Esclarecimentos históricos a respeito da figura de Jesus Cristo.

O primeiro grande esclarecimento, quando Jesus nasceu o Imperador de Roma era Cezar Augusto, a terminologia Augusto significa Imperador divino, quando Jesus morreu Roma estava sobre outro Governo, cujo nome era Cezar Tibério.

 Naquela época não existia a etimologia rei, a figura do rei surgiu posteriormente na história.  O nome completo de Cezar Augusto era Gaio Júlio Cézar Otaviano. Seu governo foi relativamente longo.

 Cezar Augusto governou Roma a partir exatamente de 16 de janeiro do ano 27 antes da era do nosso tempo até 19 de agosto do ano 14 depois de Cristo. No entanto, quando Jesus foi morto possivelmente na cruz, o Imperador era Cezar Tibério.

 Sendo que Tibério governou  Roma do ano 14 a 37. Esses dados são conflitantes em relação data do nascimento a morte de Cristo, o que significa que os dados históricos a respeito da vida e morte de Cristo não são confiáveis pela historiografia bíblica.

  Muitos documentos apócrifos bíblicos atribuídos a esse período desconheciam dados históricos, como a suposta carta de Pilatos ao imperador, o que significa imaginar que os textos foram falsificados. A falsificação era muito comum nesse período a tudo que se referia ao cristianismo.    

 A respeito dos dados históricos, o Imperador romano não ficava presente a cidade de Jerusalém, sequer costumava ir a esse local, que fica a mais de dois mil quilômetros de Roma.

Roma quando tomava politicamente a uma determinada região, tinha como tradição nomear governadores como seus colaboradores, desenvolvia esse procedimento fazendo uso de pessoas da própria região dominada.

Os governadores tinham alguma liberdade, mas era obrigatório manter fidelidade ao Imperador, contrariamente eram depostos e mortos, após relativo julgamento, o que naturalmente era político.

 A principal função de um governador era manter a ordem e cobrar impostos aos quais deveriam ser pagos a Roma, muitas vezes o Imperador confundia o imposto de Roma ao direito de propriedade dele mesmo, o conceito da ideia do bem público nasceu nesse período histórico.

 Cujo significado não tem nada a ver com o conceito moderno. O bem público tudo que Império conseguia de outro povo dominado, era colocado na praça e dividido entre autoridades e militares.  Motivo pelo qual resultou o termo bem público, o que significa na etimológica histórica a divisão do roubo. 

Portanto, a corrupção foi um fato latino, produto da cultura de povos latinos, inventado pelo Império romano. O povo sempre achou esse procedimento inteiramente normal, não é sem razão que países de origem de povos latinos são os mais corruptos do mundo.

 A corrupção sempre foi um elemento cultural entre esses povos, para a tristeza do nosso país que é latino. Outro dado cultural produzido em épocas históricas distintas, o latino sempre entendeu o Estado, não como Instituição política da sociedade, mas das classes políticas institucionalizadas no poder, mentalidade prevalecente ainda hoje.

  O que se realizava em Roma em termos do direito público objetivava o direito de propriedade do Imperador e do senado, todos os povos colonizados numa relação direta com a cultura latina, ainda pensa desse modo, os bens públicos e o poder público pertencem à classe dominadora politicamente.

 É só fazer uma análise dos Estados constituídos cuja origem étnica vem do latim, são os povos mais corruptos conhecidos na história do mundo.

Os povos latinos na figura das suas autoridades políticas tinham como costume de tratar todos àqueles que contestavam o domínio político e a exploração, os opositores de qualquer forma política, eram vistos como bandidos.

  Essa prática política tornou-se cultura, naturalmente ideológica também no Brasil, a tradição dessa maldição cultural no regime militar, aqueles que lutaram para redemocratização do país, teve tratamentos de marginais, como se fosse antipatriotas.

 A cultura latina criou um conceito equivocado de pátria, como se a referida fosse daqueles que detém o poder econômico em mãos e naturalmente a política.

 Em nossos dias o movimento de rua exigindo mudança política no Brasil, é entendido por muita gente como ação de marginalidade, fruto de uma herança cultural ideológica das elites econômicas resultadas de tradições distantes.   

