CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA
FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DE LEME
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO




SILMARA APARECIDA COSMO


EMPREENDEDORISMO SOCIAL NA SOCIEDADE DE BAIXA RENDA


LEME
2007


EMPREENDEDORISMO SOCIAL NA SOCIEDADE DE BAIXA RENDA


Trabalho de Conclusão do Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Administração ? Habilitação em Finanças e Controladoria à Faculdade de Ciências Administrativas do Centro Universitário Anhanguera ? campus de Leme.


Orientadora: Profª. Ivana Canata


LEME
2007

DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho às crianças, jovens e adolescentes da sociedade de baixa renda, os quais me inspiram à busca de oportunidades e, por isso a melhoria na condição de vida.
Aos empreendedores sociais, que fazem a diferença na vida de cada um, criando aos mesmos, perspectivas de vida com visão de um futuro promissor.
Aos meus irmãos Simone, Edson e Emerson, pela paciência e compreensão em todos os momentos ausentes. Ao meu pai Paulo, que na sua simplicidade me motivou. À minha mãe Vitalina, mulher que é exemplo de lutas e vitórias, sendo estrutura e guia na minha vida, e em todos os meus objetivos.
E, em especial aos meus sobrinhos, Felipe, Lucas e Isabella, crianças e adolescente, que foram os principais responsáveis pela minha dedicação a este trabalho.


AGRADECIMENTOS

A Deus, por me fortalecer nos momentos de desistência, me fazendo crer na capacidade a qual me concedeu.
A todas as pessoas que participaram direta ou indiretamente dessa minha conquista, me cedendo uma palavra, um abraço amigo, um sorriso, ou simplesmente um aperto de mão, o meu muitíssimo obrigado.
Aos meus amigos de turma, Flávia Padilha e Tiago Murer, sempre presentes em todos os momentos, principalmente os difíceis me amparando e motivando.
A todos os professores, que ao longo destes quatro anos, me ensinaram, conduziram e motivaram para que eu chegasse até o fim.
Ao Professor Adão Lopes que com sabedoria, dedicação e carinho, contribuiu para a escolha do tema.
A minha Orientadora Professora Ivana Canata, pela excelência no empenho e atenção nas orientações deste trabalho.




"Transformar a sociedade com a participação dos mais pobres, é só uma questão de oportunidade".
(Francisco Simeão - Presidente do Instituto Bom Aluno)


"Feliz daquele que sabe, transfere o que sabe, e aprende o que ensina".
(Cora Coralina ? Poetisa Brasileira)


"Não se pode ensinar nada a um homem, pode-se apenas ajudá-lo a encontrar respostas dentro dele mesmo".
(Galileu Galilei ? Cientista italiano).


"Se a educação sozinha, não transforma a sociedade, sem ela, tampouco a sociedade muda".
(Paulo Freire, Educador brasileiro).





SUMÁRIO


INTRODUÇÃO.........................................................................................................09
RESUMO..................................................................................................................10
ABSTRAT..................................................................................................................11

1 EMPREENDEDORISMO........................................................................................12
1.1-A Revolução do Empreendedorismo...........................................................14
1.1.2 Empreendedorismo no Brasil....................................................................17
1.2 ? O Processo Empreendedor........................................................................20
1.3 ? O Empreendedor...........................................................................................22
1.4 -Oportunidades.................................................................................................28

2 SOCIOLOGIA............................................................................................................30
2.1 ? Sociedade.................................................................................................................33
2.1.1 - Conceito de Sociedade ivil................................................................................................................................34
2.1.2 - A Importância dos Grupos Sociais.......................................................................................................................35
2.1.3 ? Sociedade e Baixa Renda.........................................................................................................................36
2.1.3.1 ? Comunidade e Sociedade..................................................................................................................36
2.1.3.2 ? A Desigualdade Social..........................................................................................................................37
2.1.3.3 - Desigualdade Social no Brasil...........................................................................................................................39
2.1.3.4 ? O Preconceito e a Discriminação...........................................................................................................43
2.1.3.5 ? A Importância das Instituições Sociais....................................................................................................................... 44
2.2 ? Baixa Renda e Oportunidade.............................................................................................................47
2.3 ? Motivação....................................................................................................................50

3 EMPREENDEDORISMO SOCIAL EM SOCIEDADE DE BAIXA RENDA........................................................................................................................52
3.1 ? O Empreendedorismo Mudando a Sociedade..................................................................................................................53
3.2 ? O Futuro das Pessoas com Perspectivas e portunidades..............................................................................................................58

CONCLUSÃO.............................................................................................................59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS.........................................................................61



INTRODUÇÃO

Oportunidade! Acredito que é assim que posso dar introdução ao meu trabalho. Relatar com satisfação a oportunidade de exprimir no que diz respeito à questão social no Brasil, por meio das dificuldades e necessidades vivenciadas na sociedade de baixa renda. No entanto o objetivo é destacar com extrema importância o empreendedorismo como necessidade social, condutor do desenvolvimento econômico, capaz de gerar e distribuir riquezas, agregando benefícios à sociedade e, em especial à sociedade de baixa renda.
Por meio do estudo referente ao processo empreendedor, focalizar a ação empreendedora, em que os empreendedores assumem riscos acreditando nas possibilidades de transformar a sociedade.
E, voltando o empreendedorismo para a visão social, é notável, como ele proporciona à sociedade de baixa renda, o desenvolvimento e crescimento de indivíduos, predominantemente a jovens e adolescentes. Uma vez que os mesmos sem estas oportunidades; devido ao baixo nível de escolaridade, condições de saúde precária e sem acesso a cultura e religião, é grande a possibilidade do crescimento de jovens e adolescentes sem nenhuma perspectiva do futuro.
No entanto, destacar o quanto o empreendedorismo social, contribui para o desenvolvimento econômico e social de um país. Por meio de uma visão reflexiva, sugerir ao leitor, condições necessárias para compreender como é possível a realização de uma ação empreendedora de sucesso, assim entender o tema abordado.
Com isso, na pesquisa bibliográfica foram citados os autores: Fernando Dolabela, Idalberto Chiavenato, José Carlos Dornelas, Luiz Antonio Bernardi, Maria Cristina Castilho Costa e Reinaldo Dias.




RESUMO

Este trabalho tem como foco principal o Empreendedorismo Social. Onde o alvo é "a sociedade de baixa renda". Com o empreendedorismo social, o objetivo é proporcionar a inclusão de crianças, jovens e adolescentes em projetos culturais, educacionais, de saúde, e lazer, munindo-os de conhecimentos, que os tornem capacitados à igualdade de oportunidades. Para isso, é realizado um estudo referente ao empreendedorismo, relatando sua origem, mas dando ênfase em sua revolução que gerou mudanças na economia, em outros países e principalmente no Brasil. Por meio de análises em bibliografias específicas, constatou-se que, com o ensino do empreendedorismo, no Brasil, surgem grandes empreendedores. E como empreendedores estão relacionados à sociedade, surgem então, os empreendedores sociais, os quais objetivam a transformação de idéias em oportunidades, identificadas por meio de necessidades e dificuldades em que vivem os indivíduos que compõem a sociedade de baixa renda.
Com isso proporcionar aos mesmos, desenvolvimentos econômico, social e cultural. Desenvolveu-se assim, um estudo sobre o envolvimento social, todos os obstáculos, possibilidades e ações de sucesso desses empreendedores, que visam propor à "sociedade de baixa renda", capacitação e oportunidades, uma vez que esta sociedade com sua deficiência no âmbito cultural, baixa nível de escolaridade, a não prática da religião, é discriminada e marginalizada. Mas que acompanhada de orientação familiar, religiosa e educacional, tem a possibilidade de inserir indivíduos com perspectivas futuras, em uma sociedade que os discrimina e exclui.


Palavras - chaves: Empreendedorismo, Sociedade, Desenvolvimento e Oportunidade.


ABSTRACT

This work has as main focus the Social Creating. Where the target is "the low income society". With the social creating the objective is to provide the inclusion of children, young, and adolescents in cultural, educational projects, of health, sport and leisure, completing them of knowledge, that become them able to the equality of chances. For this, is done a refering study to the creating, telling your origin, but giving emphasis in your revolution that generated changes in the economy in other countries and mainly in Brazil. By means of analyses in specific bibliographies, one evidenced that, with the teaching of the creating, in Brazil, great entrepreneurs appear.
And as enterprising are related to the society, appears then, the social entrepreneurs, which objectify the transformation of ideas in chances, identified by means of necessities and difficulties where the individuals live that developments economic, social and cultural. It was developed thus, a study about the social envolvement, all the obstacles, possibilities and actions of success of these entrepreneurs, whom they intend to consider to the "society of low income", qualification and chances, a time that this society with your deficiency in the cultural scope, low school level, not the pratical one of the religion, is discriminated and kept out of society. But with a familiar orientation, religious and educational orientation, it has the possibility to insert individuals with future perspectives, in a society that discriminates them and excludes.


Keys Words ? Creating, Society, Development and Chances.





