Onde estão os elogios?
Onde estão as delicadezas?
Cabeças indecisas, coração que grita
A carne viva, a profundidade do tato
A alma revestida do manto
E os olhos transbordando o pranto
Marcas deixadas pelo passado
O papel no chão amassado
A luz tenta refletir
Será que ainda posso sentir?
O que vamos dizer?
Será que seria a hora de renascer?
Retirar o manto da alma
Se aprofundar de calma
Deixar a luz chegar
E lentamente reaprender a amar
Com delicadeza e com elogios.

Vania Lopes
04/12/2010