INTRODUÇÃO

                            Ninguém escapa da Educação. Em casa, na rua, na igreja, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar.

                           Ir à escola é, naturalmente, preparar-se para a vida, instrumentalizar-se para levar a bom termo vários projetos. Se o ensino é obrigatório, portanto um direito para as crianças e um dever para os pais e a sociedade como um todo, porque ela é vista como uma coisa boa para as novas gerações que chegam ao mundo.

                           A condição básica do processo educativo é o respeito à personalidade do educando, que deve ser tratado como pessoa e não como número. Sem reciprocidade de simpatia e de respeito entre professor e educando é praticamente impossível que haja qualquer trabalho construtivo na alma do educando.

                           Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação.

                           O educador deve está pronto para encarar as situações de fracasso em relação às falhas dos alunos, no entanto ele deve procurar novas metodologias para tentar estimular o aluno a aprender. Pois como diz Cury: “Educar não é repetir palavras, é criar idéias, é encantar. Os mesmos erros merecem novas atitudes”.

                          

                           Existem crianças que têm muita dificuldade para interagir com os outros. As dificuldades encontradas por crianças em seu convívio escolar têm algum denominador comum?

                           Se pensássemos nos costumeiros apelidos que circulam nos lábios infantis: “rolha de poço”, “azeitona no palito”, “pau-de-sebo”, “nanico”, “criolo doido”, “quatro olho”, “ surdinho”, “cegueta”, “mula manca”... estaríamos muito perto da resposta: a presença de preconceito e a decorrente discriminação vivida, ainda com mais intensidade, pelos significativamente diferentes, impedindo-os, muitas vezes, de vivenciar não só os seus direitos de cidadãos, mas de vivenciar sua própria infância.

                           A escola como um todo e principalmente o educador deve está com a mente aberta à inclusão. Temos que ter consciência que as pessoas são diferentes, mas precisam ser igualmente respeitadas.

                            Segundo Aranha, 2004: “ Escola  inclusiva é  aquela que garante a qualidade   de ensino educacional  a cada um de  seus alunos,  reconhecendo  respeitando a diversidade  e  respondendo  a  cada um de  acordo  com suas  potencialidades e necessidades.”

                           Na verdade, a  escola que  inclui é aquela que além  de oferecer o acesso de pessoas  que  de  alguma  forma sofre  preconceitos, garante  a  permanência e  o sucesso dos alunos.

                           A vontade de vencer deve ser maior que o medo de fracassar. Ninguém vence sozinho. Ninguém nasce sabendo as coisas, tudo se aprende e não se deve nunca perder a esperança.

                           O professor é um educador. Educação é um ato essencialmente humano.

                           O educador torna-se um agente produtivo e inovador medida que ele trabalha com o aluno, de forma a desenvolver integralmente suas capacidades, acreditando na existência de uma vitalidade interior que se direciona para a criatividade.

                           O estado tem a função de oferecer ensino gratuito a todos, e a escola tornou-se acessível, com a função de formar indivíduos prontos a exercer sua cidadania, além de qualificar-se ao exercício do trabalho – no artigo 53 do ECA (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) afirma-se este compromisso: “ A criança e o adolescente têm direito à educação,  visando  ao  pleno  desenvolvimento  de  sua pessoa,  preparo  para  o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho”.

                           Acreditar na capacidade da criança é oferecer-lhe oportunidade de aprender

com respeito, carinho e dedicação é abrir o portal para o seu desenvolvimento integral, preparando-a para a vida.

                           Cabe ao educador, portanto, buscar uma melhor qualificação e fazer tudo para atuar como um intermediador entre o aluno e o conhecimento.

                           Os educadores devem manter-se atualizados, uma vez que estão em pleno e efetivo exercício, pois a formação inicial por si só já não é suficiente e não atende às demandas para se formar cidadãos críticos, conscientes e reflexivos. Cabe a esses profissionais uma busca constante e inacabada de aperfeiçoamento. Possibilitando-os um perfil ideal de profissionais que atendam as necessidades atuais e trabalhe à luz de uma educação transformadora e criadora.

