O público infantil hoje é considerado um público consumidor. Como o varejo pode acompanhar esta transição?

Vejamos o histórico passado e a revolução dos costumes e hábitos. A própria emancipação feminina e sua participação atuante no mercado de trabalho, fizeram com que aumentasse a importância decisória do publico infantil em todos os itens de consumo. O decisor potencial de compras e tendências, até pela ausência de tempo dos pais, está cada vez mais para quem indiretamente participa dos veículos naturais da mídia moderna. Compete ao varejo entender e conseguir penetrar dentro do mundo aonde os hábitos infantis costumam pesquisar, acessar e orientar suas opções.

O poder de decisão, no caso de vestuário e calçados, já é das crianças. De que forma é possível encantar este pequeno cliente?

A imagem ainda é um forte apelo ao consumo, é pelo visual e forma criativa da sua exposição que conseguimos chamar a atenção, de um publico aonde a diversidade de opções ofusca o direcionamento entre esse ou aquele produto. A idéia da multi-utilidade de um produto é fantástica, ou seja , tentar ampliar seu uso ou mesmo sua necessidade. Lembramos a extensão adquirida pelas ações de empresas com o Mcdonald, adicionando prazer e desejo com suas seleções sempre atualizadas e renovadas na política de vendas dos alimentos versão infantil e também no segmento das tradicionais havaianas e o trabalho de imagem que agregou sua extensão de utilidade, unindo desejo renovável e colecionável ao mercado infantil.

A juventude compra sonhos e desejos, compete ao mercado impulsionar suas atitudes para encaminhar a percepção na direção dos seus interesses.

 Que estratégias de marketing funcionam com este público?

Não existe nada definido, no fundo o que faz atingir o resultado por um marketing inteligente é a capacidade de interpretação pela vivencia próxima ao mercado que preiteamos. Nesse caso a pesquisa e o entendimento das tendências futuras traduzem o que podemos criar como prazer em complementação aos estilos e gostos. Não consigo imaginar nada nesse mercado, sem a minha presença dentro dele ou seja se você não tem filhos, se matricule de alguma forma no mundo deles, perceba seus hábitos, assista seus filmes, conheça sua linguagem e assim comece a pensar no que gostariam amanhã.

Como atender este público? Dar atenção aos pais ou às crianças é a melhor opção?

Em primeiro trate-os como gostariam, lembrando que nossas crianças são os adolescentes do passado, acessam a internet, não mais se interessam por branca de neve e os sete anões, e assim devem ter um espaço que as valorizem integrando-as aos meios. Os Pais na verdade sempre estarão pelas definições finais do como definir as compras, mas cada vez mais distantes do onde e o que compra-las.

Em relação ao ponto-de-venda, como deve ser o lay out adequado?

Deve integrar vida, incluindo características que façam uma extensão dos seus mundos. Espaços que completem o produto adicionando processos de fixação e lembranças para garantir a preferência. A capacitação humana nesse item será fundamental pois estabelecerá vínculos de linguagem em todas as fases do processo e continuidade do envolvimento. 

Sérgio Dal Sasso, Consultor, Palestrante, Escritor e Articulista

  • Sérgio Dal Sasso é administrador empresarial formado pela FEA-USP, pós-graduado em gestão financeira e MBA varejo, ambos pela USP.
  • Sócio diretor da NCM soluções empresariais, com destacada experiência em soluções de desenvolvimento, recuperação e expansão de vendas.
  • Colunista da Revista Gestão&Negócios, articulista de diversas revistas e jornais, consultor de conteúdo da Globo/PEGN/TV. Seus artigos estão presentes em diversos paises da América Latina, África, Europa e Ásia. 
  • É um dos principais palestrantes em desenvolvimento profissional e empresarial do Brasil.
  • Co-Autor do Livro Os Gigantes da Vendas (Editoras Landscape e Quantum).

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