* Samira Borges de Oliveira A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PRECISA ATENDER A INOVAÇÃO DA NOVA GERAÇÃO São diversos os conhecimentos pelo processo de informatização onde são intesificados ao processo de globalização, que atingem os diversos níveis da sociedade, com produções das várias alterações, estendendo aos sistemas econômicos, comportamentos, modo de consumo até a percepção do mundo e da realidade e, principalmente, o modo de conhecer e aprender. Haja vista, de que a informática, um dos exemplos, enquanto conjunto tecnológico, onde têm causado debates, análises, questionamentos sobre como operar essa tecnologia e como integrá-la aos processos educativos. São ensaios que buscam observar como o processo educativo a distância se estabelece em suas relações metodológicas e didáticas diante das interferências dos ambientes virtuais. Tendo em vista, a necessidade do conceito de Educação a Distância, interagindo e socializando como análise primeira a dicotomia física entre professor e aluno e os desafios ou dificuldades que os ambientes virtuais trazem a essa modalidade de ensino. Têm como objetivo, dentro das perspectivas de alguns desafios, uma análise das relações técnico-pedagógicas, a partir da compreensão de que não basta codificar um conjunto de saberes em ambientes virtuais para que se estabeleça uma relação pedagógica de ensino, mas que é necessário, também, estabelecer, sistematizar e organizar metodologias e didáticas específicas para a interação dos envolvidos no processo, a saber, professor e aluno. Sabedores, de que, se faz necessário uma reflexão sobre o papel do professor e do aluno diante dos novos desafios que se apresentam, buscando perceber que as metodologias e didáticas postas em prática nesses ambientes devem ser pensadas a partir de pressupostos metodológicos necessários. Tendo como intenção maior, portanto, é verificar algumas relações necessárias que, acredita-se, possam colaborar com o entendimento dos processos educativos da Educação a Distância, procurando fornecer algumas reflexões e alguns subsídios à sua compreensão a partir do uso de ambientes virtuais. 1. O Ensino-aprendizagem a distancia e a importância dos ambientes virtuais As tecnologias de informação e de comunicação passam a fazer parte não apenas do contexto científico e tecnológico, mas também ultrapassam outras instâncias da sociedade (AMARILLA, 2008). As mudanças e os fenômenos ocasionados pelo processo de informatização intensificam o processo de globalização e atingem os diversos níveis da sociedade, produzindo várias alterações: desde os sistemas econômicos voltados para o mercado até os comportamentos, o modo de consumo, a percepção do mundo e da realidade e, principalmente, o modo de conhecer e aprender, e os primeiros computadores começam fazer parte destes avanços a partir da década de 1940. São mudanças e os fenômenos ocorridos pelo processo de informatização, onde expandem com o processo de globalização e atingem os diversos níveis da sociedade, produzindo várias alterações: desde os sistemas econômicos voltados para o mercado até os comportamentos, o modo de consumo, a percepção do mundo e da realidade e, principalmente, o modo de conhecer e aprender.Tendo em vista, de que, o processo de digitalização de dados vem a ser um instrumento de criação para o desenvolvimento de um novo espaço de comunicação, organização, socialização, transformação e aquisição de conhecimento da sociedade (LÉVY, 1999, p. 32). Tendo como início os suportes digitais como disquetes, disco rígidos, fitas magnéticas, CD-Roms, DVDs, etc. e aos suportes lógicos, como os aplicativos de criação de textos, imagens, sons; de sistematização de banco de dados, planilhas; de simulação, ambientes de apoio à decisão, cria-se um universo, um novo movimento sociocultural que invade as instâncias culturais, políticas e produtivas da ação humana.Dessa maneira,foram criados sistemas, dispositivos interativos, redes, hipertextos, signos, ramificando um "hiperespaço" de informações universais que eclodiu nos anos 1990 como o "ciberespaço", em que os ambientes virtuais são as bases fundamentais para o acesso a esse novo universo. As interações e socializações dos ambientes virtuais postos em rede são interconectados e acessíveis a partir de qualquer computador conectado à rede, formando, assim, não apenas um conjunto de computadores conectados entre si, mas também viabilizando uma memória coletiva distributiva e distribuída, cuja definição ultrapassa a singularidade de um ponto qualquer disperso no espaço e no tempo e atinge a concepção de uma rede complexa. Sendo como complexidade essa que não se explica pelos limites nem pela disjunção das partes, senão pela própria unidade da qual essa mesma complexidade faz parte, em que o centro e a circunscrição dessa memória coletiva não podem ser delimitados por si mesmos, mas compreendidos pela sua unidade, dispersa e inacabada, sem limites, sem contornos. Toda uma perspectiva, têm uma complexidade que abrange a rede de computadores surge também como memórias virtuais que ultrapassaram as funções técnicas, para operar o desenvolvimento de um conjunto de autonomias individuais humanas, de participações comunitárias e do sentimento de pertencer a um tecnocosmo: o "ciberespaço". Para Lévy (1999, p. 193), o ciberespaço forma a infraestrutura essencial, neste momento da história da humanidade, para exploração "dos recursos das capacidades humanas" por uma criatividade distribuída e incessante que não pode ser separada dos aspectos sociais e técnicos. O ciberespaço, a nau, o