EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O artigo aborda um assunto um tanto instigante e de grande importância para a nossa educação, chama a atenção de professores que estão iniciando o processo de educação inclusiva nas escolas discutindo formas para melhoria, e de como deve ser organizada a educação dessas crianças para se sentirem bem dentro das salas de aula.
Ao longo da história, o Brasil vem se movimentando na busca de uma sociedade que reconhece e respeita a diversidade que a constitui. A educaçãoinclusiva pressupõe a formação docente e a organização das escolas para
garantia do direito de todos à educação.
Analisando a educação atual no Brasil, percebe-se uma forte tendência por parte dos educadores em buscar resposta a estas questões, essencialmente resgatar e intensificar os estudos sobre o importante papel da educação formal escolar, bem como do papel que tem o professor neste processo.
A educação não pode ser concebida como um aspecto em separado da realidade social. Ela reflete claramente as questões políticas, sociais, os interesses de quem detem o poder e os recursos financeiros para promover formação profissional e continuada. Tudo faz parte de uma roda-viva, onde os mecanismos funcionam arquitetados de forma a responder as necessidades políticas de cada período histórico.
É importante lembrar que não esta se sacrificando o antigo método das classes especiais, no entanto se faz necessário um novo método de aprendizagem dentro das escolas de nosso país. O grande exemplo dos americanos em dizer com sucesso deste método de inclusão de alunos normais com especiais no ensino em sala também será abordado em nosso artigo cientifico, levaremos discussões não para quebrar hipóteses antigas mas sim para reforçá-las.
O grande ponto deste processo de discussão é como criar as idéias de incluir tais crianças dentro do novo modelo de inclusão na educação, mostrar para sociedade que é possível o aprendizado de crianças especiais meio a outro grupo e primeiramente como é importante a educação inclusiva para sociedade no processo de introdução desta mesma educação.
Espero surtir efeito, dentro dos parâmetros abordados e garantir que este novo método de ensino seja mais uma arma somatória para a educação.
A educação inclusiva nasceu de uma dificuldade que os educandos tinham a partir de crianças com necessidades especiais diante deste processo de inclusão dentro da educação, notamos resultados significativos com algumas exceções, o aluno começa a interagir com outras crianças e se sentem à vontade, mas isso é um trabalho que deve ser feito desde seu ambiente familiar intercalando até a sala de aula.
Criada nos Estados Unidos há duas décadas "a educação inclusiva é uma educação voltada de todos para todos", foi um marco dentro da educação, como o próprio sistema, pois ha quem diga que os Estados Unidos é o país da liberdade se quisermos realmente o sucesso deste trabalho, devemos realmente encarar isso como um grande desafio, pois dentro desse sistema tanto a família quanto o professor ambos dependem um do outro, e sabemos como acontecem em muitos casos que no final isso acaba sendo altamente gratificante.
Para entendermos este sistema da educação inclusiva é preciso entender alguns aspectos que o compõem, primeiramente deve ser feito o atendimento aos estudantes portadores de necessidades especiais na vizinhança, atender e propiciar aos professores da classe regular um suporte técnico, perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e processos diferentes, indicar o que deve ser estabelecido, ou que formas criativas de atuação com as crianças portadoras de deficiência, nas quais devem ser feitas.
Esta mesma educação sempre demonstrou ser um fator forte, nos países que quase foram a zero, países que foram totalmente destruídos, estes investimentos na educação, foram de total significância, países como Japão, Alemanha e Itália, sofreram os horrores da guerra. Nosso país é um estado privilegiado, não sofremos com a guerra, o que devemos é aperfeiçoar com a educação inclusiva.
Dentro da educação inclusiva, devemos levar em conta o fator mais importante entre as camadas da educação, ao lidar com alunos especiais o professor estará com crianças talvez levadas, exaltadas, imperativas, e este profissional deve estar preparado para este tipo de situação, e o respeito mutuo fará toda diferença nesses momentos.
Inclusão é muito mais do que simples trocas de espaços; é muito mais do que dizer que a educação especial é um sistema segregador e a escola regular é o local mais adequado para onde todos deverão ir, sem exceção. Inclusão supõe mudanças/transformações, e quando falamos em mudanças, não nos referimos essencialmente à mudança de sistema de ensino, e sim, a movimentos mais profundos, movimentos que repercutam nas questões subjetivas dos professores, suas crenças e valores, seus ideais e suas concepções sobre "como" e "para quem" ensinar.
