RESUMO

Os gregos são grandes influenciadores da humanidade, suas invenções, filosofias e costumes ultrapassaram séculos e chegam aos dias atuais até mesmo como forma de vida. Por anos os gregos cultuaram o corpo o tratando como um templo de força e um presente dos deuses, que o treinavam em templos e faziam questões de deixa-lo nu para mostrar toda a virilidade e força, em Esparta o culto ao corpo era ainda mais forte, pois era treinado desde a infância para servir ao estado em guerras, onde morrer por ele era glorioso.O presente trabalho tem a intenção de mostrar essa cultura corpórea e militar, que é ainda muito destacada nos dias atuais.

PALAVRAS CHAVE: Esparta; Corpo; Cultura; Poder.

  1. INTRODUÇÃO

Quando se propõe a realizar uma reflexão sobre a história, nos vem a lembrar de um passado onde a maneira de viver e agir possuíam valores e culturas bastante diferenciados dos quais se experimenta atualmente. Pensar sobre o modo de vida em Esparta, entre os séculos IX e VII a.C. não seria diferente.

Como bem se sabe, Esparta surgiu na planície da Lacônia, no sul da Grécia, região localizada na Península do Peloponeso. Ao que parece, seus fundadores foram os dórios, que ali se estabeleceram depois de destruir Micenas, dando origem à cidade por volta do século IX a.C. (ARRUDA, 2002).

Até o século VII a.C., Esparta não diferia muito das demais cidades gregas, sendo governada por dois reis, ou seja, uma diarquia, que exerciam o poder em tempo de guerra, assistidos pelo Conselho dos Anciãos, isto é, o Gerúsia. O órgão mais importante era representado pela Ápela, que era uma assembleia tal qual reunia todos os cidadãos dórios, a quem cabiam as decisões finais sobre todos os assuntos políticos e administrativos. Essa organização era atribuída a Licurgo, legislador lendário de Esparta.

Mas os espartanos se destacaram, também, como nenhum outro até a ascensão de Roma em uma outra área bastante peculiar, a bélica. Muito bem treinados e disciplinados, os espartanos desenvolveram habilidades de luta e guerra bastante estratégicas, que acabaram por deixar gravado na história grandes feitos, dentre esses destaca-se a provável batalha de Tróia, narrada por Ulisses em seu texto “A Odisseia”.

Nesse norte de conhecer a vida dos gloriosos espartanos que esse trabalho é construído, afinal, como um povo com tendências tão fortes a guerra ao ponto de colocar as crianças sobre forte treinamento/tortura, pode se tornar um povo tão engessado em sua cultura e respeitado na Grécia? E foi exatamente dentro dessa questão que surgiu a necessidade do aprofundamento no estudo do modo de vida, cultura e nas artes marciais, essas que por sua vez eram imbatíveis por outros exércitos, no entanto a coleta desse material foi um tanto que difícil, pois há muitos autores e muitas histórias, das quais algumas serão destacadas ao longo do texto.