timoneiro, o navegador e o capitão "Neste mar de conhecimento que a cibercultura traz à realidade, o professor assume o papel dos Argonautas que levam Jasão em busca do velo de ouro. No entanto, a nau que ele comanda não decide os rumos das aprendizagens, pois, o velo de ouro não esta em si mesmo na rota de sua nau, está na alma daqueles que o procura para navegar neste mar sem fim." (Porfirio Amarilla, inédito). Sendo que metáfora citada acima não é sem propósito. O conceito de cibernética, usado por Weiner, tem origem no termo grego kyberentes, que significa "timoneiro", "leme", isto é, aquele que controla o curso da embarcação, preocupando-se com a manutenção da rota, de se preservar no rumo dos destinos traçados. No entanto, na hierarquia do navio, o timoneiro é apenas um cumpridor de ordens, não decide nem controla o curso da embarcação, controla apenas o navio. Entendedores, de que a cibernética, é definida de que , designa controle e comunicação nos organismos ou nas máquinas . Conhecedores, de que, foi por extensão, que o termo usado por Weiner passou a designar quaisquer sistemas mecânicos ou simuladores dos comportamentos complexos dos seres vivos (robôs, programas inteligentes, de auto aprendizagens ou capazes de adaptações, etc.).Haja vista, de que, na gênese do primeiro computador, em 1946, o ENIAC, e do conceito de armazenamento de dados, em 1948, por Neumann, a informática e a cibernética se entrelaçam para compor o computador como um instrumento naturalmente cibernético e informacional. Porém, dessa maneira, se, por um lado, a entrada e a saída de informação são transformadas em mensagens pela informática; por outro, é a máquina que controla e viabiliza o fluxo de informação acessível. Através do advento das redes de comunicação informacionais, favo recidas pelo processo de digitalização, memorização e comunicação, o prefixo ciber recebeu nova extensão, a saber, espaço. O termo ciberespaço, usado pela primeira vez por Gibson em seu romance Neuromancer, em 1984, designa uma nova fronteira econômica e cultural, em que um universo de redes digitais se estrutura para operar e controlar o fluxo de informação. Para Lévy, o ciberespaço é "o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores" (1999, p. 92), ou seja, uma das principais características é o acesso remoto aos diversos recursos em outro computador, formando, assim, um "mar" vastíssimo de informações acessíveis. Entendedores, de que, a figura do navegador aconteceu como aquele que traça as rotas, que verifica os mares e os destinos que o timoneiro deve seguir. Portanto, é o navegador quem traçará os destinos e os objetivos da aventura, quem lê os mapas, calcula o tempo de viagem. Sendo que a metáfora é completada com a figura do capitão, termo derivado do latim caput, aquele que comanda a nau, a cabeça de toda navegação, conhecedor não apenas da nau que comanda, mas também, pela experiência, dos mares navegáveis e dos portos. E o possuidor da ciência, a razão, atento ao horizonte, aos ventos, favoráveis ou não, às tempestades, aos recifes, que mantém a ordem do navio. É aquele que "anima" a tripulação, que eleva o seu moral. Enfim, é o homem que põe prumo à navegação. È observado, de que o mar, a nau, o timoneiro, o navegador e o capitão procuram apresentar as relações necessárias à Educação a Distância quando se trata de compreender o papel de cada envolvido no processo educativo. O mar, o ciberespaço, torna-se o universo dos conhecimentos humanos postos de modo flutuante, esparramados, sem volume nem circunscritos. O timoneiro, a tecnologia, quem guia o navegador para o destino traçado, sua função é apenas de levá-lo ao destino desejado, de se manter na rota. A nau, os ambientes virtuais, que se limitam aos objetivos almejados e à eficácia da sua arquitetura para suportar os recursos propostos. Tendo em vista, de que , por último, o navegador, o aluno, aquele que procura percorrer esse universo cujo destino é traçado por si mesmo, quem busca o saber; e, por fim, o capitão, o professor, aquele que dá conta do universo de conhecimento, do uso da tecnologia, dos ambientes virtuais e da orientação e animação do aluno ao saber, ao navegar. 2. Como acontece o processo ensino-aprendizagem da Educação a Distância Existe uma análise a seguir, onde procura o entendimento de um processo da Educação a Distância a partir de uma proposta fundamental para a construção do processo de formação do homem em seu contexto, a saber: a práxis. Apresenta-se, uma definição, de que a educação navega por dois domínios: o primeiro, o prático-utilitário; o segundo, o humano, em que a autonomia é seu maior expoente. O primeiro visa a construir no homem um conjunto de saberes que lhe será útil no decorrer da sua existência, tornando-o apto a operar as dificuldades e as exigências que a sociedade lhe impõe. O segundo quer torná-lo capaz de exercer seu próprio domínio, de modo que reconheça em si a própria liberdade; que transcenda situações e opções de escolhas pessoais tendo em vista o outro, para que possa agir e pensar em conjunto com outros homens (SAVIANI, 2002, p. 37-38). Haja vista, de que dessa maneira , a educação têm como papel para capacitação do homem não no sentido de apenas prepará-lo para uma existência e a sua preservação no ser, mas também no sentido de valorizar o humano diante de uma realidade concreta. A relação dialética que se estabelece a partir desses domínios tem dois elementos necessários: a realidade, enquanto o homem está situado em seu meio; e a capacidade do homem de pensar a própria realidade. Onde, certamente o homem