EMPREENDEDORISMO

Dornelas (2001) conceitua empreendedorismo como o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a transformação de idéias em oportunidades, levando a criação de negócios de sucesso.
Para Dornelas (2001), em qualquer definição de empreendedorismo, encontram-se os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:
? Iniciativas para criar um novo negociam e paixão pelo que faz;
?Utiliza recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde vive;
?Aceita assumir riscos calculados e a possibilidade de fracassar.
Conforme visto, as razões do empreendedorismo, é que ele busca a auto realização de quem utiliza este método de trabalho, estimula o desenvolvimento como um todo, e o desenvolvimento local, apoiando a pequena empresa, ampliando a base tecnológica. Com isso, cria empregos, evita armadilhas no mercado que está incidido e re-orienta o estimulo brasileiro para a velocidade nas mudanças às tendências internacionais, a adaptar-se ao no mercado com ética e cidadania.
Para o autor Dolabela (1999), o empreendedorismo é visto como o ramo da administração de empresas. O autor cita que, no primeiro mundo as escolas de administração têm um setor, um grupo, uma área de concentração em empreendedorismo e MBAS, que focalizam esta área.
Segundo Dolabela (1999), são comuns as Universidades, principalmente as dos Estados Unidos e Canadá, criarem um Centro de Empreendedorismo, onde junto à pesquisa e ensino na área, são estabelecidas conexões para dar suporte às empresas emergentes.
Conforme o autor há entre estudiosos na área do empreendedorismo alguns, entre aos quais ele se inclui que defendem a idéia de que a administração de empresas está contida no empreendedorismo e que, todos consideram que o estudo (comportamento do empreendedor), como fonte de novas formas para compreensão do ser humano em seu processo de criação de riquezas e realização pessoal.
Dolabela (1999) relata ainda que, a empresa é uma forma de realização dos novos sonhos. No entanto conclui que o empreendedorismo é visto também como um campo relacionado e de maneira intensa, com o processo de entendimento e construção da liberdade humana.
O autor enfatiza algumas atividades primordiais no empreendedorismo:
?A disseminação da cultura empreendedora no sistema do ensino formal de todos os níveis;
?A disseminação da cultura empreendedora e apoio à ação empreendedora entre grupos sociais tais como desempregados minorias, alijados do processo econômico;
?O empreendedorismo comunitário, em que as sociedades desfavorecidas se articulam para enfrentar a diversidade;
?A sensibilidade das forcas da sociedade para a importância do empreendedorismo e da pequena empresa;
?A geração do auto - emprego;
?A criação de empregos;
?A identificação, criação e busca de oportunidades para empregos existentes e novas;
?O financiamento de organizações emergentes e daquelas ameaçadas de desaparecimento;
?O estudo do papel do empreendedorismo em grandes organizações;
?O estabelecimento de redes de relações com universidades e com todas as forcas sociais.


1.1 A revolução do empreendedorismo

De acordo com Dornelas (2001), o mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo e que, vimos no século XIX, quando foi criada a maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas, onde as mesmas são frutos de inovação, algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar coisas já existentes.
Para Dornelas (2001), para que isso aconteça, existem pessoas ou equipes que são visionárias, questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem, acontecem, e empreendem.
Contudo o autor afirma ainda que, os empreendedores são estas pessoas diferenciadas que tem paixão pelo que fazem, e por esse motivo, estão revolucionando o mundo. Então ele conclui que o papel dos empreendedores sempre foi fundamental na sociedade.
Conforme Dornelas (2001), há 15 anos, era considerada loucura um jovem recém-formado criar seu próprio negócio. O ensino da administração era voltado para formar profissional somente para administrar grandes empresas; sendo elas nacionais e multinacionais.
Quando esse cenário mudou, nem profissionais mais experientes, nem jovens procurando oportunidades no mercado de trabalho nem mesmo as escolas de ensino em administração estavam preparados. Para ele, mudando essa visão é que o empreendedorismo começa a aparecer no Brasil.
A explicação para focalizar países no empreendedorismo, é obtida ao analisarem os Estados Unidos, país este, que é o maior exemplo mundial com o empreendedorismo e o progresso econômico. Na visão do autor, a criação de empresas, por si só não leva ao desenvolvimento econômico, a não ser que esses negócios estejam focando oportunidades no mercado. No entanto, a partir daí, originam-se duas definições de empreendedorismo.
Segundo Dornelas (2001), a primeira definição seria o empreendedorismo de oportunidade, em que o empreendedor sabe aonde quer chegar, cria empresa visando à geração de lucros, empregos e riquezas. A Segunda definição para Dornelas (2001), seria o empreendedorismo de necessidade, onde o candidato a empreendedor se aventura a empreender, mais por falta de opção ou por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho.
Então os negócios não são planejados de forma adequada e muitos fracassam, não gerando desenvolvimento econômico e agravando as estatísticas de criação e mortalidade dos negócios.
De acordo com o autor, no Brasil, país em desenvolvimento, isto ocorre de maneira comum. Historicamente, o índice de empreendedorismo de oportunidade tem estado abaixo do índice do empreendedorismo de necessidade, embora nos últimos anos, tem-se percebido uma melhora nesta relação, com expectativa de que nos anos futuros, surjam cada vez mais empreendedores focados em oportunidades, promovendo o desenvolvimento do país.
O autor afirma que, um fator que dependerá e muito dos brasileiros, a se desmistificar, é a quebra de um paradigma cultural de não valorização de homens e mulheres de sucesso, que tem construído esse país e gerado riquezas, os quais são grandes empreendedores e, muitas vezes não são reconhecidos. São vistos apenas como pessoas de sorte ou ainda que vencessem na vida por meios alheios a sua competência.
O autor relata que no Brasil, o empreendedorismo começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. E que foi com os programas criados no âmbito da Softex em todo país junto às incubadoras de empresas e as universidades (cursos de ciências da computação/informática), que o tema Empreendedorismo começou a despertar na sociedade brasileira.
Segundo o autor, após ter passado 15 anos, pode-se dizer que o Brasil entra neste novo milênio com todo o potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino do empreendedorismo de todo o mundo, comparável aos Estados Unidos, onde mais de 1500 escolas ensinam o empreendedorismo. Obtêm-se informações em (www.softex.br)
Conforme Dolabela (1999), os primeiros cursos de conferências de que se tem noticia, tinha mais foco na pequena empresa do que no empreendedorismo. Em 1947, a Harvard, Business School, criou um curso sobre gerenciamento de pequenas empresas.
Dolabela (1999) ressalta que em 1953, Peter Drucker montou um curso de empreendedorismo e inovação no New York University. Foram atividades pioneiras, porque passaria muito tempo até que cursos de empreendedorismo fossem oferecidos pelas escolas de administração de empresas. Contudo, Dolabela (1999) conclui que o empreendedorismo esta atravessando crescimento inesperado em todas as dimensões. E, lembrando ainda, visto em Dornelas (2001), Timmons falava em revolução silenciosa, em que o empreendedorismo será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi para o século 20.

1.1.2 Empreendedorismo no Brasil

Relata Dolabela (1999), que o empreendedorismo esta apenas começando, mas os resultados já alcançados no ensino indicam que estamos no inicio de uma revolução silenciosa.
O autor comenta que o primeiro curso que se tem noticia na área, surgiu em 1981, na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, São Paulo por iniciativa do professor Ronald Degen e se chamava ? Novos Negócios - disciplina do CEAG ? Curso de Especialização em Administração para Graduados. Conforme Dolabela (1999), em 1984, o curso foi estendido para graduação sob o nome de Criação de Novos Negócios ? Formação de Empreendedores. Hoje, é uma das trilhas obrigatórias a serem percorridas pelos alunos da graduação. Conforme Dolabela (1999), mais tarde o ensino do empreendedorismo foi inserido nos cursos de mestrado, doutorado e MBA.
Segundo o autor, a USP ? Universidade de São Paulo, começou a oferecer o ensino de empreendedorismo em 1984, quando o professor Silvio Aparecido dos Santos introduziu a disciplina - Criação de Empresas no Curso de Graduação em Administração, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, FEA/USP.
Dolabela (1999) comenta ainda, que no ano de 1996, foi um marco na área de ensino do Empreendedorismo no Brasil. Quando a partir de 1997 um programa gerido pela *Softex* com a finalidade de estimular a exportação de software brasileiro, implanta dois projetos.
O Gênese de incubação universitária e o *Softstant*, na área do ensino de empreendedorismo, os quais causaram grande impacto em nosso ambiente universitário, explorando a área de informática e lançando sementes em outros campos de conhecimento. O autor afirma que além desses resultados, vinte incubadoras de software instaladas, disciplinam o empreendedor de informática, implementada em mais de cem instituições de ensino, e 120 empresas criadas. Dolabela (1999) ressalta que a principal contribuição desses programas, e a disseminação ampla de uma nova cultura educacional, que aproxima centros de pesquisa, empresas, forças da sociedade em um único esforço de formar empreendedores.
Conforme o autor, esses programas se estendem em 1997, em Minas com o Programa Reúne ? Rede de Ensino Universitário de Empreendedorismo. Em 1998, os Estados do Amazonas, Paraná e Rio Grande do Norte. Em 1999, passa a difundir o ensino do empreendedorismo nos demais estados brasileiros.
Dolabela acrescenta que, segundo estimativas, ainda no ano de 1999, os vários programas existentes no Brasil, atingiram um publico universitário de cerca de 10 mil alunos. Ele acredita que, devido ao rápido crescimento, do ensino na área, este número devera triplicar em dois anos.
No que diz respeito em perspectivas para obras, Dolabela (1999), fala das grandes dificuldades enfrentadas pelas empresas emergentes no Brasil, principalmente o de base tecnológica as quais faltam tantas políticas publica adequado, quanto sistema de financiamento baseado em capital de risco. E segundo Dolabela (1999), como foi apresentado, o movimento do ensino universitário, de empreendedorismo ainda que rústico, pode ser otimista e fazer crer que as visões dos esforços do governo e da iniciativa privada nesta área podem caminhar juntas. No entanto conforme Dolabela (1999) é importante constatar o papel decisivo de instituições já citadas e contando ainda com o BNDES ? Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, além de institutos estaduais de tecnologia e prefeituras, no apoio a programas de empreendedorismo no Brasil.



