ELATÓRIO DE ATIVIDADES Eixo Temático 1 - Agricultura Familiar: Identidade, Cultura, Gênero e Etnia
Publicado em 18 de agosto de 2010 por maria aparecida vieira de melo
Bolsista/Voluntário: Maria Aparecida Vieira de Melo
Telefone/Email: (087) 99886678\ [email protected]
Hotel: Tavares Correia
Professor Formador: Iara Glória e Helber Correia
Professor Orientador: Glória Maria Duarte Cavalcanti
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Eixo Temático 1 - Agricultura Familiar: Identidade, Cultura, Gênero e Etnia
O registro deve ser construído com base no planejamento do EIXO TEMÁTICO, na observação de todas as atividades realizadas, nas orientações do/a formador/a, nos questionamentos e falas de todos os sujeitos educativos envolvidos no processo. Neste roteiro há um espaço destinado ao registro das suas impressões sobre o funcionamento da sala que deve ser devidamente preenchido.
I) Dia 22 de fevereiro de 2010
1. Horário de Início e Término das Atividades:
Início precisamente às 8hs e o término às 18hs.
2. Descrição das atividades realizadas (relate fielmente detalhadamente as atividades desenvolvidas, materiais utilizado, tempo dedicado, organização dos grupos, materiais produzidos, etc.):
Aos vinte e dois dias do mês de fevereiro de dois mil e dez teve início a Formação do Programa Projovem Campo - Saberes da Terra ?PE. Com início precisamente às 8hs, com a mística promovida pelo movimento social do evento, no qual tem uma grande importância para o desenvolvimento deste projeto. Então foi realizada a mística no centro de convenções, com o propósito de sensibilizar os ouvintes da real necessidade da educação. Após a mística as pessoas dos municípios: Alagoinha, Arcoverde, Betânia, Buíque, Inajá, Pesqueira e Custódia se dirigiram para a sala 07 "Sala das Bromélias".
As atividades se iniciaram precisamente às 8h e 45min, com apresentação das pessoas dizendo seu nome e sua localidade, a apresentação deu-se com a dinâmica com uma bola que passava para os colegas de sala de um, dois, três, e quatro. Assim com o desenrolar da apresentação dificultava-se para que as pessoas juntas passassem a bola para os colegas. Ao fazer uma analogia com a questão do processo de educação sabe-se que se faz necessário um trabalho no coletivo e não no individual, pois no individual é bem mais fácil trabalhar por não ter divergência de opinião e prática, porém no coletivo se requer uma união para que seja almejado o desejo real da educação. Este processo deu-se com a duração de 30 minutos.
Diante do processo de organização dos dados da pesquisa, houve um conflito entre as pessoas que compunham os municípios e nem todas as pessoas do município se encontravam na mesma sala, assim a organização dos dados da pesquisa não foi possível por não terem em mãos a pesquisa, e muitos alegaram que não tinham o livro do eixo 1 Agricultura Familiar: identidade, cultura, gênero e etnia : no qual consta o questionário que deveria ser usado para organizar a pesquisa.
Então Iara leu os objetivos para que clareasse a atividade didática que deveria ser desenvolvida. Neste tempo um educador social técnico agrário Fabbio de Custódia relatou sua experiência na comunidade quilombola Lagoinha, dizendo que o pessoal dispõe de condições para viver bem, trabalhando na agricultura familiar porém falta-lhes assistência técnica e estimulo para que suscite dentro deles de que a vida pulsa da terra e terra eles têm. Ele que vivenciou o primeiro projovem.
Diante da dificuldade exposta: a falta do livro e a falta da pesquisa, com estas dificuldades expostas às pessoas continuavam com a dificuldade de fazer o questionário para organizar os dados da pesquisa. Então a\o professora\o formadora\o Iara Glória e Helber Correia, dividiu os componentes da sala por município e sugeriram perguntas supostamente comuns, como: Quantas escolas há na comunidade? Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais? Qual a faixa etária dos educandos? Como está organizada a agricultura familiar dos educandos? Quantas famílias moram na comunidade? Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade? Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.) Quais os festejos da comunidade? Quais são as religiões da comunidade? Como está dividido o trabalho doméstico na família? Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade? De onde vem a água que a comunidade usa? Quais os problemas da comunidade?
