Simone Medeiros Camargo

Orientadora do trabalho. Profa. Universitária no ILES /ULBRA Itumbiara –GO. Mestre em Educação. Consultora Empresarial. Email: [email protected]

Amanda Silva Gomes 

Estudante de graduação em Administração no ILES/ULBRA Itumbiara-GO

Resumo

As empresas estão se renovando constantemente com o objetivo de acompanhar o rápido desenvolvimento da tecnologia, e com isso os consumidores ficaram mais exigentes por produtos e serviços de melhor qualidade e tecnologicamente mais avançados. Com isso o empreendedorismo tem sido importante para atender as demandas de tais clientes. Analisando-se os últimos anos, o país encontra-se em um cenário econômico de instabilidade, com empresas perdendo dinheiro, porém outras tantas têm conseguido crescer, e até dobrar seu faturamento. Deste modo, o objetivo dessa pesquisa é analisar se o atual cenário econômico tem retraído as práticas empreendedoras das empresas estudadas: Mary Kay, Grupo Pão de Açúcar e Cacau Show. Os resultados da pesquisa indicaram que apesar do cenário econômico não ter sido benéfico em alguns indicadores, as empresas não retraíram suas práticas empreendedoras.

 

Palavras Chave: Empreendorismo. Inovação. Cenário Econômico. 

 

ENTREPRENEURSHIP: AN APPROACH THROUGH ECONOMIC SCENARIO

 

Abstract

Companies are constantly renewing themselves in order to keep up with the rapid development of technology, and with this, consumers have become more demanding for better quality and technologically advanced products and services. With this entrepreneurship has been important to meet the demands of such clients. Analyzing the last years, the country is in an economic scenario of instability, with companies losing money, with that they cease to exist or have faced recessive periods, but many others have been able to grow, and even double their billing. Thus, the objective of this research is to analyze if the current economic scenario has retracted the entrepreneurial practices of the companies studied: Mary Kay, Grupo Pão de Açúcar and Cacau Show. The results of the research indicated that although the economic scenario was not beneficial in some indicators, the companies did not retract their entrepreneurial practices

Keywords:Entrepreneurship. Innovation. Economic Scenario.

1. Introdução

 

            As empresas estão se renovando constantemente com o objetivo de acompanhar o rápido desenvolvimento da tecnologia e a globalização dos mercados, e com isso os consumidores ficaram mais exigentes por produtos e serviços de melhor qualidade e tecnologicamente mais avançados. Então antecipar-se aos desejos dos consumidores tem sido uma tentativa de atendê-los da melhor forma possível, e tem sido considerada uma vantagem competitiva. As organizações começam a considerar que precisam ser mais empreendedoras, promover mudanças, inovar continuamente e apresentar diferencial competitivo.

            Dentro desse raciocínio faz-se necessário pontuar que o empreendedorismo tem sido importante no desenvolvimento econômico dos países, pois gera riquezas para a sociedade, promove crescimento, e proporciona geração de empregos, um fator extremamente importante para a economia de um país.

            Sob a égide econômica e analisando-se os últimos anos, o país encontra-se em um cenário de instabilidade proveniente de muitas empresas perderem dinheiro. Porém, outras tantas têm conseguido crescer, e até dobrar seu faturamento, com um movimento contrário ao da maioria do mercado. Instabilidades econômicas podem trazer boas oportunidades para os empreendedores, como objetiva-se demonstrar nesse estudo através da análise das empresas Mary Kay, Grupo Pão de Açúcar e Cacau Show. Dessa forma, esta pesquisa tem como problemática, “o atual cenário econômico retrai as práticas empreendedoras das empresas Mary Kay, Grupo Pão de Açúcar e Cacau Show?”.

            Com isso, o estudo possui como objetivo geral, “analisar se o atual cenário econômico tem retraído as práticas empreendedoras das empresas estudadas”.

            Para atingir o objetivo geral necessário, faz-se alcançar os seguintes objetivos específicos: Realizar apanhado histórico sobre o surgimento do empreendedorismo no Brasil; Contextualizar o cenário econômico brasileiro; Apontar a influência do cenário econômico sobre o empreendedorismo; Analisar as práticas empreendedoras das empresas Mary Kay, Cacau Show e Grupo Pão de Açúcar; Argumentar como essas marcas têm sido empreendedoras perante o atual cenário econômico.

Justifica-se este estudo decorrente do interesse em entender como algumas empresas interpretam essa situação econômica como uma limitação da sua capacidade empreendedora, versus alguns que identificam esse cenário como oportunidades para começar seus negócios. A hipótese que norteia a pesquisa é que “As práticas empreendedoras das empresas Mary Kay, Cacau Show e Grupo Pão de Açúcar não tem sido retraídas, mesmo decorrente do atual cenário econômico”.