se faz ser histórico, social e datado que perpassa por um contexto determinado, do qual e no qual ele produz seu modo de existir, ao mesmo tempo que produz seu conhecimento, suas relações sociais e seus valores culturais. De acordo, com Paulo Freire, educar é um processo dialético entre o ensinar e o ser ensinado, em que "quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado" (1997, p. 25). O pensamento dele, é de que, educar é compreender que, como ser histórico e posto no mundo, o educador faz parte do conhecimento, mas que também desconhece. Partindo, disso, que "seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento que ainda não existe" (FREIRE, 1997, p. 31). Na esteira do pensamento dialético marxista, Freire compreende que a realidade não é jamais apreendida de modo cristalizado, ela é conhecida por meio do processo de produção que engendra as ações humanas. Existem dois movimentos de Marx estão na origem dessa compreensão; primeiro, a especificidade da existência humana, a práxis; segundo, a possibilidade de o homem conhecer sua realidade objetiva. Se aquilo que é próprio da existência humana está caracterizado pela práxis, portanto, constituído pela necessidade e pelo trabalho, não há como tornar compreensível essa existência sem considerar a realidade objetiva do sujeito. Onde existe uma realidade objetiva, a partir da possibilidade de o homem conhecê-la, é que guia, além do processo de aprendizagem, também o processo de ensino. Entendedores, de que, se o processo de ensino-aprendizagem se constrói a partir da práxis, ou seja, em um sujeito histórico-social datado, e da possibilidade de o homem conhecer sua realidade objetiva, então, todo o esforço do homem em produzir meios de comunicação que vençam a distância como modo de operar sua realidade não pode ser negado ou negligenciado pela educação. Se as tecnologias de comunicação se inserem no contexto da existência humana e servem de suporte para a construção da realidade, como cartas, telégrafo, televisão, vídeos, computadores, etc., a educação, portanto, não pode abster-se de pensar, de promover e de utilizar tais tecnologias, desde que elas colaborem para aquele intuito primeiro, retomando, a promoção do homem no sentido de liberdade, autonomia e colaboração. Acontece o contraposto da educação depositária, Freire aponta para uma educação que liberte o homem por meio de reflexões e ações emancipadoras (PESCE, 2008). Assim, quando se fala em educação e, principalmente, em Educação a Distância, tem-se que a sua concepção se dá, também, a partir da compreensão de que é da realidade objetiva que os homens pensam os processos educativos. Tal movimento é fundamental à construção do processo ensino-aprendizagem com que a Educação a Distância se propõe colaborar, pois é desse movimento que a dicotomia física entre aluno e professor começa ser pensada e vencida, integrando um e outro ao processo ensino-aprendizagem. Tendo em vista, de que o Educar a distância é, portanto, utilizar todos os recursos necessários de comunicação, metodológicos e didáticos para que o processo ensino-aprendizagem se realize sem a integração espacial e temporal síncrona entre aluno e professor, "a fim de refutar a mesmice reprodutora do modus vivendi" (PESCE, 2008). De acordo com essa perspectiva, o sentido de "distância", dentro de um de processo de ensino-aprendizagem, pode ser entendido a partir de três relações: a distância entre professor-aluno, aluno-aluno, aluno-material (embora, cabe ressaltar, o termo "distância" tenha, dentro desse processo, uma definição relativa, pois a sensação de distância tem a mesma métrica que a distância espacial, isto é, um aluno, um professor, embora presente, pode estar mais distante dos seus pares do que aqueles ausentes). Todavia, o que dá sentido à Educação a Distância não é a dicotomia espacial e temporal, mas, ao contrário, sua capacidade de diminuir tal separação. O sentido, de que é, dado em determinado processo não é o fato de Rondônia estar distante de São Paulo cerca de 3 mil quilômetros, mas o fato de que essa distância pode ser diminuída por meio de tecnologias, a favor do processo educativo, e aqui está a essência da Educação a Distância. O fator que determina, é que a Educação a Distância implica uma dicotomia entre as tarefas dos processos de ensinar (estrutura organizacional, planejamento, concepção metodológica, produção de materiais) e dos processos de aprender (características e necessidades dos estudantes, modos e condições de estudos, níveis de motivação, etc.). Contudo, isso não significa que a Educação a Distância não possa diminuir as relações espaciais a favor do processo ensino-aprendizagem, ao contrário, definir o conceito de Educação a Distância e sua compreensão como modo de ensino é mais que defini-la como uma atividade de ensino e aprendizado sem que haja a proximidade física entre professor e aluno, aluno e aluno. Tendo em vista, de que, a Educação a Distância requer a compreensão de que é um processo de ensino-aprendizagem apontado para uma só dimensão: a proximidade do aluno, não no sentido espaço-temporal, mas no sentido do exercício da autonomia, da participação e da colaboração no processo ensino-aprendizagem. Sendo que o aluno motivado e "próximo" o foco principal de tal processo, a partir do conhecimento de suas características socioculturais, das suas experiências e demandas. Dessa maneira, se, por um lado, é intuito da Educação a Distância integrar e possibilitar um conjunto de técnicas, metodologias, didáticas e meios de comunicação que promovam, a partir da realidade do