Escravos da Pátria.
Publicado em 10 de outubro de 2013 por Edjar Dias de Vasconcelos
Pátria amada.
Quem é esse homem.
Preso a uma Pátria.
Sem Pátria.
É como uma mãe.
Que não consegue.
Amar seus filhos.
Quis ter vários deles.
Com objetivo de escravizá-los.
A Pátria é a Terra.
Amo o Brasil como solo.
E não a instituição.
Mas não nego o seu valor.
Na sua natureza política.
Sou contrário apenas.
A forma em que foi estabelecida.
Sou profundamente admirador.
Da instituição.
Quando deixa a Pátria.
Ser a Pátria dos próprios filhos.
Como pode ser Pátria.
Quando o objetivo.
É extorquir o povo.
Na Idade média.
O servo trabalhava.
Dois dias para o senhor feudal.
E três dias para si mesmo.
Essa lógica funcionava.
No Antigo Regime.
No novo Regime.
No liberalismo econômico.
Brasileiro.
Cada dia trabalhado.
Em dois dias.
Um dos dois dias.
Pertence a Pátria.
Se um individuo ganhar.
Mil reais.
Quinhentos reais.
Tem que doar a Pátria.
Nas mais diversas formas.
De impostos.
Essa lógica.
Em toda história da humanidade.
É o maior regime de escravidão.
Estabelecido historicamente.
Nem mesmo na sociedade.
Escravagista.
Tinha tal proporção.
De exploração.
Isso porque os escravos.
Tinham comida.
Onde dormir.
E roupa para proteger do frio.
E milhões de brasileiros.
Não tem nem mesmo água.
Para tomar.
O mundo contemporâneo.
Estabeleceu.
Na pátria amada.
A verdadeira escravidão.
Acontece que a Pátria.
É uma entidade metafísica.
Por detrás da Pátria.
Estão os políticos.
Eles não deixam a Pátria.
Pertencer.
A todos os filhos da Pátria.
Como pode um carro Honda.
Produzido nos Estados unidos.
Ser vendido.
Por vinte oito mil reais.
No Brasil.
Noventa mil reais.
Que Pátria é essa?
Se a mesma multinacional.
Produz o carro lá.
E aqui.
Com uma diferença fundamental.
O trabalhador que fabrica o carro.
Estando nos Estados Unidos.
Ganha oito vezes mais.
Que o mesmo trabalhador.
Que está no Brasil.
Em nossa Pátria amada.
Existe algo de errado.
O custo do celular.
No seu uso cotidiano.
No Brasil.
Chega ser dez vezes.
Maior.
Que em diversos lugares.
Do mundo.
Poderia citar mil exemplos.
Citarei dois outros.
O Brasil é praticamente.
A quinta economia do mundo.
Quase quarenta por cento.
Da sua população.
Vive em estado de miséria.
A Dinamarca não faz parte.
Nem mesmo vigésima.
Economia do mundo.
Portanto, estatisticamente.
É uma Pátria pobre.
Mas seus filhos ganham.
Em média.
Cinco mil euros por mês.
Se um brasileiro.
Chegar a um restaurante.
Na Dinamarca.
E encontrar um médico.
Um deputado.
E um motorista de caminhão.
E tentar diferenciá-los.
Pela roupa que usam.
Pelo carro que tem.
Não saberá compreender.
Quem é quem entre eles.
Como pode um país.
Comparativamente.
Ser pobre.
E os filhos da Pátria.
Não serem pobres?
A Dinamarca é capitalista.
O Brasil também é capitalista.
A china é praticamente.
O primeiro país do mundo.
Porque sua economia já está.
Superando a economia americana.
Oitenta por cento da sua população.
Vive na miséria.
A china é um país socialista.
E será brevemente a primeira.
Economia do mundo.
Então o socialismo.
Deveria ser o sistema político.
Correto.
O capitalismo o sistema errado.
Mas a questão fundamental.
Não é exatamente essa proposição.
Qual é a proposição.
A única que evita os filhos.
Serem escravo da própria amada.
Muito simples.
A política econômica formulada.
Pela Dinamarca.
Desenvolvimento econômico.
Com desenvolvido humano.
A economia pode ser capitalista.
Mas a produção da riqueza.
Tem que ser socialista.
Então filhos da Pátria amada.
O desenvolvimento de uma nação.
Tem que ter uma proposta política.
Correta para eliminar a pobreza.
Pelo o que conheço.
Das ideologias dos nossos políticos.
Eles não têm a perspectiva.
Do desenvolvimento da Dinamarca.
Quanto ao povo.
Prepare-se para ser.
Eternamente pobre.
Ou procure conhecer.
O mecanismo do desenvolvimento.
Econômico das nações.
Ou será sempre um idiota.
Pagador de imposto.
Escravo da nação.
A burguesia,
Institucionalizou a Pátria amada.
Apenas para ela.
Os políticos são seus funcionários.
De extrema confiança.
Pobre povo servo.
Da Pátria amada.
Edjar Dias de Vasconcelos.