EFETIVA INCLUSÃO ESCOLAR PASSO A PASSO

 

 

Carla Catiese Hamester

 

 

Resumo

O que ocorre hoje no contexto escolar não são Inclusão e sim apenas interação do aluno com necessidades especiais, para que a efetiva inclusão aconteça é necessário que após o aluno matriculado estiver e antes de começar a freqüentar a escola sejam trabalhados aspectos imprescindíveis que abrangem desde os subsídios governamentais que garantem os direitos descritos em lei, gestão escolar a qual será a grande motivadora das ações inclusivas e quem vai mediar à petição dos recursos necessários para viabilizar a inclusão, corpo docente que atua e elabora em conjunto ações e conteúdos facilitadores da inclusão, arquitetura escolar; possibilitando a motricidade do aluno com restrições físicas, corpo discente necessita compreender o seu novo colega para acontecer à integração escolar, comunidade escolar; os pais serão multiplicadores da aceitação da diversidade educando seus filhos através da desmistificação promovida pela escola em relação ao aluno incluído, equipes escolares são todos profissionais que prestam serviços para escola excluindo gestão e docentes anteriormente mencionados os quais precisam compreender e quebrar dogmas em relação ao aluno incluso, por último e não menos importante menciono a pessoa a ser incluída que deverá ser inserida adequadamente no contexto escolar.

Palavras chave: Inclusão. Passo a passo. Ambiente escolar. Aluno incluído.

1º Passo: Subsídio governamental;

Este apoio é imprescindível para viabilizar a inclusão efetiva em diversos aspectos necessários, pois com os recursos e serviços disponibilizados pelo governo é possível a realização da parte logística da educação inclusiva porque a escola pode garantir a matrícula do aluno PNE porém, não consegue subsidiar as demandas que precisam de recursos a serem investidos, cada aluno possui necessidades particulares, alguns precisam de toda uma adequação de espaço caso de cadeirantes e ou este mesmo necessita demanda de profissional capacitado para a docência, a escola deve ter a sala de recursos e o profissional capacitado atendendo nesta mesma, os direitos e necessidades globais são garantidos através  legislações bem específicas os mesmos devem ser viabilizados através dos órgãos governamentais.

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de

educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para

Educados portadores de necessidades especiais.

§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para

atender as peculiaridades da clientela de educação especial.

§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados,

sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua

integração nas classes comuns do ensino regular.

§3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa

etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

2º Passo: Gestão escolar;

Em detrimento das realizações, organizações e ações da equipe gestora acontece conseqüente motivação dos profissionais do âmbito escolar ou não, as atividades desenvolvidas para que aconteça o engajamento dos profissionais precisam partir primeiramente da equipe diretiva, mas, de forma democrática havendo a participação dos docentes na elaboração dessa proposta que realizará efetivamente a inclusão.

A solicitação dos recursos e movimentação dos pedidos e solicitações das necessidades físicas da escola para viabilizar a inclusão efetiva deve ser articulada pela diretoria, pois é a quem compete fazer essas petições.

Toda escola é reflexo da gestão que pode ser bem sucedida, um docente com vontade de fazer a diferença pode sim acrescentar muito na escola, porém a equipe diretiva ainda assim precisa estimular sem criação de muros e sim pontes para que a inclusão efetiva aconteça realmente.

Nos caminhos percorridos pela pesquisa, percebeu-se que os gestores escolares estudados agem muito mais por intuição ou impulso do que por um referencial teórico. As observações sistematizadas permitem analisar que muitas vezes a gestão escolar realiza uma prática imediatista: resolve os problemas momentâneos para que estes não atrapalhem o cotidiano da escola. Acredita – se, assim, que o autoritarismo da prática é a conseqüência da alienação da teoria. ( Texano ,  pg. 4)

3º Passo: arquitetura escolar;

Os espaços físicos precisam ser adaptados e em alguns casos esse acaba tendo uma concretização morosa, mas ao aluno portador de deficiência física e suas necessidades especiais, precisa haver a adaptação arquitetônica, pois é o que vai viabilizar sua motricidade por entre os espaços escolas, proporcionando-lhe autonomia respectiva as sua potencialidades, é preciso construir através rampas de acesso, instalação de elevadores, outras demandas podem aparecer através do estudo do espaço feito pelo profissional da área; engenheiros, arquitetos, é preciso o acompanhado de profissional específico para fazer as interferências necessárias na estrutura física do ambiente tornando – o acolhedor e viável.

O decreto n° 5.296/2004 garante também a concepção e a implantação de projetos arquitetônicos e urbanísticos segundo os princípios do desenho universal, com base nas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a legislação específica e as normas apresentadas no próprio documento. Além disso, o decreto assegura acessibilidade aos serviços de transporte coletivo e o acesso à informação e à comunicação. (Aline Maira da Silva, 2010, pg 120)

4º Passo: corpo docente;

O corpo docente teoricamente estaria preparado para efetivar a inclusão deste aluno, porém há limitações acadêmicas, pois o que é estudado durante a formação docente é superficial e resumido. Mas para facilitar esse processo e proporcionar os caminhos ideais de inclusão precisamos estudar com este grupo de educadores as necessidades e possibilidades do discente PNE, e todos educadores precisam ser preparados para compreender e desmistificar seus estigmas e dogmas, perdendo o medo deste desconhecido, pois muitas vezes há grande ignorância cercando todo esse contexto é preciso perder o distanciamento entre este aluno e o professor.