 Voltando a nossa análise, Roma assumiu o controle político de Jerusalém no ano 63 antes de Cristo. No inicio a classe dominante de Israel governava o povo Judeu, sem desenvolver grandes conflitos entre Jerusalém e Roma.

 Mas na medida em que os impostos aumentavam sobre a população de Israel começou a desenvolver conflitos irreconciliáveis.

 Para resolver essa situação de conflito político, Roma indicou Herodes como rei dos Judeus. Era ele quem governava Jerusalém até perto do nascimento de Jesus.

 A história que Herodes mandou matar as crianças com a finalidade de eliminar Jesus retirando a possibilidade da existência na terra de um suposto Deus.

 Como Herodes poderia ter mandado matar as crianças, se ele governou Israel dos anos 37 ao ano 4 antes de Cristo. Portanto, quando Cristo nasceu ele estava morto, o fato histórico refere ao primeiro Herodes e não a sucessão dos Herodes no poder, evidentemente um erro de relato.

  Bíblia é cheia de falsificações de relatos em referência aos fatos, quem tem o domínio exato da história sabe exatamente que certas descrições são mentirosas.  Existe um grande historiador evangélico, que faz uma Análise das grandes falsificações da bíblia em relação aos fatos históricos.  

 Seu nome Bart D. Ehrman, escreveu um livro que ficou famoso cujo título: Quem escreveu a Bíblia, ele faz uma análise de centenas de falsificações, que não confere com o tempo histórico dos fatos, essas falsificações são atribuídas a Deus como verdades reveladas, na verdade como se Deus fosse um profissional da mentira.

Alguns fatos nunca aconteceram como, por exemplo, a ressurreição de Lázaro, multiplicações dos Pães, certas curas, a transformação da água em vinho entre tantos outros, esses relatos tinham apenas o objetivo de mistificar a pessoa de Jesus Cristo.

 Com  a finalidade de não pairar sobre ele, nenhuma forma de dúvida, favorecer na conversão de pessoas desavisadas culturalmente, a respeito da fé cristã.

 Para entender se um fato é real, necessário fazer uso das provas culturais e históricas. O aspecto cultural da prova à família de Jesus era da alta aristocracia judia, e alguém da aristocracia só poderia ser condenado depois do julgamento com a defesa perante a um tribunal especial.

 Sendo desse modo, Herodes além do erro histórico, já estava morto, não poderia matar as crianças inocentes da aristocracia, porque o direito eclesial de Israel do seu tempo proibia. Jesus era da alta aristocracia, o fato de ter sido rabino é a prova histórica.  

 É muito difícil uma análise perfeita com dados históricos, se Herodes mandou matar as crianças com o objetivo de matar o menino Jesus, por ter certeza que era Deus, como poderia ter realizado tal ato, quando já estava morto.

O pior de tudo Jesus com 33 anos é julgado e condenado, naturalmente aparece novamente à figura de Herodes, na troca dele por Barrabás, negociata resolvida entre Pilatos e Herodes, quando Herodes já teria morrido.

 Pilatos historicamente fazia parte do governo de uma província de Israel. Com efeito, o novo Herodes era superior politicamente a Pilatos, tinha poder para solucionar sozinho a questão.

 Ainda com um agravante de acordo com as leis Judaicas crime por heresia religiosa não aplicava a pena por crucificação na cruz, normalmente era apedrejado, Jesus sendo morto na cruz a motivação era apenas política.

 De acordo ainda com historiografia da criminologia antiga romana, crucificação na cruz, pena aplicada pelo direito romano, cabia em situação de crime político contra o Estado ou marginalidade. Jesus pelo próprio direito, jamais teria sido crucificado se tivesse tão somente envolvido em questões religiosas.  

A explicação a respeito da morte de Jesus é ilógica,  aconteceram a sucessão de outros Herodes no poder como Governador de Israel, até aqui tudo bem, mas como Herodes deixaria o que julgamento final fosse decidido por Pilatos, quando o governador geral de Israel era Herodes e não Pilatos.

