A globalização é um fenômeno inevitável e a utilização de palavras estrangeiras, principalmente o inglês, em território nacional está cada vez mais expressiva nos dias de hoje. É comum em lojas o emprego de palavras como "sale" e "off" ao invés de "liquidação" e "desconto". Para os mais conservadores, esse fenômeno é uma grande ameaça à língua portuguesa, mas há quem defenda o contrário, valorizando a heterogeneidade da língua nacional.
Quando se fala em estrangeirismo liga-se logo à perda de indentidade nacional. Porém, o uso de palavras estrangeiras não afeta a língua portuguesa, o que ocorre, porém, é um acréscimo no vocabulário e não uma substituição pelo que vem de fora. Proibir palavras de outro idioma em território nacional significa fechar o país para o mundo, remetendo ao nacionalismo exacerbado e à xenofobia, grandes vilões da prosperidade de um mundo globalizado.
O inglês é a língua universal e está presente em praticamente todas as relações diplomáticas no mundo. A utilização desse idioma em meios públicos abrange o entendimento à estrangeiros que não dominam a língua portuguesa, fazendo com que o turismo e o comércio do país tenham um crescimento notável. Cabe ao empreendedor ecolher fazer uso ou não do estrangeirismo, pondo em questão a expansão ou a restrição do público-alvo.
Seria uma ideia utópica tentar conter os efeitos da globalização. O estrangeirismo é um desses efeitos e não deve ser visto como uma ameaça à língua portuguesa, e sim como uma forma de enriquecer a formação intelectual das pessoas. As palavras estrangeiras não tomam o lugar das nacionais, apenas abrangem o entendimento de uma palavra em mais de um idioma.