Sobre a metodologia utilizada nessa pesquisa, pontua-se que a mesma é de caráter exploratório, pois caracteriza o problema e sua classificação, considerando o assunto estudado (cenário econômico, impacto econômico sobre o empreendedorismo). Considera-se também uma pesquisa bibliográfica, pois foi feito levantamento de todo material já publicado de determinado assunto em forma de livro, revista etc. Quanto ao objetivo do estudo é classificado como exploratória, pois analisa como as empresas, que possuam características empreendedoras, sobrevivem em um atual cenário econômico, analisando seu perfil. O presente estudo está delineado como método bibliográfico, uma vez que utilizou material acessível ao público geral, como livros e artigos, e experimental, pois foi feito uma análise de três empresas já existentes no mercado. Objetivou-se a busca por conceitos de empreendedorismo e dados nos relatórios do GEM no período de 2015 que evidenciasse a evolução do empreendedorismo no Brasil.

 

 

       2. Desenvolvimento

 

       2.1 Conceito de Empreendedorismo

           

            Segundo Dornelas (2008), empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e indica aquele que assume riscos e começa algo novo, mesmo dentro de uma corporação existente. (DORNELAS, 2009, p. 63).

           

  2. 2 Empreendedorismo no Brasil

 

            O conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil nos últimos anos, principalmente a partir da década de 90, com a abertura do mercado interno para as importações. Com a abertura da economia, o governo naquela época fez uma série de ajustes, com isso em pouco tempo o país ganhou estabilidade. O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como SEBRAE[3] e SOFTEX[4] foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora (DORNELAS, 2008).

            Mesmo em época de recessão, em comparação mundial, o Brasil se destaca com a maior taxa de empreendedorismo, conforme revela a pesquisa GEM[5] realizada em 2015 com a população de 18 a 64 anos e patrocinada pelo SEBRAE.  No ano de 2015, a taxa de empreendedorismo no país foi de 39,3% segundo o estudo, o maior índice dos últimos 14 anos, e quase o dobro do registrado em 2002, quando era de 20,9%.  Praticamente quatro em cada dez brasileiros adultos já possuem um negócio ou estão envolvidos com a criação de uma empresa, conforme está explícito na tabela abaixo.

 

Tabela 1 – Taxas (%) de empreendedorismo segundo o estágio dos empreendimentos – Brasil – 2015.

 

 

Fonte: GEM Brasil 2015.

            A avaliação dos especialistas segundo a pesquisa da GEM (2015) foi que a criatividade e a superação são citadas como características dos brasileiros que favorecem o empreendedorismo mesmo em um ambiente marcado por incertezas, pois há no Brasil um vasto acesso a informação sobre negócios e empreendedorismo. Tem muito conteúdo de qualidade gratuito disponível na internet, eventos de organizações de fomento e apoio ao empreendedorismo, o que tem contribuído para disseminação do conhecimento, com isso havendo uma diminuição de riscos do negócio. As políticas governamentais implementadas na última década também são condições favoráveis para empreender, como a instituição do SIMPLES, do MEI e do Programa Bem Mais Simples. O objetivo principal desses programas é reduzir a burocracia, principalmente para abertura e fechamento de empresas, e facilitar o sistema de arrecadação de tributos. Os especialistas ainda citam o aumento de iniciativas relacionadas ao empreendedorismo e o surgimento de incubadoras, aceleradoras, organizações não governamentais e outras organizações que fortalecem o ecossistema empreendedor. Mas ainda há uma condição limitante que é falta de políticas públicas adequadas às necessidades dos empreendedores e um excesso de burocracia para abertura, funcionamento e encerramento dos negócios. Os negócios também têm alta carga tributária e dificuldade da legislação brasileira, que aumentam os custos de operação e tornam os negócios menos competitivos. E por fim, a educação e capacitação, nos níveis básico, fundamental e técnico, pois têm como foco a formação de mão-de-obra para o mercado de trabalho ou para setor público, sem a devida relevância ao empreendedorismo.

 

 

2.3. Alguns indicadores econômicos para o empreendedorismo

 

            É relevante abordar o cenário econômico e sua influência sobre o empreendedorismo, uma vez que se vive em um ambiente voltado à inovação, startups, incubadoras e parque tecnológico. Segundo Ries (2012), empreendedores estão em toda parte e trabalham em prol do sucesso de instituições designadas a inovar frente a condições de extrema incerteza, bem como a realidade encontrada dentro das startups e em seu habitat.

            O objetivo do estudo de economia é elaborar propostas para resolver ou reduzir os problemas econômicos, de modo a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Nesse contexto, e já trazendo a discussão para a economia brasileira, é necessário ter conhecimento sobre os indicadores econômicos que são responsáveis pela mensuração de crescimento. Os indicadores econômicos são grandezas de caráter econômico, expressas em valor numérico, cuja principal utilidade consiste na aferição dos níveis de desenvolvimento de países, regiões, empresas entre outros.