Então Iara sugeriu que as pessoas pensassem em um símbolo para representar a sua cidade em termos de potencialidade, que talvez a bandeira da cidade não represente. Assim, os grupos formados pelos municípios, organizaram suas respostas, utilizando os materiais didáticos fornecido pelo Projovem: lápis hidrocor, papel 40, cartolina, lápis de cera, cola, fita adesiva e papel a4, e a Secretaria de Educação: caderno e caneta. Assim foi realizado o trabalho solicitado para a coleta de dados da pesquisa, foi socializado em forma de texto e não como solicitado em forma de tabelas, gráficos ou porcentagem, ressalto que um ou outro falou em porcentagem. Então, esta atividade iniciou-se às 9h e 45min para ser socializada às 10h e 30 minutos. Durante este tempo Iranete coordenadora geral do projovem fez o uso da palavra para justificar sua ausência na abertura do evento que foi no domingo 21-02-10 às 17hs.
Ao justificar sua ausência, Iranete pediu desculpas pelo atraso dos livros que nem todos professores têm, pois estar em tramites no pregão e assim lamentou a ausência dos livros. Ressaltou a importância da avaliação da formação do projovem e do questionário que foi passado para todos professores com questões especificas do projovem campo saberes da terra e também falou da filmagem que estava acontecendo. Assim a turma deu continuidade à atividade, neste momento nem todos os professores se empenharam para desenvolver esta atividade, assim houve conversas paralelas, fleches digitais e entre e sai.
Ao socializar a atividade, os municípios expuseram suas respostas: o município de Custódia foi o primeiro:
Quantas escolas há na comunidade?
R: três
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: Uma a do quilombola
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 19 a 60 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: entre pais e filhos.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: as famílias estão divididas por escolas. Então na primeira há 90, na segunda 84 e na terceira 100 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: vassouras, tijolos, escultura de barro, artesanato com sementes, crochê e outras.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: em 10% das casas.
Quais os festejos da comunidade?
R: festa junina, festa do padroeiro, danças populares e festas natalinas.
Quais são as religiões da comunidade?
R: católica e evangélico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: mulher.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: de março a junho e o pecuário é o ano todo.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: poços
Quais os problemas da comunidade?
R: dificuldade em obter água potável e política pública.
As potencialidades deste município são: produção de doce, caprinocultura, bovinocultura, cerâmica, artesanato, construção civil e comercio local. O símbolo é o bode.
O município de pesqueira, o assentamento jardim:
Quantas escolas há na comunidade?
R: no assentamento ainda não tem
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: a escola que existe na agrovila.
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 17 a 60 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: de forma isolada.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: na agrovila em média 100 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: renda renascença.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: algumas pessoas têm.
Quais os festejos da comunidade?
R: festa junina e do padroeiro.
Quais são as religiões da comunidade?
R: católico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: mulher.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: pelas chuvas.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: de carro pipa para o consumo humano.
Quais os problemas da comunidade?
R: são muitos.
As potencialidades deste município são a renda renascença e água no subsolo.
O município de Arcoverde:
Quantas escolas há na comunidade?
R: uma.
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R:não tem.
Qual a faixa etária dos educandos?
R:16 a 29 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: os jovens trabalham precariamente na agricultura.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: 70 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: não tem.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R:em umas 40 casas.
Quais os festejos da comunidade?
R; não tem.
Quais são as religiões da comunidade?
R: catolicismo.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: a mulher.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: de acordo com as chuvas.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: poço e carro pipa.
Quais os problemas da comunidade?
R: desorganização social, desarticulação, baixa auto ? estima e falta de perspectiva.
As potencialidades deste município são: caprinocultura, pecuária.
O município de Betânia:
Quantas escolas há na comunidade?
R: três.
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: não tem.
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 18 a 29 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: de subsistência.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: 51 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: lousa de barro, palha e caruá.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: em 20% das casas.
Quais os festejos da comunidade?
R: texeira.
Quais são as religiões da comunidade?
R: católico e evangélico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
Entre pais e filhos.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: de acordo com as chuvas.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: poços e cacimbas.
Quais os problemas da comunidade?
R: o alcoolismo.
A potencialidade deste município é a água.
O município de Inajá:
Quantas escolas há na comunidade?
R: uma.
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: uma.
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 14 a 51 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: 75% de policultura (milho, mandioca, feijão e cebola) 10% de monocultura (melancia) e 15% de vegetação nativa.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: 53 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: o crochê.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: não tem.
Quais os festejos da comunidade?
R: festa de padroeiro, novenas e o são João.
Quais são as religiões da comunidade?
Católico e evangélico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: mulher.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: agrícola (fevereiro a abril) e pecuário o ano todo.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: poço artesiano.
Quais os problemas da comunidade?
R: saneamento básico e coleta de lixo.
As potencialidades deste município são: agronegócio com a melancia, apicultura, caprinocultura.
O município de Buíque:
Quantas escolas há na comunidade?
