ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DO RIO URAIM NO MUNICIPIO DE PARAGOMINAS – PA.

 

Resumo

 Os problemas ambientais são tão antigos quanto o homem, o que é novo é a sua dimensão e a sua escala. A essa dimensão da problemática tem contribuído muitas causas, destacando-se as seguintes: o elevado crescimento demográfico, o desenvolvimento e a difusão da tecnologia industrial, os avanços da medicina e da saúde e seus efeitos sobre a população, o avanço nas comunicações e, a crescente urbanização e a grande difusão de idéias que tem possibilitado o desenvolvimento dos meios de comunicação social. O objetivo deste trabalho é analisar, avaliar e diagnosticar as ações dos impactos ambientais ocorrente no Rio Uraim do município de Paragominas - PA. A Área em estudo corresponde ás circunvizinhanças do Rio Uraim-zona III (ponte), na Rua Durval Nolasco; bairro promissão 1, nas proximidades do Parque Ambiental do município de Paragominas-Pará na região nordeste do Estado do Pará, latitude 02º58 ҆36҆ ҆ Sul e uma longitude 47º 21҆ 23҆ ҆ Oeste, estando a uma altitude de 72 metros. O presente estudo mostrou que nas proximidades do Rio Uraim (Zona III), a existência de vários impactos ambientais causados pela comunidade que representa o bairro.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, em todo planeta fala-se muito sobre ecologia, meio ambiente e manejo sustentável dos recursos naturais renováveis. Porém, somente uma pequena parte da população possui conhecimento suficiente para entender a dinâmica e as inter-relações que ocorrem entre os diferentes ecossistemas que existem no mundo. É preciso trabalhar no sentido de levar informações sobre o ambiente a todas as camadas sociais, na expectativa de que cada indivíduo seja atingido por uma consciência ecológica possível de reverter o processo de degradação assustadora que estamos vivendo (SCHNEIDER, 2012).
O Brasil juntamente com outros países em desenvolvimento, como Índia e a China, é um dos Estados que mais investimentos vêm abrigando tanto de âmbito nacional como quanto internacional, levando o governo a implantar grandes empreendimentos industriais que vão desde a mineração, álcool, petróleo, dentre outros campus de atividades que vêm gerando empregos e crescimento econômico para o país (CARNEIRO SANTOS, 2013).
A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que envolve um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. Nesse sentido, a produção de conhecimento deve necessariamente contemplar as inter-relações do meio natural com o social, incluindo a análise dos determinantes do processo, o papel dos diversos atores envolvidos e as formas de organização social que aumentam o poder das ações alternativas de um novo desenvolvimento, numa perspectiva que priorize novo perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental (JACOBI, 2003).
Na década de 60, o estabelecimento de grandes projetos gerou movimentos ambientalistas que protestavam contra derramamentos de petróleo, construção de grandes represas, rodovias, complexos industriais, usinas nucleares, projetos agrícolas e de mineração, dentre outros.
Gradativamente, foi se criando a consciência de que o sistema de aprovação de projetos não mais podia considerar apenas aspectos tecnológicos, excluindo questões culturais e sociais (DIOTATO, 2004).
Os problemas ambientais são tão antigos quanto o homem, o que é novo é a sua dimensão e a sua escala. A essa dimensão da problemática tem contribuído muitas causas, destacando-se as seguintes: o elevado crescimento demográfico, o desenvolvimento e a difusão da tecnologia industrial, os avanços da medicina e da saúde e seus efeitos sobre a população, o avanço nas comunicações e, a crescente urbanização e a grande difusão de ideias que tem possibilitado o desenvolvimento dos meios de comunicação social (PERALTA, 1997).
O crescimento das cidades nas últimas décadas tem sido responsável pelo aumento da pressão das atividades antrópicas sobre os recursos naturais. Em todo o planeta, praticamente não existe um ecossistema que não tenha sofrido influência direta e/ou indireta do homem, como por exemplo, contaminação dos ambientes aquáticos, desmatamentos, contaminação de lençol freático e introdução de espécies exóticas, resultando na diminuição da diversidade de hábitats e perda da biodiversidade (GOULART et al, 2003).
No entanto, a origem do estudo de impacto ambiental no Brasil deveu-se á exigência de
órgãos financiadores internacionais, posteriormente vinculando-se ao sistema de licenciamento ambiental. O EIA foi contemplado, pela primeira vez, pelo Decreto-lei n° 1.413/75. O referido diploma legal introduziu em nosso ordenamento jurídico o zoneamento das áreas criticas de poluição (ARAÚJO et al, 2011).
Mas foi somente em 1981 quando se promulgou a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) pela Lei 6.938 que o meio ambiente passou a ser considerado como um elemento essencial ao desenvolvimento econômico e social, e que os recursos naturais passaram a ser assegurados às gerações futuras, definindo Impacto Ambiental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante de atividades humanas. Pode ser positivo, ou benéfico, e negativo, ou adverso(SILVA, 2011).
Diante do presente estudo justifica-se a elaboração desse artigo com a seguinte pergunta: Qual será o impacto mais agravante causado pela ação do homem sobre as margens do Rio Uraim? O objetivo deste trabalho é analisar, avaliar e diagnosticar as ações dos impactos ambientais ocorrente no Rio Uraim do município de Paragominas - PA.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Recurso Água no Brasil