            Segundo Markets (2015) são as estatísticas que indicam o estado atual da economia de um Estado em função de uma determinada área da economia, como por exemplo: indústria, mercado de trabalho, comércio, entre outros. Os indicadores são publicados por agências governamentais e do setor privado.  O quadro 01, explícito na página a seguir apresenta tais indicadores.

 

Quadro 1 – Principais Indicadores Econômicos

 

Fonte: Adaptado de ADVFN, 2015 e MARKETS, 2015

 

            Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) [6], o PIB registrou queda pelo segundo ano seguido em 2016, e teve a maior recessão da história do país. A retração foi de 3,6% em relação ao ano anterior, em 2015 foi de 3,8%. Segundo o IBGE, a alta dos juros, a restrição ao crédito, o aumento do desempenho e a queda da renda das famílias explicam esse resultado. O desemprego fechou 2016 12 %, o que representa 12,3% milhões de desempregados, sendo a maior taxa da série do indicador de desocupação no país iniciada em 2012 que foi de 8,0 %. Em três anos o número de desempregados com carteira assinada mais que dobrou no país. De acordo com o IBGE, desde 2015, a indústria perdeu 1,9 milhão de postos e a construção mais de 800 mil. Segundo Rebeca Palis[7], o resultado negativo de 2016 é reflexo da retração econômica, pois as empresas começam a reduzir custos pela mão-de-obra, para se adaptar a recessão, com isso aumenta o desemprego. Os dados divulgados são do IBGE, por meio da pesquisa Pnad Contínua[8]. A queda nos investimentos teve impacto no cálculo do PIB do país. Em 2016, os investimentos caíram 10,2%. Conforme o IBGE, a queda nos investimentos se explica pela queda da produção interna e da importação de bens de capital.

            Os investimentos são ligados à expansão do capital das empresas e dependem do quanto à atividade econômica está aquecida e da taxa de juros. Assim quanto maior a taxa de juros, mais caro fica para obter financiamento e mais altos são os custos para aplicação de capital. E se não há uma projeção de expansão econômica e incerteza política, as empresas tendem a investir menos. Isso também depende da taxa Selic[9], que é a taxa básica da economia, que define o piso dos juros no país. A taxa Selic é a média de juros que o governo brasileiro paga por empréstimos tomados dos bancos e é utilizada em operações de curtíssimo prazo entre bancos, que, quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos[10] como garantia, visando reduzir o risco, e consequentemente, a remuneração da transação. Como o risco final da transação acaba sendo efetivamente o do governo, pois seus títulos servem de garantia para a operação e o prazo é o mais curto possível, ou apenas um dia, esta taxa acaba servindo de referência para todas as demais taxas de juros da economia.  A Taxa Selic é um importante instrumento usado pelo Banco Central e pelo governo para controlar a inflação. Quando está alta, ela favorece a queda da inflação, pois desestimula o consumo, já que os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos. Por outro lado, quando está baixa, ela favorece o consumo, pois tomar dinheiro emprestado ou fazer financiamentos fica mais barato, já que os juros cobrados nestas operações ficam menores.  Pela terceira vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) [11]do Banco Central, decidiu por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros, a Selic, caindo para 13% ao ano. Esse ciclo de quedas vem ocorrendo desde outubro de 2015, quando a taxa estava em 14,25% ao ano. O Banco Central disse que a extensão do ciclo monetário dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira, e continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo, mas também da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco e das projeções e expectativas de inflação.

            O Índice de Preços ao Consumidor-Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou em 0,3% em dezembro, o menor para o mês desde 2008, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador fechou o ano de 2016 em 6,29%, dentro do limite da meta do governo, pois a meta é de 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%. Esse resultado foi fortemente influenciado pela queda expressiva de preços de produtos importantes para os brasileiros, principalmente de alimentos. Esses indicadores econômicos tem relação diretamente com o empreendedorismo, pois afeta nas decisões das empresas, nos seus custos e de modo geral fortalece toda a cadeia produtiva do país.

           

 

 

3.Estudo de caso: empreendedorismo sob a égide do cenário econômico: Empresas escolhidas

 

 

                                                                                                                                                                                                                                                          

      3.1. Mary Kay

 

              Foi escolhida a marca de cosméticos de vendas diretas Mary Kay, pois o setor de venda direta cresce ano a ano, e tem sido apontado como um ramo bastante atrativo para a economia brasileira. Para mostrar esse setor em números de faturamento, a Revista Direct Selling News preparou uma lista com as 100 maiores empresas de vendas diretas do mundo, cuja pesquisa encontra-se no site da ABEVD[12]. A Mary Kay encontra-se em 6° lugar, com um faturamento fechado em 2015 de US$ 3,70 bilhões, com mais de 3,5 milhões de consultoras de beleza independentes em todo o mundo. No Brasil, a empresa foi inaugurada em 1998 e hoje está entre as maiores empresas do ramo de cosméticos do país. Segundo o site da própria empresa, em 2015 foi investido aproximadamente R$ 375 milhões na sua força de vendas, incluindo eventos, reconhecimentos e bonificações, cujo ano também proporcionou um crescimento de 40%, relativo a vendas líquidas[13], em comparação a 2014.      