aluno, a autonomia e a autoaprendizagem; por outro, é necessário que tenha como diretrizes e suporte a eficiência do ensino e a interação das relações aluno -professor, aluno-aluno (PESCE, 2008, p, 33). Porém, é percebido, de que, há uma reconfiguração no modo de produzir e explicitar o conhecimento. È visto, de que, o fato, é que o termo "distância" se esgota em sua concepção a partir do que é a rede de computadores e o que é a cibercultura, que se forma ao redor dela. Na história da humanidade, pela primeira vez, qualquer indivíduo pode publicar ou acessar qualquer informação ou dado, sob os mais diversos formatos e modulações, em tempo real e em qualquer espaço, adicionando ou abstraindo dali as próprias aprendizagens (LEMOS, 2007, p. 126). Diante, desse panorama, o termo "distância" perde seu valor conceitual de espaço e tempo tradicional para ganhar uma nova dimensão. Aqui, a Educação a Distância não pode ser comparada ou diferenciada pela sua relação espacial ou temporal, mas apenas pela dialética construtiva do conhecimento (ensinar-aprendendo e aprender-ensinando), que tem como fundamento a necessidade de existência e a necessidade de trabalho do homem. Dialética essa definida apenas pelos movimentos intrínsecos de conhecer, reconhecer/ensinar, aprender, que se estabelecem pelas possibilidades de produção e construção do conhecimento que a educação como um todo cria. De acordo, com esse modo, a Educação a Distância pode ser compreendida não apenas pela distância física entre professor e aluno, mas como um ensino aberto, flexível e formativo que se estabelece: a) por uma dicotomia temporal e espacial que pode ser superada pelas tecnologias humanas; b) visando à integração e à interação dos processos de ensino-aprendizagem por meio de processos metodológicos e didáticos específicos; c) por meio de alunos históricos, sociais e datados, que buscam o conhecimento a partir da própria leitura da realidade, tomando para si "conhecer" pelo meio de comunicação e processos que lhes convêm. Ao definir ou comparar a Educação a Distância a partir de conceitos tradicionais de educação não revela a dialética construtiva do conhecimento (ensinar-aprendendo e aprender-ensinando). Dialética essa definida apenas pelos movimentos intrínsecos de conhecer, reconhecer/ensinar, aprender, que se estabelecem pelas possibilidades de produção e construção do conhecimento que a educação como um todo cria. 3. Na Educação a Distância deve ser feito a reflexão sobre os desafios Os estudos sobre este tema, têm como objetivo de não somente esgotar todos os desafios, porém, apenas trazer à reflexão alguns deles, ou seja, apenas refletir sobre alguns problemas que a interação tecnologia e educação apresenta à Educação a Distância. Acreditar que os desafios para a Educação a Distância se colocam em três instâncias: i) no processo ensino-aprendizagem, ao escolher de recursos, planejamento e sistematização de metodologias e de didáticas; ii) entendendo de que o professor como profissional que exerce a ligação da primeira à última instância; e iii) onde o aluno como sujeito de toda ação da Educação a Distância. De imediato, as tecnologias levantam diversas questões, mas talvez as mais emergentes sejam aquelas que se relacionam ao processo técnico-pedagógico. Na segunda, acredita-se que três elementos são fundamentais para a compreensão das dificuldades encontradas pelo professor. Entendendo em primeiro, entender a capacidade de produção, compreensão e gestão do conhecimento. Segundo, a compreensão do próprio papel do professor dentro do processo de ensino, da sua importância não apenas como mediador, facilitador, orientador do processo educativo, mas como animador e criador de possibilidades de aprendizagens. Tendo em vista, de que por último, para o aluno, é a compreensão de que ele não faz mais parte de um modelo que recebe o conhecimento pronto, mastigado, orientado; mas que, em si mesmo, ele é o próprio construtor do seu conhecimento, cujo desafio é a percepção necessária da própria autonomia, da autodeterminação e da autodisciplina. 3.1.No processo ensino-aprendizagem, acontece a interação e socialização com relação ao técnico-pedagógica O processo ensino-aprendizagem, inicia com a inserção de ambientes virtuais na Educação a Distância, onde ocorre uma nova preocupação para as práticas educacionais: com a necessidade de garantir dupla qualidade, a saber, pedagógica e técnica, quando se trata de ambientação virtual do ensino. Segundo Belloni (2006), À medida que as escolhas de ambientes virtuais (CDRom, salas virtuais, fóruns, e-mail, etc.) são feitas e passam a dar forma ao alcance da Educação a Distância, tais escolhas tornam essa modalidade de ensino muito mais dependente dos meios tecnológicos que o outro modelo de ensino. Haja vista, de que existe uma implicação ao longo processo de preparação, planejamento, realização, pois, de fato, o que se espera é que os conteúdos sejam postos regularmente, assim como que as atividades, as respostas ou as avaliações cheguem a um tempo "curto", pois, este tempo é que influenciará o processo de ensino-aprendizagem (2006, p. 54). Quando existem os ambientes virtuais em que se pensa realizar um curso, uma aula, são coeficientes necessários para a gestão das condições de acesso e eficiência do processo pedagógico. Conforme o ponto de vista pedagógico, o desafio está nas escolhas de ambientes virtuais que privilegiem não apenas a exposição de conteúdos, mas também a interação e a colaboração coletivas no processo de ensino-aprendizagem. A Educação a Distância recebeu um ânimo, no início