1.2 O Processo Empreendedor

Conforme pesquisa realizada neste trabalho, existem umas séries de fatores que podem influenciar um indivíduo a tornar-se empreendedor, sendo eles fatores ambientais, sociais, pessoais ou um somatório de todos eles.


INOVAÇÃO: DECISÃO IMPLEMENTAÇÃO CRESCIMENTO
A IDEIA DE AVANÇAR
Processo de criação de uma empresa [adaptado de Gonçalves (2000)]


Após a decisão de tornar-se empreendedor, existe certa seqüência composta de quatro fases para a efetivação do processo empreendedor, são elas:
?Identificar e avaliar a oportunidade;
?Desenvolver o plano de negócios;
?Determinar e captar recursos necessários;
?Gerir a empresa criada.
Para Chiavenato (2006), o processo empreendedor abrange todas as atividades, as funções e as ações relacionadas com a criação de uma nova empresa. Conforme o autor, em primeiro momento, o empreendedorismo envolve o processo de criação de algo novo, que tenha valor e seja valorizado no mercado. Em um segundo momento, exige a devoção, comprometimento de tempo e esforço para que o novo negócio possa transformar-se em realidade. Em terceiro, requer ousadia, assunção de riscos calculados e decisões críticas, além de tolerância com possíveis tropeços, erros ou insucessos.
O autor comenta que, o empreendedor revolucionário, é aquele que cria novos mercados por meio de algo único. E afirma que por isso, a maioria dos empreendedores cria negócios em mercados já existentes apesar do sucesso na atuação de segmentos já estabelecidos. E ressalta, que por mais que seja o tipo de empreendedor ? revolucionário ou conservador-, qualquer que seja o caminho escolhido para enfrentar e sobreviver no mercado, o processo empreendedor requer ainda os seguintes passos:
?Identificação e desenvolvimento de uma oportunidade na forma de visão;
?Validação e criação de um conceito de negócio e estratégias que ajudem a alcançar essa visão por meio de criação, aquisição, franquia etc;
?Captação dos recursos necessários para implementar o conceito, ou seja, talentos, tecnologias, capitais e crédito, equipamentos etc.
?Implementação do conceito empresarial ou do empreendimento para fazê-lo começar trabalhar;
?Captura da oportunidade por meio do início e crescimento do negócio;
?Extensão do crescimento do negócio por meio da atividade empreendedora sustentada.
De acordo com Chiavenato (2006), todas essas atividades levam tempo e não obedecem às regras definidas, fazendo com que o empreendedor volte atrás no processo ou ainda mude caminhos para ajustar seus negócios às novas oportunidades. O autor afirma que as pessoas que fazem acontecer possuem talento empreendedor, uma combinação de percepção, direção, dedicação e muito trabalho. Chiavenato (2006), conclui que se há esse talento, tem-se a oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver novos negócios. E ainda que, quando o talento é somado à tecnologia e ao capital e o empreendedor tem idéias viáveis, a formulação química está pronta para proporcionar resultados favoráveis.


1.3 O Empreendedor

De acordo com Chiavenato (1990) o termo empreendedor vem - do francês entrepreneur ? significa aquele que assume riscos e começa algo novo. E acrescenta que, empreendedor é quem fareja as oportunidades e precisa ser muito rápido, aproveitando as oportunidades, antes que outros aventureiros o façam, é a pessoa que inicia ou opera um negócio para realizar uma idéia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente. Para ele, essa definição envolve não apenas os fundadores de empresas, mas os membros de uma segunda ou terceira geração de empresas de familiares e os gerentes proprietários, que compram empresas já existentes de seus fundadores. Mas concorda que o espírito empreendedor está também presente em todas as pessoas que, mesmo sem fundarem uma empresa ou iniciarem seus próprios negócios, estão preocupadas e focalizadas em assumir riscos e inovar continuamente.
Segundo Chiavenato (1990), Shumpeter amplia o conceito dizendo que "o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologias". E, ressalta que para Shumpeter, o empreendedor é a essência da inovação do mundo, tornando obsoletas as antigas maneiras de fazer negócios.
Chiavenato (2006) define como três características básicas do empreendedor:
?Necessidade de Realização: onde existem aquelas com pouca necessidade de realização e que se contentam com o status e que se contentam com o status atual. Enquanto que as pessoas com alta necessidade de realização gostam de competir com certo padrão de excelência e preferem ser pessoalmente responsável por tarefas e objetivos que atribuíram a si próprias. Chiavenato (2006) relata que Mc Celland, um famoso psicólogo organizacional, descobriu em suas pesquisas uma correlação positiva entre necessidade de realização e atividade empreendedora. Segundo o autor, Celland fala ainda, que a mesma característica foi encontrada em executivos que alcançaram sucesso nas organizações e corporações. E, que em muitos casos, o impulso empreendedor torna-se evidente desde cedo, até mesmo na infância.
?Disposição para assumir riscos: Conforme Chiavenato (2006), Mc Celland verificou que as pessoas com alta necessidade de realização também têm moderadas propensões para assumir riscos. E, a preferência pelo risco moderado reflete a autoconfiança do empreendedor.
?Autoconfiança: De acordo com Chiavenato (2006), quem possui autoconfiança sente que pode enfrentar os desafios que existem ao seu redor e tem domínio sobre os problemas que enfrenta. E afirma que as pesquisas revelam que os empreendedores têm um foco interno de controle mais elevado do que aquele que se verifica na população geral.
Conforme Dolabela (1999) há muita definição para o termo empreendedor. Segundo o autor, Filion (1999), considera Jean Baptiste Say, o pai do empreendedorismo, o qual a concepção que tinha do empreendedor, é alguém que inova e agente de mudanças. Mas Dornelas afirma que foi Shumpter (1934) quem deu projeção ao tema, associando definitivamente o empreendedor ao conceito de inovação e apontando-o como o elemento que dispara e explica o desenvolvimento econômico.
O autor cita a definição de Filion (1991) no qual, o significado da palavra empreendedor, mudo de acordo com o país e a época e que, no fim do séc. 17, empreender era resolução de fazer qualquer coisa.
Segundo Dolabela, Filion por ser simples e abrangente, define o empreendedor, como uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.
Ele cita exemplos de empreendedores:
?Um indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;
?Uma pessoa que compra uma empresa e introduz inovação assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir ou de fazer propaganda dos seus produtos e ou serviços, agregando valores,
?Um empregado que introduz inovação em uma organização, provocando o surgimento de valores adicionais.
Por isso, de acordo com Dolabela (1999), não se considera empreendedor, uma pessoa que adquira uma empresa e não introduza qualquer inovação, mas somente gerencie negócio. Porque para o autor, a palavra "empreendedor" inclui também o termo empresário. Dolabela (1999), afirma que muitos dizem que empreendedor é quem têm idéia, enquanto o empresário é quem a coloca em prática.
E ressalta: outros dizem ainda que, empresário é aquele que tem capital financeiro com o qual o empreendedor, que tem o talento e o conhecimento técnico, irá viabilizar o negócio.
Mas ainda assim afirma que atualmente, significa a atividade de toda pessoa que está na base de uma empresa, desde o franqueado, um dono de oficina mecânica, até aquele que criou e desenvolveu uma multinacional.
Para Dolabela (1999), não se pode dissociar o empreendedor da empresa que criou. Ambos fazem parte do mesmo conjunto e devem ser percebidos de forma hostilica ? a empresa tem a cara do dono. Então ele conclui:
"O empreendedor e alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não os deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores, e convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável".
Dolabela (1999) comenta que, Jean Baptiste Say, que é considerado o pai do empreendedorismo, e que o economista austríaco Shumpter (1934), que relançou as idéias sobre o empreendedor e seu papel no desenvolvimento econômico, associam o empreendedor ao desenvolvimento econômico, à inovação e ao aproveitamento de oportunidades em negócios. Mas segundo Dolabela (1999) ainda, existem controvérsias a respeito, pois muitos dirigentes alcançaram sucesso sem lançar algo verdadeiramente novo.
Para Bernardi (2003), a farta literatura disponível e a definição predominante da figura do empreendedor conduzem ao traçado de um perfil característico e típico de personalidade em que se destacam:
?Senso de oportunidade;
?Dominância;
?Agressividade e energia para realizar;
?Autoconfiança;
?Otimismo;
?Dinamismo;
?Independência;
?Persistência;
?Flexibilidade e resistência a frustrações;
?Criatividade;
?Propensão ao risco;
?Liderança carismática;
?Habilidade de equilibrar sonho e realização;
?Habilidade de relacionamento.
Bernardi (2003), afirma que, sem uma boa dose dessas características de personalidade, é difícil imaginar o progresso do empreendimento. Então conforme Bernardi, este é o primeiro passo ao empreender, e ressalta ainda a necessidade de uma auto avaliação honesta, realista e criteriosa.
Bernardi (2003) comenta que entre muitas motivações e razões objetivas e subjetivas para empreender, encontram-se predominantemente as seguintes:
?Necessidade de realização;
?Implementação de idéias;
?Independência;
?Fuga da rotina profissional;
?Maiores responsabilidades e riscos;
?Prova de capacidade;
?Auto-realização;
?Maior ganho;
?Status;
?Controle da qualidade de vida.
Conforme Bernardi (2003), por esta escala relativa de pesos que cada pessoa atribui a cada uma das motivações, independentemente do grau de persistência e obstinação típicas do empreendedor, os custo e benefícios pessoais adquirem graus de conflitos diferenciados.