                           Segundo Luís Carlos Meneses, a Educação não deve estar a serviço dos valores do mercado, e sim da sociedade. Logo as qualidades que destacam professores nada têm de publicitárias. Elas são encontradas em educadores que vivem no cotidiano das salas de aula brasileiras.

                           Ensinar exige pesquisa: Pois como diz Freire: “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”.

                           O bom educador é aquele que procura está inteirado com as novas tecnologias; está capacitando-se constantemente; conhece o Projeto Pedagógico da escola e trabalha com a sociedade.

                           O desempenho dos alunos remete-nos diretamente à necessidade de se considerarem aspectos relativos à formação do professor.

                           Além de uma formação inicial consistente, é preciso considerar um investimento educativo contínuo e sistemático para que o professor se desenvolva como profissional de educação. O conteúdo e a metodologia para essa formação precisam ser revistos para que haja possibilidade de melhoria de ensino. A formação não pode ser tratada como um acúmulo de cursos e técnicas, mas sim como um processo reflexivo e crítico sobre a prática educativa. Investir no desenvolvimento profissional dos professores é também intervir em suas reais condições de trabalho.

                           Como já dizia Paulo Freire: “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

                           O educador deve trabalhar o social, mas, não pode deixar de tentar resgatar os valores perdidos, e começar a cultivá-los no cotidiano das escolas; como o respeito a si e ao próximo, a cooperação e outros.

                           As crianças devem ser preparadas para conviver em grupo, aceitando as diferenças, com regras de boa convivência e amizade, saber respeitar limites e também o professor.

                           É fundamental promover a integração entre a escola, o aluno e a família para desenvolver vínculos afetivos, comunicação e confiança.

                           No entanto, pouco serve idealizar educadores. Porém é possível  apontar qualidades de gente de verdade, que faz um bom trabalho    em condições reais. Estes sim são os educadores que se baseiam no que aprenderam e não apenas no número de certificados que possui.

                           As salas de aulas estão repletas de alunos desinteressados, que estão ali porque a mãe obriga; ou para não perder o bolsa-família; ou ainda por ver os outros indo, mas sem nenhum objetivo.

                           Quando os professores veem os alunos indiferentes, eles precisam compreender a situação e cuidar dela, pois a apatia em crianças e jovens  não é natural e inviabiliza o trabalho do professor, já que ninguém aprende se tiver desinteressado.

                           De pouco serve se queixar do desinteresse dos estudantes sem compreender e enfrentar isso como um problema da escola e do professor. Há até quem diga que certo aluno não aprende porque vem de uma família desestruturada; só que segundo a psicanalista Belinda Mandelbaum, deve-se rever o conceito de família desestruturada, pois nunca houve um modelo definitivo de família. Ela muda constantemente com a sociedade. Para ela, pais separados, casais homossexuais, mães solteiras, avós responsáveis por netos e tantas outra configurações compõem núcleos que podem até fugir do idealizado pela sociedade, mas têm plenas condições de obter sucesso na educação de crianças  e jovens sob sua responsabilidade. Para isso é importante a colaboração do professor no sentido de combater os estigmas.

                           O professor, que tem compromisso com o que faz e que ama a sua profissão, jamais vai marginalizar o seu aluno, e sim vai procurar descobrir o que está acontecendo para ele se encontrar neste estado. Fará tudo para descobrir o que o está impedindo de agir como um aluno interessado e disposto a aprender- vai tentar conhecer a sua história de vida, saber se tem alguma DA (dificuldade de aprendizagem), se tem algum problema social, ou ainda se está passando por algum problema emocional.

                           Sendo este um verdadeiro educador, vai demonstrar ter prazer no que faz e, independente de qualquer coisa- salário atrasado, falta de recursos, etc – fará tudo para o seu aluno recuperar a auto-estima; procura com amor e dedicação estimulá-lo a aprender,  pois ele vê no sucesso do seu aluno o resultado do seu trabalho.

                           O educador de verdade, acredita na educação, e por maiores que sejam os obstáculos, ele jamais desiste. Luta sempre pelo melhor pra os seus alunos e embora não consiga seguidores, fica aliviado, pois sabe que cumpriu o seu papel.