            Os fatores que explicam o sucesso de atração por Mary Kay são os mesmos que outras empresas de venda direta oferecem: trabalho sem chefe, flexibilidade de horários, oportunidade de carreira independente e a lucratividade na revenda o que pode chegar a 40%, de acordo com o empenho das profissionais no negócio. O diferencial da empresa é a facilidade em iniciar o negócio com baixo investimento e retorno imediato, e isso está atraindo mulheres e também homens que passaram a se aperfeiçoar neste mercado. Além disso trabalham com consultoras de beleza e não apenas vendedores, deixando para trás a imagem de “vendedor de catálogo” passando a atender o cliente prestando consultoria, demonstrando seus produtos e indicando aquilo que atende melhor as suas necessidades. Isso cria uma relação particular, não massificada e pode-se fidelizar o cliente.

            A empresa possui um plano de desenvolvimento profissional, com níveis de acordo com os resultados, que possibilita que cada uma de suas consultoras possa cuidar de suas famílias, ter seu próprio negócio e ser responsável pelo seu desenvolvimento profissional e financeiro, afinal, segundo a fundadora Ash (2001) apontava, deve-se colocar nossos planos na seguinte sequência, Deus, a família e em terceiro lugar o desenvolvimento profissional.             As promoções são anunciadas no evento anual da companhia, que reúne quase 20.000 de suas revendedoras. Nesses encontros, as ganhadoras recebem treinamento, motivação e reconhecimento por parte da empresa, ganham prêmios como viagens internacionais e o famoso carro rosa que é usado como estratégia para atrair novas revendedoras. O carro rosa é oferecido às consultoras que atingem as metas da empresa, e já foram distribuídos 1.100 somente no Brasil. Além disso, a empresa distribui bônus em dinheiro e prêmios às que mais vendem e também às que agregam novos revendedores à marca.

            A companhia disponibiliza materiais educacionais, que são vídeo-aulas para treinamento das revendedoras, desenvolveu a Academia do Conhecimento, que oferece conteúdos de acordo com o nível de desenvolvimento do revendedor. Também faz parte do programa de capacitação, eventos de educação e um guia online como dicas de estilo para incrementar a imagem profissional. Para a Mary Kay é fundamental investir em treinamento e incentivos para manter a força de vendas constantemente motivada. A motivação está intimamente relacionada com o sucesso nas vendas e com a conquista e manutenção de profissionais qualificados, o que garante a ampliação da base de consultoras e consequentemente do negócio.

            Em tempos de recessão econômica o setor cosmético não para de crescer, pois as mulheres não deixam de se cuidar. Estética deixou de ser apenas uma questão de beleza e passou a representar saúde e bem-estar, e a população está cada vez mais preocupada com isso.  O crescimento do setor é alavancado pela inserção da mulher no mercado de trabalho e a sua condição de chefe de família, pela ascensão da classe C e o ingresso do público masculino nesse mercado, pois foi o tempo onde apenas as mulheres se preocupavam com o visual, visto que cada vez mais os homens também percebem a importância que manter a beleza do rosto e do corpo traz. Também deve-se relatar que no caso da Mary Kay, que está inserida no setor de vendas diretas, há um ponto positivo, pois em momentos de instabilidade econômica e desemprego, a venda direta ajuda na complementação da renda, pois não precisa ter um lugar fixo para vender os produtos, dado confirmado pela ABEVD, a qual afirma que, mesmo com uma ligeira queda em 2015, o Brasil representa 5% das vendas diretas em todo o mundo e este mercado se tornou uma das principais alternativas diante da recessão econômica atual.  E enquanto o varejo tradicional acompanha a retração da economia brasileira, com quedas sucessivas desde o início de 2015, a venda direta teve um crescimento superior a 1,5% no ano (ABEVD, 2015).

 

3.2 Grupo Pão de Açúcar

 

            O Grupo Pão de Açúcar (GPA), foi uma empresa escolhida pois mantém sua posição em 1° lugar no ranking entre os maiores varejistas em faturamento, pelo sexto ano seguido, dados de 2016, segundo levantamento anual divulgado pelo IBEVAR[14].