do advento da rede de informação trouxe para essa modalidade de ensino o conceito de "comunidade cooperativa" do conhecimento, em que, sendo um conhecimento, a construir não apenas pela via professor-aluno, porém, através da via aluno-aluno e por uma memória coletiva mais acessível. As experiências do próprios alunos é que são privilegiadas com relação ao conhecimento desejado, a capacidade de interpretação de uma problemática, a interação entre a comunidade, a pesquisa que se desenvolve a partir de temas orientados pelo professor. De acordo com, MORAN, o conceito de comunidade de aprendizagem implica um deslocamento do professor e do conteúdo para o grupo, que participa, se envolve, pesquisa, interage, cria, com a mediação de algum orientador. Esta situação é nova seja no presencial como no virtual. É para ela que caminhamos em todos os níveis do ensino, porque supõe um avanço teórico e metodológico. (MORAN, 2007) Com relação a esse sentido, a comunidade cooperativa é o código genético do saber; é ela que tece o conjunto de cadeias genéticas do saber que, por meio da transcrição das mensagens de estímulos, operará e produzirá os "condões" do seu próprio conhecimento, em que o ciberespaço é "o suporte da inteligência coletiva, tanto em sua faceta coletiva como em seu aspecto social" (LÉVY, 1999, p. 207). O desafio que se tem é saber dosar uma pedagogia que foque a importância da leitura, da pesquisa e da compreensão do conteúdo, ao mesmo tempo que propicie a construção do conhecimento de modo colaborativo e comunitário em ambientes virtuais. Entendedores, de que do ponto de vista técnico, não basta codificar um conjunto de saberes em determinado ambiente virtual, é preciso ter em conta a acessibilidade técnica e a eficácia pedagógica. Além disso, é preciso ter em conta que é por meio do ambiente escolhido que se deverá planejar e delimitar o alcance do processo de ensino objetivado. Conforme Alava (2007), "a situação de ensino será, ela mesma, mediatizada pela interação recebida e construída entre a gestão da condução do ensino próprio ao aluno e a interação do dispositivo mediático nesta gestão". Sabedores, de que, cada uma daquelas tecnologias aplicadas exige do aluno e do professor comportamentos sociais e organizações específicas ao uso das potencialidades propostas. Temos como exemplo, um aluno, ao se reunir em uma sala de aula junto a outros alunos para assistir a uma vídeo aula coordenada por um tutor, requer um comportamento social do aluno diferenciado daquele que, em um quarto isolado, o aluno acessa salas virtuais. Existe, a interação social se diferencia da outra modalidade, por isso, os modelos didático-pedagógicos têm de ser pensados também a partir dos modos de acesso tecnológicos. Uma das ferramentas pedagógicas é o processo de ambientação virtual do ensino, onde cria um conjunto de ações com características próprias ao acesso e à leitura dos conteúdos, que requerem a gestão da ambientação para a condução do ensino ao aluno. Existe uma compreensão, em que não encerra as questões técnico-pedagógicas em relação à Educação a Distância, ao contrário, à medida que se abrem soluções, abrem-se também novos desafios. Haja vista, de que, é percebido de fato um dinamismo trazido pelos ambientes virtuais à Educação a Distância alimenta a necessidade de inovar e ponderar inovações a partir da relação técnico-pedagógica, invocando, ao mesmo tempo, o favorecimento de modelos eficientes de ensino-aprendizagem estruturados nas tecnologias, mas que não afasta, de modo algum, o pedagógico como elemento fundamental para a contribuição do sucesso do aluno (ALAVA, 2002, p. 247). Entendedores, de que, em geral, na utilização de ambientes virtuais, percebem-se movimentos didáticos expositivos, depositários, em detrimento da interação e da colaboração do aluno à participação na construção do conhecimento. Fala-se muito em ambientes de aprendizagens virtuais, salas virtuais, videoaulas, programas de aprendizagens, entre outros. Todavia, a forma como esses ambientes têm sido operados não dá margem à participação efetiva do sujeito, o aluno, na organização e direção do aprendizado.Tendo em visa, de que , o salto que se deve dar para a viabilização da acessibilidade técnica e a eficácia pedagógica é a compreensão de um espaço físico estático (tradicional) para um espaço físico movente (revolucionário), caracterizado por um território informacional distinto do território físico do aluno, o que torna a aprendizagem rica em possibilidades. O uso de chats, fóruns, listas de discussão são apenas um dos diversos ambientes virtuais disponibilizados para o acesso. Hoje, até mesmo um telefone celular se torna ambiente privilegiado para a aprendizagem. Existe uma importância para reforçar a ideia de que não se trata, portanto, de adaptação de uma pedagogia aos modelos de ensino presenciais, por meio de técnicas, à aplicação da Educação a Distância. Trata-se de perceber as tecnologias de informação e comunicação como parte de uma revolução científica que repercute como revolução tecnológica que perturba, modifica ou transforma o modo como o homem tem acesso ao conhecimento, à apreensão e representação da sua realidade, às relações sociais e como ele se vê e interage diante dessa mesma realidade (MORAN, 1999, p. 33). 