A água é um recurso natural essencial para a sobrevivência de todas as espécies que habitam a Terra. No organismo humano a água atua, entre as funções, como veiculo para a troca de substâncias e para a manutenção da temperatura, representando cerca de 70% de sua massa corporal. Além disso, é considerada solvente universal e é uma das poucas substâncias que encontramos nos três estados físicos: gasoso, liquido e sólido. É possível imaginar como seria o nosso dia-a-dia sem ela (Ministério do Meio Ambiente, 2014). Para Grassi (2001) um dos principais desafios mundiais na atualidade é o atendimento à demanda por água de boa qualidade. O crescimento populacional, a necessidade de produção de alimentos e o desenvolvimento industrial devem gerar sérios problemas no abastecimento de água nos próximos anos. Este texto trata da importância da água para a sobrevivência do homem e de toda a biota terrestre. Apresentam-se algumas das propriedades mais importantes da água e sua distribuição em nosso planeta. Descrevemse as formas de uso deste recurso, assim como as principais fontes de poluição e finalmente discute-se a importância do tratamento da água na melhoria da qualidade de vida da população mundial. Segundo Casali (2008) a diminuição da quantidade e da qualidade da água potável a níveis que comprometam até mesmo a sobrevivência humana é um problema cada vez mais próximo. No meio urbano, está depreciação esta relacionada com o rápido e desordenado crescimento da população mundial e sua concentração em megalópoles mal estruturadas. No meio rural, a contaminação da água tem relação, principalmente, com as atividades agrícolas desenvolvidas, as quais possuem diferentes níveis de impacto ao ambiente de acordo com a tecnologia adotada. 2.2 Solo Argila é um material natural, de textura terrosa ou argilácea, de granulação fina, com partículas de forma lamelar ou fibrosa, constituída essencialmente de argilo-minerais (que pertencem ao grupo dos filossilicatos e formam estruturas em cadeias compostas de folhas tetraédricas (T) de silício e octaédricas (O) de alumínio, e com menor freqüência de magnésio, ferro e potássio), podendo conter outros minerais que não são argilo-minerais (quartzo, mica, pirita, hematita, etc), matéria orgânica e outras impurezas. São resultantes da hidratação de silicatos de alumínio, ferro e magnésio. O termo argila também é usado na classificação granulométrica de partículas com tamanho inferior a 2μm (micra), (JORGE, 2011). A rocha caulinizada ou caulini bruto pode ter teores em caulinite inferiores a 20 %. Além da caulinite, participam também na sua composição quartzo, feldspatos, micas e muitos outros minerais acessórios. Tendo em vista as aplicações industriais desta matéria prima, torna-se imprescindível proceder a sua beneficiação, de forma a enriquecê-la para valores entre 80-90 % de caulinite (MEIRA, 20011).

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