            O grupo Pão de Açúcar é considerado o maior da América do Sul e sua estrutura de negócio está dividida em quatro Unidades de Negócios: Multivarejo- que reúne a operação das bandeiras Pão de Açúcar (supermercado e e-commerce), Extra (hipermercado, supermercado, e-commerce, posto e drogaria) e seus formatos de proximidade com o Minuto Pão de Açúcar e o Minimercado Extra; Assaí Atacadista- que atua no segmento de autosserviço, onde estão disponíveis mais de sete mil itens de grandes marcas nacionais e importadas, atendendo micro e pequenas empresas, além de consumidores finais que buscam economia em compras de grande volume; Via Varejo- líder no segmento de varejo de eletroeletrônicos que é responsável pela administração de duas importantes varejistas brasileiras, Casas Bahia e PontoFrio, além da Bartira, marca exclusiva de móveis; GPA Malls- negócio responsável pela gestão dos ativos imobiliários, administração e expansão das galerias comerciais operadas junto às lojas do Grupo.

             O GPA mantém diversas escolas internas de treinamento e capacitação nos níveis operacional, técnico e gerencial que incentivam o aprendizado prático com quem está diretamente ligado ao dia a dia. Somente a universidade corporativa GPA treinou mais de 85 mil colaboradores, totalizando 1,2 milhão de horas. O compromisso com o desenvolvimento dos colaboradores faz parte da estratégia da companhia que enxerga o desenvolvimento contínuo dos colaboradores, o plano de carreira, a diversidade e o bem-estar como temas relevantes e que devem fazer parte de um plano estruturado, de acordo com as diretrizes do grupo, pois segundo a companhia um profissional bem treinado e motivado oferece um serviço muito melhor.

            A equipe gestora do Grupo Pão de Açúcar – GPA, considera ter como diferenciais competitivos, a moderna gestão dos estoques, a localização estratégica dos centros de distribuição, o sortimento diversificado de produtos e a atuação através de lojas multiformatos, que faz com que a empresa atenda melhor as especificidades dos seus diversos públicos-alvos. A rede é reconhecida pelo pioneirismo nos lançamentos e na oferta de serviços inovadores no varejo, como consultores de vinhos e atendentes especializados de queijos. Além disso, é referência em inovação, como a criação das Lojas Mobile, que foi um conceito que adotaram em duas de suas lojas: Casas Bahia Mobile e Pontofrio Mobile, conceito de atendimento consultivo, que proporciona aos clientes uma experiência de compra em um ambiente exclusivo de venda de smartphones, tablets, planos e serviços das principais fabricantes e operadoras em atuação no país, tudo em um só lugar, são administradas pela Via Varejo.

            Com a retração econômica, no 3° trimestre de 2015 o GPA teve um prejuízo de R$ 122 milhões, por esse motivo, o grupo apostou em reforçar sua posição como aliados dos consumidores e, assim, colocar todas as lojas do GPA como parceiros. O objetivo era promover ações que possibilitem aos seus clientes manter o que conquistou nos últimos anos. O presidente da companhia diz que o consumidor de hoje é mais informado, pesquisa muito mais do que antes, e foi pensando nisso que criou o movimento institucional “Vamo Junto”, convidando os brasileiros a dar uma resposta ao atual cenário, pedindo “união de força”, prometendo reduzir preços e melhores promoções em todas elas, impulsionando as empresas se colocarem ao lado dos consumidores. O GPA divulgou também que a queda nas vendas e lucratividade dos hipermercados em 2016 fez o grupo tomar uma decisão. O motivo é que esse tipo de loja tem perdido espaço no país para o atacarejo, e com esse cenário econômico, com a perda do poder aquisitivo da população, o atacarejo é atualmente o formato que oferece preço baixo para os clientes e o mesmo teve um crescimento em 2016. Com isso o grupo anunciou planos de expansão para 2017, com a empresa abrindo 13 lojas da marca Assaí em 2016, e vai ampliar a rede em até 28 unidades no ano, além de converter de 15 a 20 lojas Extra (hipermercado) em Assaí (atacarejo).  