R:10 escolas.
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: 8 escolas quilombolas.
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 17 a 71anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: entre pais e filhos.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: 100.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: barro e madeira, arte rupestre e vassouras.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: não tem.
Quais os festejos da comunidade?
R: pega de boi.
Quais são as religiões da comunidade?
R: católica e evangélico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: mulher e homem
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: depende do clima.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: das chuvas.
Quais os problemas da comunidade?
R: falta de organização social.
As potencialidades deste município são: caprinocultura, turismo rural, pecuária, fruticultura, cajucultura, horticultura, mandiocultura.
Diante deste momento, foram socializados todos os municípios e que foram localizados no mapa de Pernambuco, estes fizeram uma síntese provisória relatando tudo o que já foi escrito.
Ao voltarmos à tarde houve um atraso de 30 minutos para as atividades, por causa dos professores , pois os professores formadores foram pontuais no horário. Onde foi utilizado a mandala para a sistematização do trabalho didático. Então Iara explicou o sentido amplo e místico que a mandala possui. Assim os eixos temáticos (identidade, cultura, gênero e etnia) teriam que estar sustentados pelo eixo articulador agricultura familiar. Sendo assim Iara solicitou que em quatro grupos a sala se dividisse para que as pessoas colocassem suas inquietações, curiosidades e conceitos sobre os eixos temáticos.
Então o grupo de identidade considera que é aquilo que te é exclusivo e te diferencia do outro, assim questionaram-se:
1- quais as características da identidade da agricultura familiar e camponesa? R: organização social, sujeito coletivo, sustentabilidade solidaria e geração de renda.
2- Como contribuir para desenvolver o sentimento de pertença no educando?
2.1. O educador em sua pratica docente deve procurar engajar as pessoas como um todo em suas potencialidades encontradas no meio em que vivem e conhecer o limite do outro, trocar saberes para demonstrar os conhecimentos e resgatá-los no intuito de crescer culturalmente.
2.2. Conscientizar o indivíduo de que ele lucra mais produzindo do que esperando por assistencialismo.
2.3. O educador deverá orientar sobre as questões das potencialidades do local para que o grupo possa valorizar-se como individuo daquela comunidade e defender seu lugar e suas perspectivas de vida.
O grupo de cultura considerou que ao fazer tais questões como:
1. O que sabemos sobre as culturas da agricultura familiar e camponesa?
R: comidas típicas da região, as superstições, as produções agrícolas e os festejos.
2. Quais as atividades e os meios que podem ser desenvolvidas para resgatar a cultura local?
R: pesquisas com roda de conversas e entrevistas com pessoas mais velhas da comunidade.
3. Como introduzir um agronegócio que traga rentabilidade na minha comunidade?
R: a partir de um diagnostico participativo, envolvendo educadores e educandos para identificar as dificuldades, as potencialidades do setor agropecuário e estudar realidade socioeconômica de cada potencialidade no mercado local e regional. A cultura afro-brasileira é riquíssima, o que podemos fazer para que as escolas trabalhem esta questão, sem que haja exclusão por parte dos indivíduos.
O grupo de gênero considerou que tais inquietações:
1. Como está o campo de trabalho para a classe feminina, após os 18 anos?
R: as mulheres estão buscando seu espaço de igualdade, mas apesar de estarmos no século XXI ainda há uma disparidade com relação ao homem em termos de valorização profissional.
2. De que maneira o gênero ajuda a construir o ser masculino e o feminino?
R: quebrando o preconceito através da igualdade sociocultural, tanto na parte domestica quanto no setor profissional.
3. Como pode ser trabalhado o gênero com a turma?
R: enfatizando a valorização e atitudes sem diferenciar homem e mulher. O gênero não se define por ser do sexo e sim pela cultura regional. Ao contrario de sexo que se define por questões biológicas.
4. Que aspecto das relações de gênero interfere na produção de vida na agricultura familiar e camponesa?
R: a falta de valorização feminina por que a mulher no meio rural trabalha igual ao homem, e nos documentos é tida como domestica, ajuda na roça, e mesmo assim não é reconhecida e o machismo prevalece.
O grupo de etnia fez as seguintes indagações:
1. Qual a diferença entre raça e etnia?
R: raça é conceito construído para separar as pessoas. Etnia é o próprio de um povo no que diz respeito à cultura, a religião e a crença.
2. Como trabalhar etnia em linguagens?
R: utilizando textos de conscientização e conceitos, dramatizações e expressões.
3. Como fazer para melhor despertar a conscientização de um grupo que estão desestimulados?
R: trabalhar as relações étnicas raciais.