1.4 Oportunidades

Conforme Dolabela (1999) a identificação de oportunidade tem atividade central na atividade empreendedora. Entre muitos atributos fundamentais de um empreendedor está a capacidade de identificar, agarrar e buscar os recursos para aproveitar uma oportunidade. O autor fala que, quando definem oportunidade, muitos autores empregam o conceito de idéia, devido à sua importância para a atividade empreendedora. Mesmo porque, atrás de uma oportunidade existe sempre uma idéia. Mas idéias são diferentes de oportunidades. De acordo com Dolabela (1999), boas idéias não são necessariamente oportunidades, e não saber distinguir umas das outras é uma das grandes causas de insucesso entre os empreendedores iniciantes. O autor afirma que oportunidade é uma idéia que está vinculada a um produto ou serviço que agrega valor ao consumidor, seja por meio de inovação ou da diferenciação.
Dolabela (1999) enfatiza ainda que, não basta ver a oportunidade, é preciso saber agarrá-la no momento propício. E que para agarrá-la, é preciso ter as condições para desenvolvê-la; capacidade de buscar recursos financeiros, tecnológicos e humanos, além de saber gerenciá-los.
E, para Dolabela (1999), idéia em si é inerte e não tem valor em termos práticos. E de fato, não é difícil gerar boas idéias. E segundo Dolabela (1999), Timmons (1994), uma idéia não passa de um instrumento na mão de um empreendedor.
O autor conclui que a oportunidade deve ser analisada sob alguns prismas: ser compatível e adequada às características pessoais do empreendedor, em sua personalidade, seus valores, preferências, visão do mundo, sonhos. Ressalta ainda Dolabela (1999), que é preciso confrontar as exigências sugeridas pela oportunidade com as forças e fraquezas individuais. Deve analisar também as ameaças externas que incidem sobre a oportunidade e as situações que a favorecem.



2 SOCIOLOGIA

Conforme, Reinaldo Dias (2005), pode estabelecer, com bastante tranqüilidade, o surgimento da sociologia no século XIX, como decorrência da necessidade dos homens de compreender os inúmeros problemas sociais que estavam surgindo, em proporções nunca vistas devido à industrialização iniciada no século XVIII. Partindo de uma realidade rural, em que as funções e relações sociais apresentavam pouca complexidade, as sociedades (primeiramente a inglesa) depararam-se, no século XIX, com estruturas mais complexas, que se desenvolveram em torno da nova realidade industrial. O autor afirma que as disciplinas existentes apresentavam instrumental insuficiente para explicar os novos fenômenos sociais. Então surge daí a necessidade de uma nova ciência, ou seja, ciências exatas e naturais, para tentar explicar a realidade. Constitui-se assim a sociologia, em seu início, com o objetivo específico de estudar sistematicamente o comportamento social dos grupos e as interações humanas, como também os fatos sociais que geram e sua inter-relação.
De acordo com Reinaldo Dias (2005), a sociologia consolidou-se ao longo do tempo como um dos ramos das ciências humanas, pois surgiram inúmeras ciências para estudar cada dimensão social, aprofundando o conhecimento específico de determinadas relações sociais. No entanto, a sociologia permanece como a única que tem como tema central de estudo, as interações sociais propriamente dita.
Segundo Reinaldo Dias (2005), para o sociólogo, fato social é estudado não porque é econômico, jurídico, político, turístico, educacional ou religioso, mas porque todos ao mesmo tempo são sociais, independentemente da especialidade de cada um.
Para o autor, a vida dos seres humanos apresentando assim, várias dimensões: econômica, jurídica, moral, religiosa entre outras, que ocorrem e se desenvolvem durante a existência social do homem, ou seja, quando os seres humanos se interagem uns com os outros. E, conforme Reinaldo Dias (2005) são essas interações, independentemente do aspecto que possam assumir que é o objeto central de estudo da sociologia. O autor conclui que, a sociologia estuda a dimensão social da conduta humana, as relações sociais que elas estão associadas.
Ao compreendermos que podemos entender a sociologia, como um estilo de pensar, estaremos adquirindo uma visão sistêmica de enxergar a realidade social. Relata Reinaldo Dias (2005) que veremos que todas as interações estão relacionadas, de uma forma ou de outra entre si, e que quando isolamos um conjunto delas em particular, o fazemos por dois motivos:
?Para estudar isoladamente um grupo de interações específicas que constituem uma dimensão do social, como por exemplo, os fatos econômicos, jurídicos, educacionais, turísticos e religiosos e assim por diante.
?Para estabelecer os limites dos relacionamentos sociais que compõem a nossa existência, constituindo-se uma rede social da qual fazemos parte.
Contudo, o autor enfatiza ainda que, o estuda da sociologia também pode ser compreendido como o estudo científico da sociedade e sua influência sobre o comportamento humano. E, que para este estudo, os sociólogos utilizam métodos científicos para a abordagem dos diversos fenômenos sociais existentes nas diferentes sociedades humanas. Os quais os padrões e as influências do comportamento social, dentro destas perspectivas são os principais objetivos para identificar aquilo que não está evidente, ou seja, não parece claro.
Segundo o autor, para Weber (1991), sociologia significa: uma ciência que pretende compreender interpretativamente a ação social e assim explicá-la casualmente em seu curso e em seus efeitos. Conforme Dias (2005) Weber afirma que a ação social tom o significado de uma ação que quando o sentido visado pelo indivíduo tem como referência o comportamento de outros, orientando-se para estes em seu curso.
Para Reinaldo Dias (2005), o surgimento da psicologia, ocorre num contexto histórico, específico, que coincide com a degradação da sociedade feudal e a conseqüente consolidação da sociedade capitalista. Afirma Reinaldo Dias (2005), que sua criação não é obra só do homem; representa também o resultado de um processo histórico, intelectual e científico que teve como apogeu no século XVIII. São resultados decorrentes das duas revoluções deste século ? a Revolução Francesa e a Revolução industrial ? que possibilitam o aparecimento da sociologia. E, que uma das circunstâncias que contribui para o surgimento da sociologia, foi a evolução dos modos de pensamento e que somada aos problemas advindos da rápida industrialização possibilitou o seu aparecimento.
Reinaldo Dias (2005) comenta que os pensadores do século XVIII conhecidos como iluministas, com seu pensamento revolucionário, os levaram ter um importante papel na Revolução Francesa de 1789.
Essa revolução de pensamento humano, levando-o a utilizar a razão para um livre exame da realidade, inclusive a social, juntamente com os problemas originados pela Revolução Industrial, foram as duas principais circunstâncias que possibilitaram o surgimento da sociologia, que em seu início preocupou-se em organizar a sociedade.


2.1 Sociedade

De acordo com Reinaldo Dias (2005), uma sociedade é um grupo de pessoa que ocupam um território comum, têm uma cultura comum e possuem sensação de identidade compartilhada. O autor afirma que as sociedades são unidas por meio de relações sociais, não só entre pessoas, mas também entre as instituições sociais (família, educação, política, economia). E por estarem interconectadas invariavelmente a mudança em uma sociedade, conduz à mudança em outras. Para Reinaldo Dias (2005), as instituições sociais estabelecem vinculo entre o passado, o presente e o futuro: elas dão continuidade à vida social.
Segundo Reinaldo Dias (2005), algumas características universais da sociedade foram elaboradas pelo antropólogo Ralph Linton (1980):
? A sociedade, em vez do indivíduo, é a unidade principal e que tem significado na luta da nossa espécie pela sobrevivência. Todos os seres humanos vivem como membros de grupos organizados e têm os seus destinos indissoluvelmente ligados ao grupo ao qual pertencem. Eles não podem sobreviver aos riscos da infância nem satisfazer às necessidades de adulto sem a ajuda e a cooperação dos demais.
?A sociedade habitualmente perdura muito além do tempo de vida de qualquer de seus membros.
?A sociedade é uma unidade funcional e operante. Embora composta de indivíduos, as sociedades funcionam como entidades próprias. Os interesses de cada um dos membros que a compõem estão subordinados àqueles do grupo inteiro.
?Em toda sociedade, as atividades necessárias à sobrevivência do todo são divididas e distribuídas aos vários membros.


2.1.1 Conceito de Sociedade Civil

Segundo Reinaldo Dias (2005), na linguagem política atual, o conceito de sociedade civil, coloca-se em contraposição ao Estado. Na contraposição sociedade civil-Estado, entende-se por sociedade civil a esfera das relações entre indivíduos, entre grupos, entre classes sociais, que se desenvolvem a margem das relações de poder que caracterizam as instituições estatais (Bobbio Matteuci e Pasquino, 1993). Conforme Reinaldo Dias (2005), em outras palavras, a sociedade civil compreende todos aqueles espaços, onde os membros da sociedade sejam de modo individual ou organizado, tomam suas decisões de maneira autônoma, livres e voluntárias, atendendo aos seus próprios critérios, valores, cultura e interesses à
margem dos limites e das propriedades do Estado.


