Ana Claudia da Cruz Santos Dias  (MESTRANDA)1
Dr Joñi Ocaño (Professor Orientador)

E...Quando o professor é portador de patologia rara? "pensar é seguir a linha de fuga do voo da bruxa". Contribuição sociopoética na inclusão escolar. (2017)

RESUMO

          São poucos os estudos sobre a saúde do professor. Este artigo tem a finalidade, o objetivo de divulgar conceitos significativos e inovadores, sob a perspectiva da inclusão escolar; do pensamento transformador, desafios que possam surgir, na contramão do processo político- escolar, onde o educador  portador de patologia vai surgindo na contramão do que entende-se por tradicional, incorporando mudanças as adversidades do processo. Transformando o cotidiano, em ferramentas criativas, voltadas para o ensino x aprendizagem, possibilitando dinâmicas de novas nuances de inclusão escolar. Possibilitando nesse cenário novo, desafios investigativos, integrando a arte de forma que se possam abordar, discutir e diagnosticar mudanças pragmáticas diante da complexidade do tema.  Inserindo nesse contexto sociopoético , vertentes sobre  indagações, como o que é pensar?e nesse contexto “seguir a linha de fuga do voo da bruxa” (Deleuse e Guattari) (2010). Assim, os resultados, bem como o estudo, tende a ser inovador. Nossas inquietações serão divulgadas para melhorar a qualidade de vida dos docentes portadores de patologia rara, no caso, a patologia  Angioedema Hereditário, (AEH) e possíveis impactos na qualidade da educação e inclusão escolar, possibilitando nesse cenário, a inclusão profissional/ educacional de todos.

Palavras- Chave: Inclusão Escolar, Angioedema Hereditário, Superação.

INTRODUÇÃO

Destarte torna-se, assustador quando se divulga que o professor, dito “rei da sapiência”, “figura humana perfeita” sob à ótica dos discentes, possuem limitações como quaisquer seres humanos. O século XXI promoveu um encontro entre culturas distintas, tendo em vista, o processo de globalização. Dentro desse cenário, vemos surgir um “novo educador”, que diante de suas próprias dificuldades ao lidar com sua patologia, buscará facilitadores de aprendizagem, tanto para ele, enquanto aprendiz do saber, em uma nova perspectiva de regência, quanto para a tarefa de “mediar” e como se estabelecem as relações pedagógicas. Nossas inquietações, são resultados da ideia pré-estabelecida de que os professores, somente são capazes de ler receitas, seguindo a linha de tarefas relacionadas à reprodução de conhecimentos. Sobre esse prisma, surgem vários desafios. Assim, surgirão os modos de aprender. Segundo os autores, desse modo: "Pensar é seguir a linha de fuga do voo da bruxa” (Deleuse e Guattari) (2010). Em outrora, a dita educação tradicional, descartavam as pessoas portadores de deficiências, sejam físicas, intelectuais ou mesmo, as que possuíam imunodeficiências pré-existentes. A inclusão acontecerá, quando permitidas as diferentes nuances apresentadas pelos seres humanos, como: respeito ao próximo e desafios perenes de superação, “o diferente, deixará de se assustador”. A justificativa do artigo se dará à medida em que, as pesquisas e investigações acerca dos '' caminhos para a inclusão", tanto no contexto histórico, bio psíquico social, quanto no “aprender a aprender”; vão desvinculando-se do ultrapassado e tradicional conceito de escolarização. Nesse conjunto de caminhos, surgirá “o corpo”, como descoberta de auto conhecimento e estímulo, na visão filosófica – sociopoética. A história tradicional revelada para a humanidade, os caminhos desafiadores da exclusão social e a função do ser humano, já não caberá nessa evolução. No passado, o indivíduo com algum comprometimento era banido da sociedade através da morte. Porém, hoje, este tipo de eliminação não é mais praticado, mas há uma exclusão sutil, que surge com o objetivo de segregar o “diferente” da sociedade. 3 No Brasil, a carta Magna (1988) passou a “proteger os Direitos” e de certa forma, passou a “exigir” respeito às diferenças, a diversidade; cujo objetivo nesse prisma, vai além da filosofia tradicional imposta. A sala de aula, palco, para todos os portadores de deficiência, independente desse portador, ser docente ou discente, será espaço integração. O processo educativo, não cabe atualmente o papel exclusivo de determinar dogmas e perpetuar conceitos discriminatórios. Enfatizar nuance investigativa, diante de novas narrativas propostas, tornam-se essenciais no mundo globalizado. Uma abordagem mais ampla e agrupada permitirá que: família, religião, escola, politicas públicas, se “unam” como força tarefa, ao criar formas, de incluir fatores relevantes no âmbito de permear discussões sobre várias vertentes relacionadas ao tema do artigo, que retratará o inovador e o complexo, capaz de incorporar mudanças paradigmáticas no modo de educar, de inclusão. A escola enquanto Instituição deveria ter um “papel” atuante para com docentes e discentes no contexto de inclusão. Destarte frisar a liberdade de Cátedra dos docentes em geral e dos portadores de imunodeficiência rara. O professor, será sempre o “sujeito” nos recuos de superação, da dita dicotomia relacionada a educação, onde utilizando suas próprias limitações, buscará conceitos para tornar-se um ser mais criativo, cujo ato de pensar, seja ilimitado. Assim, as novas tecnologias interativas, como o computador, internet, multímeios, o wathsapp, por seu caráter versátil, elevará a poesia, a arte, acoplando o corpo, os gestos, o ato de filosofar, de pensar, transformar processos socioculturais, os modos de ensinar , de aprender no cenário educacional, agregando na relação interpessoal, o ato da mediação contemporânea ,cujo lema destacará frisando : onde o “se cuidar”, transcenderá, “o para educar”.