Na relação professor aluno, deve-se ter o acompanhamento como já foi dito, entretanto o respeito ao ritmo do aluno é de maior importância, isso irá contar pontos lá na frente, quando o mesmo completar idade de fazer cursos técnicos, ou procurar qualquer profissão.
O novo professor do século XXI não é apenas um educador, este profissional da área deve ser principalmente amigo. Criaram-se estereótipos ao decorrer dos anos que o educador era linha dura, nos anos passados poderia ser chamado até de militar, sem exageros, no entanto eram épocas que o regime de educação não tinha a visão que temos hoje, portanto vivemos atualmente num privilégio que nossos pais não tiveram, podemos colocar em pratica a nova dinâmica de educação, que colocaria a educação inclusiva como a principal arma da nova forma de educar e reeducar. Os alunos em si apreenderiam com este método uma nova forma de respeito entre colegas de sala, e aprenderiam que devemos conviver com as diferenças dentro de uma sala de aula, e não apenas dentro do ambiente escolar, mas também no dia a dia.
A educação inclusiva não visa apenas o aluno especial, de inicio até pode ser uma idéia de mudar a educação de um aluno especial, todavia este programa fomenta levantar novas formas de reflexão. O dialogo com toda sala sobre este assunto, é uma forma coerente de educar e trabalhar o psicológico do aluno, levando assim a criança a criar dentro de si alguns conceitos antes não abordados dentro de sala de aula.
Fatores positivos entre as crianças são vistas todos os dias entre palmas e elogios, fazemos a distinção do certo e errado, e são introduzidas na mente da criança novas regras de conduta, que são absorvidas todos os dias pelos futuros cidadãos. Entretanto, há varias crianças que se destacam dentro das instituições, crianças especiais quando se destacam em relação a outras crianças é motivo de alegrias, pois temos um individuo que dotado de esperança, vontade e forças para superar as antigas dificuldades. Tais êxitos normalmente devem-se a reciprocidade entre aluno e professor, o sucesso do aluno especial é quase sempre fruto de um esforço que na maioria das vezes requer anos de empenho e principalmente amor do professor à profissão.
As chamadas classes especiais foi um avanço na educação, isso na década de 80 e 90, entretanto os êxitos no decorrer das etapas seqüenciais não eram muito significativos, isso porém seria pela falta de ajuda especial ou por incluírem estes novos alunos em outras classes não especiais. Muitos destes alunos acabavam desistindo de seus estudos e alguns voltavam para a APAE, e as maiorias deles não terminavam nem o ensino fundamental e são raras exceções em que o aluno conseguia ingressar no mercado de trabalho logo após ter saído da sala de aula, ou até mesmo num curso de nível superior.
O método usado pela educação inclusiva é, acompanhar a criança desde o primeiro dia de aula assim estabelecendo metas de aprendizado ao aluno. A oferta da educação especial é dever do estado, a constituição deixa isso bem clara, e deve dar inicio na faixa etária de zero a seis anos, e isso vai durante toda a educação infantil.
O processo da educação inclusiva pega a fundo neste parâmetro, segundo a constituição Federal de 1988 que elege em seus artigos o direito à cidadania e o direito das pessoas a dignidade, o direito do bem de todos, e isso inclui não ter preconceitos à raça, sexo, cor, idade, e qualquer outra forma de discriminação, esta escrito no artigo 3° inciso IV da constituição. E a forma de discriminação as vezes, parte de dentro da sala de aula, e na educação inclusiva é trabalhada esta forma de cortar este mal do preconceito pela raiz.
Assim se tivermos o estado cumprindo com seus deveres, teremos fatalmente melhores profissionais e de forma mais capacitada a dar suporte ao novo aluno na forma de educação inclusiva que foi o processo criado pelos norte americanos que deu-se inicio no estado da Califórnia com uma política persuasiva que teve sucesso e unanimidade como já foi dito, este sistema que em poucas décadas foi implementado no mundo ou em boa parte dele, e o Brasil foi um dos países que vem adaptando este novo método.
Sabemos que ainda é cedo para falarmos do grande sucesso que pode ser este tipo de educação, no entanto, sabemos que depende muito do estado de cada região que, vive cada individuo portador de necessidades especiais. O sucesso deste trabalho depende do investimento do governo federal, claro que não podemos comparar nosso país com os Estados Unidos, a educação neste pais é levada muito mais a sério do que em toda América do sul.