4. Em que contexto se encaixa a etnia na agricultura familiar?
R: valorizando as culturas regionais recuperando as tradições de cultivo da mandioca, milho, pomares e outros.
Ao ser socializado tudo isso foi possível fazer a integração de saber que se faz tão necessária para a prática deste projovem campo, assim foram socializados os temas que poderiam ser trabalhado nas seguintes áreas de conhecimento:
Identidade: ciências da natureza (educação sexual); ciências exatas (números naturais, operações matemáticas, planejamento familiar, estatística, e média). Ciências humanas (espaço). Linguagens (texto quem sou eu?).
Etnia: ciências humanas (historia, sentimento de pertença, valorizar os hinos).
Cultura: pesquisas e entrevista com os idosos.
Gênero: reproduzir textos sobre valorização e igualdade de todos, direito humano, e cidadania.
Linguagens:
Identidade: exposição de texto com interpretação, gênero textuais, uso de biografia.
Etnia: audição de musicas com comentários, produzir e apresentar dons artísticos, danças popular.
Cultura: parodia, música, cordel, poema, embolada, repente e variação lingüística.
Gênero: pesquisa sobre o avanço da mulher, debate, consulta em jornais e revistas, provérbios, entrevistas.
Ciências agrárias:
Identidade: trabalhando a diversidade do assentamento.
Etnia: sensibilizar o educando no setor rural.
Cultura: aspectos tradicionais, respeitando a diversidade.
Gênero: promover debates para sensibilização das atividades.
3. Demais registros relevantes (registre suas impressões sobre o desenvolvimento do trabalho, reações do grupo nos diversos momentos da atividade, condução das atividades pelo/a formador/a, vivência do planejamento e outros aspectos que julgar importante):
Ao analisar o desenvolvimento do trabalho da manhã considero que foi superficial a organização dos dados da pesquisa, pois esta não foi feita e sim suposta, ao serem respondidas com as questões comuns que foram produzidas na mesma hora pelos grupos e nem todos neste momento se empenharam para fazer, já que muitos deduziam a resposta.
Assim concluo que amanhã foi turbulenta de tantas informações que poucos deram sua real atenção, tendo o termino de meio dia e meio.
Diante do decorrer do dia, percebi que, muitos dos professores estavam desconcentrados, com a tarefa e a sistematização da jornada, pois muitos não estavam entendendo o espírito da formação e assim concluímos o dia, com muito trabalho e questões abertas diante do que consideravam ser apenas um programa, mas este é um programa diferente de todos que já existiram e a este, dedico toda a minha atenção e esperança, de que os que estão sendo contemplados com este projeto, realmente possam ter dignidade de vida e soberania alimentar, princípio fundamental da vida.
Ao observar, as pessoas que estavam na sala compondo os municípios, que já foram relatados, o comportamento como professor deixam muito a desejar, por alguns não terem postura ética e profissional, pois houve muito barulho, a sala desorganizada, os grupos desorganizados em fim, professores que precisam de formação não só pedagógica, mas também profissional.
Percebi que muitos estavam mais com intenção de conhecer a cidade e não de se capacitar pra fazer valer a formação que se é necessária no campo. Outra coisa foi o fato da insatisfação da alimentação do hotel muitos falaram mal.
Diante da postura dos formadores Iara e Helber, observei que sempre tem um que se destaca mais no cumprimento de sua tarefa e Iara desenrolou muito bem a formação, assim como Helber deu sua contribuição para a jornada do dia.
O planejamento da jornada foi vivenciado não como o planejado, mas como se deu para vivenciar, pois depende de todos e não de alguns para a funcionalidade e o respeito do cronograma estabelecido.
Contudo isso deu para cumprir a tarefa do dia!
4. Perguntas e Sugestões:
De acordo com o vivenciado eu questiono o seguinte: esta formação contempla a realidade de cada professor para ser homogênea?
Sugiro que a jornada seja menos densa para ser mais proveitosa.
Reflexões finais (se julgar necessário):
Ao concluir a jornada do dia, considero que o projeto tem uma proposta pedagógica diferenciada e que alguns dos professores ainda não se apropriaram da mesma, para assumirem uma postura diferente da qual se portaram o dia todo.
Contudo, se faz necessário que a universidade esteja em sintonia com as comunidades para que a formação seja relevante para os professores e estes se sintam envolvidos pela causa e assim possam contribuir significativamente com a comunidade.
