Resumo

O presente artigo vem tratar do estudo feito sobre o estilo e a qualidade de vida da terceira idade na sociedade atual. Trazendo como objetivo conhecer os diversos modo e estratégias para melhorar o padrão de vida e as diversas formas de se envelhecer com saúde, uma vez que muitos idosos, atualmente, não possuem informações necessárias para que se tenha um bom envelhecimento, além disso, ainda sofrem diversas discriminações e preconceitos. O referido trabalho fora desenvolvido por meio de pesquisas bibliográficas.

Palavras chaves: idoso, qualidade de vida, envelhecimento humano.

 

 INTRODUÇÃO:

            A velhice nada mais é do que uma fase da vida humana, fase esta que não indica limitações físicas nem psicológicas.

            Zimerman (2000), nos fala que envelhecer é simplesmente passar para uma nova etapa da vida, que deve ser vivida de maneira mais positiva, saudável e possivelmente feliz. É preciso investir na velhice como se investem nas outras faixas etárias

            Uma das principais inquietações que nos levou a estudar o referido tema foi devido à observação da forma em que muitos idosos enfrentam a nova fase da vida, ou seja, a terceira idade.

            Para esclarecer essa inquietação, buscamos como principal ferramenta metodológica, as pesquisas bibliográficas na qual por meio delas tivemos os embasamentos necessários para o desenvolvimento do nosso estudo.

É importante elucidar que a abordagem dessa pesquisa é qualitativa, pois consiste na investigação de problemáticas inerentes aos dados estilísticos, pois está fundamentada em investigações bibliográficas.

A pesquisa procura dados em variadas fontes, de forma direta ou indireta. No primeiro caso, levantam-se dados no local em que os fenômenos ocorrem (pesquisa de campo ou de laboratório); no segundo, a coleta de informações pode dar-se por documentação. A pesquisa bibliográfica caracteriza-se como documentação indireta (MEDEIROS, 2003, p. 49).

 Ainda segundo Medeiros[1] a pesquisa bibliográfica é relevante para todas as pesquisas científicas, uma vez que descarta qualquer possibilidade do pesquisador trabalhar em vão.

1-ENVELHECIMENTO HUMANO.

Para começarmos a falar em envelhecimento humano, primeiramente é necessário que tenhamos algumas noções do processo biológico do corpo humano e suas modificações.

 As causas intrínsecas do envelhecimento podem ser entendidas a partir da compreensão da renovação celular. Nosso corpo é composto por aproximadamente 75 trilhões de células, e estas, excetuando-se as músculo  esqueléticas e os neurônios, multiplicam-se constantemente..À medida que as células se dividem (processo conhecido como mitose), seus telômeros (seqüências de DNA) vão sendo encurtados. Após muitos ciclos de divisão, eles desaparecem até que, finalmente, as células perdem sua capacidade de renovação.
A partir do momento que as células não se dividem mais, elas envelhecem, perdem por completo suas funções e morrem.[2]

É interessante destacar que o envelhecimento humano é natural, porém existem diversos fatores como a alimentação inadequada, a falta de exercícios físicos e tratamentos psicológicos, que ajudam tal envelhecimento se tornar precoce.

             Zimerman (2000) elenca que segundo a Organização Mundial de Saúde, haverá um crescimento significativo sobre a expectativa de vida que hoje é de 66 anos e passara a ser de 73 em 2025. Comenta que hoje no Brasil, a expectativa de vida é de 67 anos e que em 2025 estimasse que seja de 74, assim compara que os dados que se verificam nas décadas passadas mostra um  grande crescimento de vida da população brasileira, em conseqüência, no número de idosos.

Na década de 1940, a expectativa do máximo de tempo que um brasileiro vivia era 42 anos. Já na década de 1970 percebeu-se um crescimento para 60 anos.

Fatores como o fumo, o álcool, a exposição exagerada às radiações solares, a poluição ambiental podem influencias e acelerar o envelhecimento do homem, pois tais fatores, com sabemos,  agridem o organismo humano.

De acordo com Moragas (2004), o nosso corpo, assim como dos animais vivenciam várias formas o envelhecimento e passa por um processo envolvendo todo o sistema do nosso organismo.

 O organismo humano, como o de outros animais, experimenta de diversas formas o processo de envelhecimento. Os tecidos perdem flexibilidade e capacidade de recuperação, os órgãos e sistemas reduzem a velocidade e a qualidade de suas funções e o ritmo vital se atenua de diversas formas a partir do fim da adolescência.  O envelhecimento existe, mas não é uma doença, nem necessariamente limitante. (MORAGAS, 2004.26)

Neste contexto, a velhice é uma fase da vida que pode ser tão saudável quanto às outras, porém o idoso tem que tomar alguns cuidados, pois os órgãos e os tecidos já afetados pelo decorrer do tempo impossibilitando-o a exercer um papel social com maior tensão, por isso deve deixar as tarefas que exige maior esforço físico para os jovens.

