O momento atual pela qual passa a relação trabalhista empregador X empregadores ou capital X trabalho, conseqüência da atual realidade econômica globalizada do mundo, talvez possa ser considerado um fato marcante na historia social do pais, apesar das leis que regem estes contratos estarem bastantes defasadas, em relação ao foco das mudanças.

 

Um fato corriqueiro e que causa nos espanto, é que a maioria das leis trabalhistas vigentes no Brasil, serem de 30 anos passados e sempre que preciso, faz um pequeno ajuste nas mesmas para adaptarem a uma situação urgente, como é o caso do projeto de lei 2419/07, que regula o tipo de vinculo entre empresas versus estagiários, prevendo em tal, bolsa estagio, vale transporte e férias remuneradas de 30 dias, quando o estagio não for obrigatório.

 

Foi se a época em que existia a lealdade dos trabalhadores a seus empregos, a seus empregadores e as suas empresas, sendo hoje, esta lealdade substituída pela empregabilidade, ou seja, os trabalhadores buscam empregos que lhe proporcionam melhores condições, não só salarial, mas estrutural, técnico e qualitativo.

 

As organizações também, que antes contratavam muitos trabalhadores para serviços manuais, tornaram-se atualmente mais exigentes, procurando profissionais mais qualificados tecnicamente e com maior conhecimento individual e grupal e sistema tutorial inteligentes.

 

Daí como, as maiorias das organizações passaram a integrar um grupo econômico capitalista, busca nos estagiários, esse profissional com todas ou quase todas aquelas qualificações, sem, no entanto desembolsarem tanto no regime capital versus trabalho.

 

Assim devemos crer que a aprovação desse projeto de lei que regulamenta os estágios, vem para realmente corrigir as distorções e as desumanidades existentes hoje, nesta estranha relação entre empresas e estagiários, que passaram de complemento pedagógico para mão de obra barata.