INTRODUÇÃO

Nós seres humanos vivemos em um contexto onde a sociedade se despertou para a exclusão social, assim entendemos que as crianças surdas necessitam de uma abordagem bilíngue onde a primeira língua é a língua de sinais, porém compreender os surdos e não velos mais com um olhar preconceituoso, como alguém deficiente, sofredor ou incompleto, e ter uma visão de ser compreendido como alguém que ama, sofre, se diverte e estuda como uma pessoa que não está alheio ao mundo que o cerca.

No decorrer da nossa formação acadêmica do curso de pedagogia, estudados de como e importante os conteúdos que abordam a linguagem na formação das crianças na escolarização, no entanto olhamos com uma preocupação e ao mesmo tempo com uma curiosidade por pesquisar de como ocorre o processo de ensino-aprendizagem de um aluno surdo na educação infantil, onde utiliza uma língua viso-gestual, as libras, enquanto os demais do grupo da sala de aula e do convívio se interagem através da fala.

A nossa visão da relação dos surdos vem se modificando ao longo da historia, de acordo com o autor Chomsky (1971) “todas as crianças possuem características inatas que permitem adquirir e desenvolver a língua da sua comunidade, apesar das crianças nascerem pré-programadas para adquirirem a linguagem, necessitam viver num ambiente linguístico para que o processo seja estimulado”.

Ainda não podendo esquecer que as crianças conhecem o mundo por intermédio da linguagem passando a compreender melhor onde esta interagindo, nesse meio, a criança surda necessita de uma língua que lhe possibilite a integração ao meio no qual ela seja capaz de compreender o que está ao seu redor, em vez de ser uma língua que o impossibilite de ter maior interação com o meio que frequenta.

Quando desde cedo nossos país nos auxiliam e ensinam para que não haja nenhum tipo de descriminação já estamos respeitando as diferenças e nos preparando para as dificuldades que vamos encontrar na vida, assim no nosso cotidiano sempre se deparamos com crianças com alguma deficiência que erguem a cabeça e dão exemplo de como encontram forças para superar os obstáculos.

Além de compreendermos que respeitar as diferenças e as dificuldades que a surdez causa para o desenvolvimento social e educacional desses sujeitos é para encontrar metodologias que auxiliem o processo de ensino e aprendizagem dos surdos, sendo assim um momento importante dessas crianças que é da inclusão.

Onde cada um respeitando seus limites e utilizando a linguagem de sinais no espaço frequentado eles vão aprendendo mais e certamente terão um desenvolvimento melhor. Hoje sãofrequentes as discussões sobre a inclusão de crianças surdas, tem o mesmo direito de frequentar a sala de aula e ainda com um interprete de libras para poder se desenvolver e acompanhar os conteúdos trabalhados em sala.

Com isso prestamos mais atenção de como essa criança adquire a linguagem e de como ocorre o desenvolvimento escolar no contexto da inclusão, temos que compreender e ver a independência do surdo como meio social em que ele está integrado, pois este é um elemento importantíssimo para que haja desenvoltura e que quando houver dificuldades nessa luta consiga superá-la.

Vimos então que compreender e estudar como a linguagem do surdo no contexto da inclusão pode ser tratada justifica essa pesquisa. Nosso objetivo não e só falar sobre a inclusão do surdo na educação infantil, mas sim de levar mais conhecimento e aprendizado para aqueles que não tiveram o direito de entrar numa sala de aula e de ser acompanhado por um interprete de sinais, assim fazendo essa pesquisa em analisar a relevância da linguagem dos surdos incluídos na educação.

CAPITULO I: INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL

Tomando como base neste capítulo fará uma breve síntese a respeito da história da infância e da educação infantil. A infância é denominada o período do nascimento ate por volta dos doze anos de idade.

É nesse período que a criança se desenvolve com um grande avanço e tem mais facilidade no processo de aprendizagem. Os adultos são uma espécie de espelho para eles, que aprendem através de observações que fazem deles, principalmente imitando- os.