2.1.2 A Importância dos Grupos Sociais

Os grupos sociais se constituem no elemento mais importante do estudo da sociologia, porque é no seu interior que ocorrem as interações sociais, que são objeto de estudo dos sociólogos. Não há interação social sem a criação de um grupo social de algum tipo e, por outro lado, obviamente não há grupo social se não houver interação humana, relata Dias (2005).
O autor afirma que a importância dos grupos sociais para o ser humano, começa com o seu nascimento. O homem nasce num grupo social e ao longo de toda vida deverá interagir com inúmeros grupos sociais.
Comenta ainda, Reinaldo Dias (2005), que o primeiro grupo social com que tem contato, é a família, que lhe transmite a língua, os valores e a cultura da sociedade a qual pertencem. Com o seu crescimento os outros grupos estarão em sua vida, tornando-o cada vez mais um ser social. E, que o processo de socialização que o tornará um indivíduo único e, ao mesmo tempo, perfeitamente integrado na sociedade, ocorrerá dentro dos grupos sociais aos quais pertencerá independentemente de sua vontade: a família e a classe social, por exemplo.
Assim conforme Reinaldo Dias (2005), o estudo dos grupos sociais é um dos mais importantes em sociologia, porque é parte decisiva do processo de socialização que forma personalidades individuais, as quais tornam parte da humanidade única, mas composta por bilhões de indivíduos diferentes que integram conjuntos perfeitamente identificados de indivíduos os quais se agrupam de modos diversos e têm consciência de pertencer a um grupo ? grupo este dotado de uma personalidade social diferente do indivíduo, que, no entanto se identifica com ele.
Reinaldo Dias (2005) conclui que essa característica integradora dos grupos sociais, dando um sentido de pertencimento a numerosas pessoas, que desse modo se sentem seguras perante outras, é um dos aspectos que mais fortalecem a importância do estudo dos grupos. E que, por outro lado, os grupos sociais ? principalmente as organizações formais ? gozam de certa autonomia em relação aos indivíduos isolados que os compõem de tal modo, que podemos considerá-los agentes autônomos.

2.1.3 Sociedade e Baixa Renda

Para nos integrarmos à sociedade e predominantemente a "sociedade de baixa renda", aprofundemo-nos mais em "comunidade", sendo ela composta por um grupo de indivíduos com um mesmo objetivo, veremos a seguir conforme o autor Reinaldo Dias.

2.1.3.1 Comunidade e Sociedade

De acordo com Reinaldo Dias (2005), o conceito de comunidade tem sido utilizado para descrever idéias diferentes. Por exemplo, uma comunidade pode ser definida como:
?Um a localização geográfica particular, uma região ou uma localidade, com a qual pessoas se identificam;
?Um tipo particular de relação social que é característico compartilhado pelos membros em comum, como por exemplo, comunidade evangélica, judaica, cristã. O uso dessas expressões revela a busca pelo compartilhamento de um senso comum de identidade.
?Um sistema social local (ou de pequena escala) e que descreve um conjunto de relações sociais encontrado num grupo particular de pessoas. Por exemplo, uma comunidade rural isolada.

2.1.3.2 A Desigualdade Social

Segundo Reinaldo Dias (2005), para Wolfe (1991) a expressão "desigualdade social", descreve uma condição na qual os membros de uma sociedade possuem quantias diferentes de riqueza, prestígio ou poder. Todas as sociedades são caracterizadas por algum grau de desigualdade social. Onde conforme Wolfe, podemos afirmar com base em estudos da história humana, que a igualdade é uma impossibilidade social. Toda sociedade compõe-se de indivíduos com diferenças finitas de idade e sexo, força, resistência, velocidade, acuidade ? qualidade - visual e auditiva, inteligência, beleza e assim por diante. Uma vez que não é possível uma sociedade composta por membros exatamente iguais, quando utilizamos a expressão "sociedade igualitária", estamos nos referindo à igualdade de oportunidades que devem ter todos os indivíduos dessa sociedade, sem discriminação de nenhuma espécie. Wolfe fala ainda que, no combate à desigualdade social, busca-se atingir as equidades sociais, que é o direito que as pessoas têm de participar não só da atividade política e econômica, mas também o direito de contar com os meios de subsistência e com o acesso a um conjunto de serviços públicos que permitam manter um nível adequado de vida.
Para Reinaldo Dias (2005), a persistência da desigualdade social é hoje um dos grandes problemas do processo de globalização; a mudança de paradigmas nos processos produtivos, a intensificação do uso de tecnologia avançada, entre outros fatores que caracterizam esse processo de mundialização, tem causado o desemprego e, conseqüentemente, o aumento da desigualdade. Mas por outro lado, o Estado que durante certo tempo cumpriu o relevante papel de amenizar a desigualdade inerente ao sistema capitalista (o estado do Bem-Estar Social), vem sendo desmontado de maneira rápida, sem se discutir mais profundamente qual o papel que lhe caberá numa nova rearticulação do sistema social como um todo.
De acordo com Reinaldo Dias (2005), dos autores que trataram do problema de estratificação social, os mais discutidos são Karl Marx e Weber, e suas diferentes perspectivas continuam ser até hoje os dois principais modos de estudar a estratificação.
Reinaldo Dias (2005) descreve estratificação social como a divisão da sociedade em camadas (ou estratos), sendo que seus ocupantes têm acesso desigual a oportunidades sociais e recompensas. E afirma que todas as sociedades até hoje conhecidas e estudadas apresentam um fenômeno da hierarquia social, estando inteiramente divididas em estratos. Comenta ainda Reinaldo Dias (2005), que as sociedades estratificadas podem ser estruturas castas, ou classes de conflito, a divisão do trabalho e a especialização. Em menor grau, mas não menos importantes, estão as diferenças biológicas, como as do sexo, de idade, de raça e de etnia.
Segundo Reinaldo Dias (2005), a estratificação social em Karl Marx e (1977), a estratificação social estão ligadas à dimensão econômica, onde a desigualdade se estabelece nas relações de produção, que é onde se podem identificar as diferenças entre os homens, particularmente aqueles que exploram e os que são explorados. Para Marx, na sociedade capitalista é onde surge a oposição nas relações de produção; e as camadas sociais identificadas nas sociedades industriais que denominaram ? classes sociais.
Conforme Reinaldo Dias (2005), diferentemente de Marx, Max Weber (1991), insistiu que a única característica da realidade social, (como classe social, com base no sistema de relações de produção) não define totalmente a disposição de uma pessoa dentro do sistema de estratificação. Weber utiliza três dimensões da sociedade para identificar as desigualdades nela existentes ? a econômica, a social e a política-, que estão relacionadas com três componentes analiticamente distintos de estratificação: classe (riqueza de renda), status (prestígio) e poder.