            Mesmo assim, em 2016, as vendas totais do grupo subiram 11,7%, para R$ 45 bilhões, enquanto o faturamento do Assaí saltou 39,2%. A mudança, explica Gomes[15], é devido ao tipo de operação. As mudanças são uma oportunidade de contribuir com o resultado do grupo num momento em que outros negócios estão sendo mais impactados com o cenário econômico, principalmente os segmentos de bens duráveis. O fato de o Assaí não estar exposto ao negócio de eletroeletrônicos faz com que ele tenha menores despesas financeiras. O formato também tem menor perda com depreciação porque as lojas possuem menos equipamentos que os hipermercados, que costumam ter maquinários de açougue, padaria, entre outros. O aumento do número de lojas e a remodelação do formato também são citados por ele como mais um fator para ajudar no crescimento da empresa em um cenário econômico ainda difícil e com muitas incertezas no Brasil. Na avaliação de Iabrudi[16], a priorização do formato reflete ainda uma mudança, em função do cenário econômico, no padrão do consumo do brasileiro. O presidente diz que, ainda que a economia fique mais favorável, o consumidor continuará preferindo ir a uma loja mais simples e pagar menos pelos produtos. A retração econômica acabou acelerando outra intervenção, a rede de eletroeletrônicos. A rede Via Varejo foi colocada à venda em novembro de 2016, com a intenção de concentrar os negócios do grupo no setor alimentar. A Via Varejo tem pressionado os resultados do GPA. No terceiro trimestre de 2016, a mesma teve prejuízo de quase R$ 90 milhões, quase duas vezes maiores que no mesmo período de 2015, enquanto a receita ficou quase estável. Em meio a um cenário econômico mais complicado, o grupo acredita que vem amenizando os impactos negativos através da implementação de diversas medidas que possibilitam o aumento da eficiência das operações das lojas, como o reposicionamento de suas bandeiras e a diversificação dos consumidores por categorias, cujos reflexos tem sido positivos desde 2013.

 

3.3 Cacau Show

 

            Alexandre Tadeu Costa, fundador da empresa Cacau Show também é um case de empreendedor de sucesso, e foi escolhida por ser reconhecida como a maior rede de lojas de chocolates finos do mundo, cuja trajetória segue a seguir encontrada no próprio site da empresa.

            A empresa possui uma extensa linha de produtos incluindo as tradicionais trufas, com mais de 25 sabores. A empresa leva em conta a produção e distribuição de chocolates de alto padrão com aparência artesanal, produzindo-os em larga escala e com custos baixos. Isto significa que a empresa decide onde posicionar seu produto em termos de preço. Sua missão é proporcionar ao maior número de pessoas uma experiência memorável e excelência em produtos e serviços, sendo referência então na gestão do negócio do chocolate.

            A inovação faz parte dos valores da empresa, sendo sentidos desde a sua linha de produtos, a qual mantém o caráter artesanal e único e também está aumentando a procura por cacau cultivado de forma sustentável, uma vez que os consumidores valorizam cada vez mais empresas que se preocupam com a origem do produto, sempre buscando o equilíbrio entre o ambiental, o social e o econômico. A maior inovação foi encontrar um nicho novo no mercado de chocolates, pois antigamente os chocolates artesanais tinham fama de ter qualidade, mas eram produzidos em baixa escala, o que os tornava caros. Já os chocolates industrializados tinham preços mais atraentes, com qualidade mediana. Decorrente disso, encontrou-se um espaço entre as grandes indústrias e as pequenas fabricantes artesanais de chocolate, que resultou em uma surpresa para os consumidores, os quais adoraram a novidade. 

A Cacau Show também acredita que investir em diversos treinamentos para capacitação, tanto de quem trabalha na fábrica e na administração, como nas franquias, é importante para eles, para seus colaboradores e franqueados, por estar na mesma sintonia seguindo os mesmo procedimentos, que como fator geral, contribui para a empresa e o negócio estarem em constante crescimento e desenvolvimento. São diversas reuniões, apresentações, palestras, orientações, encontros semanais e mensais, nos quais são discutidos todos os procedimentos, etapa por etapa. Tudo isso é necessário para avaliar os níveis em que estão trabalhando, compartilhando informações e dando plena capacidade de desenvolvimento do colaborador e do franqueado.

            Decorrente disso, é importante citar que esse setor é benéfico, pois as pessoas podem deixar de adquirir produtos de alto valor, adiar compras, mas ainda gostam de ter o prazer de comer um doce.  O relatório de sustentabilidade emitido pela própria empresa, desde 2013, reforça isso quando apresenta que o faturamento da Cacau Show só vem crescendo a cada ano. Em 2013, o faturamento foi de 1,15 milhões, em 2014 foi de 1,42 milhões e em 2015 subiu para 1,50 milhões de reais.

            O presidente e fundador da marca diz que apesar do ano de 2015 ter sido desafiador e marcado por grandes desafios no âmbito nacional, principalmente no setor econômico, a empresa conseguiu um aumento em seu faturamento bruto em relação ao ano anterior. O Brasil é o 3° maior produtor e consumidor de chocolate do mundo e teve um desempenho menor comparado aos anos anteriores, mas enquanto a maioria regressava, a Cacau Show progrediu utilizando inovação, atitude e conhecimento como aliados. Fechou 2015 com duas mil lojas sempre se preocupando com aspectos sustentáveis e com as partes interessadas que levam a companhia a ser bem sucedida. Em 2016, observando o cenário econômico do país e pensando nos consumidores e empreendedores, a rede decidiu lançar modelos de franquias mais compactos, com baixo custo de investimento, a partir de 19 mil reais. São três novos modelos no quadro 02.

