados para conhecer o mundo e a si mesmos, sendo o homem, composto de dois princípios: alma e corpo.

Nesse pensamento, surgiram dois aspectos da filosofia, a idealista, que partiu de Platão (427-347 a. C.) que era seguidor de Sócrates e a outra realista, que partiu de Aristóteles (384-322 a. c), discípulo de Platão.

Com base nesses estudos, outros pensadores foram surgindo e com eles novas concepções, que traçaram a história da educação em todo o mundo, como:

  • Vygotsky e Piajet – construtivismo.
  • Skinner – comportamental.
  • Rogers e Erick Erickson – humanista
  • Freud – psicanálise

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TEORIA HUMANISTA

O Humanismo se “referia ao aprendizado, nas universidades, de poética, retórica, história, ética e filosofia, entre outras disciplinas. Elas eram conhecidas como artes liberais, porque se acreditava que dariam ao ser humano instrumentos para exercer sua liberdade pessoal.” (FERRARI, 2008, p. 3)

Carl Ransom Rogers(1902-1987) definiu a Teoria Humanista através da sua prática como terapeuta, desenvolvendo dois aspectos conhecidos: a teoria não-diretiva e a teoria centrada na pessoa. Além disso, Rogers acreditava que somente aprendemos aquilo que queremos aprender.

Rogers afirma que o ensino deve facilitar a autorealização e o crescimento pessoal, dessa forma o professor é facilitador do conhecimento, desenvolvendo o campo afetivo e cognitivo do aluno, através do relato das suas experiências e tendo confiança na sua própria capacidade e nos seus alunos, ele provê os recursos para a aprendizagem, mas não interferindo, apenas direcionando-a.

Com esses princípios a auto-avaliação é feita pelo próprio aluno e o professor como pessoa “real” saberá ouvir e acatar as potencialidades, aceitando-o como é, como pessoa.

Com essa compreensão, chamada Compreensão Empática, o professor não julgará, e sim, compreenderá o indivíduo.

Para o crescimento pessoal não isolamos a realidade da vida do aprendiz, os problemas sociais devem ser mesclados com as disciplinas, gerando pessoas que saibam lidar com os obstáculos da vida.

Segundo Maria Montessori (1870-1952) a capacidade de aprender está em cada um de nós, pois, ao nascermos essa capacidade já nos foi dada e a escola tem o objetivo de formar integralmente o jovem para a vida.

Um aspecto dessa abordagem é o fortalecimento da relação humana e do processo de ensino-aprendizagem. Um homem instruído e adaptado às mudanças tem a consciência de que o conhecimento não é garantido, para isso deve procurá-lo como base para sua segurança.

Essa abordagem foi estudada na disciplina Criança e Desenvolvimento, orientada pela Professora Sandra, com a realização de trabalho em sala de aula após assistirmos o filme “A corrente do bem” que aborda esse assunto, relacionando com a vida dos personagens.

Na reta final desse estudo, podemos destacar vários aspectos como: o ensino centrado no aluno e não mais no professor, a potencialidade natural que todos temos em aprender, pois somos curiosos sobre o mundo, a abordagem dos aspectos cognitivo (armazenamento de informações na mente), afetivo (sinais internos ao indivíduo) e psicomotor (envolve respostas musculares através da prática), o aspecto fenomenológico onde devemos entender a realidade de cada um e a terapia não- diretiva que não está relacionada a dar conselhos e sim, propiciar a compreensão de si mesmo e das influências.

 

FERRARI, Márcio. Carl Rogers, um psicólogo a serviço do estudante. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/carl-rogers-428141.shtml?page=2>. Acesso em: 09 abr. 2012.

FERRARI, Márcio. Erasmo de Roterdã - O porta-voz do humanismo. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/porta-voz-humanismo-423230.shtml>. Acesso em: 09 abr. 2012.

FERRARI, Márcio. Maria Montessori, a médica que valorizou o aluno. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/medica-valorizou-aluno-423141.shtml>. Acesso em: 09 abr. 2012.

FERRARI, Márcio. Pensar a escola, uma aventura de 2500 anos. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/pensar-escola-aventura-2500-anos-423194.shtml>. Acesso em: 31 mar. 2012.

FERRARI, Márcio. Sócrates, o mestre em busca da verdade. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/mestre-busca-verdade-423245.shtml>. Acesso em: 31 mar. 2012

VIEIRA, Vânia Maria de Oliveira. A teoria humanista de Carl Rogers. Uberaba. Universidade de Uberaba. [entre 1995 e 2012], 50 diapositivos, color.