Epidemiologia Genética e suas aplicações
Publicado em 16 de janeiro de 2010 por B M C
Uma das principais aplicações dessa interdisciplina estendida à Toxicologia são as demandas jurídico-políticas decorrentes das agressões tóxico-genéticas, ou seja, ao DNA e aos gametas, causadas geralmente por poluição ambiental, contaminação de alimentos ou exposição de trabalhadores. Outra aplicação são os critérios de liberação comercial de um fármaco considerando-se os riscos de mutagênese, carcinogênese e teratogênese.
No estudo dos efeitos tóxico-genéticos, a identificação do dano em nível de população, portanto se constitui como uma tarefa da epidemiologia, incluindo a seleção e validação de indicadores elaborados a partir da estatística vital (Hardy, 1990) ou de bioindicadores que irão compor os sistemas de vigilância à saúde ambiental e ocupacional, associando sua intervenção à verificação dos parâmetros de poluição ambiental e aos limites de tolerância biológica definidos por lei.
Leva-se em conta as frequências normais dos fenômenos observados. Logom, todo polimorfismo ou variação natural da espécie, bem como as doenças genéticas hereditárias (onde se incluem diversos tipos de câncer) são decorrentes de mutações na linhagem germinativa, ou seja, são hereditárias.
O dano tóxicogenético pode ser expresso em formas de câncer, malformações congênitas e disfunções reprodutivas. Tendo-se em vista observações populacionais e estudos experimentais, tem-se evidenciado os múltiplos efeitos de uma mesma substância cujo efeito nocivo se concentra no aparelho reprodutor humano e mecanismo de regulação e replicação celular, em nível molecular possíveis ações tóxicas ao sistema DNA-RNA-Proteína.