3.2. As tecnologias é um dos instrumentos animador do ensino- aprendizagem As tecnologias da informática é um dispor de meros instrumentos para manejo de algumas ações humanas (SETZER, 2001, p. 131,) e dizer que sua compreensão encerra-se no domínio das ferramentas não colaboram para a reflexão sobre o papel do professor diante de ambientes virtuais, que exigem não apenas a compreensão utilitária dessas tecnologias, mas também a inteligibilidade de que tais tecnologias se inserem em um processo histórico do conhecimento humano.Tendo em vista, de que, se antes se compunha como necessidade o professor ser mediador, facilitador, orientador, pesquisador de aprendizagens, hoje tais características não podem ser excluídas ao se pensar o que ele é. Em sua essência, o "ser" professor traz em si mesmo essas características. Percebe-se que não é possível concebê-lo sem que assim o seja, isto é, mediador, facilitador, orientador e pesquisador. No entanto, a inserção das tecnologias como um universo que comporta e promove o conhecimento, e invade as instâncias sociais como um modo de "expressão cultural", adianta-se sobre as suas habilidades e competências, exigindo dele modificações no modo de gerir o próprio conhecimento e o processo de ensino. Portanto,o professor, dentro de um novo contexto, aqui entendido como "processual e histórico", vem a ser um animador do saber (LÉVY, 1999, p. 171). São as culturas, às aprendizagens, que cria possibilidades de aprendizagens e possibilidades à construção. Haja vista, de que, o professor como potência ativa de saberes (1999, p. 99), aquele que anima a mente do aluno ao conhecimento, à cm saber crítico diante dos desafios que a atualidade lhe apresenta. Onde o papel do "professor animador do saber" é aquele que se move junto com o aluno ao saber e à análise crítica do próprio saber. Apresenta o que sabe que é preciso se conhecer como humano. É aquele que não faz surgir respostas para os problemas, mas as problemáticas, suas relações, as interdependências, as totalidades. Onde o mesmo, se faz autônomo no saber, mas dependente da necessidade de saber "junto" com o outro; que faz crescer as incertezas sobre as instituições, os indivíduos e que provoca a si mesmo, interrogando-se sobre outras possibilidades. O professor animador revela ao aluno não o conhecido, mas aponta para o desconhecido. Conhecedores, deve ser ressaltado que a necessidade de "saber junto" amplia a potencialidade interativa entre professor-aluno e aluno-aluno, facilitada pela comunicação informacional, diminuindo a distância dos interlocutores. Contudo, não é suficiente apenas os ambientes virtuais para que se estabeleçam os processos comunicativos e interativos entre professoraluno e aluno-aluno. Anteriormente, precisa ser criado possibilidades que favoreçam a aprendizagem em sua totalidade, em que o diálogo seja multilateral e seja ânimo à "curiosidade" do aprender. Precisa ser resltado, de que a concepção do professor, devendo o mesmo ser diariamente relevante ao conhecimento apresentado, com organização para estar aberto a reflexão da aprendizagem e do conhecimento não apenas em si mesmo, mas também no aluno, a ponto de que possa também aprender com as experiências que cada um traz. O papel do professor, na sua formação, requer modelar-se pelo devir (como potência ativa em atualização), abrindo-se ao novo, ao incerto, ao risco. Não se dominando pelo "deixar vir", mas pelo ideal de uma educação que se revoluciona e requer a defesa de ideias emancipadoras, reflexivas e solidárias (PESCE, 2008). Essas exigências solicitam do professor a aquisição de novos conhecimentos, novas habilidades e novos métodos de ensino. Sob essas condições, elas requerem um processo intenso de capacitação, fundamentado na motivação, na cooperação e na pesquisa, em que a utilização crítica da informação e das tecnologias, habilidades de pesquisa e comunicação são fundamentais para o exercício de ensinar, principalmente, para o professor da Educação a Distância. É observado, de que, existe uma afirmação que o ensino por meio de ambientes virtuais é uma forma de atrair o aluno à aprendizagem, pois trata-se de uma novidade e motiva o aluno ao saber, esgotou-se. Ao contrário do que afirma Perrenoud (2000, p. 137), os ambientes virtuais não são concorrentes do professor. Não é por sua capacidade de produzir espetáculos de luzes e sons que eles se transformaram em modalidades de ensino, mas é por terem um propósito, procurarem expor os conhecimentos de modo rápido, simples e intuitivo. Haja vista, de que, o professor que se insere no universo do ensino por meio de ambientes virtuais tem de estar capacitado para lidar com as aprendizagens permanentes, para a orientação dos alunos em um espaço de saber flutuante, destotalizado, de aprendizagens cooperativas e comunitárias; capaz de gerir o conhecimento a si próprio e ao outro e, sobretudo, saber ensinar a autonomia para o conhecer e o pensar (LÉVY, 1999, p. 171). Conhecedores, de que, ao longo dos processos de ensino-aprendizagem implantados em ambientes virtuais, que há um deslocamento do centro que emana conhecimento para o que transmite conhecimento. De acordo, com a informação, dito antes, a relação técnico-pedagógica não pode se estabelecer tendo como princípio a nau; ao contrário, o capitão não pode apenas se deixar levar por ela. Ele a conduz em meio ao mar do conhecimento. Isso significa dizer que o centro que emana o conhecimento e cria possibilidades de aprendizagens, ampliando a dialética entre saber e aprender, está na perspectiva humana do professor. Conforme Almeida, Ensinar em ambientes digitais e interativos de aprendizagem significa: organizar situações de aprendizagem, planejar e propor atividades; disponibilizar materiais de apoio com o uso de múltiplas mídias e linguagens; ter um professor que atue como mediador e orientador do aluno, procurando identificar