2.1.3.3 Desigualdade Social no Brasil

O autor Reinaldo Dias (2005), relata que até neste mesmo ano, as raízes da desigualdade no Brasil não diferiam daquelas dos outros países latino americanos. A forma de colonização, a profunda dependência externa do país, a acumulação de riquezas pelas camadas mais altas da população, a marginalização histórica de parcelas significativas da população (os negros, por exemplo, não conseguiram aumentar sua inserção social), aliadas as a práticas administrativas que privilegiavam o apadrinhamento político e favoreciam o desvio de verbas, podiam explicar a situação de pobreza, desigualdade e miséria em que vivia uma parcela significativa da população.
Conforme o autor, as estatísticas revelaram que 12,9% dos brasileiros viviam em situação de pobreza extrema, o que equivalia a 21,7 milhões de pessoas com total insuficiência de renda, até mesmo para atender às necessidades elementares e básicas, que estavam vulneráveis à fome crônica e a subnutrição. Reinaldo Dias (2005) enfatizou ainda, que o quadro piorava ao agregarmos esse contingente ao total de 57,7 milhões de brasileiros com rendimento per capita abaixo da linha de pobreza e que correspondiam 35% da população do país.
Conclui o autor, que no quadro de miséria, as regiões Norte e Nordeste eram as mais castigadas: juntas reuniam quase 14 milhões de pessoas em pobreza extrema, concentrando assim, 43% do total de pobres extremos da nação. E que essa situação que perdurava, tinha levado aqueles em condições extremos de pobreza a se concentrarem nas periferias das grandes e médias cidades brasileiras, ocupando sub habitações ? as favelas - concentrações estas que reuniam todas as condições que favoreciam a consolidação e o crescimento da criminalidade. No entanto, as áreas faveladas em que o poder público não atuava ou fazia mal, sua autoridade era substituída pela dominação de traficantes de ou assaltantes, que muitas vezes se legitimavam perante a população punindo os praticantes de pequenos delitos em seu território ou contribuindo para o atendimento de algumas
necessidades dos moradores.
Cristina Costa (2005) fala sobre a pobreza crescente e incômoda. Onde relata que apesar dos avanços tecnológicos de nossa sociedade e apesar das conquistas inimagináveis da sociedade do século XXI, a pobreza continua resistente às análises e aos esforços que os Estados dizem estar desenvolvendo.
A educação se universaliza, mas a repetência, a evasão escolar e as taxas de analfabetismo decaem legalmente. A esperança de vida cresce em quase todas as partes do mundo, apesar de cada vez mais velhos obrigados a trabalhar, e o atendimento a população carente continuar precário. As favelas se multiplicam, caracterizando a paisagem urbana; o desemprego aumenta, juntamente com a criminalidade e a mendicância.
Cristina Costa (2005), a afirma que uma parte da população ? os excluídos ? permanece à margem do desenvolvimento e não usufrui dos benefícios alcançados pela sociedade ? trabalha desde criança, desenvolve atividades sem qualificação, não tem instrução nem acesso a eventos culturais, não desfruta de saneamento básico e, às vezes, nem de teto. As crianças abandonadas na rua, de décadas atrás, sucedem uma geração de crianças de rua geradas sem família e sem moradia. Alimentam-se irregular e precariamente, vivem na indigência e são vítimas da violência policial.
Conforme a autora citada, as presenças constantes, próximas e crescentes dessa massa de pobres que, segundo alguns cálculos, chegam a dois terços da população do terceiro mundo, incomoda e constrange por vários motivos: porque demonstra a ineficiência da administração do Estado, do qual se esperam medidas racionais; porque parece crescer a quantidade de pessoas excluídas do contingente de consumidores nacionais; porque se teme que essa população crescente se organize e aja politicamente contra um sistema que os marginaliza; porque constitui um sintoma evidente do malogro (desaparecimento) de uma sociedade que se pressupõe orientada para o bem comum.
Com base neste relato, Cristina Costa (2005), não deixa de enfatizar a urbanização e a criminalidade, que devido ao desconcertante fenômeno do aumento da pobreza crônica, tem sido explicado como efeito da atração dos centros urbanos sobre um setor agrário também empobrecido. À percepção de incompetência do sistema econômico e político se soma ao desconforto de saber que, nos grandes centros, milhares de pessoas não se encontram sob a vigilância das instituições sociais, vivem como podem à deriva e a revelia dos planejamentos oficiais. Cria-se em relação a essa população, um sentimento de desconfiança e insegurança. Há uma relação entre o crescimento da população e o aumento da criminalidade nos grandes centros urbanos que se evidencia tanto na mídia como nos estudos de caráter científico.
O perfil dos criminosos também ajuda a reforçar essa associação entre pobreza e criminalidade: os autores dos crimes oficialmente denunciados são geralmente analfabetos, trabalhadores braçais e predominantemente de cor negra.
Segundo a autora, um cientista social brasileiro, Paulo César Pinheiro, a prática policial preconceituosa, somada a desproteção das classes, subalternas, torna a relação entre pobreza e criminalidade uma profecia autocumprida. Forma-se um círculo vicioso em que o indivíduo, para ter trabalho, precisa ter domicílio, registro, carteira profissional e uma situação legal. Impossibilitado de trabalhar por não cumprir tais exigências, ele passa a engrossar as fileiras de marginalizados
que vivem sob constante vigilância policial.
Cristina Costa (2005) afirma que desse modo, a urbanização tem resultado
no crescimento da pobreza urbana. E, que recentes estatísticas demonstram que o desenvolvimento econômico tem aumentado à pobreza e a desigualdade social.

2.1.3.4 O Preconceito e a Discriminação

Por Reinaldo Dias (2005) vemos que, o preconceito e a discriminação consistem em uma atitude, idéia, pensamento ou opinião desfavorável que um indivíduo ou grupo demonstra de maneira emotiva e categórica com relação a outros indivíduos ou grupos. Conforme o autor, o preconceito é uma atitude negativa em relação a uma categoria de pessoas que muitas vezes pertencem a alguma minoria ética ou racial. As pessoas são julgadas na base de um estereótipo preconcebido ou de uma generalização.
Para Reinaldo Dias (2005), o preconceito e a discriminação em geral levam muitas pessoas pertencentes a minorias a ser excluída dos direitos e privilégios que os demais membros da sociedade possuem, restringindo sua participação e integração como cidadãos de pleno direito. E que, a padrões de exclusão que podem ser considerados extremamente radicais em que o preconceito e a discriminação tornem-se altamente organizados e focados, constituindo-se muitas vezes em política deliberada consentida pela sociedade.



2.1.3.5 A Importância das Instituições Sociais

Conforme Reinaldo Dias (2005), instituição social é um sistema complexo e organizado de relações sociais relativamente permanentes, que incorpora valores e procedimentos comuns e atende a certas necessidades básicas da sociedade.
As instituições se desenvolvem gradativamente, conforme as necessidades do povo. E este complexo sistema de interações sociais existentes nas diferentes sociedades, algumas repetitivas, rotineiras e esperadas tornam-se necessárias e, quando não ocorrem, acaba fazendo falta para uma determinada comunidade por cumprirem um papel naquela coletividade.
Algumas instituições são encontradas em todas as sociedades; daí o fato de serem consideradas básicas. Essas são: as instituições familiares, educacionais, religiosas, econômicas e política. Cada uma dessas instituições possui certas funções e responsabilidades que lhe são atribuídas pela sociedade na qual estão inseridas.
Para Reinaldo Dias (2005), uma instituição também pode ser definida como uma organização de normas e costumes para a obtenção de alguma meta ou atividade que as pessoas julguem importante. Instituições são processos estruturados por meio dos quais grupos e indivíduos se esforçam para levar a cabo suas atividades. Em outros termos, podemos afirmar que uma instituição é uma maneira definida formal de fazer alguma coisa.
Conforme o autor, todas as definições de instituições implicam um conjunto de normas de comportamento e um sistema de relações sociais, pelos quais essas normas são implantadas.
Assim podemos ter uma definição mais completa de instituição como um sistema organizado de relações sociais que incorpora certos valores e procedimentos comuns e atende a certas necessidades básicas da sociedade. Elas formam ainda a estrutura permanente, dentro da qual operam a cultura e a estrutura social. De acordo com o autor, nas sociedades modernas as principais instituições sociais, consideradas básicas, são: a família, as instituições religiosas, as instituições econômicas, as instituições educacionais e as instituições políticas. E, dessas instituições sociais básicas aquelas que têm a socialização como fins explícitos são: a família, as religiosas e as educacionais.
Reinaldo Dias (2005) conclui que, cada instituição tem definição uma função básica; muitas delas com numerosas funções a realizar para o atendimento das necessidades dos indivíduos. E que, uma instituição é um procedimento organizado, um modo estabelecido, pelo qual uma sociedade alcança seus objetivos.
O autor comenta com prioridade sobre as instituições básicas:
?Família: é a principal instituição social e pode variar de forma dependendo de cada cultura. È um grupo aparentado responsável, principalmente pela socialização de suas crianças e pela satisfação de necessidades básicas. Ela consiste em um aglomerado de pessoas relacionadas entre si pelo sangue, casamento, aliança ou adoção, vivendo juntas, em geral, em uma mesma casa por um período de tempo indefinido. È considerada uma unidade social, básica e universal. Básica porque dela depende a existência da sociedade; e universal por ser encontrada em todas as sociedades humanas, de uma forma ou de outra.
?Religião: é vista como uma das mais importantes instituições básicas de qualquer sociedade, segundo Reinaldo Dias (2005), a religião foi definida por Durkheim (1973), em sua obra - As formas elementares da vida religiosa - como sentido de um sistema unificado de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, ou seja, as coisas colocadas à parte proibidas ? crenças e práticas que unem uma comunidade moral única todos os que a adotam. Para Durkheim, o verdadeiro sentido da religião é auxiliar o crente a viver, e, nesse sentido, o culto e a fé cumprem papéis fundamentais e inter-relacionados, com a função unificadora entre pessoas, formando uma grande comunidade daqueles que crêem. Mas, algumas vezes ela pode se converter em uma das forças que mais dividem a sociedade, utilizando todos os meios possíveis para perseguir aqueles que divergem de seus princípios. E que há dois níveis principais que exercem as religiões: o psicológico e o social.
?Educação: Reinaldo Dias (2005) vê educação como um dos mais importantes instrumentos de socialização nas sociedades modernas. Por meio deste sistema, é possível formar o caráter de um povo em inculcar (apontar) valores que podem ser assumidos pelos indivíduos como característica da cultura, incorporando-os ao estereótipo (modelo) que eles têm de si mesmos.
Para Reinaldo Dias (2005), a educação é uma das atividades básicas das sociedades humanas; é o processo pelo qual a sociedade procura transmitir suas tradições, costumes e habilidades aos mais jovens. Segundo o autor, nas sociedades primitivas, a educação geralmente ocorre pelo contato das crianças com os pais, parentes e amigos. Nas sociedades modernas, a família não perdeu sua importância no ensino, porém, nessas, há necessidade de órgãos educacionais especializados para que os indivíduos tenham outros tipos de instrução.
O autor comenta ainda, que entre as mais importantes funções da educação estão: preparar as pessoas para o desempenho de papéis ocupacionais; preservar a cultura, passando-a uma geração a outra; estimular a adaptação pessoal e melhor os relacionamentos sociais; permitir ao estudante expandir seus horizontes intelectuais e estéticos; entre muitas outras.
E que, como função fundamental à educação contribui para a manutenção das sociedades transmitindo suas idéias, valores, normas e costumes de geração a geração, e ao mesmo tempo, prepara os jovens para o desempenho de seus papéis sociais estabelecidos pela sua cultura.
Como conclusão, Reinaldo Dias (2005) ressalta que a educação é, portanto, um reflexo da cultura, e, nas sociedades complexas e em permanente mutação, como as de hoje, ela manifesta os conflitos de valores existentes na sociedade mais geral.