 

 

 Quadro 2 – Modelo de novas franquias da Cacau Show

 

 

 

REVENDEDOR

O franqueado passa a recrutar pessoas para atuar na venda direta dos chocolates, oferecendo oportunidade de expansão, pois dá ao franqueado a possibilidade de desenvolver uma carteira de revendedores para atuação nas áreas de vendas domiciliares e corporativas. A empresa diz que a vantagem é a falta de concorrentes, pois apenas 1% do setor de venda direta trabalha com alimentos e também o conforto na hora da compra, onde o consumidor não precisa ir até a loja para enfrentar filas, o vendedor vai até ele.

 

MICROFRANQUIA CHOCOLATERIA

É uma opção de negócio focada nas vendas dos tradicionais chocolates da rede. É mais compacta e oferece uma ampla gama de locais para instalação, como universidades, hipermercados, faculdades, hospitais e centros empresariais. Com isso os produtos ficam mais próximos do consumidor. O estande desenvolvido abre e fecha e pode ser facilmente transportado, caso o franqueado tenha dificuldades no ponto escolhido inicialmente.

 

MICROFRANQUIA GELATERIA

Dois modelos de carrinhos, que além dos chocolates e trufas, tem a possibilidade da venda de cafés especiais, waffle e oferece uma linha de sorvetes do tipo italiano com sabores que recriam produtos de sucesso da marca. Esse modelo é ideal para instalação em centros de grande fluxo, como galerias comerciais, estações, universidades, hipermercados e shoppings.

Fonte: Adaptado de Cacau Show, 2016

            Segundo o gerente de novos canais, Daniel Roque, o país passa por um momento complicado, mas as pessoas continuam querendo empreender. Com isso a empresa decidiu usar seu know-how para oferecer mais opções ao empreendedor, de tal modo que esses novos modelos de negócios foram criados para pessoas que não possuem capital necessário para abrir a loja convencional. E além do investimento inicial menor, o custo operacional é mais baixo. Portanto, pode-se continuar desenvolvendo novos empreendedores e também ampliar a distribuição dos produtos da marca pelo país. Esse novo modelo de negócio remete ao fato da empresa acreditar que para evoluir é necessário o apoio e determinação das pessoas, pois segundo os valores da Cacau Show, eles se preocupam muito com todas as relações que levam uma empresa a ser bem-sucedida, o consumidor, a sociedade, meio ambiente, colaboradores, franqueados, governo e fornecedores. Além disso, desenvolvem diversos projetos que mantêm ativas essas pessoas. A evolução e desenvolvimento é um fator importante para o crescimento da marca, pois quando um colaborador cresce como profissional, a empresa cresce junto. Por isso é importante destacar que a Cacau Show foi considerada a 2ª empresa mais inovadora pela Revista Consumidor Moderno e isso se deve justamente ao trabalho em conjunto de todas as áreas, segundo os dizeres da própria empresa.

 

4.Considerações Finais

 

            Sob a égide do cenário econômico apontou-se no estudo que as práticas empreendedoras em comum das três empresas escolhidas referem-se a capacitação, ou seja, para elas é fundamental investir em treinamento e dar valor à equipe de colaboradores, para manter a força de vendas constantemente motivada e gerar maiores receitas. Com isso o colaborador agrega valor a si e para a empresa, pois com o avanço da tecnologia, com a economia do país estagnada e consumidores cada vez mais exigentes, elas têm investido em seus próprios colaboradores para atender as demandas.  A inovação também é uma prática empreendedora em comum entre as empresas, devido o fato delas inovarem em seus processos, nos produtos e no mercado alvo, identificando tendências do seu negócio, investindo em novas tecnologias e gerando a capacidade da organização de igualar-se aos padrões do mercado, com habilidade para criar vantagem competitiva e se adaptar a cada representação do cenário econômico ganhando relevância no mercado em que cada empresa atua.

            Cabe salientar que perante o atual cenário econômico a Mary Kay, desde 2015, não teve mudanças negativas em seu faturamento, pois além de sempre investir em inovação nos seus produtos, ela está inserida no setor de vendas-diretas, que é um setor que se tornou uma das principais alternativas diante da recessão econômica, uma vez que não precisa ter lugar fixo para vender os produtos, tem a característica de ser um trabalho considerado sem chefe, existir a flexibilidade de horários, oportunidade de carreira independente e cuja lucratividade na revenda pode chegar a 40%, de acordo com o empenho das consultoras. Além do famoso carro cor-de-rosa que a empresa oferece às consultoras que atingem as metas da empresa. Esse setor vem aquecido decorrente do crescimento das vendas diretas e com o diferencial de trabalhar com consultoras de beleza e não apenas vendedoras, que anualmente são reconhecidas anualmente, com treinamento, motivação e reconhecimento por parte da empresa através do evento, sendo assim as práticas empreendedoras da May Kay seguem válidas e bastante atrativas no mercado.

