ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DO RIO URAIM NO MUNICÍPIO DE...
Publicado em 27 de setembro de 2016 por CARLOS VALMISON DA SILVA ARAÚJO
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DO RIO URAIM NO MUNICIPIO DE PARAGOMINAS – PA.
Resumo
Os problemas ambientais são tão antigos quanto o homem, o que é novo é a sua dimensão e a sua escala. A essa dimensão da problemática tem contribuído muitas causas, destacando-se as seguintes: o elevado crescimento demográfico, o desenvolvimento e a difusão da tecnologia industrial, os avanços da medicina e da saúde e seus efeitos sobre a população, o avanço nas comunicações e, a crescente urbanização e a grande difusão de idéias que tem possibilitado o desenvolvimento dos meios de comunicação social. O objetivo deste trabalho é analisar, avaliar e diagnosticar as ações dos impactos ambientais ocorrente no Rio Uraim do município de Paragominas - PA. A Área em estudo corresponde ás circunvizinhanças do Rio Uraim-zona III (ponte), na Rua Durval Nolasco; bairro promissão 1, nas proximidades do Parque Ambiental do município de Paragominas-Pará na região nordeste do Estado do Pará, latitude 02º58 ҆36҆ ҆ Sul e uma longitude 47º 21҆ 23҆ ҆ Oeste, estando a uma altitude de 72 metros. O presente estudo mostrou que nas proximidades do Rio Uraim (Zona III), a existência de vários impactos ambientais causados pela comunidade que representa o bairro.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, em todo planeta fala-se muito sobre ecologia, meio ambiente e manejo sustentável dos recursos naturais renováveis. Porém, somente uma pequena parte da população possui conhecimento suficiente para entender a dinâmica e as inter-relações que ocorrem entre os diferentes ecossistemas que existem no mundo. É preciso trabalhar no sentido de levar informações sobre o ambiente a todas as camadas sociais, na expectativa de que cada indivíduo seja atingido por uma consciência ecológica possível de reverter o processo de degradação assustadora que estamos vivendo (SCHNEIDER, 2012).
O Brasil juntamente com outros países em desenvolvimento, como Índia e a China, é um dos Estados que mais investimentos vêm abrigando tanto de âmbito nacional como quanto internacional, levando o governo a implantar grandes empreendimentos industriais que vão desde a mineração, álcool, petróleo, dentre outros campus de atividades que vêm gerando empregos e crescimento econômico para o país (CARNEIRO SANTOS, 2013).
A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que envolve um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o engajamento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. Nesse sentido, a produção de conhecimento deve necessariamente contemplar as inter-relações do meio natural com o social, incluindo a análise dos determinantes do processo, o papel dos diversos atores envolvidos e as formas de organização social que aumentam o poder das ações alternativas de um novo desenvolvimento, numa perspectiva que priorize novo perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental (JACOBI, 2003).
Na década de 60, o estabelecimento de grandes projetos gerou movimentos ambientalistas que protestavam contra derramamentos de petróleo, construção de grandes represas, rodovias, complexos industriais, usinas nucleares, projetos agrícolas e de mineração, dentre outros.
Gradativamente, foi se criando a consciência de que o sistema de aprovação de projetos não mais podia considerar apenas aspectos tecnológicos, excluindo questões culturais e sociais (DIOTATO, 2004).
Os problemas ambientais são tão antigos quanto o homem, o que é novo é a sua dimensão e a sua escala. A essa dimensão da problemática tem contribuído muitas causas, destacando-se as seguintes: o elevado crescimento demográfico, o desenvolvimento e a difusão da tecnologia industrial, os avanços da medicina e da saúde e seus efeitos sobre a população, o avanço nas comunicações e, a crescente urbanização e a grande difusão de ideias que tem possibilitado o desenvolvimento dos meios de comunicação social (PERALTA, 1997).
O crescimento das cidades nas últimas décadas tem sido responsável pelo aumento da pressão das atividades antrópicas sobre os recursos naturais. Em todo o planeta, praticamente não existe um ecossistema que não tenha sofrido influência direta e/ou indireta do homem, como por exemplo, contaminação dos ambientes aquáticos, desmatamentos, contaminação de lençol freático e introdução de espécies exóticas, resultando na diminuição da diversidade de hábitats e perda da biodiversidade (GOULART et al, 2003).