2.2 Baixa Renda e Oportunidade

Com toda questão em nível de dificuldade levantada com referência à sociedade de baixa renda, é relevante citar as oportunidades oferecidas com o objetivo de proporcioná-la perceptivas futuras. Para isso em pesquisas realizadas neste trabalho, foram encontrados programas os quais podemos ver as oportunidades em destaque. Entre eles cito alguns:
?PAB - Programa Bom Aluno: (Por Zânia Maria Dório) ? Autora.
O objetivo do programa é a educação - ascensão escolar e profissionalização de bons alunos de baixa renda, com a avaliação de um programa brasileiro, visando à educação, profissão focada no adolescente. Com o surgimento em 1993, foi implantado com o intuito de garantir a melhoria das condições de estudo de jovens "bons alunos" de baixa renda, com final propósito de melhorar também a condição social de seus integrantes, os quais são preparados para a inserção no mercado de trabalho. Os procedimentos adequados, do programa permitem que seus alunos realizem um estudo com qualidade e sem interrupções. Além de proporcionar cursos de inglês, informática, com desenvolvimento de habilidades sociais e de estudo.
Para isso o programa seleciona estudantes da 5ª série da rede pública de ensino, originários de famílias de baixa renda (inferiores a seis salários mínimos), com notas escolares atingindo no mínimo (7,0) nas matérias oferecendo aos mesmos, condições e estímulos para que obtenham formações educacionais e profissionais, chegando até os níveis de graduação. Contudo, o programa prevê recursos financeiros para que um pequeno percentual, ou seja, 10% possam realizar cursos de pós-graduação.
? ISMART ? Instituto Social Maria Telles: Por Inês Boa ventura França, São Paulo ? SP. ? um Relato de Experiência.
O ISMART tem a missão de concretizar o potencial absoluto dos talentos de baixa renda, com oportunidades que os transformem em profissionais de sucesso por meio de programas, com base na valorização de excelência, na ética e na criatividade produtiva, mostrando o quanto a educação de qualidade pode transformar a vida de pessoas que, por outro lado, estariam privadas de boas oportunidades. Instituidores percebem que na maioria dos estudantes de famílias de baixa renda, ao menos vêem a possibilidade de cursar uma universidade de excelência, por isso, criaram o programa para atender às necessidades destes jovens para que superem os obstáculos dos vestibulares.
Com isso, o programa visa às formas de talentos distribuídas por todas as classes sociais; o talento depende do esforço pessoal; boas oportunidades estimulam a promoção social e a definindo o sucesso é que se obtém o resultado produtivo da responsabilidade social. No entanto, o instituto desenvolve projetos próprios e em parcerias com instituições, com o objetivo de atingir alunos de baixa renda com alto potencial intelectual e acadêmico. E, para a seleção de alunos ingressantes, entre as etapas está a de extrema importância: entrevista com família, seguida de visita domiciliar.
Hoje, o ISMART desenvolve Três projetos: Espaço Talento, Alicerce e Bolsa Talento.
Conforme os projetos cito seus benefícios:
?Espaço Talento: atende 122 alunos da 2ª série do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio, na cidade do Rio de Janeiro, com as atividades de reforço escolar, bolsa de estudo para o curso de inglês, orientação profissional, trabalho com as famílias, focando o estimulo da co-responsabilidade na educação dos jovens.
?Projeto Alicerce: Em parceria com uma escola do Ensino Médio de excelência, são selecionados os alunos das escolas públicas, que estão na 6ª série do Ensino Fundamental. São oferecidos cursos preparatórios por dois anos, com aulas das disciplinas necessárias para se igualar aos conteúdos acadêmicos para que os alunos possam acompanhar o ensino médio nas escolas de excelência., além do acompanhamento pedagógico, e de desempenho acadêmico. Com isso, os alunos aprovados nos exames de seleção das escolas de excelência.
?Projeto Bolsa Talento: é voltado para os alunos que estejam cursando a partir da 7ª série e, que são indicados por professores, os quais reconhecem e atestam o seu alto potencial intelectual e acadêmico. Assim, de acordo com as necessidades individuais, o aluno aprovado no processo de seleção, receberá o benefício.

2.3 Motivação

Por Mônica Corullón, retirado do manual elaborado para o Programa do Voluntariado do Conselho Comunidade Solidária.
Visto que, as Nações Unidas define o voluntário como o jovem ou o adulto que por seu interesse pessoal, dedica parte de seu tempo, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, remuneração alguma. Por Mônica Corullón, em um estudo realizado na Fundação Abrinq pelos direitos da criança, encontra-se a definição do voluntário, como ator social e agente de transformação, doando seu tempo e conhecimentos, realizando um trabalho pelo seu impulso solidário, visando atender tanto às necessidades do próximo, ou por uma causa, com as suas próprias motivações pessoais, sendo de tanto de caráter religioso, cultural, político, quanto emocional, não são remunerados e prestam serviços em prol da comunidade.
Assim, o que mobiliza o trabalho voluntário, é a tomada de consciência dos problemas ao se enfrentar com a realidade, o que leva à luta por um ideal ou ao comprometimento com uma causa, para isso então, a prática social.
É importante ressaltar que outro motivo forte para o trabalho voluntário é a necessidade interior de fazer o bem, com uma satisfação única pelo prazer de servir, estar de bem consigo mesmo, beneficiando o outro, dando de si, sem esperar nada em troca. Considerando ainda, a crescente noção de cidadania e de defesa de direitos humanos e sociais presente na sociedade atual.
E, no que diz respeito ao setor voluntário, ele tem um papel integrador, reunindo indivíduos, grupos e instituições, por meio de participação em atividades voluntárias, às pessoas encontram espaço para o seu crescimento pessoal. E, para muitos ainda, a ação voluntária permite a utilização de talentos, habilidades e potenciais não aproveitados no seu dia a dia profissional.
No entanto, assim o papel do indivíduo voluntário prestando serviços de assistência, continuará como uma importante contribuição e uma saída para o compromisso pessoal.



3 EMPREENDEDORISMO SOCIAL EM SOCIEDADE DE BAIXA RENDA

Por Ana Paula Fonseca:
Segundo Ana Paula, o professor do Centro de Empreendedorismo Social de Administração do Terceiro Setor da FEA/USP, João Teixeira, para realizar inovação no empreendedorismo social, é necessário ter uma postura humilde, frente aos problemas como um todo, porque é possível encontrar formas de colaborar com a sociedade, afirma Teixeira. Conforme Teixeira, com essas inovações, empresas privadas destinam verbas para apoiar projetos, campanhas, focando a educação, meio ambiente, desenvolvimento comunitário e a arte educação, onde seu público são as crianças e adolescentes.
A palavra "empreendedor" foi associada aos indivíduos que estimulam o crescimento econômico por encontrarem diferentes e melhores maneiras de fazer coisas, o qual os mesmos vêem possibilidades, e não problemas, para provocar mudanças na sociedade e não se limitam aos recursos que têm num momento. Já os empreendedores sociais, possuem uma missão social onde o objetivo final, não é a geração de lucro, mas o impacto social; e são agentes de transformação no setor social. Além de serem visionários e pensarem sempre em inspirar a sociedade com suas idéias e como colocá-las em prática.
Agem com persistência, na desistem e enfrentam obstáculos, por sua vez os empreendedores sociais se perguntam: como posso ultrapassar esse obstáculo, e assim seguem com determinação as suas respostas.