Felizmente temos em nosso país fundações como a rede SACI e a OPPI (Observatório de políticas públicas de infoinclusão), que atua como facilitadora da comunicação e difusão de informações sobre a deficiência em nosso país, isto é uma grande arma, pois temos órgãos que visam estimular a inclusão na sociedade e a vida social e digital, e a melhor qualidade de vida dos cidadãos com deficiência. Este mesmo programa disponibiliza varias noticias sobre relacionamento e educação especial e assim unindo tecnologia e educação dos usuários dentro do programa.
Trazendo para educação inclusiva temos esses órgãos como grandes aliados, a quem recorrermos. O estado como acontece na maior parte do processo divide os departamentos, assim cada entidade fica responsável ao projeto a ele proposto. Seria demagogia dizer que temos educação excelente em nosso estado ou país. Todavia são órgãos governamentais e não governamentais que na sua maior parte fazem a diferença, quando o negócio é educar e reeducar.
As entidades não governamentais trabalham de forma livre, como um sistema não alienado ao modelo mecânico do processo. A educação inclusiva é transformada a cada processo e indagada em grandes simpósios e palestras de divulgação da educação, a metamorfose é um processo totalmente natural, pois é buscada a melhor forma de educar um aluno especial.
Isso é um trabalho não só governamental, deve ser feito um trabalho de forma ordenada, e quanto mais elementos favoráveis tiverem para realizar tais atividades, mais teremos chance de ter o tão sonhado sucesso dentro da educação inclusiva. O discurso acerca da inclusão de pessoas com deficiência na escola é assunto que diz respeito não só a lideres e dirigentes políticos, mas também principalmente aos meios de comunicação, a divulgação deste trabalho ascendente poderia ser melhor aproveitada dentro do mundo midiático.
O momento da educação inclusiva está também relacionada dentro da propaganda um exemplo disso é no trabalho e nos espaços sociais em geral, tem-se propagado rapidamente entre educadores, familiares, líderes e dirigentes políticos, nas entidades, nos meios de comunicação, é claro isso ainda não é tudo. A grande diferença é propagar e agir instantaneamente.
A inclusão do ponto de vista legal surgiu antes que houvessem formações mais adequadas para os professores, onde se pudesse ter discutido as questões referentes à inclusão para que não houvesse o que hoje encontramos na maioria dos educadores: a barreira da não aceitação. Não aceitação esta, que vem mascarada por jargões do tipo: "não tenho formação", "não tenho conhecimento específico", "não temos materiais e metodologias adequadas", que escondem o preconceito por se ter um ?pré-conceito? de quem são os alunos com necessidades educacionais especiais.
É preciso re(construir) com os professores da possível escola inclusiva o significado de alguns rótulos como deficiência, incapacidade, retardo e tantos outros que fazem parte da história, buscando desvincular a deficiência, da capacidade da pessoa de fazer ser ? ser pessoa, ser capaz, ser feliz ? além de suas dificuldades, pois estas não são o próprio sujeito, mas, representam somente uma parcela de sua constituição humano.
Sabemos que para sucesso dentro deste sistema de educação, tem-se dois parâmetros como já foi dito, o modo de enxergar o sistema e a reciprocidade do educador e o aluno especial. Para a educação, o sujeito com deficiência é um "aluno especial", cujas necessidades principais demandam recursos, equipamentos e níveis de especialização definidos de acordo com a condição física, sensorial ou mental.
O próprio sistema admite que este tipo de educação tem uma série de barreiras que dificulta o processo da inclusão, no entanto há de se colocar idéias para que estejamos, próximos do aperfeiçoamento, e melhoramento deste método de educação em nosso país.
Um dos grandes sucessos é quando o educador tem a visão de que esta tratando de um aluno especial, assim como se o mesmo fosse um paciente, há muitos professores que se destacam dentro da profissão, quando colocam em ação este sistema de aprendizado fazendo com que o aluno tenha vontade de aprender, um aluno especial obviamente não é como os outros alunos, com algumas exceções há raros casos em que o aluno especial se destaca até melhor do que outro aluno, de onde temos crianças consideradas normais.
Na escola inclusiva deve haver uma postura consciente, crítica, significativa e um processo interativo, longe dos papéis tradicionais entre professores e alunos. Os professores aproximam-se dos alunos, tornam-se mediadores na construção de seus conhecimentos. Desta forma, os alunos passam de simples receptores de conhecimento, para autores e atores de sua aprendizagem, na busca da construção de significados e não da absorção de conceitos desconectados da realidade vigente.
