Existia nesse imenso espaço, um espaço vago, onde nada se tinha. Então Deus resolveu preenche-lo: criou então o planeta Terra, com suas terras, mas achou ela muito seca e assim não teria muita serventia.

Ele pensou e resolveu criar as águas, cada uma para suas definidas espécies.

Achava que mesmo o espaço preenchido, ainda restava certo vazio e de uma única vez criou todos os animais.

Mas havia algo de triste, pois não existe a alegria das cores e ele resolveu de certa forma criar toda a vegetação.

Estava escuro e resolveu deixar o Sol nascer, então ficou muito quente e resolveu deixar a lua clarear o lado escuro e frio.

Pronto! Estava tudo muito lindo, mas imperfeito! Do que serviu preencher um espaço tão grande, com coisas tão lindas, mas que não tivesse ninguém que cultivasse e levasse adiante suas obras?!

Então ele criou o homem e deu-lhes sabedoria e assim eles fizeram cumprir o maior de seus valores e criaram muitas outras coisas, coisas estas que ainda não estavam saindo da forma que Deus planejara. Algo os faltava, apesar de terem tudo para a sua sobrevivência, algo de importante os faltava.

Então Deus enviou a Terra um anjo deixou como sua missão plantar entre os homens o que estava faltando. Então desceu o anjo a Terra e tudo ele verificou sem deixar escapar nada diante os seus olhos, na verdade tudo já se tinha.

O anjo voltou ao céu e disse a Deus:

- Senhor, fiz o que tu me pediste, vasculhei cada grão de terra que por lá existe, mas não encontrei o que os falta. De fato tudo é perfeito.

Então Deus o respondeu:

- Não te mandeis procurar o que está faltando e sim ordenei que tu plantasses o que fosse para eles de sua precisão. Volte e haja com a tua sabedoria.

Então o anjo obediente voltou, porém estava muito confuso.

Olhou o azul do céu, observou os cantos dos pássaros, sentiu a brisa em seu rosto, bebeu da água que por lá tinha, deparou-se com as atitudes dos homens e sentiu que eles tinham em si a solidão... Ele pensou e disse:

- Já sei!

Em tudo o que o Senhor criou existe a continuidade, como a própria vegetação, as companheiras dos animais, como no rio que corre pro mar.

Imediatamente o anjo sábio foi até a árvore mais alta de toda a Terra, a qual recebia o nome de "arvore genealógica" e de seus frutos colheu uma semente e com esta semente fez tua obra, plantou-a e resolveu a cada dia regá-la com algo de especial. Em um dia a regou com ternura, no dia seguinte com amor, no outro dia carinho, depois com compreensão, integridade, paciência diplomacia... Com tudo que resultasse em virtudes e dias depois nascera uma linda flor.

O anjo voltou ao céu e disse:

- Senhor, encontrei a solução para a minha missão, só não sei que nome devo dar aquela que a flor fez desabrochar?

Deus então olhou de seus olhos e disse-lhe:

- Dê-lhe o nome de MULHER, pois é de merecimento aquela que de tanto amor conseguiu desabrochar, aquela que veio ao meio dos homens trazer companheirismo, compreensão, carinho e acima de tudo fazer ressurgir a vida.

A ela seja dado esse nome o qual abençôo por todas as gerações, pois além de mim só elas tem o dom de conceber a vida.