No entanto, a origem do estudo de impacto ambiental no Brasil deveu-se á exigência de
órgãos financiadores internacionais, posteriormente vinculando-se ao sistema de licenciamento ambiental. O EIA foi contemplado, pela primeira vez, pelo Decreto-lei n° 1.413/75. O referido diploma legal introduziu em nosso ordenamento jurídico o zoneamento das áreas criticas de poluição (ARAÚJO et al, 2011).
Mas foi somente em 1981 quando se promulgou a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) pela Lei 6.938 que o meio ambiente passou a ser considerado como um elemento essencial ao desenvolvimento econômico e social, e que os recursos naturais passaram a ser assegurados às gerações futuras, definindo Impacto Ambiental como qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante de atividades humanas. Pode ser positivo, ou benéfico, e negativo, ou adverso(SILVA, 2011).
Diante do presente estudo justifica-se a elaboração desse artigo com a seguinte pergunta: Qual será o impacto mais agravante causado pela ação do homem sobre as margens do Rio Uraim? O objetivo deste trabalho é analisar, avaliar e diagnosticar as ações dos impactos ambientais ocorrente no Rio Uraim do município de Paragominas - PA.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Recurso Água no Brasil
A água é um recurso natural essencial para a sobrevivência de todas as espécies que habitam a Terra. No organismo humano a água atua, entre as funções, como veiculo para a troca de substâncias e para a manutenção da temperatura, representando cerca de 70% de sua massa corporal. Além disso, é considerada solvente universal e é uma das poucas substâncias que encontramos nos três estados físicos: gasoso, liquido e sólido. É possível imaginar como seria o nosso dia-a-dia sem ela (Ministério do Meio Ambiente, 2014). Para Grassi (2001) um dos principais desafios mundiais na atualidade é o atendimento à demanda por água de boa qualidade. O crescimento populacional, a necessidade de produção de alimentos e o desenvolvimento industrial devem gerar sérios problemas no abastecimento de água nos próximos anos. Este texto trata da importância da água para a sobrevivência do homem e de toda a biota terrestre. Apresentam-se algumas das propriedades mais importantes da água e sua distribuição em nosso planeta. Descrevemse as formas de uso deste recurso, assim como as principais fontes de poluição e finalmente discute-se a importância do tratamento da água na melhoria da qualidade de vida da população mundial. Segundo Casali (2008) a diminuição da quantidade e da qualidade da água potável a níveis que comprometam até mesmo a sobrevivência humana é um problema cada vez mais próximo. No meio urbano, está depreciação esta relacionada com o rápido e desordenado crescimento da população mundial e sua concentração em megalópoles mal estruturadas. No meio rural, a contaminação da água tem relação, principalmente, com as atividades agrícolas desenvolvidas, as quais possuem diferentes níveis de impacto ao ambiente de acordo com a tecnologia adotada. 2.2 Solo Argila é um material natural, de textura terrosa ou argilácea, de granulação fina, com partículas de forma lamelar ou fibrosa, constituída essencialmente de argilo-minerais (que pertencem ao grupo dos filossilicatos e formam estruturas em cadeias compostas de folhas tetraédricas (T) de silício e octaédricas (O) de alumínio, e com menor freqüência de magnésio, ferro e potássio), podendo conter outros minerais que não são argilo-minerais (quartzo, mica, pirita, hematita, etc), matéria orgânica e outras impurezas. São resultantes da hidratação de silicatos de alumínio, ferro e magnésio. O termo argila também é usado na classificação granulométrica de partículas com tamanho inferior a 2μm (micra), (JORGE, 2011). A rocha caulinizada ou caulini bruto pode ter teores em caulinite inferiores a 20 %. Além da caulinite, participam também na sua composição quartzo, feldspatos, micas e muitos outros minerais acessórios. Tendo em vista as aplicações industriais desta matéria prima, torna-se imprescindível proceder a sua beneficiação, de forma a enriquecê-la para valores entre 80-90 % de caulinite (MEIRA, 20011).
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