UNIVERSIDADE TIRADENTES
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
LIMA, L. B; GOMES, E. S. F; REGINA, C.
Aracaju, 2008


ESQUISTOSSOMOSES NO MUNICÍPIO DE ARACAJU- SE.


1.INTRODUÇÃO

As Esquistossomoses ou como também conhecidas, bilharioses, são doenças causadas por helmintos, especialmente do gênero Schistosoma cujas principais espécies acometidoras de parasitoses humanas são S. mansoni, S. haematobium e S. japonicum. Dentre elas, somente a S. mansoni é encontrada na América do sul. No Brasil, a doença é popularmente conhecida por xistossomose, xistosomose, xistosa, barriga d? água ou doença dos caramujos (Rey, 2002).
O ciclo biológico deste parasita passa por duas fases. A primeira no hospedeiro intermediário (invertebrado) na qual o miracídio penetra no caramujo sofre transformações e origina a cercaria (vida livre). A segunda caracteriza-se pela penetração da cercaria no hospedeiro definitivo (vertebrado) no qual se modificará possibilitando-a de invadir o sistema sanguíneo e/ou linfático para posteriormente migrarem para o fígado ou baço. O ciclo só se encerra quando esse verme adulto inicia sua ovoposição (Katz, 2003).
Sua sintomatologia varia desde dores abdominais, diarréia, mal-estar á emagrecimento, tonturas, anorexia e flatulência. Sua diagnosticação pode ser feita através de exames laboratoriais a exemplo de: hemograma, ultrassonografia do abdômen, IDR, exames de fezes, biopsia retal, entre outros (Vidal, 2001).
Segundo Vidal (2001), no nordeste brasileiro, os estados do Pernambuco, Alagoas e Sergipe são considerados regiões hiperendêmicas. Neste ultimo, o número de esquistossomoses registrados de 2002 á 2008 chega a 65.606 (Dados obtidos através do site da Secretaria de estado da Saúde). No município de Aracaju, capital do estado, esse número de 2001 á 2006 é de 6234, tanto em zona urbana quanto em rural (Dados obtidos através do Sinan).
Este trabalho teve como objetivo, a realização de um levantamento de dados acerca dos casos confirmados de Esquistossomose ocorrido no município aracajuano com a finalidade de melhor aprendizado sobre a doença bem como, obter o valor estipulado para a composição da nota referente á 1ª unidade da matéria Parasitologia geral.

2.ANÁLESES DE DADOS

Foram obtidos os resultados de 30 localidades do município de Aracaju no período de 2006 a 2008 (Anexo 1). A quantidade de exames realizados nestas localidades foi de aproximadamente 85.301 numa população de 121.762.
Segundo a tabela o número de pessoas com faixa etária de 1-4, 5-16 e maior ou igual a 17 com ovos, é de 2.053, 477 e 71 respectivamente.
Diante do numero total de casos confirmados (2.601) observou-se que somente 1.663 obteve o tratamento indicado. No entanto é importante ressaltar que do número total 34 foram contra-indicado e 904 não aderiram ao tratamento.
O gráfico abaixo contém o número de casos confirmados em Aracaju entre os anos de 2001 á 2006. Nele pode-se perceber que há maior incidência na população masculina com faixa etária de 20 á 59 anos. O mesmo ocorre na população feminina.


3.CONCLUSÃO

Com base nas condições, pode-se afirmar que, existe um numero muito grande de casos da doença, o que é preocupante já que a doença é adquirida em parte por falta de saneamento básico e boas condições de água, a esquistossomose é uma das doenças ditas "de pobre".
Baseando-se na tabela (anexo1) concluímos que os bairros mais pobres são os que sofrem mais com a "barriga D?água" e que a secretaria de saúde de Aracaju não esta dando o suporte adequado as pessoas infectadas já que dos 121.762 habitantes dessas localidades, apenas 85.301 foram examinados. Alem do que dos 2.601 casos confirmados somente 1.663 teve o tratamento indicado. O que quer dizer que o restante pode ainda esta não só com a doença como também esta contaminando outras áreas.

4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES (CCZ).
KATZ, N; ALMEIDA, K. Esquistossomose, xistosa, barriga d?água. Cienc. Cult. Vol.55, n° 1: São Paulo, Jan./Mar, 2003.
SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE. Disponível em: <http://www.ses.se.gov.br/userfiles/pdf_indica/tabela1_2008.pdf.pdf> Acessado em: 01/10/2008 ás 23h25min.
VIDAL, M. A. N: et al. Esquistossomose Retal - Aspectos Clínicos e Endoscópicos. - Rev bras Coloproct, 2001; 21(2): 70-74.
SINAN, Sistema de Informação de Agravos De notificação. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/novo/. Acessado em: 30/09/2008 ás 23:00.
REY, L. Parasitologia Médica. Ganabara, koogan; 2ª edição, 2002.