Ate o século XVII ás crianças eram predominadascomo um adulto em miniatura, a participação das crianças na sociedade eram vistas como de um adulto, para eles o raciocínios, sentimentos e ações tinham os mesmos valores de um adulto. Com o passar dos anos através de estudos observaram as necessidades das crianças, que necessitavam de mais cuidados, amor, carinho, educação, lazer e proteção para ter um bom desenvolvimento. Sendo assim foram afastadas da vida imprópria que tinham na sociedade, abrindo espaço para ter uma verdadeira infância tendo suas necessidades supridas.

A formação de leis que foram se modificando com o passar dos anos, teve grande influencia e valor para a criança tomar seu espaço na sociedade, sendo considerados e reconhecidos seus direitos como um ser em formação. Segundo a Lei Nº 8.069, De 13 de julho de 1990:

Art.2º Considera- se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa ate doze anos de idade incompleta;

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes a       pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder publico assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes a vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária.

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

(Estatuto da Criança e do Adolescente)

Para concretizar os grandes objetivos que uma escola transfere para a criança precisa muito do papel da família principalmente na educação infantil, onde a cobrança maior dos pais e se o filho está bem cuidado ou se não se machucou esquecendo assim de analisar a parte pedagógica do trabalho do profissional onde a metodologia deve ser construída, levando-se em conta a realidade de cada grupo de criança e a partir das atividades propostas no grupo.

Alguns autores que estudam o período do desenvolvimento humano como é o caso de Áries (1978) relatam que nessa época a criança era retratada nas artes com a forma muito parecida com a do adulto onde só mudava o tamanho dos retratos.

Ainda no desenvolvimento da infância a despreocupação com crianças que era muito pequena era imensa, pois seja pelo grande número de mortes já nosprimeiros dias ou messes de vida. Outro fato muito comum descrito por Áries (1978) era o de que muitas crianças serem enterradas nos jardins das próprias casas, sem nenhuma preocupação ou qualquer incomodação com os corpos das crianças, além de serem vestidas como adultos.

Mas com passar dos tempos ocorreram mudanças principalmente no jeito de vestirem as crianças, mas vale lembrar que essas mudanças ocorreram nas casas das famílias burguesas já que os filhos da população mais carente não mudaram muita coisa. Nesses tempos, a história social da criança relatada por Áries não tinha nenhuma comoção como a que sentimos nos dias de hoje.

CAPITULO II: SURDES E A SUA LINGUAGEM

Neste capitulo, faremos uma síntese sobre oque é a surdez e um pouco sobre a história da linguagem oficial entre os surdos que mudou com o passar dos tempos dando apoio ao processo de inclusão das comunidades surdas ao meio ouvinte. A audição é o sentido mais importante dos seres humanos para inseri-los no mundo, pois nos ajuda a se comunicar e a comunicação humana e de grande valor para o desenvolvimento social.

  1. - SURDES

A surdez consiste na perda maior ou menor da percepção normal dos sons. Verifica-se a existência de vários tipos de pessoas com surdez, de acordo com os diferentes graus da perda de audição.

Pode se considerar dois tipos diferentes dessa deficiência de sentido, parcialmente surdos àqueles que possuem mesmo com deficiência á audição funcional e surdo àquele que a audição não é funcional na vida comum.

O déficit auditivo pode ser definido como:

2.1- Parcialmente surdo (com deficiência auditiva):

  1. a) Pessoa com surdez leve indivíduo que apresenta perda auditiva de até quarenta decibéis. Essa perda impede que o indivíduo perceba igualmente todos os fonemas das palavras tende dificuldade em compreender o que lhe é dito. Além disso, a voz fraca ou distante não é ouvida. Em geral, esse indivíduoé considerado desatento, solicitando frequentemente a repetição daquilo que lhe é falado causando irritação nas pessoas em sua volta.
  2. b) Pessoa com surdez moderada indivíduo que apresenta perda auditiva entre quarenta e setenta decibéis. Esses limites se encontram no nível da percepção da palavra, sendo necessária uma voz de certa intensidade para que seja convenientemente percebida. É frequente o atraso de linguagem e as alterações articulatórias, havendo em alguns casos maiores problemas linguísticos.

[...]