Local/Data: Tavares Correia/ 22/02/2010
Assinatura: Maria Aparecida Vieira de Melo
Telefone/Email: (087) 99886678\ [email protected]
Hotel: Tavares Correia
Professor Formador: Iara Glória e Helber Correia
Professor Orientador: Glória Maria Duarte Cavalcanti
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Eixo Temático 1 - Agricultura Familiar: Identidade, Cultura, Gênero e Etnia
O registro deve ser construído com base no planejamento do EIXO TEMÁTICO, na observação de todas as atividades realizadas, nas orientações do/a formador/a, nos questionamentos e falas de todos os sujeitos educativos envolvidos no processo. Neste roteiro há um espaço destinado ao registro das suas impressões sobre o funcionamento da sala que deve ser devidamente preenchido.
I) Dia 22 de fevereiro de 2010
1. Horário de Início e Término das Atividades:
Início precisamente às 8hs e o término às 18hs.
2. Descrição das atividades realizadas (relate fielmente detalhadamente as atividades desenvolvidas, materiais utilizado, tempo dedicado, organização dos grupos, materiais produzidos, etc.):
Aos vinte e dois dias do mês de fevereiro de dois mil e dez teve início a Formação do Programa Projovem Campo - Saberes da Terra ?PE. Com início precisamente às 8hs, com a mística promovida pelo movimento social do evento, no qual tem uma grande importância para o desenvolvimento deste projeto. Então foi realizada a mística no centro de convenções, com o propósito de sensibilizar os ouvintes da real necessidade da educação. Após a mística as pessoas dos municípios: Alagoinha, Arcoverde, Betânia, Buíque, Inajá, Pesqueira e Custódia se dirigiram para a sala 07 "Sala das Bromélias".
As atividades se iniciaram precisamente às 8h e 45min, com apresentação das pessoas dizendo seu nome e sua localidade, a apresentação deu-se com a dinâmica com uma bola que passava para os colegas de sala de um, dois, três, e quatro. Assim com o desenrolar da apresentação dificultava-se para que as pessoas juntas passassem a bola para os colegas. Ao fazer uma analogia com a questão do processo de educação sabe-se que se faz necessário um trabalho no coletivo e não no individual, pois no individual é bem mais fácil trabalhar por não ter divergência de opinião e prática, porém no coletivo se requer uma união para que seja almejado o desejo real da educação. Este processo deu-se com a duração de 30 minutos.
Diante do processo de organização dos dados da pesquisa, houve um conflito entre as pessoas que compunham os municípios e nem todas as pessoas do município se encontravam na mesma sala, assim a organização dos dados da pesquisa não foi possível por não terem em mãos a pesquisa, e muitos alegaram que não tinham o livro do eixo 1 Agricultura Familiar: identidade, cultura, gênero e etnia : no qual consta o questionário que deveria ser usado para organizar a pesquisa.
Então Iara leu os objetivos para que clareasse a atividade didática que deveria ser desenvolvida. Neste tempo um educador social técnico agrário Fabbio de Custódia relatou sua experiência na comunidade quilombola Lagoinha, dizendo que o pessoal dispõe de condições para viver bem, trabalhando na agricultura familiar porém falta-lhes assistência técnica e estimulo para que suscite dentro deles de que a vida pulsa da terra e terra eles têm. Ele que vivenciou o primeiro projovem.
Diante da dificuldade exposta: a falta do livro e a falta da pesquisa, com estas dificuldades expostas às pessoas continuavam com a dificuldade de fazer o questionário para organizar os dados da pesquisa. Então a\o professora\o formadora\o Iara Glória e Helber Correia, dividiu os componentes da sala por município e sugeriram perguntas supostamente comuns, como: Quantas escolas há na comunidade? Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais? Qual a faixa etária dos educandos? Como está organizada a agricultura familiar dos educandos? Quantas famílias moram na comunidade? Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade? Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.) Quais os festejos da comunidade? Quais são as religiões da comunidade? Como está dividido o trabalho doméstico na família? Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade? De onde vem a água que a comunidade usa? Quais os problemas da comunidade?
Então Iara sugeriu que as pessoas pensassem em um símbolo para representar a sua cidade em termos de potencialidade, que talvez a bandeira da cidade não represente. Assim, os grupos formados pelos municípios, organizaram suas respostas, utilizando os materiais didáticos fornecido pelo Projovem: lápis hidrocor, papel 40, cartolina, lápis de cera, cola, fita adesiva e papel a4, e a Secretaria de Educação: caderno e caneta. Assim foi realizado o trabalho solicitado para a coleta de dados da pesquisa, foi socializado em forma de texto e não como solicitado em forma de tabelas, gráficos ou porcentagem, ressalto que um ou outro falou em porcentagem. Então, esta atividade iniciou-se às 9h e 45min para ser socializada às 10h e 30 minutos. Durante este tempo Iranete coordenadora geral do projovem fez o uso da palavra para justificar sua ausência na abertura do evento que foi no domingo 21-02-10 às 17hs.
