Encruzilhada
Publicado em 25 de outubro de 2011 por Juliano Feitoza da Silva
Deparei-me com a encruzilhada da vida
Daquelas que todos falam que as escolhas são feitas
Em um dos caminhos um futuro eu avistei, era o mais distante
Porém, os passos eu contava por uma estrada já iniciada
Enquanto caminhava, uma dor forçava eu olhar para trás
Para ver o tamanho do sentimento que havia plantado no outro caminho
De coração partido, continuava de espinho em espinho,
Sem que houvesse flores para me alegrar
Mais uma vez a dor me assombra e ao olhar para trás percebo o auge da beleza
Era o começo do mesmo que avistei no fim
Da semente que havia plantado uma bela rosa surgiu pra mim.
A figura que por demais atraente fez com que eu não resistisse a sua grandiosidade
A primeira tentativa de voltar fez com que me deparasse com os espinhos crescidos
Do caminho já percorrido, tornando mais difícil tamanha visibilidade.
Comecei o caminho contrário que me colocara na dúvida
Devido a agonia dos espinhos que me arranhavam
Mas a força de sua cor resplandecente me motivou a seguir em frente
E ainda mais, o medo de um admirador que pudesse gostar de você e te arrancar
Aumento meus passos, assim como aumenta a dor de voltar desse caminho
Contudo, no fim desse caminho encontrarei a figura meiga
Que me conforta e me traz um sorriso pacífico
E com certeza o aroma que dela exala curará minhas feridas
Apenas espero que a flor lembre-se dos tempos de encruzilhada
Porque flor que não conhece o admirador finge que seca
Porém conheço a semente que lancei
E ao vê-la seca, dia após dia dela cuidarei
Até que enfim reconheça-me e brote mais uma vez
Então poderemos ver juntos a luz do sol
Enquanto te protejo do frio