Justificativa:
A inclusão social, muito discutida hoje em dia, é fruto das regras normativas da sociedade moderna, justificada como "um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pela falta de classe social, origem geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais." (Wikipédia), torna-se um tema relevante para reflexão de como a sociedade, a política e a educação, discutem e conduzem essa questão.

Introdução:
Ao acompanharmos as transcendências sociais e educacionais, percebemos a influência significativa do capitalismo neoliberalista deteriorando cada vez mais os direitos sociais e trabalhistas, dando margem à exclusão em diversos setores e esferas, principalmente na década de noventa. Em outro ângulo, é crescente a discussão em defesa dos direitos sociais de comunidades discriminadas ao longo da história, sendo por etnia, gênero, deficiência, condição social ou raça. Dessa forma, a defesa da universalização da Educação Básica mobiliza-se mundialmente na forma de medida emergencial e erradicalista das desigualdades sociais.



Desenvolvimento:
Além das mudanças econômicas anunciadas, fala-se hoje em modificações profundas nos processos de trabalho, o que acarreta também alterações nos processos de formação dos sujeitos sociais e conseqüentemente nos processos educativos da nova realidade que
se anuncia. Neste aspecto, novas competências profissionais são exigidas, o mercado de trabalho vem aos poucos se alterando e a partir deste contexto surgem daí implicações para a área de educação e consequentemente para escola, instituição esta, que é parte fundamental desta estrutura social em transformação.
Durante os anos noventa, o Brasil vivenciou reformas significativas, estendidas aos diversos setores da educação, entre elas, a gestão, o financiamento, formação de professores, avaliação, currículo e a inclusão escolar. Acarretando influências nas modificações legislativas educacionais, marcando o processo neoliberal do Estado, definindo em suas políticas, o sentido de "ganhadores" e "perdedores" na aquisição da renda nacional. Partindo dessas reformulações educacionais e estruturais, a posse do governo Lula em 2003, gerou um aumento significativo de verbas e políticas para promoção da inclusão social, objetivando, de acordo com o PT (Partido dos Trabalhadores), o combate aos males socioeconômicos vivenciados pela população de baixo poder aquisitivo, promovendo condições de inclusão social, especialmente aos mais desfavorecidos. Porém, foi apenas o pontapé inicial.
Em nosso país, coexistem dois dilemas: a integração e a inclusão. De certo os moldes de integração voltam-se para os recursos necessários ao indivíduo, enquanto a inclusão assiste esse mesmo indivíduo, intervindo no sistema com meios de apoios e suportes. Essa situação se reflete na escola, onde a dualidade de pensamentos persiste. Citando Rosila Edler Carvalho em seu livro: A Nova LDB e a Educação Especial.pág. 61:"Enquanto o acesso à educação for seletivo, tanto para o ingresso como para a permanência de milhares de alunos na escola, não podemos falar em igualdade de oportunidades educacionais, nem em pleno exercício da cidadania.", nos faz refletir sobre a importância do trabalho em conjunto da ação política, pedagógica, social e todos que fazem parte desse contexto. Uma das intenções da inclusão social é a promoção da cidadania. A escola é a principal difusora da cultura social e suas modificações, por muitas décadas foi direcionada à rigidez de pensamentos culturais, deixado como herança de nossos colonizadores extrativistas, para tanto, as transformações sociais atuais sugerem também, transformações do modo de pensar, agir e atuar na sociedade. O que é vivenciado no cotidiano, muitas vezes, não condiz com as promessas de mudanças assinaladas pelas autoridades. A escola por exemplo, para receber os alunos e suas diferenças, sejam elas de origem cognitivas, de motricidade ou de qualquer outra natureza, deve proporcionar não somente as ferramentas, estruturas e profissionais capacitados, como também é necessário que toda a sua ideologia tenha essa marca de inclusão, pois conta-se com outras barreiras, às vezes o próprio indivíduo a ser incluído traz consigo o não querer, a baixa estima, problemas familiares, etc.


Considerações finais:

A inclusão social tornou-se um movimento social, político, cultural e educacional, defendendo, na escola, o direito de todo educando não ser discriminado, constituindo um dilema educacional baseado na ideia de direitos humanos, trabalhando a diferença, a fim de nivelá-la, avançando para a qualidade social, no sentido de cidadania. Investir na formação do professor e adequar a proposta político-pedagógica da escola, proporcionará o sucesso da escola inclusiva, pois através do conhecimento das necessidades do educando e propostas bem alinhadas, a missão do educador será facilitada em relação à inclusão, inclusive motivará a permanência das crianças na escola.

Referências Bibliográficas:
Rosa, Suely Pereira da Silva; Delou, Cristina Maria Carvalho; Oliveira, Eloiza da Silva Gomes de.et al.Educação Inclusiva. Cutiba:IESDE Brasil S.A., 2009.

___.Wikipedia.Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_social>.acesso em 31/08/2011.

___.Revistas Teias. Disponível em:<http://periodicos.proped.pro.br/index.php?journal=revistateias&page=article&op=viewFile&path[]=822&path[]=634>.acesso em 29/08/2011.

___.Revista eletrônica CEFET MG.Disponível em:<http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/terca_tema3/TerxaTema3Artigo13.pdf>.acesso em 27/08/2011.