ESTUDANTES COMPETENTES GERAM PROFISSIONAIS COMPETENTES.  DEFESA E MAIOR APLICAÇÃO DO MÉTODO DE APRENDIZAGEM COOPERATIVA: A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM COOPERATIVA NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS COMPETENTES

BRENDA BARROS FREITAS,

DEÍSY TONAR COSTA TEIXEIRA E

 MELINA NOGUEIRA PAIVA. [1]

 

RESUMO

 

O artigo trata da influência da aprendizagem cooperativa na formação de estudantes competentes, ressaltando, dessa forma, a proatividade e eficácia que eles refletem ao entrarem no mercado de trabalho.  Busca-se constatar a efetividade da experiência de utilização do método de aprendizagem cooperativa na modificação da vida profissional do indivíduo, influenciando-o positivamente e tornando-o apto para qualquer tipo de atividade, tendo em vista que estará preparado para atuar na resolução de conflitos e na união de pessoas para o cooperativismo. A partir da elaboração e aplicação de perguntas através de entrevistas com ex-bolsistas da Bolsa de Aprendizagem Cooperativa da Universidade Federal do Ceará, que busca incentivar a utilização dos pilares da aprendizagem cooperativa de uma maneira geral, foi possível verificar que os pilares basilares desse método de aprendizagem contribuem consideravelmente para melhor desempenho nos estudos e no ambiente de trabalho. Os entrevistados constataram que ao colocarem em prática nas mais diversas situações e usarem como ferramenta no cotidiano os cinco pilares: interdependência positiva, interação social, responsabilidade individual, habilidades sociais e processamento de grupo, conseguiram otimizar o tempo para resolução de trabalhos em equipe, organizar melhor a divisão de tarefas nos ambientes de estudo e de trabalho e resolver desavenças que por ventura apareciam. Portanto, é bastante clara a eficaz contribuição da aplicação da aprendizagem cooperativa no crescimento e desenvolvimento de alunos que, como estudantes e futuros profissionais atuantes no mercado de trabalho, precisarão utilizar ferramentas para lhe dar com todo tipo de problema que venha a surgir resultante do trabalho em equipe e do relacionamento com outras pessoas.

 

Palavras-Chave: Cooperação; competência; proatividade.

  1. 1.                  INTRODUÇÃO

O mercado de trabalho está vivenciando momentos decisivos que impelem os funcionários para atitudes mais cooperativas e menos competitivas. A formação de pessoas mais comprometidas com os valores sociais e os princípios da solidariedade precisam ser assumidos pela sociedade como um todo.  Essa postura implica diretamente na construção de uma empresa melhor a mais consolidada. Os métodos de aprendizagem cooperativa são importantes não só na  facilitação do processo ensino-aprendizagem, mas também na formação profissional,  preparando cidadãos mais aptos para os trabalhos em equipe e mais comprometidos com os valores sociais e os princípios da solidariedade. Assim, a troca empresa-funcionários trás benefícios mútuos para ambos os lados. É nesse contexto que se insere este estudo, que busca investigar o desenvolvimento de atitudes cooperativas entre ex-bolsistas com vistas a aprendizagens significativas de conteúdos científicos ao mesmo tempo em que estimula o desenvolvimento de atitudes cooperativas.

 

  1. 2.                  APRENDIZAGEM COOPERATIVA

A essência do método de cooperação envolve o trabalho de alunos, em pequenos grupos, para que todos tenham oportunidade de participar da tarefa coletiva designada COHEN (1994). O objetivo só é alcançado se todos os envolvidos conseguirem executar juntos a tarefa designada. Define-se como uma pessoa cooperativa aquela que tem competências sociais adequadas e é capaz de colaborar com os outros, sem abdicar dos seus próprios pontos de vista. A partir dessa definição, percebe-se que a cooperação não se confunde com passividade, falta de recursos para defender as próprias ideias, nem significa ceder totalmente às exigências do outro.  

Segundo Samya Feitosa Tarja (2002) para que haja cooperação é necessária definição de objetivo comuns, respeito mútuo entre os participantes. Tolerância, ações de negociação constantes, saber conviver com as diferenças e com lideranças mutantes, navegantes entre os membros do grupo, conforme as suas competências e habilidades.  

