O ajuizamento clássico, centrado em provas, notas e boletins, ainda predominam na maior parte de nossas escolas. Contudo esse processo vem sofrendo muitas críticas e, aos poucos, vêm surgindo novos ensaios.
Uma interrogação muito pueril admitir ver tudo o que existi de lesivo na visão tradicional: O que almejamos quando "analisamos" as crianças? Classificá-las em ordem de notas ou calcular com mais um aparelho para ajudar cada uma a instruir-se?
A altercação desse assunto leva a uma terminação evidente: na educação elementar, a avaliação não pode mais servir para escolher quem passa e quem reprova e para racionar a turma numa maior parte de alunos "medianos", cercada por uma minoria de "melhores" e outra de "piores" do que a média.
É necessário que a avaliação enquadre para que todos possam ter experiências de sucesso, para nos nortear sobre os empecilhos, os pontos positivos e as necessidades de cada um. Não para confrontar os discentes entre si de acordo com um discernimento único, criando concorrência, inveja e frustração, mas para ajudar cada um a evoluir em relação a si mesmo.
A anuência desses conceitos está na origem de tentativas de analisar de outra forma. Aparecem os conceitos de avaliação constante e de auto-avaliação.
Um conhecimento que aparece com freqüência cada vez mais forte e permite elucidar o espírito das novas configurações de avaliar é o uso "portfólios". Eles são montados pelos próprios alunos com materiais como textos, desenhos e que, ao serem confrontados, permitem ao aluno observar e analisar a sua própria evolução.
Em alguns eventos, tenta-se definir o problema abolindo a avaliação, como ocorre na modificação das séries iniciais em ciclos de dois anos, sem reprovação entre um e outro.
É difícil transformar a avaliação sem distorcer todo o modo de atuar da escola. Isso porque, em lugares onde todo o trabalho é predefinido pelo dados pessoais e pelos livros didáticos, a necessidade de saber para "passar na prova" acaba sendo uma saída a que os docentes, sem livre-arbítrio para sair dos programas, apelam como forma derradeira de prender a atenção dos alunos.
De qualquer maneira, mesmo tendo conhecimento que notas e boletins continuam sendo os métodos preferidos das escolas, devem enaltecer o valor daquelas que, pelo menos, estão tentando reconstruir seu estilo de avaliação.

Marcondes de Sousa.