Certezas e incertezas?

Inflamam meu coração

Escolhas do passado

Desmanchadas como ilusão

No presente carrego

Apenas meus pensamentos

Que aos poucos são desmantelados

E, assim diria o autor?

Agora escorrego!

Como em uma música

Que chega ao seu fim

Continuar cantando?

Para apenas sustentar

Uma vida, que ainda pisca

Fazendo poesia?

Vivendo verbos

No pretérito

Mais que perfeito

Vivo a maestria!

Descarrego minha essência

O abandono...

Que só posso carregar

Em meus pensamentos

Vou construindo existência

Pensamentos encarnados

Que pela caneta e o papel

Pelas mãos duvidosas

Desenham uma vida

Que mais se parece

Uma Torre de Babel

Nada sei?

Nunca serei

Só sei o que agora

Simplesmente, sou!

Pensamento vivo

Que se encontra

Se encanta, fantasia

Mas, também se perde

Espero a consumação

Da vida em plenitude

 Pelos pecados e as Graças

Só me resta o perdão

Ou ao menos quem dirá?

Por um gesto de Gratidão

Fica-me uma grande pergunta

Onde é que a vida acaba?

Onde a música pára?

Onde a mesma Sinfonia?

Ao deslumbra a platéia

Passa a fechar as cortinas

No parar do violino.