2.1 O QUE É A APRENDIZAGEM COOPERATIVA? 

A metodologia da Aprendizagem Cooperativa que segundo (JOHNSON; JOHNSON; SMITH, 1998) define: 

"É o coração do aprendizado baseado em problemas. Relaciona-se com a aprendizagem colaborativa, que enfatiza o "aprendizado natural" (em oposição ao treinamento resultante de aprendizagem altamente estruturadas), que ocorre com um efeito da comunidade onde os alunos trabalham juntos em grupos não estruturados e criam sua própria situação de aprendizado." 

 A adoção da Aprendizagem Cooperativa considera que ninguém é uma ilha e que não há um projeto tão simples que uma só pessoa possa realizar sozinha. Aprender com os outros, reformulando o conhecimento a partir da crítica do outro, é importante para o fortalecimento das habilidades de comunicação e raciocínio. A noção de Aprendizagem Cooperativa é de que a aquisição de conhecimentos, habilidades ou atitudes não é um processo inerentemente individual, mas resulta de integração grupal (NIQUINI, 1999). 

Barros (1994) resume seis características consideradas como mais importantes na definição do campo de Aprendizagem Cooperativa: 

  1. A aprendizagem é um processo inerentemente individual, não coletivo, que é influenciado por uma variedade de fatores externos, incluindo as interações em grupo e interpessoais. 
  2. 2.             As interações em grupo e interpessoais envolvem o uso da linguagem (um processo social) na reorganização e na modificação dos entendimentos e das estruturas de conhecimento individuais, e portanto a aprendizagem é simultaneamente um fenômeno privado e social. 
  3. Aprender cooperativamente implica na troca entre pares, na interação entre iguais e no intercâmbio de papeis, de forma que diferentes membros de um grupo ou comunidade podem assumir diferentes papeis (aprendiz, professor, pesquisador de informação, facilitador) em momentos diferentes, dependendo das necessidades. 
  4. A colaboração envolve sinergia e assume que, de alguma maneira, "o todo é maior do que a soma das partes individuais", de modo que aprender cooperativamente pode produzir ganhos superiores à aprendizagem solitária. 
  5. Nem todas as tentativas de aprender cooperativamente pode levar à perda do processo, falta de iniciativa, mal entendidos, conflitos, e descrédito: os benefícios potenciais não são sempre alcançados. 
  6. Aprendizagem Cooperativa não significa necessariamente aprender em grupo, mas ao contrário implica na possibilidade de poder contar com outras pessoas para apoiar sua aprendizagem e dar retorno e quando necessário, no contexto de um ambiente não-competitivo.

2.2 OS PILARARES DA APRENDIZAGEM COOPERATIVA

 

A aprendizagem cooperativa propõe os seguintes elementos, para que se possa trabalhar com sucesso em equipe.

Interdependência Positiva:

É a capacidade de trabalhar junto, contanto que a habilidade social de cada aluno seja aprendida e ensinada com o objetivo de colaboração. Está existe quando os estudantes percebem um vínculo com seus companheiros de grupo, de forma tal que não possam chegar a realizar uma determinada tarefa sem eles (e vice-versa) e que coordenem seus esforços com os de seus companheiros para poder completar uma tarefa. Desta maneira, os alunos compartilham seus recursos, proporcionam-se apoio mútuo e celebram juntos pelo sucesso.

Responsabilidade individual:

Significa que os educandos trabalham juntos para atingir objetivos em comum, com interesse no sucesso de cada participante, através da capacidade do aluno em demonstrar sua parcela de contribuição necessária para o grupo. O propósito dos grupos de aprendizagem é fortalecer acadêmica e efetivamente seus integrantes. Necessita-se avaliar o processo das pessoas, que deve ser a soma do que parte do individual. Desta maneira, o grupo pode identificar quem necessita de mais apoio para completar as atividades e evitar que uns descansem com o trabalho desenvolvido pelos demais.