Nas práticas pedagógicas, didáticas, avaliativas o docente precisa desconstruir a sua necessidade de tornar igual o diferente, é preciso construir uma nova prática que não possui modelo pré-estabelecido, pois apesar de um breve estudo acadêmico, o professor se depara com inúmeros conflitos internos; medo, insegurança ao saber que haverá aluno inclusivo na turma que ele vai lecionar naquele ano, este aluno vai ensinar muito a este professor tirando ele da zona de conforto, fazendo recriar suas didáticas e conceitos.

 A arte de facilitar a adesão à inclusão envolve o trabalho criativo com este estado de elevação da consciência, redirecionando a energia estreitamente relacionada ao medo para a resolução de problemas que promova a reconsideração dos limites, dos relacionamentos, das estruturas e dos benefícios.” (John e Connie Lyle  O’Brien, 1999, pg. 48)

5º Passo: preparo da equipe; 

Toda equipe da escola que é formada pelos diversos profissionais que prestam serviço diretamente na escola como serventes que trabalham na cozinha, faxina, pessoa que realiza manutenção do espaço físico e podem ter outros profissionais que fazem parte do trabalho cotidiano escolar, estes precisam ser preparados para inclusão do aluno PNE para que ajam com naturalidade, não rotulem, nem desprezem aquele discente e que compreendam que talvez em algum momento ou vários este aluno precisará de auxílio, porque cada aluno tem suas diferenças, cada um com características específicas, alguns precisam de cadeira de rodas, outros caminham pela escola e é importante agir com calma e naturalidade nessas situações, pois muitas vezes estes alunos estão aprendendo ao explorarem os ambientes livremente.

O preparo de todos os funcionários da escola é o que proporciona o êxito da inclusão. De nada adianta o professor ser capacitado a desenvolver seu trabalho se aqueles que estão no entornam não se apercebem do processo. Crianças com transtorno mental – os autistas, por exemplo, têm dificuldades em permanecer em ambientes fechados como a sala de aula. Costumam andar pela escola sem rumo. Aparentemente porque suas andanças são seu modo de interagir com ambiente. No momento em que circulam, estão aprendendo as dinâmicas e “aprendendo” de modo diferenciado. (Ramos, 2010, pg 42)

6º Passo: corpo discente;

Os alunos provavelmente terão seus primeiros contatos com este ser humano PNE na escola, mas eles percebem o colega diferente porém, não sabem compreender a situação e acabam agindo com preconceito pois tem a natureza de valorizar o perfeito o homogêneo, por não saber lidar com essa diversidade, isso torna imprescindível a elucidação da deficiência específica , através de vídeos, contato de história, estudo daquela necessidade especial, os estudantes muitas vezes excluem automaticamente o diferente e o que é essa exclusão a origem da palavra exclusão vem do verbo excludere que significa afastar, pôr fora; expulsar e infelizmente e essa atitude que os alunos têm em relação ao novo colega que tem necessidades especiais portanto é preciso substituir o preconceito essa segregação pelo acolhimento, conhecimento, sensibilizando estes alunos para que eles ajam com normalidade em relação ao diferente, com certeza o melhor vai ser estudar e consolidar com normalidade no contexto diário da vida escolar. 

...as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. (Sueli Fernandes, 2007, pg 36)

O que define o especial da Educação não é a dicotomização e a fragmentação dos sistemas escolares em modalidades diferentes, mas a capacidade de a escola atender as diferenças nas salas de aula, sem discriminar. ( Claus Dieter Stobäus e Juan José Mouriño Mosquera, 2004, pg 37)

7º Passo: comunidade escolar;

Especificamente em relação aos pais ou responsáveis pelos alunos que compõem a comunidade escolar, todos precisam ser preparados para acolher este aluno PNE toda comunidade precisa entender, compreender, através do estudo, compreensão e sensibilização deste inclusivo, é necessário consolidar a compreensão da diversidade, das necessidades, importante é abordar a importância do convívio e aceitação de quem é diferente, enfatizar os benefícios desta vivência para a sociedade o quanto na verdade essa nossa quebra de estigmas nos trará benefícios e muito mais a quem convive do que muitas vezes na própria pessoa incluída.

A comunidade precisa entender que conviver com o diferente de si e não só com os “normais” é benéfico, enriquecedor e que esse o aprendizado é unilateral, pois ao observar o outro que possui necessidades e tantas adversidades e persiste, persevera diariamente para muitas vezes realizar aquilo que fazemos com grande facilidade é muito importante para a nossa auto-estima, e uma compreensão maior humana, otimizar as habilidades de paciência e é importante recuperar a confiança deste aluno especial que por muitas vezes já foi tão desprezado, o importante é que isso fique bem esclarecido ao abordar inclusão com os pais.

Foi observado que uma peça fundamental na promoção de escolas inclusivas é o desenvolvimento de comportamentos cooperativos entre todos os defensores da mudança no ambiente escolar. (Susan e William Stainback,1999, pg 135)

8º Passo: pessoa a ser incluída, portador de necessidade especial.