Ao justificar sua ausência, Iranete pediu desculpas pelo atraso dos livros que nem todos professores têm, pois estar em tramites no pregão e assim lamentou a ausência dos livros. Ressaltou a importância da avaliação da formação do projovem e do questionário que foi passado para todos professores com questões especificas do projovem campo saberes da terra e também falou da filmagem que estava acontecendo. Assim a turma deu continuidade à atividade, neste momento nem todos os professores se empenharam para desenvolver esta atividade, assim houve conversas paralelas, fleches digitais e entre e sai.
Ao socializar a atividade, os municípios expuseram suas respostas: o município de Custódia foi o primeiro:
Quantas escolas há na comunidade?
R: três
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: Uma a do quilombola
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 19 a 60 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: entre pais e filhos.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: as famílias estão divididas por escolas. Então na primeira há 90, na segunda 84 e na terceira 100 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: vassouras, tijolos, escultura de barro, artesanato com sementes, crochê e outras.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: em 10% das casas.
Quais os festejos da comunidade?
R: festa junina, festa do padroeiro, danças populares e festas natalinas.
Quais são as religiões da comunidade?
R: católica e evangélico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: mulher.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: de março a junho e o pecuário é o ano todo.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: poços
Quais os problemas da comunidade?
R: dificuldade em obter água potável e política pública.
As potencialidades deste município são: produção de doce, caprinocultura, bovinocultura, cerâmica, artesanato, construção civil e comercio local. O símbolo é o bode.
O município de pesqueira, o assentamento jardim:
Quantas escolas há na comunidade?
R: no assentamento ainda não tem
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: a escola que existe na agrovila.
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 17 a 60 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: de forma isolada.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: na agrovila em média 100 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: renda renascença.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: algumas pessoas têm.
Quais os festejos da comunidade?
R: festa junina e do padroeiro.
Quais são as religiões da comunidade?
R: católico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: mulher.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: pelas chuvas.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: de carro pipa para o consumo humano.
Quais os problemas da comunidade?
R: são muitos.
As potencialidades deste município são a renda renascença e água no subsolo.
O município de Arcoverde:
Quantas escolas há na comunidade?
R: uma.
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R:não tem.
Qual a faixa etária dos educandos?
R:16 a 29 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: os jovens trabalham precariamente na agricultura.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: 70 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: não tem.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R:em umas 40 casas.
Quais os festejos da comunidade?
R; não tem.
Quais são as religiões da comunidade?
R: catolicismo.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: a mulher.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: de acordo com as chuvas.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: poço e carro pipa.
Quais os problemas da comunidade?
R: desorganização social, desarticulação, baixa auto ? estima e falta de perspectiva.
As potencialidades deste município são: caprinocultura, pecuária.
O município de Betânia:
Quantas escolas há na comunidade?
R: três.
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: não tem.
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 18 a 29 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: de subsistência.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: 51 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: lousa de barro, palha e caruá.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: em 20% das casas.
Quais os festejos da comunidade?
R: texeira.
Quais são as religiões da comunidade?
R: católico e evangélico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
Entre pais e filhos.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: de acordo com as chuvas.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: poços e cacimbas.
Quais os problemas da comunidade?
R: o alcoolismo.
A potencialidade deste município é a água.
O município de Inajá:
Quantas escolas há na comunidade?
R: uma.
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: uma.
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 14 a 51 anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: 75% de policultura (milho, mandioca, feijão e cebola) 10% de monocultura (melancia) e 15% de vegetação nativa.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: 53 famílias.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: o crochê.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: não tem.
Quais os festejos da comunidade?
R: festa de padroeiro, novenas e o são João.
Quais são as religiões da comunidade?
Católico e evangélico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: mulher.
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: agrícola (fevereiro a abril) e pecuário o ano todo.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: poço artesiano.
Quais os problemas da comunidade?
R: saneamento básico e coleta de lixo.
As potencialidades deste município são: agronegócio com a melancia, apicultura, caprinocultura.
O município de Buíque:
Quantas escolas há na comunidade?
R:10 escolas.
Quantas escolas estão ligadas aos movimentos sociais?
R: 8 escolas quilombolas.
Qual a faixa etária dos educandos?
R: 17 a 71anos.
Como está organizada a agricultura familiar dos educandos?
R: entre pais e filhos.
Quantas famílias moram na comunidade?
R: 100.
Quais as atividades populares, tipo artesanato, existem na comunidade?