Interação promotora  

Significa destinar um tempo, após os programas e projetos, com o intuito de discutir e analisar a dinâmica da proposta realizada em grupo. O objetivo é ajudar a encontrar formas de melhorar os resultados para as próximas vezes. A análise visa enfocar a forma como o grupo compartilhou, cooperou e utilizou as habilidades sociais. Sustentando argumentos fundados nos trabalhos em grupos. Os efeitos da interação social e do intercâmbio verbal entre os companheiros não podem ser conseguidos através de substitutos não verbais (instruções ou materiais); mais do que as estrelas, necessita-se de pessoas talentosas que não façam as coisas sozinhas, e sim em grupo.

Habilidades sociais

As habilidades sociais são desenvolvidas desde a infância e fazem parte das inteligências pessoais; por isso é importante que o aluno perceba sua importância. Entre as habilidades sociais requeridas estão: participar ativamente numa equipe; assumir responsabilidades perante os objetivos da equipe; ouvir os outros membros do grupo; expressar suas ideias aos outros, entre outros.

Processamento em grupo

Destaca-se que o trabalho conjunto e a produção individual são o coração das dinâmicas e do funcionamento do grupo. Onde a produção individual significará participação igualitária de cada educando apresentando os resultados da produção realizada, possibilitando a avaliação do processo de cada um com o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade. Após um momento inicial (individual) de contato com a atividade, os educandos iniciam o trabalho em conjunto, trocam informações, compartilham, explicam, ouvem, etc. Educandos podem ser responsáveis por um produto, por conhecimento ou por um processo (debate, criação de ideias ou uso de alguma habilidade social).

A Aprendizagem Cooperativa traz benefícios para os alunos, pois eles precisam aprender a interagir com os outros membros do grupo, tornando-se mais confiantes em expor publicamente seus pontos de vista. Este enfoque de aprendizagem pode promover o surgimento de resultados educacionais, que não são considerados estritamente acadêmicos, como o aumento da competência de se trabalhar em grupo. Ela é, geralmente, mais efetiva em domínios onde as pessoas estão engajadas na aquisição de habilidades, categorização, planejamento conjunto e em tarefas que requerem construção de memória coletiva. 

 

  1. 3.                  A APRENDIZAGEM COOPERATIVA NO AMBIENTE DE TRABALHO

Os estudos na área de estratégias de aprendizagem no trabalho têm sido conduzidos em contextos educacionais ou em ambientes organizacionais e seu foco é sobre os processos de aprendizagem formal, que segundo Johnson (1998, p.99) é a aprendizagem cooperativa formal é aquela em que os indivíduos trabalham juntos, durante um período de várias semanas, para atingir alvos compartilhados de aprendizagem ou informal, que segundo Johnson (1998, p.99) eles são tipicamente temporários, formados por um breve período de tempo.

[...] para que o indivíduo aprenda é primordial que a organização possua um ambiente propício à aprendizagem, que pode ser fruto de situações formais, como treinamentos, processos de solução de problemas, experimentos de avaliação ou de situações informais e cotidianas do trabalho (Nakata, 2009, p. 27).

A cooperação no ambiente de trabalho se faz de grande importância quando vemos os resultados na aprendizagem em situações formais de treinamento, desenvolvimento e educação no trabalho. Segundo Pantoja (2009, p.43):

O resultado esperado é que a aprendizagem no trabalho promova o desenvolvimento contínuo de novas competências, tais como proatividade, flexibilidade, criatividade, comprometimento, capacidade de aprender a aprender, entre outras. Consequentemente, pode contribuir para o estabelecimento de novas e mais eficazes formas de relacionamento com o cliente, novas maneiras de delinear produtos e serviços ou ambos e novas estratégias de ação.

Entretanto, a organização necessita querer um ambiente de trabalho cooperativo, com todos os seus métodos, para que haja seus benefícios.

O ambiente de trabalho é rico em oportunidade de aprendizado para os indivíduos. No entanto, para que tal processo aconteça é fundamental que os colaboradores tenham interesse em aprender, assim como a organização permita e crie um ambiente propício (Nakata, 2009, p. 27).

A falta de aprendizagem cooperativa pode gerar alguns problemas, como diz Nakata (2009, p.27), quando a organização não consegue criar as condições necessárias à aprendizagem, ela sofre de deficiências do aprendizado. Para evitar ou solucionar as deficiências de aprendizagem, a direção da empresa deve criar condições para que a aprendizagem possa ocorrer, como melhorar as competências individuais, gerar mudanças da cultura organizacional, na revisão das estruturas ou na contratação de funcionários. Lester e Kickul (2001) acreditam que os empregados devam ser, nos dias atuais, melhor selecionados e recrutados em função de habilidades e competências específicas, que contribuam com padrões mais altos de desempenho organizacional.