Para tanto, a escola adotará uma flexibilidade muito maior em seus vários aspectos metodológicos, ressignificando a avaliação, o processo de ensinar e aprender, o currículo dentre outros aspectos. Estas novas estruturas precisam ser construídas juntamente com os professores, com a equipe técnica, diretiva, com os pais e alunos, ou seja, com a comunidade escolar como um todo. As mudanças precisam refletir uma nova maneira de pensar e fazer educação, dando respostas à voz das necessidades de todos os alunos.
O aluno que lê em braile tem uma rapidez incrível que poucos de nós temos ao tocar algo, o que falta ao aluno especial, por outro lado sobra, assim compensa sua deficiência com um dom adquirido pela falta de alguma coordenação. A educação inclusiva poderia estudar adaptação deste tipo de aluno dentro do projeto da educação para todos.

CONCLUSÃO
Foram trazidas e discutidas diversas formas de como se fazer educação inclusiva, analisando assim o que poderia ser feito de melhor para uma criança que esta começando entender o que é aprendizado, procurei deixar bem claro que tanto educador como aluno, precisam um do outro, em qualquer atividade desenvolvida dentro de uma sala de aula ou fora dela e que temos alunos normais, e alunos especiais, isso requer uma maior desenvoltura do educador, é claro destacando a habilidade do professor em buscar formas de transformar uma aula em que teria tudo pra se tornar desorganizada, em uma aula de sucesso e respeito mutuo do aluno com o professor e vice-versa.
Quando se fala de criança especial não estamos falando apenas daquelas que tem paralisia cerebral, estamos colocando em foco toda deficiência em que a criança encontra-se. O aluno paraplégico, sego, surdo, entre outros exemplos de crianças especiais, em que a dificuldade foi superada graças a um trabalho árduo, que aluno e professor tiveram vontade de mudar a história.
Não trata-se de colocar metas e aventurar-se, entretanto trata-se, de propor ações e medidas que visem garantias aos direitos conquistados à melhoria da qualidade da educação inclusiva. Não falamos de robôs que apertamos o botão e ele executa comandos, e sim falando da quebra da barreira do pré-conceito.
Não espera-se que todos os reeducandos tenham capacidades ou desenvoltura e criatividade para tamanho trabalho, no entanto, espera-se que todos estejamos focados no sentido de vivermos o tempo presente em sintonia com as inesgotáveis metas do conhecimento e convencidos do potencial de sonho de uma escola para todos.
Incluir é incorporar, no currículo visível e naquele que é oculto, a diversidade como um aspecto presente e que deve ser valorizado e não excluído. É entender que não é o aluno que precisa se adaptar a tudo, mas que a escola deve mudar para adaptar-se aos diversos alunos que freqüentam a instituição.
Para que o processo se torne viável e verdadeiro é preciso que o educador acredite na possibilidade que o aluno tem de aprender com as interações realizadas, orientadas pelo princípio do respeito mútuo, e na idéia de que todas podem aprender desde que suas ?portas de entrada para o conhecimento sejam encontradas?, valorizadas e desenvolvidas num Projeto Político Pedagógico democrático que atenda as necessidades individuais de cada um na coletividade educacional.
Inclusão é um processo imprevisto, não existem fórmulas/regras prontas. Existem, sim, algumas certezas, como: homogeneidade na sala de aula não existe, "todos somos iguais", é apenas uma fala bonita para esconder as diferenças. A certeza é de que incluir exige, sim, serviços e recursos de apoio complementar tanto para os professores quanto para os alunos.
Um suporte adequado aos professores e aos alunos é necessário para o bom andamento do processo ensino-aprendizagem. Este suporte supõe uma infra-estrutura de serviços que auxiliem/promovam o processo de inclusão, na forma de parcerias entre professores. Inclusão sem apoio, esta fadada ao fracasso, pois se perde a individualidade e as necessidades, descaracterizando os indivíduos e tornando-os "homogêneos" tendo como "desculpa" o processo da inclusão escolar.

REFERÊNCIAS

http//:criancadiferente.blogspot.com
Universidade ULBRA. Educação Inclusiva;
Universidade ULBRA. Manual dos estágios; Pedagogia. EaD;
Caputo Elisa Maria e Guimarães Marly; Educação inclusiva editora DP&A/ Lamparina.

http://portal.mec.gov.br