Luiz Fernando Schibelbain*

Com a globalização, acessos internacionais facilitados e a possibilidade de estudo, trabalho e lazer envolvendo a língua inglesa, esta deixa de ser ‘língua estrangeira’ e se torna ‘língua franca’, ou seja, idioma universal para comunicação entre povos. Transitar por duas línguas sem tropeços na fala, compreensão, leitura e escrita é um ativo valioso para cidadãos do século 21, ainda mais se uma dessas línguas for o inglês. Esse idioma facilita e estreita o acesso à carreira profissional e a áreas acadêmicas, validando o currículo de profissionais atuantes em inúmeras áreas.

No Brasil, aprender inglês ainda é visto como tarefa de escolas de idiomas, mas isso tem mudado nos últimos anos. Há colégios que são capazes de promover o aprendizado de inglês com sucesso durante o período de aulas, levando os alunos a atingirem excelentes níveis de proficiência, validados por certificações internacionais. É durante a fase escolar, de 4 a 14 anos de idade, que aprender outra língua é menos desafiador do que na fase adulta, pois o cérebro está mais propenso a aceitar de forma natural um novo idioma: seus sons, seu vocabulário e sua gramática.

Ultimamente têm surgido programas bilíngues dentro das escolas, que ampliam a oferta de produtos de ensino. Contudo, sem uma legislação específica pelo Ministério da Educação para essa modalidade vinculada à língua inglesa, muitas instituições utilizam do termo para iludir os pais, que querem o melhor para seus filhos, com pequenas doses de contato com o idioma de forma descontextualizada e restrita. Um programa bilíngue competente contempla período ampliado de contato, prática e produção, em inglês, por meio de atividades e projetos significativos a cada faixa etária, professores proficientes e conhecedores de metodologia específica, como o CLIL – Content and Language Integrated Learning (Aprendizado integrado de conteúdo e língua), e infraestrutura para promover momentos de imersão. Esse processo não é instantâneo e, para melhor compreendê-lo, basta lembrar-se de como se aprende o português: ouvindo, reproduzindo, errando, acertando, indo à escola, estudando e aplicando de forma contínua e cíclica. Alunos em programas bilíngues, apontam as pesquisas e a observação, apresentam melhor desempenho em leitura, maior habilidade de resolução de problemas, maior ampliação multicultural e maior compreensão das diversidades globais, além de possuírem uma melhor noção de si mesmo e de sua comunidade. Há também pesquisas corporativas que mostram que empregadores preferem funcionários bilíngues por terem maior facilidade em adaptação a ambientes diferentes e melhor relacionamento com pessoas de diversas origens, estando mais bem preparados para lidar com mudanças, novidades e desafios. A língua inglesa hoje é exigência para uma vida global de sucesso e sem intermediários. Investir no aprendizado do inglês desde cedo traz grandes benefícios futuros; portanto, a procura de um ensino bilíngue de qualidade é um grande diferencial.

*Luiz Fernando Schibelbain é diretor do Centro de Línguas Positivo.