suas representações de pensamento; fornecer informações relevantes, incentivar a busca de distintas fontes de informações e a realização de experimentações; provocar a reflexão sobre processos e produtos; favorecer a formalização de conceitos; propiciar a interaprendizagem e a aprendizagem significativa do aluno. (2008, p. 335).ologia Onde exista uma educação para a liberdade e emancipadora adquirida pela percepção de que as mudanças de paradigma não ocorrem apenas na perspectiva de uma educação inovadora, mas também na percepção de que, em si mesma, a educação é fruto, essencialmente, dos movimentos que ocorrem no domínio humano, isto é, da percepção da existência em si mesma como capacidade humana para gerar mudanças e transformações. Conhecedores, de que, as práticas l Conhecedores, de que, as práticas culturais internalizadas implicam a construção e a reconstrução das formas de ação no plano intersubjetivo do indivíduo, permitindo uma configuração contínua das apreensões e interpretações dos contextos e, por isso mesmo, tal indivíduo aprende a organizar os próprios processos mentais e suas ações diante dessa organização que em si mesmo são elaboradas. Assim, mergulhado em um contexto cultural e participante das práticas sociais, historicamente constituídas, o indivíduo vai dando unidade às experiências. De acordo, com Vygotsky, é pelo outro que o indivíduo elabora as relações com os objetos de conhecimento. Desse modo, a relação cognitiva é fundamentada no outro, em que, as ideias devem ser entendidas a partir da mediação da cultura e da interação entre indivíduos, ou seja, o meio é fonte de conhecimento e é condição para a constituição de si mesmo (PAIVA, 2002, p. 27). Dentre, os sistemas de signos têm a função de construir e internalizar a cultura, daí, pois, a importância em se perceber o contexto cultural em que se encontra o aluno. É implicado com isso, uma mudança de postura do professor, através das práticas culturais internalizadas implicam a construção e a reconstrução das formas de ação no plano intersubjetivo do indivíduo, permitindo uma configuração contínua das apreensões e interpretações dos contextos e, por isso mesmo, tal indivíduo aprende a organizar os próprios processos mentais e suas ações diante dessa organização que em si mesmo são elaboradas. Portanto, mergulhado em um contexto cultural e participante das práticas sociais, historicamente constituídas, o indivíduo vai dando unidade às experiências. Os sistemas de signos têm a função de construir e internalizar a cultura, daí, pois, a importância em se perceber o contexto cultural em que se encontra o aluno. Onde é implicado, uma mudança de postura do professor, pois quer necessariamente um repensar continuo da prática pedagógica no que se refere às relações existentes entre a aprendizagem escolar e desenvolvimento, à formação e desenvolvimento de conceitos, a importância da mediação na transmissão da cultura, ao papel dos conteúdos enquanto componentes do processo ensino-aprendizagem e no desenvolvimento do psiquismo humano. (PAIVA, 2002, p. 27). Com a evolução imediata do conhecimento exigem de todos um permanente processo de aprendizagem individual. Dentro dessa perspectiva, aprender e conhecer apenas não basta, é preciso então saber conhecer, que implica saber lidar com a informação, separando aquilo que é relevante daquilo que é irrelevante. É resultado, de que a formação do estudante, diante dos processos de aprendizagem, deve ter como uma das prioridades a própria perspectiva de que nem ele nem os professores se encerram na formação que objetivaram ou objetivam para si. Esse processo, antes de tudo, é contínuo e nunca está verdadeiramente acabado. Para o aluno, aprender é transformar as aprendizagens em conhecimento, o qual, por sua vez, deve ser socializado não apenas por meio de tarefas solicitadas, mas também com os pares. O Aprender é estar sempre na posição de "descobridor", tomando para si aquela curiosidade em aprender, por entender, por apropriar-se da cultura que se modifica e que se apresenta agora. Aprender é visar a uma autonomia e independência. Por isso, é fundamental que o aluno renuncie ao papel de receptor. O papel do aluno é assumir como ser que observa o mundo e a si mesmo. Conhecedor dos seus afetos, possuidor de uma mente e uma afetividade que questionam os sentidos do mundo e sentem em si as provocações do mundo. O aluno hoje é aquele que busca ajuda, seja no ciberespaço, nos livros, nas discussões, no pensamento, seja no professor (ALARCÃO, 2003).O desafio para o aluno, e também para Educação a Distância, é considerar essas características. Porém, o outro lado, elas são condições fundamentais ao sucesso do estudante. Por outro, é preciso uma pedagogia que oriente as finalidades da Educação a Distância para superar o enfoque tecnicista e que busque no conhecimento o processo de valoração humana, e não apenas pelo lado prático-utilitário. E, principalmente, que faça com que o aluno não se abandone à aprendizagem passiva, individualizada e solitária (BELLONI, 2006, p. 41-47). 