R: barro e madeira, arte rupestre e vassouras.
Há saneamento básico na comunidade? (banheiro, esgoto, etc.)
R: não tem.
Quais os festejos da comunidade?
R: pega de boi.
Quais são as religiões da comunidade?
R: católica e evangélico.
Como está dividido o trabalho doméstico na família?
R: mulher e homem
Como está organizado o calendário agrícola e pecuário da comunidade?
R: depende do clima.
De onde vem a água que a comunidade usa?
R: das chuvas.
Quais os problemas da comunidade?
R: falta de organização social.
As potencialidades deste município são: caprinocultura, turismo rural, pecuária, fruticultura, cajucultura, horticultura, mandiocultura.
Diante deste momento, foram socializados todos os municípios e que foram localizados no mapa de Pernambuco, estes fizeram uma síntese provisória relatando tudo o que já foi escrito.
Ao voltarmos à tarde houve um atraso de 30 minutos para as atividades, por causa dos professores , pois os professores formadores foram pontuais no horário. Onde foi utilizado a mandala para a sistematização do trabalho didático. Então Iara explicou o sentido amplo e místico que a mandala possui. Assim os eixos temáticos (identidade, cultura, gênero e etnia) teriam que estar sustentados pelo eixo articulador agricultura familiar. Sendo assim Iara solicitou que em quatro grupos a sala se dividisse para que as pessoas colocassem suas inquietações, curiosidades e conceitos sobre os eixos temáticos.
Então o grupo de identidade considera que é aquilo que te é exclusivo e te diferencia do outro, assim questionaram-se:
1- quais as características da identidade da agricultura familiar e camponesa? R: organização social, sujeito coletivo, sustentabilidade solidaria e geração de renda.
2- Como contribuir para desenvolver o sentimento de pertença no educando?
2.1. O educador em sua pratica docente deve procurar engajar as pessoas como um todo em suas potencialidades encontradas no meio em que vivem e conhecer o limite do outro, trocar saberes para demonstrar os conhecimentos e resgatá-los no intuito de crescer culturalmente.
2.2. Conscientizar o indivíduo de que ele lucra mais produzindo do que esperando por assistencialismo.
2.3. O educador deverá orientar sobre as questões das potencialidades do local para que o grupo possa valorizar-se como individuo daquela comunidade e defender seu lugar e suas perspectivas de vida.
O grupo de cultura considerou que ao fazer tais questões como:
1. O que sabemos sobre as culturas da agricultura familiar e camponesa?
R: comidas típicas da região, as superstições, as produções agrícolas e os festejos.
2. Quais as atividades e os meios que podem ser desenvolvidas para resgatar a cultura local?
R: pesquisas com roda de conversas e entrevistas com pessoas mais velhas da comunidade.
3. Como introduzir um agronegócio que traga rentabilidade na minha comunidade?
R: a partir de um diagnostico participativo, envolvendo educadores e educandos para identificar as dificuldades, as potencialidades do setor agropecuário e estudar realidade socioeconômica de cada potencialidade no mercado local e regional. A cultura afro-brasileira é riquíssima, o que podemos fazer para que as escolas trabalhem esta questão, sem que haja exclusão por parte dos indivíduos.
O grupo de gênero considerou que tais inquietações:
1. Como está o campo de trabalho para a classe feminina, após os 18 anos?
R: as mulheres estão buscando seu espaço de igualdade, mas apesar de estarmos no século XXI ainda há uma disparidade com relação ao homem em termos de valorização profissional.
2. De que maneira o gênero ajuda a construir o ser masculino e o feminino?
R: quebrando o preconceito através da igualdade sociocultural, tanto na parte domestica quanto no setor profissional.
3. Como pode ser trabalhado o gênero com a turma?
R: enfatizando a valorização e atitudes sem diferenciar homem e mulher. O gênero não se define por ser do sexo e sim pela cultura regional. Ao contrario de sexo que se define por questões biológicas.
4. Que aspecto das relações de gênero interfere na produção de vida na agricultura familiar e camponesa?
R: a falta de valorização feminina por que a mulher no meio rural trabalha igual ao homem, e nos documentos é tida como domestica, ajuda na roça, e mesmo assim não é reconhecida e o machismo prevalece.
O grupo de etnia fez as seguintes indagações:
1. Qual a diferença entre raça e etnia?
R: raça é conceito construído para separar as pessoas. Etnia é o próprio de um povo no que diz respeito à cultura, a religião e a crença.
2. Como trabalhar etnia em linguagens?
R: utilizando textos de conscientização e conceitos, dramatizações e expressões.