Há algum tempo, já se discute a questão relacionada à saúde do idoso que se avivaram com o passar dos anos, dando inicio a pesquisa cientifica relativa à vida saudável da pessoa idosa.

Ao longo do tempo, a proposta é que se tenha uma educação para o envelhecimento buscando ter uma consciência desde processo para se ter melhor qualidade de vida, temos que aprender envelhecer para aprender a viver. É importante conhecermos alguns fatores que possibilitem ter uma vida saudável na terceira idade:

  • Hábitos alimentares saudáveis.
  • Contatos sociais e afetivos.
  • Apoio psicológico.
  • Prática de exercícios físicos.

 

2-FATORES QUE POSSIBILITAM A UMA VIDA SAUDÁVEL NA TERCEIRA IDADE

2.1- HÁBITOS ALIMENTARES SAUDÁVEIS

Alguns estudos comprovam que são preocupantes os resultados de uma alimentação imprópria. Muitos idosos não consomem quantidades apropriadas de frutas e vegetais e ainda ingerem gorduras, colesterol e sódio, aumentando a incidência da obesidade e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, osteoporose, hipertensão, e alguns tipos de câncer etc.

Matsudo (2001) enfatiza diversas características essenciais ao processo de envelhecimento, dentre estas está à redução na ingestão de vitaminas e sais minerais: “Verifica-se nos idosos a carência principalmente de vitamina c, folatos, pirodoxina e zinco. Deve-se então insistir na ingestão de alimentos protéicos, frutas cítricas ( laranja, lima, mexerica) e também verduras.” [3]

Segundo Santos (2007) a alimentação para o idoso requer certa preocupação, uma vez que as condições orgânicas do ser humano nessa etapa de vida

De acordo com Cervato (1997), a princípio a alimentação na terceira idade deve se adequar as condições orgânicas e funcionais de cada individuo. Na verdade ela precisa ser muito rica em elementos vitais (vitaminas, minerais, enzimas e fibras) e muito pobre em produtos refinados. (...) São através dos alimentos que o nosso organismo recebe todas as substancias (chamadas nutrientes) necessárias ao seu bom funcionamento, nutrientes são as proteínas, as gorduras, os carboidratos, as vitaminas os minerais, as fibras e a água. (Ibdem p.81 e 83)

 2.2 - CONTATOS SOCIAIS E AFETIVOS

A pessoa idosa precisa de estímulos para se sentirem úteis, queridas e amadas para isso é importante ressaltar que elas tenham um bom relacionamento com as pessoas que os cercam, como familiares ou grupos de idosos.

 Zirmermam (2000) confirma da importância da convivência, da troca de idéias, de afeto e participação do idoso em grupos. Cita exemplo de suas observações na comunidade de idosos, onde trabalha e diz:

(...) esperam ansiosamente pela segunda feira, que é o dia em que saímos para passear e fazer exercícios de estimulação. Vamos aos shopping-centers, tomamos chá, conversamos e fazemos jogos de estimulação. Tudo isso tem como objetivo estimulá-las física, mental e socialmente. Elas exercitam a memória, os sentidos e ganham confiança e auto-estima. ( ZIMEMAM,2000, p.34)

Nesse aspecto, entendemos que o idoso deve manter sempre contato com as outras pessoas, para se sentir amados, assim foi comprovado por muitos estudiosos e médicos sobre a importância social e o lazer para os grupos de terceira idade.

2.3 -  APOIO PSICOLÓGICO

Segundo Borgonovi e Papaleo Netto (2002 apud ROSA NETO, p.62) “Sendo o envelhecimento um processo progressivo com modificações morfológicas fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que determina a perda progressiva da capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente” (grifo nosso)

Segundo Stuard-Hamilton(2002), os aspectos do processo de envelhecimento corporal como os sistemas sensoriais – visão, audição e fala bem como os traços visíveis da pele e dos músculos menos elásticos, os cabelos brancos a diminuição da capacidade de memória cognitiva, entre outros, trazem efeitos prejudiciais ao processo psicológico.Do mesmo modo que o fato das pessoas poderem avaliar seu estado físico, podem ser positivo para criar uma mentalidade de cuidar-se, de cautela.Entretanto para outros, tomar consciência dos sinais físicos de senescência[4], pode provocar a depressão.[5]

 Percebemos que com o passar do tempo existe uma necessidade de orientação, e ao mesmo tempo acompanhamento, por conta das mudanças ocorridas na vida do individuo, neste período, o idoso precisa reorganizar seus pensamentos para conseguir se readaptar a esse novo momento.

