*SOUSA, Sirlene Alves de Oliveira

Resumo:

O presente artigo engloba um fator importantíssimo em que desenvolve saberes e análise do espaço escolar relacionando o fator ergonômico do aluno inserido nesse ambiente, observando também, quais são as perspectivas mudanças paradigmáticas para adquirir hábitos e comportamentos que favorecem ao bem estar, aperfeiçoando as atividades geridas pela instituição.

 Palavras-Chave: Escola, Ergonomia, Bem estar.

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* Funcionária Pública do Apoio Administrativo Educacional de Infraestrutura.

1. Introdução:

            Sabe-se que muitas vezes o ambiente escolar tem uma cultura própria de gestão e essa matriz cultural, encontra profundamente enraizado no pensamento e na prática de cada indivíduo da instituição. Esse paradigma nas escolas é algo incorpóreo, escondendo subjetivamente o suficiente para contrariar propósitos de mudanças, portanto a instituição de ensino e a comunidade escolar devem estar em constantes mudanças e renovações para que não caia na rotina suas atividades educativas, por isso é de suma importância que a ergonomia entre em contato com essa sociedade escolar enfatizando assim, a ferramenta que ajuda a embasar ações que interferem indiretamente ou diretamente a essas atividades que de certa forma, podem ocorrer uma mudança na qualidade de ensino e de bem estar, gerando assim, um sistema produtivo.

2. Desenvolvimento:

            Teóricos críticos do mundo inteiro afirmam que os sistemas educativos são aparatos da ideologia dominante, favorecidos por dois fortes instrumentos: o currículo oficial e o currículo "oculto", este simbolizando atitudes, comportamentos, normas, orientações e valores não explícitos, não habitualmente mencionados no currículo oficial, mas que extravasam, são incontroláveis. Deliberados ou não, passam por rituais e campainha para indicar horários de entrada e saída, recreação, organização do espaço letivo, pela separação das crianças por faixa etária, castigo, recompensa e poder, e pelos papéis que devem ser desempenhados por professores e alunos: um "ensina", o outro "aprende" e assim por diante. Não pensam como o aluno se comporta, como se senta, como reage em relações às atividades geridas. Esse é um tipo monótipo de instituição que não se aderem para as perspectivas de mudanças no ambiente escolar. (CANDIDO, 2012)

            Por isso a ergonomia faz uma reparação para esse tipo de ocasião, pois requer o bem estar, uma qualidade melhor no ensino, uma postura de sentar, de falar, de reagir e ir se desenvolvendo para a sua eficiência.  A Ergonomia surgiu após a Segunda Guerra Mundial, devido às falhas ocorridas na interface homem-máquina. Este estudo nasce com os objetivos práticos de segurança, satisfação e bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com os sistemas produtivos. Ao contrário do Taylorismo, que buscava a eficiência e o aumento da produção, na Ergonomia, a eficiência vem como resultado, pois visa, em primeiro lugar, o bem-estar do trabalhador e parte do conhecimento do homem para fazer o projeto do trabalho, ajustando-o às suas capacidades e limitações humanas. (PEREIRA & PINTO, 2013)

            As escolas no dia a dia ainda têm o modelo de um paradigma onde os alunos são a matéria prima e os docentes são os operários, funcionam como uma instituição sem mudanças. E Sabemos que para uma empresa alcançar o sucesso ela precisa sim, de mudanças, parcerias, bem estar e qualidade na produtividade de sua produção.  Por isso as instituições de ensino devem estar em plena perspectiva de mudanças juntamente com a ergonomia que leva a esse favorecimento na qualidade, no bem estar, na postura correta para cada fazer nesse ambiente escolar.

         Como se diz CANDICO, 2012:

Na prática, muitos gestores e educadores não conseguem perceber que o nosso sistema educativo está parcialmente obsoleto, pois não têm despertado interesse nos alunos, situação esta agravada pela ausência de outros profissionais especializados (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo, psicomotricista, etc.) para dar suporte aos alunos na superação de suas dificuldades de aprendizagens significativas. Parte das dificuldades de aprendizagem são, muitas vezes, decorrentes de uma prática pedagógica inadequada, de excessiva cobrança no resultado da avaliação (notas), em todos os níveis hierárquicos, do não acompanhamento da vida escolar dos filhos por parte dos pais, ou responsáveis, do excesso de alunos em sala de aula e da exaustão do professor, consequência da excessiva carga diária de trabalho, dentre outros fatores.