Para a pessoa a ser incluída há muitas novidades que serão vividas naquele ambiente, pessoas a conhecer, a inclusão poderá acontecer de uma forma positiva caso os passos anteriores tenham sido seguidas pois, para este aluno PNE suas necessidades já são habituais, a vida foi adaptada da maneira mais funcional possível  porém para todos os outros provavelmente tudo vai ser novo e por isso é necessário que esse contexto tenha sido trabalhado anteriormente através das situações e estudos facilitados para a desmistificação, elucidação da ignorância e o preparo para melhor acolhida deste aluno incluído.

A etimologia da palavra inclusão vem do latim includere: compreender, envolver. É necessário também que além da inclusão aconteça a interação escolar, para que o aluno esteja icluido e integrado, pois muitas vezes as crianças com necessidades especiais tem dificuldades de ralcionar-se com os outros devido as suas construções de auto-imagem e através de experiências desagradáveis que aconteceram anteriormente e isso pode acontecer não só no âmbito escolar mas no familiar também, pois muitas vezes as pessoas ditas normais apresentam dificuldades criaram situações adversas que devem ter sido trabalhadas anteriormente com o corpo discente, pois o aluno com necessidades especiais e todos os outros também e o próprio ser humano precisa estar inserido num ambiente que respeita e cresce com a diversidade.

A inclusão  de alunos com necessidades especiais na escola regular, como caminho fundamental para se atingir a inclusão social, constitui uma meta, neste novo século, cada vez mais firme, nos diferentes sistemas educativos, nos quais se pretende educar os alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular, Isto pressupõe que é o sistema educacional como um todo que assume a responsabilidade de Educação e não uma parte dele, a Educação Especial. ( Claus Dieter Stobäus e Juan José Mouriño Mosquera, 2004, pg 37).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para o sucesso da inclusão escolar precisamos entender que não é uma responsabilidade unicamente dos professores e sim há todo um contexto envolvendo diversos aspectos imprescindíveis; subsídio governamental, arquitetura escolar, corpo discente, comunidade escolar e a pessoa PNE que será incluída sendo que todos estes itens precisam ser trabalhados, concretizados em suas peculiaridades específicas, concluindo ações para atender as necessidades especiais dos alunos, reestruturando, causando diversas mudanças necessárias para a efetiva inclusão escolar, mas precisamos do envolvimento de todos aqueles que de alguma forma estarão fazendo parte direta ou indiretamente deste processo inclusivo, é necessário que aconteça o engajamento e o apoio desta causa a erradicação da ignorância que circunda e limita as interações deste aluno PNE para que ele não esteja unicamente com sua matrícula garantida e que seja realmente incluído, inserido, integrado no contexto escolar, com o devido respeito a sua integralidade humana.

REFERÊNCIAS

Stobäus, Claus Dieter; Mosquera, Juan José Mouriño; Orgs. Educação Especial: em direção à Educação Inclusiva. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

Stainback, Susan e William. INCLUSÃO: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

Silva, Aline Maira da. Educação Especial e inclusão escolar: histórias e fundamentos. Curitiba: Ibpex, 2010.

Ramos, Rossana. Inclusão na prática: estratégias eficazes para a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2010.

Fernandes, Sueli. Fundamentos para Educação Especial. Curitiba: Ibpex, 2007.

Tezani, Taís Cristina Rodrigues. Os caminhos para a construção da escola inclusiva: a relação entre a gestão escolar e o processo de inclusão. São Carlos: UFSCar, 2007.

LEI Nº 9394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL  Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn2.pdf> Acesso em 16 de Maio de 2015.

EFETIVA INCLUSÃO ESCOLAR PASSO A PASSO

 

 

Carla Catiese Hamester

 

 

Resumo

O que ocorre hoje no contexto escolar não são Inclusão e sim apenas interação do aluno com necessidades especiais, para que a efetiva inclusão aconteça é necessário que após o aluno matriculado estiver e antes de começar a freqüentar a escola sejam trabalhados aspectos imprescindíveis que abrangem desde os subsídios governamentais que garantem os direitos descritos em lei, gestão escolar a qual será a grande motivadora das ações inclusivas e quem vai mediar à petição dos recursos necessários para viabilizar a inclusão, corpo docente que atua e elabora em conjunto ações e conteúdos facilitadores da inclusão, arquitetura escolar; possibilitando a motricidade do aluno com restrições físicas, corpo discente necessita compreender o seu novo colega para acontecer à integração escolar, comunidade escolar; os pais serão multiplicadores da aceitação da diversidade educando seus filhos através da desmistificação promovida pela escola em relação ao aluno incluído, equipes escolares são todos profissionais que prestam serviços para escola excluindo gestão e docentes anteriormente mencionados os quais precisam compreender e quebrar dogmas em relação ao aluno incluso, por último e não menos importante menciono a pessoa a ser incluída que deverá ser inserida adequadamente no contexto escolar.

Palavras chave: Inclusão. Passo a passo. Ambiente escolar. Aluno incluído.