3.1 O Empreendedorismo mudando a Sociedade.

Na busca contínua para uma definição de Empreendedorismo Social, encontro ainda, definição de (Pámela Hartigan, diretora, executiva da Fundação Schwab), onde para ela, empreendedor social, é aquele que descobre falha do setor público e busca parecerias e recursos financeiros, que os possibilitam de colocar em prática idéias que provocam mudanças sociais em comunidades de baixa renda.
E, ressalta:
"O empreendedor social é um inovador social com plano de negócios de grande impacto".
No Brasil, a Fundação Schwab, tem como parceira a Folha, onde juntas realizam eventos para premiar o Empreendedor Social.
Para Pámela Hartigan, o empreendedor social, além de ter muitos perfis, pode ser pessoa física ou jurídica, e atuar no setor privado.
Quanto a ser pessoa física, pode ter descoberto um produto novo que tenha causado um grande impacto social. Pámela cita como exemplo, um dos empreendedores da rede Schwab ? Javier Gonzáles, um professor colombiano que com a descoberta de um jogo, alfabetizou cerca de mais de 500 mil pessoas no mundo, e ainda um agricultor japonês ? Takao Furuno, que criou uma técnica que usa patos para combater o uso de herbicidas, proteger e cultivar o plantio de arroz.
Ao referir-se a pessoa jurídica, o exemplo de empreendedor social mais comum, é o líder de uma ONG (Organização Não Governamental), ele pode ainda estar à frente de uma cooperativa, ou empresa social, com visando sempre o valor do esforço para criação de valores sociais e ambientais com retorno financeiro para este fim.
Ressaltando que o assunto em questão é: o Empreendedorismo Mudando a Sociedade, vejamos no Brasil alguns exemplos de sucesso.
Por Patrícia Trudes da Veiga ? editora do prêmio Empreendedor Social, o qual já citado, oferecido pela Fundação Schwab em parceira com a Folha.
Na realidade atual onde a sociedade de baixa renda é carente no que diz respeito à saúde, cultura e lazer, devemos nos atentar para grandes exemplos de empreendedores sociais que em 2006 ficaram entre os finalistas que proporcionaram oportunidades e com isso, a mudança na sociedade de baixa renda.
 Pelo Esporte (por Denise Ribeiro, da Folha de São Paulo): Ana Moser - ex-jogadora de vôlei. Pelo inconformismo com a desigualdade social, e falta de oportunidades para a população de baixa renda, lidera um grupo de profissionais, com núcleos esportivos em bairros carentes de infra-estrutura, com foco no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Além das atividades de iniciação no vôlei, capacitam professores de educação física, provendo as crianças não só de técnicas, mas valores éticos e morais.
Com o compromisso de doar toda sua experiência, vê como missão dar oportunidade a quem não teve tanta chance. Hoje diretora do Instituto de Esporte e Educação (IEE).
Dados: IEE ? Fundado em 2001 é organizado em núcleos esportivos em regiões carentes de 18 cidades brasileiras. Beneficia cerca de 3.000 alunos nos núcleos e 10 mil com atendimento da Caravana do Esporte, com 250 professores capacitados. Teve um orçamento em 2005, de R$2,4 milhões sendo (80% de parceiros e 20% da venda de produtos e eventos).
 No aspecto Cultural, podemos ver como exemplo, o psiquiatra Auro Danny Lescher, que em busca da subjetividade humana, com foco nas crianças e jovens que vivem nas ruas e sofrem com dependência química, violência e falta de vínculos e referências, implantou então o Projeto Quixote, o qual se inspirou na idéia de Paulo Freire, onde a educação não deve oferecer boniteza e decência. O Projeto abriga crianças e jovens em situação de risco, além de que com apoio, seus familiares recebem atendimento psicosocial e clínico.
Composto pela Agência Quixote Spray Arte (arte grafite), que é profissionalizante onde os participantes recebem bolsa de R$100,00. Seus produtos vendidos são objetos de decoração e roupas e, ainda pela Oficina das Mães, entre outras atividades.
Com uma visão futura, Auro afirma ainda que ainda quer ver realizado um sonho: "de que um dia, seu projeto não seja necessário".
Dados: Fundado em 1996, o Projeto Quixote possibilita geração de renda e desenvolvimento sócio-educacional de crianças e jovens em situação de risco. Realizou em 2005, 9.000 oficinas, 6.000 atendimentos clínicos e 2,100 atendimentos familiares. Com mais de 3.000 crianças e jovens beneficiados diretamente, desde 1996, com um orçamento em 2005 de R$548 mil sendo que 80% de doação e parcerias de 20% com vendas de produtos.
E como mais um exemplo pelo segundo ano, a área da Saúde leva o prêmio.
Em 2005, o ganhador do título foi o médico Eugênio Scannavino Netto, e em 2006, o dentista Fábio Bibancos de Rosa, os dois idealizadores dos projetos têm como foco a saúde, que cada vez mais, é um dos maiores problemas sociais no Brasil. (Conforme Patrícia Trudes Veiga ? editora do prêmio Empreendedor Social)
Com ênfase, relato sobre o projeto do dentista Fábio ? com o projeto Turma do Bem, onde ele transforma o semblante de crianças e jovens carentes com graves problemas bucais, essas crianças e jovens, recebem o tratamento odontológico particular até os 18 anos de idade, resgatando com isso, a auto - estima.
Fábio além do atendimento médico e odontológico proporciona o bem-estar físico, psicológico e social na Amazônia, e distribui cloro para combater a diarréia. Segundo Patrícia, a diretora-executiva da Fundação Schwab, afirma que o Projeto Turma do Bem é inovador de altíssimo impacto social e econômico, que mobiliza os odontólogos tornando-os agentes de transformação, em seus próprios escritórios. E Fábio é enfático em afirmar que: "O foco não é a boca, mas o bem estar do indivíduo".
Dados: (Por Bruna Martins Fontes ? da folha de São Paulo)
Fundada em 2002, reúne 650 dentistas, os quais atendem gratuitamente "em seus consultórios", crianças de baixa renda com graves problemas de saúde bucal e 400 voluntários trocam correspondências com menores que vivem em abrigos. Beneficia diretamente 1,150 crianças atendidas até os 18 anos (desde 2002) e 400 que recebem correspondência. Com um orçamento em 2005 de R$84.201 mil sendo (80% de doações e parcerias e 20% de vendas de produtos e eventos.
Neste ano de 2007, o Prêmio Empreendedor Social está sendo realizado em 27 paises: Canadá, Estados Unidos e México ? da América do Norte; Argentina, Brasil, Chile e Colômbia ? da América do Sul; Alemanha, Espanha, Hungria, Inglaterra, Itália, Polônia, República Tcheca e Suíça ? da Europa; África do Sul, Egito Nigéria e Quênia ? da África; Bangladesh, China, Índia, Japão e Paquistão - Ásia e Israel e Jordânia ? do Oriente Médio.
No Brasil, a Fundação Schwab e a Folha de São Paulo selecionam pelo terceiro ano líderes de ONGS, empresas sociais, cooperativas ou pessoas que desenvolveram iniciativas sociais e sustentáveis em benefícios de comunidades carentes de baixa renda. Com seis finalistas na final, André Soares, do Ipec (Instituto de Permacultura e Escovilas do Cerrado); José Flávio Pimenta, da Associação Meninos do Morumbi; Luciano Huch, do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias; Maurício Ruiz Castello Branco, do Instituto Terra de Preservação Ambiental; Tião Rocha, do CPCD (Centro Popular de Cultura e desenvolvimento); e Vinícius Martins Ferreira, do Crides (Centro Regional Integrado de Desenvolvimento Sustentável).
No entanto, será anunciado o ganhador do Prêmio Empreendedor Social de 2007, no dia 21 de Novembro, evento este, que se dará no MASP (Museu de Artes de São Paulo).



3.2 O Futuro das Pessoas com Perspectivas e Oportunidades

Uma vez que a questão social é assunto evidente em nosso em nosso país, podemos constatar o quanto o empreendedorismo social, contribui para a transformação da sociedade.
Vimos exemplos de empreendedores, que atentaram para essa questão e, preocupados primeiro com o bem estar social das pessoas, transformam a sociedade. Mas é preciso relatar, que a sociedade ainda continua com necessidades. Então se pode dizer que não adianta investirmos em infra-estrutura, tecnologia, e trabalharmos visando somente o crescimento econômico, para agregar valor à riqueza do país; sem antes pensar e investir no ser humano, preocupando-nos com sua a saúde, educação, cultura, lazer, formação e o acesso a informações. Ressaltando, que a saúde, deve ter atenção permanente, antecedendo situações de desagrado, atingindo toda população. A educação, além da implantação de projetos no Brasil, hoje envolve milhões de pessoas, contando com alunos e professores. E predominando, como o setor de atividades econômicas e sociais, destaca-se com grande importância, a cultura.
Pode-se dizer que hoje, a sociedade é um "negócio", de transformação e mudança objetiva. Uma visão que leva muitos países a apoiar e manter o ensino público no mundo além de métodos de planos de saúde que atinja toda a população.
E, reconhecendo que a área social merece total atenção, é imprescindível ressaltar que: toda pessoa ? indivíduo - almeja uma vida com saúde, educação, informação, lazer e cultura. Onde por meio destes possam contribuir para o desenvolvimento e crescimento econômico do país. Contudo, será possível "prever":
O Futuro das Pessoas com Perspectivas e Oportunidades!




CONCLUSÃO

Ao pesquisar o tema abordado, conclui-se que é possível transformar a sociedade, a priori subestimar a desigualdade social, questão que requer muita atenção da sociedade.
Para isso, faz-se necessário o apoio e incentivo do empreendedorismo social, na sociedade de baixa renda, visando à inclusão de crianças, jovens e adolescentes em projetos sociais; saúde, educação, lazer, religião e cultura, provendo-os de conhecimentos, onde os mesmos conhecerão seus próprios valores, elevando sua auto estima e tornando - os capazes de traçar a meta em busca de seus objetivos.
O empreendedorismo social tem como foco a sociedade de baixa renda. E por sua ação inova e desenvolve empreendedores, os quais por prazer têm o objetivo de resgatar nas sociedades a visão de um futuro promissor, e por fim na questão que os oprimi ? a desigualdade social.
Visto que, com o apoio de benfeitores e voluntários com o mesmo objetivo, a oportunidade de amparar crianças, jovens e adolescentes pode crescer continuadamente.
Uma vez aplicado o empreendedorismo, na sociedade de baixa renda, é possível identificar novos talentos, profissionais, futuros voluntários e possíveis empreendedores.
Com o empreendedorismo social, não só atender as necessidades, mas capacitar e otimizar pessoas em busca da auto realização pessoal e profissional. E que deles surjam pais de família com estruturas religiosas, culturais e educacionais, ou ainda voluntários, benfeitores, "empreendedores" que com visão de oportunidade e prazer pelo que fazem, possam dar continuidade a esse processo de "inclusão social".




REfERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DIAS, Reinaldo. Introdução à Sociologia. 2ª edição São Paulo: Pearson Education, 2005.

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