EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO SOCIAL

A educação e seu efeito quanto, a diversidade existente e a bandeira levantada por profissionais da educação que é a inclusão social, estudo este que vai dimensionar o retrato da educação como fator de inclusão, isto é, não podemos falar em educação sem contar a diversidade no Brasil, por sua vez, têm uma política que não compreende que este fator é importante para o desenvolvimento da nação, ao mesmo tempo, que ignorar a política de educação é garantir o poder a quem não tem compromisso com essa e nem outra causa, esta falta incomodam os profissionais da educação.
Levando em conta a democratização do país que tem um pouco mais de duas décadas, a educação teve seus avanços, hoje precisamos na verdade ter um olhar crítico na política de educação, pois esta é de total relevância para o crescimento das pessoas quanto cidadão, respeitando as diversidades e perfazendo um trabalho inclusivo em todas as camadas sociais.
A educação no Brasil passa por mudanças para melhor atender a sociedade, sociedade esta que tanto sofre com as desigualdades sociais contidas neste país, educadores de todo Brasil deliberaram na Conferencia Nacional de Educação, diretrizes que direcionam a educação para um campo mais social, inclusivo e diverso para avanço e desenvolvimento humano, para que daí possamos desfrutar de um Brasil mais justo e inclusivo. É neste sentido que vamos abordar este assunto.
Muitos indagam, que não entende porque que o Brasil não avança, porém é interessante resgatar um pouco da história para entender a problemática EDUCAÇÃO, lembremos que éramos povoados por índios, fomos colonizados por europeus, colonização esta de exploração e não de povoamento como ocorreu nos EUA. Tivemos também a vinda dos negros africanos, que foram trazidos para o trabalho escravo. Partindo deste viés temos um "caldeirão" de culturas e raças distintas que influenciaram e formaram a nação brasileira. A miscigenação da cultura: européia (Católica), africana e indígena, tornou a identidade deste país, retornando ao tema proposto, podemos dividir a educação brasileira em três grandes momentos até os dias atuais. O primeiro momento é o inicio da educação no Brasil promovida pelos Padres Jesuítas por meio da catequese, o segundo momento onde a educação era privilégio de fidalgos (homem) e o terceiro foi o advento da mulher na educação que se deu apenas no século passado.
Incrementando ainda a diversidade na educação não se resume só aos choques culturais e de gêneros, temos também situações geracionais, como, os adultos que estão em busca do tempo perdido, pois não teve oportunidade de estudar quando jovem; a terceira idade com o aumento da expectativa de vida, buscam atividades relacionadas com a educação para sair da rotina; as pessoas com deficiência, que necessitam de acessibilidade para que possam manter dignidade na sua vida, isto exige profissionais qualificados para receber este público.
No mundo dos diversos, quem sai na frente é o profissional da educação que conhece a problemática e com objetividade e perspicácia, corre atrás e se qualifica inovando metodologias e utilizando de ferramentas que torne sua adaptação ao ambiente que está inserido, ao mesmo tempo, que necessitam de um maior suporte das estruturas educacionais para que possa desenvolver seu trabalho com poucas dificuldades. Este educador necessita ter sensibilidade e ser flexível com seus alunos, porque tem que respeitar o limite de cada um, a educação tem um envolvimento maior com a realidade do aluno.
Não tem como falar de inclusão social e diversidade na educação, sem abordar um fato importantíssimo neste conjunto de fatores que é a justiça social, precisamos sensibilizar a sociedade a respeito do senso de justiça, não é justo pleno século XXI, existir certo tipo de situações que é inaceitável, como por exemplo, as crianças que são exploradas para trabalho insalubre e periculosos, alem disso a desigualdade social que assola nosso país, com programas do governo que distribuem dinheiro a população e não obtém controle sobre o desenvolvimento do aluno em sala, estas coisa necessita de um olhar especial na justiça social.
"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." (Paulo Freire)