1º Passo: Subsídio governamental;

Este apoio é imprescindível para viabilizar a inclusão efetiva em diversos aspectos necessários, pois com os recursos e serviços disponibilizados pelo governo é possível a realização da parte logística da educação inclusiva porque a escola pode garantir a matrícula do aluno PNE porém, não consegue subsidiar as demandas que precisam de recursos a serem investidos, cada aluno possui necessidades particulares, alguns precisam de toda uma adequação de espaço caso de cadeirantes e ou este mesmo necessita demanda de profissional capacitado para a docência, a escola deve ter a sala de recursos e o profissional capacitado atendendo nesta mesma, os direitos e necessidades globais são garantidos através  legislações bem específicas os mesmos devem ser viabilizados através dos órgãos governamentais.

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de

educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para

Educados portadores de necessidades especiais.

§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para

atender as peculiaridades da clientela de educação especial.

§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados,

sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua

integração nas classes comuns do ensino regular.

§3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa

etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

2º Passo: Gestão escolar;

Em detrimento das realizações, organizações e ações da equipe gestora acontece conseqüente motivação dos profissionais do âmbito escolar ou não, as atividades desenvolvidas para que aconteça o engajamento dos profissionais precisam partir primeiramente da equipe diretiva, mas, de forma democrática havendo a participação dos docentes na elaboração dessa proposta que realizará efetivamente a inclusão.

A solicitação dos recursos e movimentação dos pedidos e solicitações das necessidades físicas da escola para viabilizar a inclusão efetiva deve ser articulada pela diretoria, pois é a quem compete fazer essas petições.

Toda escola é reflexo da gestão que pode ser bem sucedida, um docente com vontade de fazer a diferença pode sim acrescentar muito na escola, porém a equipe diretiva ainda assim precisa estimular sem criação de muros e sim pontes para que a inclusão efetiva aconteça realmente.

Nos caminhos percorridos pela pesquisa, percebeu-se que os gestores escolares estudados agem muito mais por intuição ou impulso do que por um referencial teórico. As observações sistematizadas permitem analisar que muitas vezes a gestão escolar realiza uma prática imediatista: resolve os problemas momentâneos para que estes não atrapalhem o cotidiano da escola. Acredita – se, assim, que o autoritarismo da prática é a conseqüência da alienação da teoria. ( Texano ,  pg. 4)

3º Passo: arquitetura escolar;

Os espaços físicos precisam ser adaptados e em alguns casos esse acaba tendo uma concretização morosa, mas ao aluno portador de deficiência física e suas necessidades especiais, precisa haver a adaptação arquitetônica, pois é o que vai viabilizar sua motricidade por entre os espaços escolas, proporcionando-lhe autonomia respectiva as sua potencialidades, é preciso construir através rampas de acesso, instalação de elevadores, outras demandas podem aparecer através do estudo do espaço feito pelo profissional da área; engenheiros, arquitetos, é preciso o acompanhado de profissional específico para fazer as interferências necessárias na estrutura física do ambiente tornando – o acolhedor e viável.

O decreto n° 5.296/2004 garante também a concepção e a implantação de projetos arquitetônicos e urbanísticos segundo os princípios do desenho universal, com base nas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a legislação específica e as normas apresentadas no próprio documento. Além disso, o decreto assegura acessibilidade aos serviços de transporte coletivo e o acesso à informação e à comunicação. (Aline Maira da Silva, 2010, pg 120)

4º Passo: corpo docente;

O corpo docente teoricamente estaria preparado para efetivar a inclusão deste aluno, porém há limitações acadêmicas, pois o que é estudado durante a formação docente é superficial e resumido. Mas para facilitar esse processo e proporcionar os caminhos ideais de inclusão precisamos estudar com este grupo de educadores as necessidades e possibilidades do discente PNE, e todos educadores precisam ser preparados para compreender e desmistificar seus estigmas e dogmas, perdendo o medo deste desconhecido, pois muitas vezes há grande ignorância cercando todo esse contexto é preciso perder o distanciamento entre este aluno e o professor.

Nas práticas pedagógicas, didáticas, avaliativas o docente precisa desconstruir a sua necessidade de tornar igual o diferente, é preciso construir uma nova prática que não possui modelo pré-estabelecido, pois apesar de um breve estudo acadêmico, o professor se depara com inúmeros conflitos internos; medo, insegurança ao saber que haverá aluno inclusivo na turma que ele vai lecionar naquele ano, este aluno vai ensinar muito a este professor tirando ele da zona de conforto, fazendo recriar suas didáticas e conceitos.

 A arte de facilitar a adesão à inclusão envolve o trabalho criativo com este estado de elevação da consciência, redirecionando a energia estreitamente relacionada ao medo para a resolução de problemas que promova a reconsideração dos limites, dos relacionamentos, das estruturas e dos benefícios.” (John e Connie Lyle  O’Brien, 1999, pg. 48)

5º Passo: preparo da equipe; 

Toda equipe da escola que é formada pelos diversos profissionais que prestam serviço diretamente na escola como serventes que trabalham na cozinha, faxina, pessoa que realiza manutenção do espaço físico e podem ter outros profissionais que fazem parte do trabalho cotidiano escolar, estes precisam ser preparados para inclusão do aluno PNE para que ajam com naturalidade, não rotulem, nem desprezem aquele discente e que compreendam que talvez em algum momento ou vários este aluno precisará de auxílio, porque cada aluno tem suas diferenças, cada um com características específicas, alguns precisam de cadeira de rodas, outros caminham pela escola e é importante agir com calma e naturalidade nessas situações, pois muitas vezes estes alunos estão aprendendo ao explorarem os ambientes livremente.

