EJA um desafio a ser superado

 

O Brasil vive um momento de desafio na área da educação, a preocupação com o analfabetismo, que afeta em sua maioria, os cidadãos menos favorecidos economicamente, sendo que normalmente estas pessoas são aquelas que não conseguiram concluir o ensino básico em idade escolar.

 

O direito a educação é constitucionalmente assegurado a todos os cidadãos, conforme a Constituição Federal de 1988, o que é confirmado na Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Nacional, estabelece que as pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos têm direito ao acesso a educação.

 

A Educação de Jovens Adultos (EJA) está extremamente ligada a Paulo Freire, pois o mesmo acreditava que só através do conhecimento é que a classe dos “oprimidos” poderia transformar o mundo, visando assim a libertação, através de uma educação que formasse cidadãos críticos e atuantes, tomando conscientização dos seus direitos e seu papel frente ao desenvolvimento da sua sociedade. O Método Freireano, criado por Paulo Freire focaliza-se em temas geradores que estão relacionados à realidade socioeconômicacultural dos alunos dando assim importância ao contexto em que está inserido e a experiência de vida dos alunos.

 

O professor da EJA precisa ter uma formação docente especial para trabalhar com este grupo de alunos, formados por pessoas de idades e níveis de conhecimentos diferentes, procurando sempre valorizar o cotidiano do aluno, associando os códigos às palavras geradoras para que sirva de estímulos no aprender a ler e escrever.

O professor da EJA deve ainda levar em consideração o tempo de aprendizagem do aluno, apesar de que no Brasil há uma presa em acelerar o processo de alfabetização dos alunos, para poder alcançar as metas dos programas de alfabetização o que resulta no grande número da evasão escolar.

 

A alfabetização deve ir além da decodificação de letras, pois é prioritário o uso socialmente. Antigamente o indivíduo para ser considerado alfabetizado precisava apenas saber ler e escrever o próprio nome, hoje com as novas exigências das demandas sociais, o alfabetizado além de saber ler e escrever deve saber fazer o uso social da leitura e da escrita.

 

A educação no Brasil ainda requer muitos investimentos em programas voltados para a EJA, o que poderá garantir ao estudante trabalhador um espaço especial para jovens e adultos, contribuindo assim para a elevação da escolaridade de forma gradativa, apropriando às múltiplas dimensões da realidade, mediante estudo nas diversas áreas do conhecimento, articulando com o cotidiano dos alunos.