Educação Inclusiva ou Excludente

            Convivendo diariamente com a realidade de uma escola pública urbana, porém de um município interiorano, onde a população não passa de dois mil habitantes e que nem por isso está isolado do contexto educacional do país, pois as realidades se assemelham.

            O tema que trazemos para a reflexão é a educação Inclusiva. Sem dúvida é uma evolução e uma  grande conquista para a educação brasileira, a fim de se torná-la  mais igual e humana. A Constituição Fedeal já em seu Art. 05, reza o direto à igualdade de condições de todo o cidadão e do olhar diferenciado que o educador e a escola devem ter em relação as diferenças ali postas.

            Nosso questionamento está na formação dos nossos professores. Os cursos de graduação, atualmente ainda deixam muito a desejar  em seus currículos  quanto a inclusão de disciplinas afins. Não somos preparados para atuar competências nesta área da educação inclusiva em sala regular.

            Acreditamos ser de urgência a necessidade desta formação para todos os educadores nas escolas. São muito frequentes as seguintes perguntas: O que faço com aquele aluno autista na sala, com o meu aluno com deficiência visual  e ou com deficiência intelectual? Nem todas as escolas públicas têm Sala de Recursos Muntifuncional. Muitas têm, porém não dispõem de profissional com habilitação específica para atuar e outras ainda encontram-se com os equipamentos lacrados.

            Constatamos então que a escola, além da equipe de professores, não terem esta formação para atender tais especificidades de demandas em sala regular, ainda não dispõe de profissionais habilitados para atender ao AEE.

            Outro fator que vem dificultar ainda mais este processo de Inclusão trata-se da  estrutura arquitetônica dos prédios, que na maioria das vezes, não oferece acessibilidade alguma.

            Pensamos que a inclusão de fato acontecerá quando a prática e a teoria se somam, andam juntas. Onde todos os entes envolvidos fizerem a sua parte. Quando houver a aplicação de recursos, tanto na construção e ou adaptação das escolas, e na formação continuada específica para educação Inclusiva para todos os professores e até mesmo  para os funcionários das escolas, caso contrário, na nossa percepção, a educação continuará de certa forma sendo excludente.

           

            Profª Marines Tonin Schuster  Gentil/RS, 23 de março de 2015.