A justiça social é fator preponderante para inclusão, incluir os que estão a margens da sociedade é um papel das políticas públicas, necessitando de um maior acompanhamento dos órgãos de controle social, isto é, se estes não forem coitos políticos, cartas marcadas, e principalmente formulação de políticas publicas de inclusão, no qual, toda sociedade seja inserida e tome os espaços necessários para o crescimento do país e para evolução para educação. No século passado na democratização do Brasil tivemos uma nova perspectiva para educação, seria a educação para todos, pois a educação era resumida a poucos e seus profissionais eram formatadores de opinião, e a esquerda lutava intensamente para a inclusão de todos os alunos "normais" nas salas de aula.
Hoje, a luta é outra, pois pesquisa de 2006 do Data Folha, apenas 2% das crianças estavam fora das escolas, ao mesmo tempo em que os 98% que estão ativamente estudando, recebem um ensino que não é o ideal para sua formação, para seu intelecto, ensino este que não estimula o conhecimento para a vida, e sim a avaliação e freqüência para serem aprovados, logo, os campos políticos precisam se mobilizar para levantar a bandeira do ensino de qualidade, e logicamente que a escola publica seja uma porta de inclusão para todos, seja pessoas com deficiências, terceira idade, jovens, adultos, crianças, homossexuais. Esta busca pela inclusão fará com que cada pessoa tenha a escola como propriedade individual, para daí, saltarmos a um patamar maior e realmente fazer uma educação decente.
"Desigualdade é tratar igualmente os desiguais na medida em que se desigualam". (Rui Barbosa)

Inclusão social que tanto é discutida, pois a inclusão de pessoas com deficiência era feito por instituições filantrópicas, sem fins lucrativos, porque a rede regular de ensino não tinha estrutura muito menos profissionais capacitados para trabalhar com este público, logo no campo das políticas públicas através da integração entre conselhos de direitos "controle social", levantaram-se esta bandeira que obriga as escolas de ensino regular matricular alunos com deficiência na rede, logo, desestabilizando as instituições que cumpriram durante muito tempo este papel, mas a tempo que necessita de um trabalho na sociedade que será o próximo problema a ser enfrentada pelas escolas que é o preconceito existente, nossa sociedade é preconceituosa que consequentemente transmite isto a seus filhos, que breve estará compartilhando a sala de aula com alunos deficientes.
Diante disso observamos a celeuma que isto vai fazer com o sistema de ensino, mas na verdade era necessário dar o primeiro passo, e se ajustar aos quadros que forem se apresentando, esta inclusão de diversos no mesmo ambiente é uma forma sensacional de trabalhamos a educação, tendo uma perspectiva de futuro desenvolvido, além de observamos outros setores das políticas que será beneficiado, porque na realidade todos nós temos problemas.
Percebendo que a sociedade está gradativamente diminuindo seus preconceitos, ainda sentimos falta de políticas eficientes que trabalhem este fator, tudo bem que neste século XXI, foi implantado políticas de cotas na universidade, para facilitar a entrada de quem vive as margens da sociedade num campus universitário, lógico que isto tornou uma instabilidade em movimentos sociais, universidades, política e outros campos, porque alguns se indagavam se isto não seria uma forma de escancarar a porta da discriminação, enquanto outra corrente leva esta atitude como justiça social, sim, porque é incomparável uma pessoa que estudou em escolas particulares para concorrer com pessoas que estudam em escolas públicas, ensino sem qualidade, alem da realidade difícil em seu ambiente.
No Brasil, a Constituição de 1988, assim como a LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) destacam a importância e urgência de promover-se a inclusão educacional como elemento formador da nacionalidade. Os sistemas educacionais federais, estaduais e municipais, assim como a rede privada de escolas têm envidado esforços no sentido de operacionalizar os dispositivos legais que exigem ou amparam iniciativas no caminho da inclusão escolar.
Assim, analisamos que com uma maior atuação política em conjunto com os órgãos de controle social, a inclusão social dos diferentes é possível, evidente que necessitaríamos de uma aplicação da educação como um todo, desde os funcionários a estrutura escolar, certo de que para o efetivo sucesso desta problemática venha junto com a quebra de paradigmas, como, discriminação, da sociedade, pois desta forma acreditamos que a educação inclusiva nos dê bons frutos para uma nação mais humana e que resgate a dignidade de todos e todas.