EDUCAÇÃO EM NOVOS TEMPOS OU NOVOS TEMPOS DE EDUCAÇÃO?
Publicado em 23 de novembro de 2009 por Carmem Helane dos Santos Souza
Neste
artigo resolvemos comentar um pouco sobre como anda a educação brasileira, qual
a qualidade que se encontra e quais as nossas expectativas para os próximos
anos. Prestando bem atenção no que se passa em nossas escolas, independente do
lugar em que se encontra, podemos perceber que o processo educativo no Brasil
vem sendo repetitivo por um longo tempo, desde que foi inserido como
obrigatório
Percebemos
que são muitos os problemas que permeiam o processo educacional brasileiro, mas
também são muitas as pessoas preocupadas em solucionar esses problemas.
Contudo, há de se ressaltar que mesmo todos tendo o mesmo objetivo, os
trabalhos realizados são fragmentados e isolados, o que não resulta em uma
resposta positiva quanto à solução dos problemas educacionais.
Há
muita teoria em relação ao que se deve fazer para melhorar a qualidade da
educação brasileira: projetos emergentes; melhora na estrutura física das
instituições de ensino; reivindicações por aumento de salários – quando
atendidas mostram que não seria a solução para os problemas; redução de gastos
do governo para com a educação; aumento de verbas governamentais para a
educação; formação continuada de professores; mudanças de métodos didáticos;
aumento de dias letivos; tempo integral do aluno na escola, além das mudanças
periódicas de nomenclaturas no sistema de ensino. E quais os resultados? São
eles positivos ou negativos? Ou melhor: há algum resultado?
Nada
faz melhorar a educação. Ao contrário: o sistema de ensino brasileiro está em
estado de decomposição. Podemos dizer que se encontra na UTI e não há ninguém
na Saúde brasileira capaz de encontrar um remédio para tirá-la desse estado “de
coma”. Também, como pedir a um profissional da saúde para ajudar a educação, se
nossa saúde também está doente? Então o que podemos fazer para melhorar esse
quadro degradante no qual se encontra o Processo de Educação no Brasil?
Talvez
não sejam reivindicações ou mudanças de nomenclaturas que vão resolver os
problemas da educação, e sim nossas ações, ou seja, nossa postura como
profissionais desse setor; a forma como utilizamos nossos conhecimentos e todos
os aparatos didáticos e metodológicos que configuram o processo educativo. Há
de se compreender que todos nós somos responsáveis pela qualidade do ensino e
do aprendizado de um aluno, e essa qualidade pode ser boa ou ruim, dependendo
de quem ensina e de quem aprende: Professor/ Aluno; Pais/Filhos; Escola/Sociedade.
Mas
como podemos agir? De forma responsável, seria a resposta. Cumprindo nossos
deveres e exigindo nossos direitos. Dessa forma, de nada adianta tantas teorias
de como melhorar a educação brasileira, se não a praticamos. Paulo Freire foi bastante contundente nessa
questão, quando afirmava sempre em seus textos que precisamos TEORIZAR NOSSAS
PRÁTICAS. Melhor dizendo, devemos colocar em prática o que tanto reivindicamos
do governo; o que aprendemos nas salas de aula dos cursos de licenciatura
quando estudamos a disciplina “didática”. Colocar em prática a teoria tão
discutida nos cursos de Pedagogia e principalmente Praticar o que ensinamos aos
nossos Alunos. Mas isso vai resolver? Claro que não, pois, os alunos também
precisam renovar e inovar. Não somente exigir do professor. “Bagunçar”, “Colar”
ou mesmo “Matar aula” não vai torná-lo nem mais esperto que o professor nem
mais inteligente. Nossa inteligência está em nossas atitudes e estas precisam
ser em beneficio de todos. No momento que prejudica alguém, deixa de ser
inteligente.
Assim,
podemos afirmar, a educação poderá sair da UTI quando tivermos o compromisso de
realizar um trabalho coletivo, no qual todos pratiquem suas teorias, seus
conhecimentos, seus objetivos, levando em consideração que devemos ser sábios o
suficiente para irmos além da inclusão, realizando a integração. Afinal, Educação é isso: respeito,
participação, colaboração, compreensão, prática dos direitos, mas também a
prática dos deveres. Portanto, para EDUCARMOS precisamos ir além da transferência
de conteúdos, visto que a EDUCAÇÃO engloba opiniões e atitudes de um indivíduo,
possibilitando ao mesmo sua emancipação social, psicológica, religiosa e
intelectual, transformando-o em uma pessoa crítica e atuante na sociedade da
qual faz parte. Transformando-o
Carmem Appel
Psicopedagoga