INTRODUÇÃO

É inegável o valor fundamental da arte na vida dos seres humanos. E quem melhor que a arte educa para a sensibilidade, para a expressão humana?

A arte como instrumento educacional também não é novidade: entre os povos antigos do ocidente, coube aos gregos à valorização da arte na educação e a difusão do seu ensino entre os romanos. A educação sempre exerceu um papel primordial no desenvolvimento da personalidade dos indivíduos, sendo assim ela não se limita à estruturação e à apropriação de conhecimentos técnicos, históricos, matemáticos, geográficos, entre muitos outros tão necessários para a formação humana, mas compreende também o objetivo de humanizar, de favorecer o crescimento intelectual, emocional/afetivo e cultural de cada individuo no sentido de que este possa incorporar valores como solidariedade, inquietude, desejo de mudança, sensibilidade, sentido de vida.

A partir de analise na literatura pesquisada percebemos as contribuições da arte no processo de humanização do individuo no que diz respeito às construções éticas, religiosas, sócio-afetivas e a estética, quando nos é sugerido a virtude humana como o nivelamento às aspirações do homem como ser ideal. Assim sendo, a educação é fundamental para a formação do ser humano no que diz respeito a aspectos sócio-culturais.

Este trabalho pretende lançar luz, ou trazer à tona fatores que foram colocados de lado, devido ao modelo atual de sociedade, fatores esses relativos à afetividade que podem ser desenvolvidos a partir de uma abordagem do currículo de artes e como a apropriação de princípios estético-éticos auxiliaria o ser humano no processo de entendimento do outro.

O homem, individuo, localiza-se por meio da arte, em relação aos outros homens, indivíduos, identificando os elos que os ligam desde a essência de sua humanidade. É também através dos afazeres artísticos de anônimos, populares, gente comum que a história da arte tem sido construída, formando a cultura humana.