Segundo Dobránszky, a origem da linguagem humana sempre foi um tema fascinante que instigou e atraiu a maioria dos filósofos do ocidente, que em relação a ela formularam hipóteses muitas vezes conflitantes e outras muito próximas. De uma maneira genérica, de acordo com ele, podemos agrupar essas hipóteses em dois blocos: o da origem natural, que defende ter o signo linguístico uma relação com o referente que ele designa. E por outro lado, o da origem por convenção que funda a linguagem humana no contrato social. Mas, nos determos ao longo desta pesquisa em analisar dois pensadores que tem em comum a primeira tese são eles: Rousseau e Vico (cf. DOBRÁNSZKY, 1994, p. 166).

Consoante Abbagnano, a linguagem natural tem as seguintes características: primeiramente ela não é imitação, contudo criação (o que diferencia esta teoria da onomatopaica). A segunda tese é que a criação linguística não leva a conceitos ou a termos gerais, mas a imagem, que são sempre individuais ou particulares. A tese terceira e o fato que a criação linguística expressa não é um fato objetivo ou racional, mas subjetivo ou sentimental, é este propriamente o objeto da linguagem. Com tais características, essa teoria da linguagem foi expressa pela primeira vez por Vico, nos explica ele (cf. 1998, p. 619).