3. Como fazer para melhor despertar a conscientização de um grupo que estão desestimulados?
R: trabalhar as relações étnicas raciais.
4. Em que contexto se encaixa a etnia na agricultura familiar?
R: valorizando as culturas regionais recuperando as tradições de cultivo da mandioca, milho, pomares e outros.
Ao ser socializado tudo isso foi possível fazer a integração de saber que se faz tão necessária para a prática deste projovem campo, assim foram socializados os temas que poderiam ser trabalhado nas seguintes áreas de conhecimento:
Identidade: ciências da natureza (educação sexual); ciências exatas (números naturais, operações matemáticas, planejamento familiar, estatística, e média). Ciências humanas (espaço). Linguagens (texto quem sou eu?).
Etnia: ciências humanas (historia, sentimento de pertença, valorizar os hinos).
Cultura: pesquisas e entrevista com os idosos.
Gênero: reproduzir textos sobre valorização e igualdade de todos, direito humano, e cidadania.
Linguagens:
Identidade: exposição de texto com interpretação, gênero textuais, uso de biografia.
Etnia: audição de musicas com comentários, produzir e apresentar dons artísticos, danças popular.
Cultura: parodia, música, cordel, poema, embolada, repente e variação lingüística.
Gênero: pesquisa sobre o avanço da mulher, debate, consulta em jornais e revistas, provérbios, entrevistas.
Ciências agrárias:
Identidade: trabalhando a diversidade do assentamento.
Etnia: sensibilizar o educando no setor rural.
Cultura: aspectos tradicionais, respeitando a diversidade.
Gênero: promover debates para sensibilização das atividades.
3. Demais registros relevantes (registre suas impressões sobre o desenvolvimento do trabalho, reações do grupo nos diversos momentos da atividade, condução das atividades pelo/a formador/a, vivência do planejamento e outros aspectos que julgar importante):
Ao analisar o desenvolvimento do trabalho da manhã considero que foi superficial a organização dos dados da pesquisa, pois esta não foi feita e sim suposta, ao serem respondidas com as questões comuns que foram produzidas na mesma hora pelos grupos e nem todos neste momento se empenharam para fazer, já que muitos deduziam a resposta.
Assim concluo que amanhã foi turbulenta de tantas informações que poucos deram sua real atenção, tendo o termino de meio dia e meio.
Diante do decorrer do dia, percebi que, muitos dos professores estavam desconcentrados, com a tarefa e a sistematização da jornada, pois muitos não estavam entendendo o espírito da formação e assim concluímos o dia, com muito trabalho e questões abertas diante do que consideravam ser apenas um programa, mas este é um programa diferente de todos que já existiram e a este, dedico toda a minha atenção e esperança, de que os que estão sendo contemplados com este projeto, realmente possam ter dignidade de vida e soberania alimentar, princípio fundamental da vida.
Ao observar, as pessoas que estavam na sala compondo os municípios, que já foram relatados, o comportamento como professor deixam muito a desejar, por alguns não terem postura ética e profissional, pois houve muito barulho, a sala desorganizada, os grupos desorganizados em fim, professores que precisam de formação não só pedagógica, mas também profissional.
Percebi que muitos estavam mais com intenção de conhecer a cidade e não de se capacitar pra fazer valer a formação que se é necessária no campo. Outra coisa foi o fato da insatisfação da alimentação do hotel muitos falaram mal.
Diante da postura dos formadores Iara e Helber, observei que sempre tem um que se destaca mais no cumprimento de sua tarefa e Iara desenrolou muito bem a formação, assim como Helber deu sua contribuição para a jornada do dia.
O planejamento da jornada foi vivenciado não como o planejado, mas como se deu para vivenciar, pois depende de todos e não de alguns para a funcionalidade e o respeito do cronograma estabelecido.
Contudo isso deu para cumprir a tarefa do dia!
4. Perguntas e Sugestões:
De acordo com o vivenciado eu questiono o seguinte: esta formação contempla a realidade de cada professor para ser homogênea?
Sugiro que a jornada seja menos densa para ser mais proveitosa.
Reflexões finais (se julgar necessário):
Ao concluir a jornada do dia, considero que o projeto tem uma proposta pedagógica diferenciada e que alguns dos professores ainda não se apropriaram da mesma, para assumirem uma postura diferente da qual se portaram o dia todo.
Contudo, se faz necessário que a universidade esteja em sintonia com as comunidades para que a formação seja relevante para os professores e estes se sintam envolvidos pela causa e assim possam contribuir significativamente com a comunidade.
Local/Data: Tavares Correia/ 22/02/2010
Assinatura: Maria Aparecida Vieira de Melo