Como cita o autor na pratica os docentes não consegue enxergar a capacidade de ensino, não interessante em saber se aquilo é bom, se precisar mudar, se o aluno esta satisfeito, procurar saber se o aluno se sente bem, se ao menos pensassem diferentes talvez o aprendizado, a capacidade de aprender seria mais eficiente. Mas não, devido a uma cobrança tanto da instituição quanto do aluno, isso acaba gerando preocupação consigo próprio, preocupado se vai conseguir fechar diários, e tudo mais, assim, alunos ficam constantemente naquela rotina de que é assim que tem ser e pronto.

Para PEREIRA & PINTO, 2013:

A Ergonomia de Ensino, de forma mais pontual, discute a interação física e psíquica de estudantes em relação à estrutura escolar, equipamentos, materiais, ambiente, metodologia e avaliação. Esta vertente da Ergonomia salienta a importância da estrutura e do ambiente escolar, indicando possibilidades para a obtenção de um bom desempenho educacional.

A ergonomia do ensino expressa isso o desempenho educacional que o aluno dispõe no ambiente escolar, favorecendo no seu aprendizado e para essa ergonomia de ensino é necessária uma perspectiva de mudanças nos paradigmas desse ambiente. Obtendo interação dos alunos junto à instituição NE um contexto geral.

Há evidências de que toda essa deficiência no sistema educativo é decorrente de políticas públicas inadequadas e da ausência de acompanhamento dos segmentos que estão ligados diretamente à educação. Percebe-se, ainda, que os investimentos em formação de professores e demais servidores do sistema educativo não levam em consideração as necessidades de mudanças de paradigma, face às necessidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural e de humanização nas relações interpessoais no mundo pós-moderno, complexo e com todas as suas implicações socioeconômicas, de modo que facilitem a participação de outros especialistas, bem como a aproximação, participação e envolvimento das famílias no processo ensino-aprendizagem, via construção de vínculos positivos: professor vs. aluno, família vs. escola. Certamente, o fato de deficiência na educação decorrente dessas políticas não justifica exercer no âmbito institucional a ergonomia, claro que de certa forma o ambiente favorece, mas não é um fator determinante para que não ocorra isso. As atenções especiais deveram dar ao ambiente escolar onde encontramos crianças e adolescentes, desenvolvendo hábitos posturais incorretos e praticando atividades físicas não compatíveis com o seu desenvolvimento, quando na verdade deveriam estar num programa de exercícios específicos individualizado. Neste caso, se faz muito importante a avaliação postural, como ele se comporta, ao sentar, ao agir. Sem essa avaliação podem dificultar a participação do aluno na escola.

Então, considerando assim, o uso do saber ergonômico faz-se necessário para uma qualidade favorável, onde buscam ajustes mútuos entre essa instituição escolar juntamente com o aluno visando à seguridade, o bem estar do mesmo, evitando assim os paradigmas e buscando mais as perspectivas de mudanças não só melhorando o aluno, como a instituição em um modo geral.

4-Considerações Finais

            Concluindo que o uso da Ergonomia nas instituições de ensino facilita a produtividade dos alunos em questão do aprendizado, modos em geral, ajustando assim os paradigmas no ambiente escolar.

            E que de fato, para que ocorram essas perspectivas de mudanças nessas instituições conseqüentemente, precisam-se deixar os tipos monotipos de ensino e ir praticando atividades que venham a proporcionar uma qualidade de ensino para com esses alunos. Crescendo cada dia mais, buscando meios que interagem e interfiram para a facilidade no aprendizado dos mesmos. Não exatamente deixando de lado os fatores antigos, mas buscando “coisas” novas, para não se deixar levar sistema educativo absoleto, não despertando o interesse desses alunos.

 

Bibliografia:

 

CÂNDIDO, Francisca Francineide. Ponto de vista sobre os sistemas educativos e a perspectiva de mudança paradigmática. Rev. psicopedag. vol.29 no. 88 .São Paulo- SP,  2012. Visualizado no dia 18-12-13 às 18h50min.

Disponível em:  www.scielo.com

 

PEREIRA, Thaiz Aparecida; PINTO, Tatiane de Oliveira. Ergonomia do Ensino: promovendo o bem estar e a segurança no espaço escolar. VI Workshop de Análise Ergonômica do Trabalho. III Encontro Mineiro de Estudos em Ergonomia. VIII Simpoet. Minas Gerais, 2013. Visualizado no dia 18-12-13 às 18h56 min.

 

Disponível em:  http://www.ded.ufv.br