O preparo de todos os funcionários da escola é o que proporciona o êxito da inclusão. De nada adianta o professor ser capacitado a desenvolver seu trabalho se aqueles que estão no entornam não se apercebem do processo. Crianças com transtorno mental – os autistas, por exemplo, têm dificuldades em permanecer em ambientes fechados como a sala de aula. Costumam andar pela escola sem rumo. Aparentemente porque suas andanças são seu modo de interagir com ambiente. No momento em que circulam, estão aprendendo as dinâmicas e “aprendendo” de modo diferenciado. (Ramos, 2010, pg 42)

6º Passo: corpo discente;

Os alunos provavelmente terão seus primeiros contatos com este ser humano PNE na escola, mas eles percebem o colega diferente porém, não sabem compreender a situação e acabam agindo com preconceito pois tem a natureza de valorizar o perfeito o homogêneo, por não saber lidar com essa diversidade, isso torna imprescindível a elucidação da deficiência específica , através de vídeos, contato de história, estudo daquela necessidade especial, os estudantes muitas vezes excluem automaticamente o diferente e o que é essa exclusão a origem da palavra exclusão vem do verbo excludere que significa afastar, pôr fora; expulsar e infelizmente e essa atitude que os alunos têm em relação ao novo colega que tem necessidades especiais portanto é preciso substituir o preconceito essa segregação pelo acolhimento, conhecimento, sensibilizando estes alunos para que eles ajam com normalidade em relação ao diferente, com certeza o melhor vai ser estudar e consolidar com normalidade no contexto diário da vida escolar. 

...as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. (Sueli Fernandes, 2007, pg 36)

O que define o especial da Educação não é a dicotomização e a fragmentação dos sistemas escolares em modalidades diferentes, mas a capacidade de a escola atender as diferenças nas salas de aula, sem discriminar. ( Claus Dieter Stobäus e Juan José Mouriño Mosquera, 2004, pg 37)

7º Passo: comunidade escolar;

Especificamente em relação aos pais ou responsáveis pelos alunos que compõem a comunidade escolar, todos precisam ser preparados para acolher este aluno PNE toda comunidade precisa entender, compreender, através do estudo, compreensão e sensibilização deste inclusivo, é necessário consolidar a compreensão da diversidade, das necessidades, importante é abordar a importância do convívio e aceitação de quem é diferente, enfatizar os benefícios desta vivência para a sociedade o quanto na verdade essa nossa quebra de estigmas nos trará benefícios e muito mais a quem convive do que muitas vezes na própria pessoa incluída.

A comunidade precisa entender que conviver com o diferente de si e não só com os “normais” é benéfico, enriquecedor e que esse o aprendizado é unilateral, pois ao observar o outro que possui necessidades e tantas adversidades e persiste, persevera diariamente para muitas vezes realizar aquilo que fazemos com grande facilidade é muito importante para a nossa auto-estima, e uma compreensão maior humana, otimizar as habilidades de paciência e é importante recuperar a confiança deste aluno especial que por muitas vezes já foi tão desprezado, o importante é que isso fique bem esclarecido ao abordar inclusão com os pais.

Foi observado que uma peça fundamental na promoção de escolas inclusivas é o desenvolvimento de comportamentos cooperativos entre todos os defensores da mudança no ambiente escolar. (Susan e William Stainback,1999, pg 135)

8º Passo: pessoa a ser incluída, portador de necessidade especial.

Para a pessoa a ser incluída há muitas novidades que serão vividas naquele ambiente, pessoas a conhecer, a inclusão poderá acontecer de uma forma positiva caso os passos anteriores tenham sido seguidas pois, para este aluno PNE suas necessidades já são habituais, a vida foi adaptada da maneira mais funcional possível  porém para todos os outros provavelmente tudo vai ser novo e por isso é necessário que esse contexto tenha sido trabalhado anteriormente através das situações e estudos facilitados para a desmistificação, elucidação da ignorância e o preparo para melhor acolhida deste aluno incluído.

A etimologia da palavra inclusão vem do latim includere: compreender, envolver. É necessário também que além da inclusão aconteça a interação escolar, para que o aluno esteja icluido e integrado, pois muitas vezes as crianças com necessidades especiais tem dificuldades de ralcionar-se com os outros devido as suas construções de auto-imagem e através de experiências desagradáveis que aconteceram anteriormente e isso pode acontecer não só no âmbito escolar mas no familiar também, pois muitas vezes as pessoas ditas normais apresentam dificuldades criaram situações adversas que devem ter sido trabalhadas anteriormente com o corpo discente, pois o aluno com necessidades especiais e todos os outros também e o próprio ser humano precisa estar inserido num ambiente que respeita e cresce com a diversidade.

