ESPÍRITO: POTÊNCIAS INTEGRADAS DO SER 

Para o Espiritismo, como Doutrina dos Espíritos Superiores: o Espírito se definiria como um foco de inteligência que, em planos espirituais mais elevados, suas faculdades comporiam um Todo Anímico, um Atributo da Alma, cujas potências e faculdades outras do Ser, atuariam tal como Unidade Integrada, não sujeita a órgãos específicos tal como se verifica na fisicalidade biológica do corpo humano. 

O que, para nós, Seres reencarnados em corpos biológicos específicos da espécie, tornam-se coisas de não fácil compreensão, pois o Espírito em nós, por exemplo, tem os olhos como condutos próprios para enxergar, os ouvidos para ouvir, e etc., etc., enquanto que o Espírito livre da matéria tem a faculdade de perceber as coisas, de entender, ver e ouvir, por todo o seu Ser, e, ao mesmo tempo, pensar, raciocinar, sentir e agir, de modo igual, ou seja: como Atributo Anímico Unificado em Sua Pessoa, em sua Total Integralidade, onde suas tantas potências parecem estar em todo o seu Ser de modo Uno, conquanto Plural em suas faculdades. 

Pietro Ubaldi faz alusão a algo muito interessante. 

Em uma de suas grandes mensagens, o Espírito a que denominava “Sua Voz” o adverte no sentido de que não deverias procurar individuá-lo, porque não poderia; ninguém o poderia; e pedia, pois, para que ele (Ubaldi) não tentasse uma inútil hipótese, alegando, apenas, referido Espírito, aliás, muito elevado: Ser sempre o Mesmo; aquele Mesmo, portanto, de sua divina peregrinação. Aludem, alguns, que seria, pois, o próprio Cristo, ou, uma Entidade de elevação espiritual muito próxima do mesmo. 

“Sua Voz”, portanto, em sua celeste condição de Espírito Puro, passava-lhe a impressão de constituir um Foco de Inteligência não identificável por nossa tacanha evolução psíquica, tamanha sua progressão na Espiritualidade, sendo ela, pois: espiritual e moral. Mais ainda, em tal caso, importaria, sim, Sua Magnânima Presença de Luz e não sua presença física, ou perispirítica, que talvez criasse, ou densificasse, para comunicar-se, de modo físico e mental, com o referido Pietro Ubaldi: um dos mais potentes médiuns do Século 20 que se findara. 

Óbvio que tal condição nos parece ser atributos de Espíritos muito além do que possamos imaginar em termos de elevação espiritual, o que não se verifica, pois, com Seres vulgares, Homens desencarnados de craveira comum, nem santos nem sábios, mas simplesmente Homens que, no Mundo Espiritual, ainda se utilizam de órgãos perispiríticos muito densos e que pouco se diferenciam da organização biológica que abandonaram por desencarnação. 

O que significa dizer que o Espírito de baixos planos, em evoluindo, vai também sublimando sua roupagem exterior (perispirítica) e ganhando potências em Si, ou seja, em seu Estrutural Psíquico Individualizado. 

Assim, a impressão que se tem é de que somos um Enigma Pensante, de problemática definição, por nos situarmos aos antípodas do Espírito e, mais ainda, corporificados por densa túnica material. Se Somos o que Somos, ou, se Sou o que Sou, e, se me apercebo como Existente e sem possível fuga de minha Realidade Anímica, entretanto, não sei o que Sou, ou, do que Sou feito e constituído, conquanto me aperceba intimamente com todos os meus atributos, virtudes e defeitos, estes últimos, os quais, devo me livrar ganhando em qualidade, potência, evolução. 

Em meu íntimo, portanto, e, entretanto, manifesta-se a ideia concreta de que somos, de fato, uma Potência Vibrátil, Dinâmica que, numa comparação imprecisa, se definiria tal como uma lanterna (luz) alimentada por algum dispositivo químico (uma bateria), quando então emite, por referida condição: foco de irradiante e mui bem definida luz. 

Com a diferença de que nossa Inteligência e Moralidade, na forma de Luz, de pensamento contínuo e demais potências de sua condição anímica, arroja-se de nós mesmos alimentados que estamos, permanentemente, por algum “dispositivo” universal, do qual dependemos, conquanto livres em nossas ações, entretanto, responsáveis diretos pelas mesmas. 

Assim, pois, se buscarmos a gênese do Espírito, como Ser Pensante e Individualizado, ver-se-á que o mesmo fora originado de uma Substância Inteligente a que se designa Espírito, ou então, se o quisermos: Princípio Inteligente do Universo.Mas como tal Substância, ou Espírito, não é fácil de ser analisado e interpretado pela pobreza dos nossos conceitos, bem como pela insuficiência da linguagem humana, pode-se dizer que o mesmo (Espírito) guarda alguma sinonímia com um “plasma inteligente” que, por sua vez, se origina da Inteligência Universal. 

No mais, como sempre: um grande abraço do amigo: 

Fernando Rosemberg Patrocinio:

Fundador de Casa Espírita Cristã, Coordenador de Estudos Doutrinários, Articulista, Palestrante e Escritor de diversos e.Books gratuitos em seu blog: 

-filosofia do infinito-, ou, eletronicamente: 
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