ESTIMATIVA DO SEXO E IDADE ATRAVÉS DO ÍNDICE VERTICAL CRANIANO EM CRÂNIOS SECOS DE ADULTOS.
Publicado em 24 de maio de 2014 por RAFAEL PITANGA DAS VIRGENS
UTILIZAÇÃO DO INDICE VERTICAL CRANIANO NA ESTIMATIVA DO SEXO/IDADE
Autores: DAS VIRGENS*,Rafael Pitanga; DAS VIRGENS,Ricardo Pitanga; GALVAO, Luís Carlos Cavalcante; JUNIOR,Erasmo de Almeida
De um modo geral, o crânio fornece vários elementos que podem certamente ser utilizados na estimativa do sexo e da idade. A presente pesquisa teve por principal objetivo estudar as características diferenciais entre os crânios pertencentes a indivíduos de ambos os sexos e de diferentes idades pelo estudo do Índice Vertical Craniano, utilizando-se a altura Basiobregmática e longitude Glabelo-metalambda. Para tanto foram utilizados 160 crânios secos, sendo 80 do sexo feminino e 80 do sexo masculino compreendidos na faixa etária de 20 a 95 anos. Os esqueletos estudados eram de pessoas indigentes cujos familiares não reclamaram os ossos no tempo hábil administrativo estabelecido pelo Cemitério e que estavam sendo encaminhados para incineração. Estes ossos tinham sexo e idade conhecidos com absoluta segurança. Os resultados foram analisados estatísticamente pelos seguintes métodos: média e intervalo de confiança, regressão logística, análise discriminante e regressão linear múltipla. De acordo com os dados obtidos, os crânios masculinos apresentaram média superior aos femininos e não houve interposição de faixas com relação ao intervalo de confiança. A regressão logística apresentou um índice de acerto de 73% enquanto a análise discriminante obteve um índice de acerto de 66,9%. É possível que metodologias como a empregada no presente estudo, isolada ou ao lado de outras, possam vir a contribuir para o acerto de pesquisas sobre a investigação do sexo dentro da Odontologia Legal e de outros campos de estudo afins.
Palavra-chave: odontologia legal;sexo;idade
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. França, GV. Medicina Legal. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.
2. Galvão LCC. Determinação do sexo através da curva frontal e apófise mastóide. [Tese de Doutorado] São Paulo: Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas; 1998.
3. Francesquini Junior L, Francesquini LA, De La Cruz BM, Prereira SD, Ambrosano GM,Barbosa CM et al. Identification of sex using cranial base measurements. J Forensic Odontostomatol. 2007; 25(1):7-11.
4. Patil KR, Mody RN. Determination of sex by discriminant function analysis and stature by regression analysis: a lateral cephalometric study. Forensic Sci Int. 2005; 147(2-3): 175-80.
5. Kimmerle EH, Ross A, Slice D. Sexual dimorphism in America: geometric morphometric analysis of the craniofacial region. J Forensic Sci. 2008; 53(1): 54-7.
6. Rogers T L. Determing the sex of human remains through cranial morphology. J Forensic Sci. 2005; 50(3): 493-500.
7. Gapert R, Black S, Last J. Sex determination from the foramen magnum: discriminant function analysis in an eighteenth and nineteenth century British sample. Int J Legal Med.2009;123(1): 25-33.
8. Hatipoglu HG, Ozcan HN, Hatipoglu US, Yuksel E. Age, sex and mass index in relation to calvarial diploe thickness and craniometric data on MRI. Forensic Sci Int. 2008; 182(1-3): 46-51.