Em Busca da Felicidade II : A Vida ao Céu Aberto

Toda vez eu acordo cansado, pensando no dia à noite
Não me acostumei ainda em ter pesadelos
Era um jovem sonhador, só não sabia ainda com quê
Nunca pensei que um dia pudesse desvendar tantos mistérios

As vezes me lembro de uma criança perdida no escuro
Ela pedia a Deus que lhe desse a felicidade
Com seus joelohs trêmulos do frio,
E as horas passavam e passavam, então partia
Com seus olhos ensanguentados de tanto rezar
Ao caminho de casa seu sentido não mais fazia

Talvez fosse a resposta para tanta solidão
Pata tanto caminhar à noite?
Talvez esse caminho nunca tivesse caminhado
Talvez pudesse encontrar a tão pedida felicidade

Hoje estou deparado com toda carnificina
Assim todos os dias, e a noite orações
Numa hora você vive e em outra quem sabe
Assim vou vivendo, mas isso nem sempre foi a solução

Já pensei na morte sim, quem não pensaria ?
Numa desilusão você até para de sonhar
Fica parado muitas vezes, como quem nem mais vive
E as vezes se vê seduzido em não mais acordar

Mas outras vezes fico pensando num amor lá fora
E se isso realmente pudesse fazer a diferença
Mas como isso é difícil, quando não se é alguem
E se fosse possível, qual seria mesmo a diferença ?

Não quero mais pensar nisso, além do que é só perdição
Procuro pensar no presente, onde estou vivo
A dor e a fome, sei, deve ter uma proposição
E se estou aqui agora de forma a seguir,
Chegar até o céu assim não seja tão mais impossível