4. A forma de metodologia e didática no ensino –aprendizagem com ambientes virtuais Entendedores, de que, o que foi posto até então, e percebe-se que a Educação a Distância não apenas requer para si um conjunto de metodologias e didáticas comuns também ao ensino convencional, mas requer também inovação de uns, revisão de outros e o acréscimo de tantos outros.Belloni (2006) menciona quatro áreas de competências, fundamentada na proposta de Blandin, em Formateur et formation multimédia, que apontam para uma reorientação da perspectiva metodológica e didática na Educação a Distância. São elas: i) cultura técnica, que exige domínio mínimo de técnicas de comunicação audiovisual e informática, os ambientes virtuais propriamente ditos; ii) comunicação, capacidade humana fundamental, não só porque a Educação a Distância requer, no seu exercício, a utilização e a difusão por meio de suportes comunicativos, mas porque a comunicação é a vela-mestra de todo processo de aproximação do aluno ao processo de ensino-aprendizagem; iii) metodologia e didática, que significa organizar situações de aprendizagem, planejar atividades, dispor de material de apoio, provocar reflexões constantes sobre os objetivos almejados, propiciar pesquisas e autoria de alunos e professores; iv) a tradução, que implica traduzir conhecimentos e experiências de modo que se possa aproveitá-los nos limites máximos dos objetivos circunscritos. 5. Como acontece a relação de Cultura técnica no ensino- aprendizagem Sabedores, de que, em uma análise do primeiro ponto da proposta de Belloni, foi percebido, que não basta apenas um conhecimento prático do uso dos ambientes virtuais. É preciso também estender esse domínio do ponto de vista pedagógico, ou seja, o que se espera para o desenvolvimento dessa competência é que ela favoreça as aprendizagens personalizadas e as aprendizagens coletivas. Tal dimensão abrange os muitos aspectos da relação técnico-pedagógica, que inclui a capacidade de seleção de ambientes virtuais, a elaboração de estratégias para o uso de tais ambientes, bem como uma noção dos melhores recursos desses ambientes à produção de materiais pedagógicos aplicados nesses meios.Todavia, destacam-se dois movimentos, do ponto de vista pedagógico, que são fundamentais à abordagem desse estudo para o desenvolvimento dessa competência na Educação a Distância. Primeiro, não basta ter um corpo técnico que codifica, formata e processa o conteúdo pedagógico nem ter um professor treinado para operar os ambientes virtuais. Foi preciso direcionar os recursos técnicos para as áreas de conhecimento específicas que se visa a ensinar.A utilização de ambientes virtuais na Educação a Distância requer a preparação de profissionais que possam implementar ambientes de ensino condizentes com as necessidades educacionais (ALMEIDA, 2003, p. 335), assim como a preparação de profissionais para implementar as necessidades educacionais nesses ambientes. Isso implica estruturar equipes interdisciplinares oriundas da educação, da comunicação e da ciência de computação que, juntas, devem pensar a gestão das condições de acesso e eficiência do processo pedagógico. Por um lado, tal movimento implica um conjunto de conhecimentos necessários oriundo das ciências cognitivas, epistemológicas, psicológicas, sociológicas (BELLONI, 2006, p. 88), que se aplica à medida que se fazem essenciais ao processo ensino-aprendizagem, e não à medida que os recursos tecnológicos permitam. Com relação , ao outro, implica ter um conjunto de conhecimento oriundo da ciência da computação que se aplica não pelos devaneios educacionais, mas pela eficiência em levar o processo de ensino-aprendizagem ao aluno por uma arquitetura informatiza prática, rápida e intuitiva. s pedagógicos (MO 5. Considerações finais No decorrer destes estudos e pesquisas diversas, procurou ser compreendido sobre a Educação a Distância exige uma pedagogia que não se deixe seduzir apenas pelo enfoque técnico, mas que tenha também uma preocupação com as relações metodológicas e didáticas. Com a Educação a Distância, em que se faz uso de ambientes virtuais, requer a compreensão de que os elementos comunicativos, temporais e espaciais são assíncronos e, portanto, requer a concepção de metodologias e didáticas que orientem o aluno para autonomia, autodisciplina e autodidatismo, assim como, para o professor, a percepção de uma mudança significativa no modo da compreensão o seu papel.Ao primeiro, a gestão do processo aprendizagem se insere em uma exigência que deve abandonar a postura passiva, receptiva e dependente. Têm fundamentos de que ele se assuma como construtor do próprio processo de conhecimento. Ao segundo, é fundamental que ele compreenda o processo de ensino, a partir de ambientes virtuais, como um universo que exige a disposição para o aprender junto, em que utilizar novos modelos comunicativos, aplicar metodologias e didáticas construídas a partir do conceito das comunidades cooperativas se tornam exigências emergentes nesse processo. No processo ensino-aprendizagem a inserção de ambientes virtuais deve ser feito a reflexão sobre a educação a outro nível de discussão. A partir dos que se referem às etapas de formação dos professores, o que implica inseri-los nesse contexto informacional e comunicativo que se adianta aos processos formativos, até aquelas que pensam e debatem as instâncias tecnológicas não apenas como elementos instrumentais para a educação, mas também como elemento cultural do homem contemporâneo.   REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS AMARILLA, Porfírio. Educação e a cultura da informática. Revista Eletrônica de Educação. UFSCAR, 2008. Disponível em . Acesso em 16/03/2008. ARANTES, Valéria A. Afetividade e Cognição: Rompendo a Dicotomia na educação In: OLIVEIRA, M. K; TRENTO, D.; REGO, T. (Orgs). Psicologia, Educação e as temáticas da vida contemporânea. São Paulo: Moderna, 2002. Disponível em ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos e escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003. Cap. 1, 2 e 4. 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