CENTRO UNIVERSITÁRIO NOVE DE JULHO

Eric Solla Da Silva – RA 611104542

ENXERGANDO OS DESPERDÍCIOS EM PROCESSOS DE PRODUÇÃO E SERVIÇOS

SÃO Paulo

2011

RESUMO 

Este presente artigo proporciona uma visão ampla dos desperdícios que podem ser encontrados em processos e/ou serviços na indústria manufatureira; assim como apresenta algumas ferramentas para minimizar os impactos gerados pelos desperdícios em processos e/ou serviços.

Palavras-chave: desperdícios, processos, mapeamento, fluxo.

 1 INTRODUÇÃO 

Devido à forte concorrência de mercado, as empresas buscam constantemente estar à frente de seus concorrentes, oferecendo produtos ou serviços, com qualidade, preço baixo e pontualidade. Para isso, muitas empresas buscam a excelência interna, ou seja, processos robustos e eficientes, que proporcionam produtividade e altos índices de qualidade. Porém, na ânsia pela busca do topo, muitas empresas não enxergam os verdadeiros desperdícios dentro de seus processos, devidos serem silenciosos e envolvidos em paradigmas.

As empresas que buscam a competitividade estão cada vez mais voltadas para seus processos, de modo que possam enxergar seus desperdícios, para que possam ter respostas rápidas as necessidades do mercado. Esse assunto é totalmente ligado ao Sistema Toyota de Produção (TPS – Toyota Production System), mais precisamente a Produção Enxuta (Lean Manufacturing). Um tema tão abordado no cotidiano, porém não executado conforme as práticas da sua criadora. O sistema foi criado pela família Toyoda, fundadora da Toyota Motor Corporation, que foi originado inicialmente na produção têxtil da família, no final do século XIX e mais tarde implantado em toda sua totalidade por Eiji Toyoda e Taiichi Ohno.

O termo desperdício é comumente conhecido no TPS como “muda” (desperdício em japonês), e é qualquer atividade que o cliente não estará disposto a pagar, ou seja, o oposto de valor; que é o que realmente o cliente está disposto a pagar. São considerados como desperdícios: Superprodução, Superprocessamento (Processamento incorreto), Movimentação, Transporte, Estoque, Espera e Defeitos.

Mas a grande pergunta é: Como enxergar os desperdícios em processos ou serviços?

Para responder essa pergunta foi necessária a observação de processos produtivos em uma indústria do ramo Automotivo. Como nas demais empresas do ramo, a empresa estudada, foca na redução ou eliminação dos desperdícios em seu processo, esse trabalho é feito através de workshops, onde são reunidas pessoas multifuncionais, que juntos analisam um processo determinado. Através de análises in loco, os multifuncionais colhem informações do processo, para que possa ser feito o VSM (Value Stream Mappping – Mapeamento do fluxo de valor), onde são apresentados em um quadro, os fluxos de valor do processo, assim como as etapas “gargalos” ( limitador da capacidade do processo) e a taxa de ociosidade ou desperdício do processo. Após a elaboração do VSM, a equipe multifuncional, avalia o processo e propõe pequenos “kaizens” (melhoria contínua em japonês), ou seja, pequenas melhorias, com o propósito de redução ou eliminação dos desperdícios, com foco nas etapas “gargalo”. Após a aplicação das melhorias, o processo é novamente desenhado sob o nome de VSD (Value Stream Design – Desenho do fluxo de valor), onde serão apontadas as melhorias e os respectivos ganhos do processo.