A inclusão  de alunos com necessidades especiais na escola regular, como caminho fundamental para se atingir a inclusão social, constitui uma meta, neste novo século, cada vez mais firme, nos diferentes sistemas educativos, nos quais se pretende educar os alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular, Isto pressupõe que é o sistema educacional como um todo que assume a responsabilidade de Educação e não uma parte dele, a Educação Especial. ( Claus Dieter Stobäus e Juan José Mouriño Mosquera, 2004, pg 37).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para o sucesso da inclusão escolar precisamos entender que não é uma responsabilidade unicamente dos professores e sim há todo um contexto envolvendo diversos aspectos imprescindíveis; subsídio governamental, arquitetura escolar, corpo discente, comunidade escolar e a pessoa PNE que será incluída sendo que todos estes itens precisam ser trabalhados, concretizados em suas peculiaridades específicas, concluindo ações para atender as necessidades especiais dos alunos, reestruturando, causando diversas mudanças necessárias para a efetiva inclusão escolar, mas precisamos do envolvimento de todos aqueles que de alguma forma estarão fazendo parte direta ou indiretamente deste processo inclusivo, é necessário que aconteça o engajamento e o apoio desta causa a erradicação da ignorância que circunda e limita as interações deste aluno PNE para que ele não esteja unicamente com sua matrícula garantida e que seja realmente incluído, inserido, integrado no contexto escolar, com o devido respeito a sua integralidade humana.

REFERÊNCIAS

Stobäus, Claus Dieter; Mosquera, Juan José Mouriño; Orgs. Educação Especial: em direção à Educação Inclusiva. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

Stainback, Susan e William. INCLUSÃO: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

Silva, Aline Maira da. Educação Especial e inclusão escolar: histórias e fundamentos. Curitiba: Ibpex, 2010.

Ramos, Rossana. Inclusão na prática: estratégias eficazes para a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2010.

Fernandes, Sueli. Fundamentos para Educação Especial. Curitiba: Ibpex, 2007.

Tezani, Taís Cristina Rodrigues. Os caminhos para a construção da escola inclusiva: a relação entre a gestão escolar e o processo de inclusão. São Carlos: UFSCar, 2007.

LEI Nº 9394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL  Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn2.pdf> Acesso em 16 de Maio de 2015.

EFETIVA INCLUSÃO ESCOLAR PASSO A PASSO

 

 

Carla Catiese Hamester

 

 

Resumo

O que ocorre hoje no contexto escolar não são Inclusão e sim apenas interação do aluno com necessidades especiais, para que a efetiva inclusão aconteça é necessário que após o aluno matriculado estiver e antes de começar a freqüentar a escola sejam trabalhados aspectos imprescindíveis que abrangem desde os subsídios governamentais que garantem os direitos descritos em lei, gestão escolar a qual será a grande motivadora das ações inclusivas e quem vai mediar à petição dos recursos necessários para viabilizar a inclusão, corpo docente que atua e elabora em conjunto ações e conteúdos facilitadores da inclusão, arquitetura escolar; possibilitando a motricidade do aluno com restrições físicas, corpo discente necessita compreender o seu novo colega para acontecer à integração escolar, comunidade escolar; os pais serão multiplicadores da aceitação da diversidade educando seus filhos através da desmistificação promovida pela escola em relação ao aluno incluído, equipes escolares são todos profissionais que prestam serviços para escola excluindo gestão e docentes anteriormente mencionados os quais precisam compreender e quebrar dogmas em relação ao aluno incluso, por último e não menos importante menciono a pessoa a ser incluída que deverá ser inserida adequadamente no contexto escolar.

Palavras chave: Inclusão. Passo a passo. Ambiente escolar. Aluno incluído.

1º Passo: Subsídio governamental;

Este apoio é imprescindível para viabilizar a inclusão efetiva em diversos aspectos necessários, pois com os recursos e serviços disponibilizados pelo governo é possível a realização da parte logística da educação inclusiva porque a escola pode garantir a matrícula do aluno PNE porém, não consegue subsidiar as demandas que precisam de recursos a serem investidos, cada aluno possui necessidades particulares, alguns precisam de toda uma adequação de espaço caso de cadeirantes e ou este mesmo necessita demanda de profissional capacitado para a docência, a escola deve ter a sala de recursos e o profissional capacitado atendendo nesta mesma, os direitos e necessidades globais são garantidos através  legislações bem específicas os mesmos devem ser viabilizados através dos órgãos governamentais.

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de

educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para

Educados portadores de necessidades especiais.

§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para

atender as peculiaridades da clientela de educação especial.

§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados,

sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua

integração nas classes comuns do ensino regular.

§3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa

etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

2º Passo: Gestão escolar;

Em detrimento das realizações, organizações e ações da equipe gestora acontece conseqüente motivação dos profissionais do âmbito escolar ou não, as atividades desenvolvidas para que aconteça o engajamento dos profissionais precisam partir primeiramente da equipe diretiva, mas, de forma democrática havendo a participação dos docentes na elaboração dessa proposta que realizará efetivamente a inclusão.

A solicitação dos recursos e movimentação dos pedidos e solicitações das necessidades físicas da escola para viabilizar a inclusão efetiva deve ser articulada pela diretoria, pois é a quem compete fazer essas petições.

Toda escola é reflexo da gestão que pode ser bem sucedida, um docente com vontade de fazer a diferença pode sim acrescentar muito na escola, porém a equipe diretiva ainda assim precisa estimular sem criação de muros e sim pontes para que a inclusão efetiva aconteça realmente.