2.4  - PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS

O exercício físico se constitui em potente fator de proteção, contribuindo para evitar um surgimento das principais doenças crônicos-degenarativas. O exercício físico tornasse ainda, o mais potente fator de promoção de saúde, imprescindível para um envelhecimento saudável.[6]

Segundo Santos (2007 p.84) as diminuições das atividades físicas podem acarretar sérias conseqüências como: a redução das capacidades de concentração, reação e coordenação em conseqüência disso, pode provocar processos de autodesvalorização, redução da auto-estima, insensibilidade, desmotivação, solidão e isolamento social.

Neste aspecto, “O idoso deve encara o seu envelhecimento como um processo natural de forma positiva e adequada e reconhecer a necessidade da manutenção das atividades físicas e mentais após os 65 anos.”[7] 

 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos dizer que o envelhecimento humano sempre foi uma preocupação de muitos pensadores, que por vezes o homem tem rejeitado o envelhecimento e não tem se conformado com esta etapa de vida, porque ela desperta alguns sentimentos negativos e levando-o a pensar numa eterna juventude.

Diante disso, vale perguntar: quando uma pessoa pode ser considerada velha, e o que leva esse individuo a se sentir nesse estado?  As mudanças nas funções e estrutura do corpo fazem com que o mesmo se sinta mais suscetível?

O envelhecimento é um processo no qual, indiscutivelmente, os animais não escapam, uma vez que, todos passam por diversas modificações no organismo. Neri (1995 apud SANTOS 2007) aponta há três tipos de visão do envelhecimento: a senescência, a maturidade social e o envelhecimento.

A primeira visão relaciona-se com a diminuição da perspectiva de vida com avanço da idade. A segunda é entendida como a aquisição de papeis sociais e o comportamento apropriado aos diversos ambientes. Já a terceira, corresponde ao processo de auto-regulação das personalidades, no que tange aos processos de senescência e maturidade social.

Duarte, C. V; Santos, M.A(2004) afirmam: “É valido destacar que a qualidade de vida do idoso não depende apenas de sua idade, mas também das atitudes das pessoas que o cercam, isto é da estrutura emocional proporcionada a ele”

Contudo fatores citados no corpo deste trabalho são de extrema importância não só para o idoso, mas por todos que desejam envelhecer com saúde.

  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Envelhecimento: Causas do envelhecimento, mudanças no corpo, renovação celular, fatores externos. Disponível em:

<www.todabiologia/saúde/envelhecimento.htm.> Acesso em 03/10/09.

DUARTE,L. V; SANTOS,M. A. “E agora... de quem cuidarei” O cuidar na percepção de idosas institucionalizadas e não institucionalizadas.Psicologia:Ciências e profissão. v.24,n.1 p.2-13, 2002.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: A Prática de Ficha mentos, Resumos, Re Senhas. 5ª Edição. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2003.

 MORAGAS, Ricardo Moragas. Gerontolologia Socia: envelhecimento e qualidade de vida. 2ed. São Paulo: Paulinas, 1997.

ROSA NETO, Francisco. Manual de avaliação motora para terceira idade. Porto alegre: ARTIMED, 2009.

SANTOS, Evanildo Nazaré da S. Metodologia Cientifica ao alcance de todos. Brasília: EVG, 2007.

UNIVERSIDADE DO TOCANTINS - Aspectos biológicos e psicológicos do envelhecimento. in:­­­­­­­­­­­­______________ unitins serviços social 7º período. Fundação EADCON. Curitiba: EADCON, 2008.

ZIMERMAN, G.I.Velhice aspecto Biopsicossociais. Porto Alegre: Artimed, 2000.



[1]  Op cit. p. 50

[2]  Envelhecimento: Causas do envelhecimento, mudanças no corpo, renovação celular, fatores externos> disponível em www.todabiologia/saúde/envelhecimento.htm  

[3] Apud SANTOS, 2007.

[4] Expressão esplanada na   pag.6 deste trabalho.

[5] Apud in: fundação universidade do Tocantins-unitins serviços social 7º período EADCON.Curitiba: EADCON , 2008.

[6] CARVALHO, Tales. Exercício físico e envelhecimento. In: ROSA NETO (2009, p. 109)

[7] Op. cit