A PALAVRA NA ERA DA IMAGEM


A produção de saberes teve grande apoio dos meios de comunicação que proliferaram pelo mundo, levando através da imagem a descoberta dos fatos, num mundo áudio-visual e eletrônico.
A mídia de massa gera atividades numa linguagem de aparências que se vale do poder da sedução, dos mitos ideológicos, provocando desejos, crenças e atitudes que habitam o mundo imaginário do indivíduo, com demandas num mercado globalizado e capitalista.
A escola hoje com espaço delimitado pouco se harmoniza com as modernas tecnologias informacionais. A modernização exige pessoas críticas, ativas, capazes de construírem seus próprios conhecimentos, utilizando o mundo de informações transcritos na imagem como forma de desenvolvimento do espírito crítico e da capacidade de raciocinar.
Enquanto isso, educadores, educandos, dirigentes e a sociedade como um todo navegam no mundo imaginário da imagem, desprezando o hábito da leitura e da escrita. Poucos adolescentes hoje: lêem revista, romances,fotonovelas, textos extensos etc.
Quanto a interpretação, a situação é ainda mais caótica, são muitos os estudantes nas nossos escolas brasileiras que não conseguem interpretar um texto.Esse fraco contato com o mundo das palavras deixa o ser humano perdido na era da informação,já que são rápidas, e o indivíduo preocupado com o mercado consumidor, esquece a leitura e não consegue igualitar com o mundo das transformações. Para nós professores são muitos os desafios, as missões e as responsabilidades, onde os indivíduos sufocados pelas tecnologias buscam respostas a seus questionamentos no meio modificado que o cerca.
Frente a essa globalização podemos encontrar uma parceria entre a palavra e a imagem, interagindo em sala de aula com atividades desafiadoras, textos críticos, revistas, jornais, procurando uma forma dinamizada de leituras, mesclando os textos escritos com o conhecimento de mundo do sujeito, levando em consideração a parte visual.
Sabemos da importância da imagem, mas é preciso lembrar também da palavra, tendo coragem de não aceitar o estabelecido, questionando as verdades prontas e acabadas, propondo uma nova visão, já que a leitura começa com os olhos, mas vai, além disso.







Clenice Paulino da Silva Batista
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