Escola e Conhecimento. Mário Sérgio Cortella. Prova de Concurso Públicol.
Publicado em 04 de novembro de 2013 por Edjar Dias de Vasconcelos
Escola e Conhecimento.
Mário Sérgio Cortella.
Diz Cortella.
O verdadeiro objetivo.
Da escola pública.
É democratizar o saber.
Na Educação.
Para a classe trabalhadora.
Com sólida base científica.
Cuja finalidade é evitar.
Apartheid social e político.
Implantado pelas elites econômicas.
Na construção da cidadania.
É necessária a defesa.
Solidariedade para classe social.
Deve se entender, portanto, o conhecimento.
Como uma construção cultural.
Social, político e histórico.
Até o momento a escola.
Tem sido conservadora e inovadora.
Ao mesmo tempo.
O modo como o conhecimento.
É compreendido, escolhido, transmitido.
Particularmente recriado.
Na história do saber.
O homem teve que fazer-se, construir-se.
A partir do mundo do trabalho.
E do meio ambiente.
Somente o homem é capaz da ação.
De transformação por meio da consciência.
O homem age intencionalmente.
Para realizar o que é necessário.
Tudo acontece por meio da práxis.
A cultura é o conjunto dos resultados.
Da ação humana, por meio do trabalho.
O homem não nasce humano.
Torna-se humano na vida social e histórica.
Por intermédio da formulação cultural.
É a cultura que produz a hominização.
O conhecimento é um bem de produção.
Temos as ideias a partir das coisas.
Que fazemos.
Uma dialética entre as ideias e as coisas.
O educador precisa entender.
O caráter múltiplo e diverso da humanidade.
A respeito do conhecimento e da verdade.
Cortella desenvolve a história dos paradigmas.
Somos culturalmente herdeiros dos gregos.
O paradigma de Platão.
Que consiste na seguinte ideia.
A noção da verdade como descoberta.
Estabelecida a partir das teorias.
De dois mundos.
O nosso mundo é o mundo sensível.
Das coisas.
Das materialidades e das aparências.
O mundo das copias.
Existe outro mundo.
Do qual o mundo sensível participa.
Que é mundo inteligível das formas.
Das essências.
A diferença dos dois mundos.
É que o mundo em que estamos.
Ele é apenas participativo do mundo real.
Com efeito, é um mundo mutável.
Imperfeito e finito.
O outro mundo, imaterial, imutável.
Eterno e perfeito.
A concepção pedagógica nesse paradigma.
Fundamenta se que a nossa alma.
Já conhecia a priori o outro mundo.
Em referência.
Mas que pelo fato de estar no mundo sensível.
A alma esqueceu o que está nela mesma.
Portanto, o ato do conhecimento.
É um ato de recordar se.
Conhecer, portanto, é recordar-se.
Descobrir-se.
O que já está dentro da memória do homem.
Ele refere alegoria platônica.
A caverna de Platão.
Como lógica da explicação.
Esse é o primeiro paradigma da história.
Da pedagogia da educação.
Posteriormente fala de Aristóteles.
Como construtor do segundo paradigma.
Seu método é racionalista.
Mas sobretudo, empírico.
O verdadeiro conhecimento procede.
Essencialmente da experimentação.
Juncada a observação.
Cortella deixa claro.
Que a concepção que ele adota em seu livro.
Não é platônico.
Porque as verdades são produzidas.
Nesse mundo.
Não é totalmente aristotélico.
Porque as verdades não são eternas.
Muito menos absolutas.
A verdade é uma construção cultural.
Produzida dentro do tempo histórico.
Não sendo nem absoluta nem eterna.
Cortella retoma a ideia crucial.
Entre a educação e o conhecimento.
Como construção cultural.
Com efeito, mutável.
Por outro lado, o conhecimento também.
É fruto de convencionalidade.
De acordos circunstanciais.
Motivo pelo qual possibilita a interpretação.
Para Cortella todo saber pressupõe.
Uma intencionalidade.
Não existe busca do saber sem finalidade.
Por esse motivo o erro faz parte do ato.
Do conhecimento.
O conhecimento não se realiza só acertando.
Razão pela qual todo educador precisa ter.
O universo vivencial discente.
O princípio da aprendizagem é a criatividade.
Educador precisa de um ponto de partida.
E uma meta de chegada.
A verdadeira finalidade pedagógica.
E fazer avançar a capacidade de compreender.
Intervindo na realidade para além do presente.
Gerando autonomia e humanização.
Ainda fala do pedagocídio intencional.
O uso não reflexivo e crítico.
Dos livros didáticos.
Conteúdos abstratos e sem integração.
A cupabilização do aluno pelo fracasso.
O ato de ensinar requer o entendimento.
Que a educação é ideologia.
E que não existe neutralidade na prática.
Do ensino.
Que é necessário reinventar.
A Ética da rebeldia.
Educar é transformar a realidade.
Visando um mundo melhor, mais humano.
Portanto, é necessário.
A inconformidade docente.
Porque educar significa criar outro mundo.
Que seja exatamente melhor para todos.
Edjar Dias de Vasconcelos.