Nos caminhos percorridos pela pesquisa, percebeu-se que os gestores escolares estudados agem muito mais por intuição ou impulso do que por um referencial teórico. As observações sistematizadas permitem analisar que muitas vezes a gestão escolar realiza uma prática imediatista: resolve os problemas momentâneos para que estes não atrapalhem o cotidiano da escola. Acredita – se, assim, que o autoritarismo da prática é a conseqüência da alienação da teoria. ( Texano ,  pg. 4)

3º Passo: arquitetura escolar;

Os espaços físicos precisam ser adaptados e em alguns casos esse acaba tendo uma concretização morosa, mas ao aluno portador de deficiência física e suas necessidades especiais, precisa haver a adaptação arquitetônica, pois é o que vai viabilizar sua motricidade por entre os espaços escolas, proporcionando-lhe autonomia respectiva as sua potencialidades, é preciso construir através rampas de acesso, instalação de elevadores, outras demandas podem aparecer através do estudo do espaço feito pelo profissional da área; engenheiros, arquitetos, é preciso o acompanhado de profissional específico para fazer as interferências necessárias na estrutura física do ambiente tornando – o acolhedor e viável.

O decreto n° 5.296/2004 garante também a concepção e a implantação de projetos arquitetônicos e urbanísticos segundo os princípios do desenho universal, com base nas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a legislação específica e as normas apresentadas no próprio documento. Além disso, o decreto assegura acessibilidade aos serviços de transporte coletivo e o acesso à informação e à comunicação. (Aline Maira da Silva, 2010, pg 120)

4º Passo: corpo docente;

O corpo docente teoricamente estaria preparado para efetivar a inclusão deste aluno, porém há limitações acadêmicas, pois o que é estudado durante a formação docente é superficial e resumido. Mas para facilitar esse processo e proporcionar os caminhos ideais de inclusão precisamos estudar com este grupo de educadores as necessidades e possibilidades do discente PNE, e todos educadores precisam ser preparados para compreender e desmistificar seus estigmas e dogmas, perdendo o medo deste desconhecido, pois muitas vezes há grande ignorância cercando todo esse contexto é preciso perder o distanciamento entre este aluno e o professor.

Nas práticas pedagógicas, didáticas, avaliativas o docente precisa desconstruir a sua necessidade de tornar igual o diferente, é preciso construir uma nova prática que não possui modelo pré-estabelecido, pois apesar de um breve estudo acadêmico, o professor se depara com inúmeros conflitos internos; medo, insegurança ao saber que haverá aluno inclusivo na turma que ele vai lecionar naquele ano, este aluno vai ensinar muito a este professor tirando ele da zona de conforto, fazendo recriar suas didáticas e conceitos.

 A arte de facilitar a adesão à inclusão envolve o trabalho criativo com este estado de elevação da consciência, redirecionando a energia estreitamente relacionada ao medo para a resolução de problemas que promova a reconsideração dos limites, dos relacionamentos, das estruturas e dos benefícios.” (John e Connie Lyle  O’Brien, 1999, pg. 48)

5º Passo: preparo da equipe; 

Toda equipe da escola que é formada pelos diversos profissionais que prestam serviço diretamente na escola como serventes que trabalham na cozinha, faxina, pessoa que realiza manutenção do espaço físico e podem ter outros profissionais que fazem parte do trabalho cotidiano escolar, estes precisam ser preparados para inclusão do aluno PNE para que ajam com naturalidade, não rotulem, nem desprezem aquele discente e que compreendam que talvez em algum momento ou vários este aluno precisará de auxílio, porque cada aluno tem suas diferenças, cada um com características específicas, alguns precisam de cadeira de rodas, outros caminham pela escola e é importante agir com calma e naturalidade nessas situações, pois muitas vezes estes alunos estão aprendendo ao explorarem os ambientes livremente.

O preparo de todos os funcionários da escola é o que proporciona o êxito da inclusão. De nada adianta o professor ser capacitado a desenvolver seu trabalho se aqueles que estão no entornam não se apercebem do processo. Crianças com transtorno mental – os autistas, por exemplo, têm dificuldades em permanecer em ambientes fechados como a sala de aula. Costumam andar pela escola sem rumo. Aparentemente porque suas andanças são seu modo de interagir com ambiente. No momento em que circulam, estão aprendendo as dinâmicas e “aprendendo” de modo diferenciado. (Ramos, 2010, pg 42)

6º Passo: corpo discente;

Os alunos provavelmente terão seus primeiros contatos com este ser humano PNE na escola, mas eles percebem o colega diferente porém, não sabem compreender a situação e acabam agindo com preconceito pois tem a natureza de valorizar o perfeito o homogêneo, por não saber lidar com essa diversidade, isso torna imprescindível a elucidação da deficiência específica , através de vídeos, contato de história, estudo daquela necessidade especial, os estudantes muitas vezes excluem automaticamente o diferente e o que é essa exclusão a origem da palavra exclusão vem do verbo excludere que significa afastar, pôr fora; expulsar e infelizmente e essa atitude que os alunos têm em relação ao novo colega que tem necessidades especiais portanto é preciso substituir o preconceito essa segregação pelo acolhimento, conhecimento, sensibilizando estes alunos para que eles ajam com normalidade em relação ao diferente, com certeza o melhor vai ser estudar e consolidar com normalidade no contexto diário da vida escolar. 