 Sendo que Pilatos tinha em mãos apenas o governo de uma pequena província.  Metaforicamente comparando, como uma deportação política do Brasil para outro país qualquer, a decisão não seria tomada pelo Presidente da República, mas pelo governador do Acre.   

 Natural que na linha de sucessão surgiram outros Herodes, contrariamente não teria como entender a história de Roma e de Israel. Diz à literatura que Herodes foi um grande governador realizando grandes obras, mas foi também um ditador a serviço do Império romano.

O próprio Evangelho relata como perverso Herodes, mas aqui já não estamos falando do primeiro Herodes, o que supostamente matou as crianças, mas de outros Herodes na linha de sucessão que desenvolveram conflitos religiosos, limitando o poder do sumo sacerdote na época  de Caifás.

A rebelião desenvolvida por Jesus com apoio de uma parte dos sacerdotes era também camufladamente defendida pelo sumo sacerdote, dado a sua limitação do poder, então como o sumo sacerdote que estava sempre ameaçado poderia exigir por parte de Herodes a condenação de Jesus, quando o sumo sacerdote dava apoio a esses atos.

 Houve várias tentativas de reforma do tempo, que significava a retomada do poder por partes dos sacerdotes, o que se denomina da luta dos rabinos, Jesus Cristo foi um rabino, o que hoje numa linguagem comum pode ser denominado da figura do padre.

Então o velho Herodes que governou Israel por 33 anos, restringiu o papel do clero apenas as suas funções religiosas, do mesmo modo do sumo sacerdote, O motivo das rebeliões dos rabinos, entre essas rebeliões, a que fora  comandando por Jesus Cristo.

 Mas como explicar a contradição o primeiro Herodes que  morre 4 anos antes de Jesus nascer e participa pelos relatos na decisão da morte de Cristo.   

Entre as reformas do velho Herodes, ele cortou definitivamente o poder do sumo sacerdote, retirou desse cargo o direito vitalício, passou ser apenas nomeado por ele.

 Para atender posições romanas, Herodes indicou sete sumos sacerdotes consecutivos, provocando muitas revoltas ao meio dos rabinos.  Restringiram os rabinos as funções religiosas. Mas esse Herodes estava morto antes desses acontecimentos.

Quando ele morreu Israel pegou fogo, muitas revoltas, para acalmar a situação caótica, Roma teve que intervir militarmente crucificando duas mil pessoas, muitas regiões de Israel foram destruídas.

Roma como solução dividiu a região governada pelo novo Herodes em áreas políticas distintas, sendo o novo Herodes o grande rei e seus filhos governadores particulares.  As regiões de Galileia e Pereia ficaram com Herodes Antipas, Felipe recebeu a região ao nordeste do Jordão.  

Arquelau ficou com a Judéia e  Samaria. No ano 6 depois de Cristo,  Roma tirou Arquelau do poder e começou a comandar a parte de território com o governador nomeado pelo governo de Roma,  exatamente por Tibério,  Pilatos que foi indicado chegando a Israel para substituir Arquelau no poder da província de Samaria.

Sabemos que existem muitos erros de cálculos e que os relatos bíblicos foram falsificados como mostram os estudos desenvolvidos pelo professor historiador Bart D. Ehrman. A grande pergunta por que fizeram isso?

 Também estudei teologia e sou professor de História e Filosofia, passei a maior parte da minha vida dentro de conventos, e sei que os estudos do professor Ehrman não são inteiramente equivocados e muito menos o seu desejo não é só fazer sucesso com venda dos seus livros.

Ele tem como objetivo estabelecer a verdade, como também esse é o meu objetivo, a bíblia é ou não um livro inspirado por Deus, partimos da hipótese que seja, veja qual a consequência dessa hipótese, ou Deus não é tão inteligente, dado as informações não verdadeiras, ou nunca teve objetivo de defender a verdade.

Esses atributos não coincidem com a personalidade de Deus, isso significa que Bíblia é um livro comum escrito por homens às vezes ignorantes que desconhecia as verdadeiras realidades dos fatos e a realização dos seus tempos históricos.

Edjar Dias de Vasconcelos.