  1. 4.      A EXPERIÊNCIA DO EX-BOLSISTA NO MERCADO DE TRABALHO

 

4.1  ANÁLISE DAS ENTREVISTAS REALIZADAS

O artigo foi elaborado por meio de observação direta e intensiva, através de uma pesquisa de campo qualitativa por meio de entrevistas com questionário subjetivo, tendo como público-alvo ex-bolsistas inseridos no mercado de trabalho. A amostra foi de 10 pessoas. O método comparativo fora utilizado para que pudéssemos averiguar e sopesar o quanto a aplicação do cooperativismo, da aprendizagem cooperativa, influenciam na busca por emprego, dentro do ambiente de trabalho e, principalmente, na formação de profissionais competentes e proativos.

Por meio de sorteio foram escolhidos quatro trechos de respostas para a seguinte pergunta proferida: “Você pode relatar alguma experiência em que a aprendizagem cooperativa foi de fundamental importância no ambiente de trabalho?”:

“Trabalho com vendas e a experiência da Aprendizagem Cooperativa me ajudou bastante. Imagina você o quão importante é para um vendedor o uso das Habilidades Sociais. Uso todos as técnicas que aprendi nas oficinas da bolsa nos meus treinamentos, e o resultado?  Grandioso  sucesso”. Entrevistado B.

“Na minha entrevista de emprego a vaga exigia boa comunicação, didática e gerenciamento de conflitos. O entrevistador me perguntou: - Você tem alguma experiência em formação de pessoas? Você sabe gerenciar conflitos? Imagina que todas as minhas respostas eram pautadas sobre o que vivi no programa, por isso fui contratada”. Entrevistado F.

“A principal experiência em que posso me referir ao uso dos conceitos aprendidos, é sem duvida, nas atividades em equipe que realizo dentro do ambiente de trabalho. Onde tenho a possibilidade de colocar a maioria das concepções aprendidas em prática”. Entrevistado H.

“A utilização dos pilares, principalmente, da Responsabilidade Individual e da Interação face a face foram essenciais para que houvesse considerável melhora na minha convivência com os colegas de trabalho”. Entrevistado J.

A partir da análise feita acerca das respostas dos entrevistados foi possível constatar que 80% afirmam que a aprendizagem cooperativa ajudou na procura por emprego e foi um diferencial no currículo. Além disso, a maioria, também, diz aplicar os pilares da aprendizagem cooperativa, os pilares do cooperativismo, dentro do ambiente de trabalho.

4.2  UTILIZAÇÃO DOS PILARES NAS SITUAÇÕES DE TRABALHO

É quase unânime a necessidade da aplicação do método cooperativo nos ambientes de trabalho, tendo em vista que a obrigação incessante de atingir metas e alcançar objetivos é constante. Além desses fatores existe outro ainda mais preponderante: a natureza humana. O ser humano é bastante complexo e, apesar de possuírem algumas semelhanças, a história de vida vivenciada por cada um e a personalidade de cada indivíduo acaba por distanciar a maneira de pensar uns dos outros. É por isso que existem os conflitos, pois ninguém é igual a ninguém.

Baseando-se exatamente nos critérios acima elencados é possível constatar algumas situações que ocorrem quando não há o trabalho em equipe: necessidades mal combinadas, metas confusas e objetivos embolados, papéis não resolvidos, tomada de decisões ruim, conflitos de personalidades, liderança ruim e cultura anti-equipe.

Em diversas situações a utilização dos pilares se faz necessária. Por exemplo, quando o chefe de determinada empresa estabelece as metas gerais e individuais, cada funcionário automaticamente pensa em estratégias individualistas e, muitas vezes, egoístas. Dessa maneira facilmente, com seu próprio esforço e dedicação irá atingir as metas individuais. Entretanto, a empresa em si não prosperará efetivamente, tendo em vista que a competição exacerbada e impensada gera a impossibilidade e inviabilidade do trabalho em equipe.