...as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. (Sueli Fernandes, 2007, pg 36)

O que define o especial da Educação não é a dicotomização e a fragmentação dos sistemas escolares em modalidades diferentes, mas a capacidade de a escola atender as diferenças nas salas de aula, sem discriminar. ( Claus Dieter Stobäus e Juan José Mouriño Mosquera, 2004, pg 37)

7º Passo: comunidade escolar;

Especificamente em relação aos pais ou responsáveis pelos alunos que compõem a comunidade escolar, todos precisam ser preparados para acolher este aluno PNE toda comunidade precisa entender, compreender, através do estudo, compreensão e sensibilização deste inclusivo, é necessário consolidar a compreensão da diversidade, das necessidades, importante é abordar a importância do convívio e aceitação de quem é diferente, enfatizar os benefícios desta vivência para a sociedade o quanto na verdade essa nossa quebra de estigmas nos trará benefícios e muito mais a quem convive do que muitas vezes na própria pessoa incluída.

A comunidade precisa entender que conviver com o diferente de si e não só com os “normais” é benéfico, enriquecedor e que esse o aprendizado é unilateral, pois ao observar o outro que possui necessidades e tantas adversidades e persiste, persevera diariamente para muitas vezes realizar aquilo que fazemos com grande facilidade é muito importante para a nossa auto-estima, e uma compreensão maior humana, otimizar as habilidades de paciência e é importante recuperar a confiança deste aluno especial que por muitas vezes já foi tão desprezado, o importante é que isso fique bem esclarecido ao abordar inclusão com os pais.

Foi observado que uma peça fundamental na promoção de escolas inclusivas é o desenvolvimento de comportamentos cooperativos entre todos os defensores da mudança no ambiente escolar. (Susan e William Stainback,1999, pg 135)

8º Passo: pessoa a ser incluída, portador de necessidade especial.

Para a pessoa a ser incluída há muitas novidades que serão vividas naquele ambiente, pessoas a conhecer, a inclusão poderá acontecer de uma forma positiva caso os passos anteriores tenham sido seguidas pois, para este aluno PNE suas necessidades já são habituais, a vida foi adaptada da maneira mais funcional possível  porém para todos os outros provavelmente tudo vai ser novo e por isso é necessário que esse contexto tenha sido trabalhado anteriormente através das situações e estudos facilitados para a desmistificação, elucidação da ignorância e o preparo para melhor acolhida deste aluno incluído.

A etimologia da palavra inclusão vem do latim includere: compreender, envolver. É necessário também que além da inclusão aconteça a interação escolar, para que o aluno esteja icluido e integrado, pois muitas vezes as crianças com necessidades especiais tem dificuldades de ralcionar-se com os outros devido as suas construções de auto-imagem e através de experiências desagradáveis que aconteceram anteriormente e isso pode acontecer não só no âmbito escolar mas no familiar também, pois muitas vezes as pessoas ditas normais apresentam dificuldades criaram situações adversas que devem ter sido trabalhadas anteriormente com o corpo discente, pois o aluno com necessidades especiais e todos os outros também e o próprio ser humano precisa estar inserido num ambiente que respeita e cresce com a diversidade.

A inclusão  de alunos com necessidades especiais na escola regular, como caminho fundamental para se atingir a inclusão social, constitui uma meta, neste novo século, cada vez mais firme, nos diferentes sistemas educativos, nos quais se pretende educar os alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular, Isto pressupõe que é o sistema educacional como um todo que assume a responsabilidade de Educação e não uma parte dele, a Educação Especial. ( Claus Dieter Stobäus e Juan José Mouriño Mosquera, 2004, pg 37).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para o sucesso da inclusão escolar precisamos entender que não é uma responsabilidade unicamente dos professores e sim há todo um contexto envolvendo diversos aspectos imprescindíveis; subsídio governamental, arquitetura escolar, corpo discente, comunidade escolar e a pessoa PNE que será incluída sendo que todos estes itens precisam ser trabalhados, concretizados em suas peculiaridades específicas, concluindo ações para atender as necessidades especiais dos alunos, reestruturando, causando diversas mudanças necessárias para a efetiva inclusão escolar, mas precisamos do envolvimento de todos aqueles que de alguma forma estarão fazendo parte direta ou indiretamente deste processo inclusivo, é necessário que aconteça o engajamento e o apoio desta causa a erradicação da ignorância que circunda e limita as interações deste aluno PNE para que ele não esteja unicamente com sua matrícula garantida e que seja realmente incluído, inserido, integrado no contexto escolar, com o devido respeito a sua integralidade humana.

REFERÊNCIAS

Stobäus, Claus Dieter; Mosquera, Juan José Mouriño; Orgs. Educação Especial: em direção à Educação Inclusiva. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

Stainback, Susan e William. INCLUSÃO: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

Silva, Aline Maira da. Educação Especial e inclusão escolar: histórias e fundamentos. Curitiba: Ibpex, 2010.

Ramos, Rossana. Inclusão na prática: estratégias eficazes para a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2010.

Fernandes, Sueli. Fundamentos para Educação Especial. Curitiba: Ibpex, 2007.

Tezani, Taís Cristina Rodrigues. Os caminhos para a construção da escola inclusiva: a relação entre a gestão escolar e o processo de inclusão. São Carlos: UFSCar, 2007.

LEI Nº 9394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL  Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn2.pdf> Acesso em 16 de Maio de 2015.