            Entre as empresas analisadas, o Grupo Pão de Açúcar demonstrou ser a empresa que possui menor impacto econômico das suas práticas empreendedoras, o que através do estudo apontou-se que decorre das relações comerciais antes estabelecidas o que gerou instabilidade e negociações negativas perante o mercado. Também vale ressaltar que entre as empresas analisadas, o grupo Pão de Açúcar faz parte de um cenário extremamente competitivo, composto por vários player, competidores que atuam no ramo de atacado e de varejo, o que afeta diretamente seus negócios. Mas, mesmo com tamanha instabilidade demonstrada, não se pode negar que suas práticas empreendedoras foram importantes para que o grupo chegasse até aqui e pudesse brigar para garantir a preferência do consumidor, se consolidando como um grupo arrojado.

            A empresa Cacau Show também não mostrou resultados negativos durante os últimos anos, pois a empresa veio apresentando diferenciais competitivos que fizeram a mesma crescer, além de ter encontrado um nicho novo no mercado de chocolates, que são os chocolates artesanais, que são feitos em grande escala. Decorrente disso, a empresa encontrou um espaço entre as grandes indústrias e as pequenas fabricantes artesanais de chocolate, que resultou em sucesso. E também seu diferencial para enfrentar o cenário econômico estagnado, foi a criação de novas microfranquias, que o investimento inicial é menor e o custo operacional á mais baixo.

            Os indicadores econômicos tem relação diretamente com o empreendedorismo, pois afeta nas decisões das empresas, nos seus custos e de modo geral fortalece toda a cadeia produtiva do país. Ao atender determinadas demandas do mercado, os empreendedores estão fazendo circular nossa economia, redistribuindo a renda, criando novos empregos e gerando prosperidade e a de outras empresas, parceiros e fornecedores que do mesmo jeito, colaboram para um ciclo de abundância e prosperidade para o Brasil. Assim, tem-se como pressuposto que um ambiente propício ao empreendedorismo pode mudar uma realidade econômica.

            Conclui-se que apesar de algumas empresas citadas ter passado por momentos de instabilidade econômica e que o cenário do país também não ter sido benéfico em alguns indicadores, as empresas não retraíram suas práticas empreendedoras, pelo contrário, cada uma com seus diferenciais e pela vantagem de cada setor, aproveitou a oportunidade do ambiente atual e usou seu know-how colocando-o em prática para sobreviverem e passarem por esse momento de instabilidade, gerando valor para o cliente, promovendo o crescimento da empresa, sem deixar o faturamento e a lucratividade da empresa cair.

 

 

 

 

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[1] Orientadora do trabalho. Profa. Universitária no ILES /ULBRA Itumbiara –GO. Mestre em Educação. Consultora Empresarial. Email: [email protected]

[2]  Estudante de graduação em Administração no ILES/ULBRA Itumbiara-GO.

[3] Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) é uma entidade privada que promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte aqueles com faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões.

[4] Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX) executa, desde 1996, iniciativas de apoio, desenvolvimento, promoção e fomento para impulsionar a Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI, uma das maiores em todo o mundo, conhecida por sua criatividade, competência e fonte de talentos.

[5] Global Entrepreneurship Monitor (GEM) projeto de pesquisa iniciado em 1999, trata questões relacionadas ao empreendedorismo, tais como; as diferenças entre os países em termos de capacidade empreendedora; a contribuição do empreendedorismo para o crescimento econômico e tecnológico.

[6] O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE se constitui no principal provedor de dados e informações do País, que atendem às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal.

[7] Coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

[8] A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), pesquisa feita pelo Instituto IBGE em uma amostra de domicílios brasileiros. Produz informações contínuas sobre a inserção da população no mercado de trabalho associada a características demográficas e de educação, e, também o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País.

[9] Taxa Selic é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais.

[10] Os títulos públicos são um investimento de Renda Fixa. Emitidos pelo Governo Federal para captar recursos para o financiamento de projetos ou dívidas do país, por meio do Tesouro Direto - um programa do Tesouro Nacional criado em parceria com a BMF&F Bovespa.

[11] Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros.

[12] Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 1980. O objetivo é promover e desenvolver a venda direta no Brasil. Disponível em: < http://www.abevd.org.br/sobre/>. Pesquisa realizada em 10/04/2017.

 

[13]   Vendas Líquidas – corresponde à receita de vendas de produtos e serviços da empresa, diminuído de impostos sobre vendas, abatimentos e devoluções.

[14] Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo é uma instituição sem fins lucrativos. Seu objetivo é estabelecer grupos de discussão, relacionamento e conhecimento a respeito deste mercado.

 

[15] Belmiro Gomes: Presidente do Assaí.

[16] Ronaldo Iabrudi- Diretor Presidente do GPA desde 2014