4.3  COMO FUNCIONA A APLICAÇÃO DO MÉTODO COOPERATIVO NESSE AMBIENTE

Imaginando-se essa mesma situação em um grupo diverso, consciente da necessidade e da eficiência do método cooperativo, é possível, claramente, prever que haverá a aplicação dos pilares.

O grupo a partir da utilização da Interdependência Positiva contribuirá para que haja no ambiente de trabalho uma consciência geral no sentido de dependência mútua que se cria entre os funcionários e que é alcançada através da implementação de estratégias específicas de realização do trabalho, incluindo-se a divisão de tarefas de diferenciação de papéis, atribuição de recompensas e estabelecimento de objetivos comuns para todo o grupo.

A aplicação da responsabilidade Individual, que preza pelo compromisso de cada membro com a tarefa que lhe fora atribuída, sem que algum indivíduo seja extremamente sobrecarregado em detrimento de quem não cumpre seu dever, dessa forma, o trabalho flui naturalmente.

A resolução de conflitos através de debates e troca de argumentos acerca de determinado assunto propicia o trabalho conjunto, a partir da interação face a face, fazendo o que for necessário para o sucesso mútuo através do compartilhamento de recursos. Liderança, proatividade, consolidação da confiança, comunicação e gerenciamento de conflitos são habilidades sociais que capacitam os profissionais para o sucesso tanto no que diz respeito ao trabalho em equipe como no desempenho das tarefas individuais.

O processamento de grupo quando é posto em prática gera um progresso sempre constante do trabalho, resultando de uma análise cuidadosa a respeito de como os componentes do grupo trabalham entre si, de forma a assegurar sempre a maior eficácia possível nesse processo.

Dessa maneira, há a formação de um compromisso com o sucesso de outras pessoas, para além do sucesso individual, sendo a empresa beneficiada como um todo, tendo em vista que as metas serão alcançadas com muito mais celeridade.

 

4.4  QUAIS OS BENEFÍCIOS DA APLICAÇÃO DOS PILARES PARA A EMPRESA EM GERAL PARA QUEM OS APLICAM E PARA OS QUE ESTÃO AO REDOR

 

Além do que já fora exposto é fundamental perceber que não apenas a empresa é beneficiada, como também todos os funcionários, tendo em vista que não têm sua saúde psíquica e até mesmo física afetada.

Esse é realmente um aspecto bastante interessante a ser analisado, pois é possível constatar que quando não há sobrecarga de trabalho, o ambiente é saudável e a convivência com o próximo é harmônica os funcionário se estressam bem menos, ficam mais motivados e entusiasmados, os clientes ficam mais satisfeito, havendo, além de tudo isso, estímulo à inovação.

CONCLUSÃO

 

É possível, após a análise de todos os aspectos e situações elencados ao decorrer do artigo, constatar que é realmente eficaz e faz toda diferença no mercado de trabalho atual a combinação: aprendizagem cooperativa na formação de profissionais competentes e proativos e consequente aplicação do método cooperativo no ambiente de trabalho. Ou seja, a aplicação desse método só tende a crescer.

As empresas estão exigindo líderes multifuncionais, com atuação cada vez mais ampliada. Para isto ele necessita do suporte de uma equipe bem articulada, coesa e sincronizada. A fim de atender este novo papel, fazem-se necessárias algumas práticas, elencadas a partir dos pilares do método cooperativo, como: definição do objetivo, estabelecimento de funções, respeito à individualidade, resolução de conflitos, flexibilidade permanente, ambiente saudável, desenvolver o “fazer a diferença”, dar e receber feedback, avaliação e monitoramento, confiança, informações compartilhadas, motivação, comunicação, comprometimento e geração de valor e reconhecimento.

O trabalho em equipe envolve a paciência, a solidariedade, o planejamento, a aceitação da ideia do erro e de se conviver com colegas, cuja oportunidade, faz conhecê-los melhor e aprender com suas experiências e histórias de vida.

Diante de tantos benefícios é necessário que haja uma maior aplicação do método de aprendizagem cooperativa, tendo em vista a importância desta na formação de profissionais competentes.

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[1] Estudantes na Universidade Federal do Ceará.