SILVA, Maria Oziane Pereira da¹.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: DIREITOS, CONCEPÇÕES E SENTIDOS.

INTRODUÇÃO

Nesta abordagem educativa destaca-se o processo que envolve a educação de jovens e adultos com base em seus direitos, concepções e sentidos. Gerando desse modo, uma discussão prévia sobre o panorama da educação básica no Brasil, principalmente a educação que visa resgatar para dentro de sala de aula, aqueles alunos que não tiveram a oportunidade de aprender na idade certa. Sob o prisma de alguns pedagogos e estudiosos da educação que dá suporte ao pleno exercício da cidadania.

O saber educativo é direito de todos, é garantido por lei, especificamente a LDBEN. Mas como será feito esse processo e que retornos qualitativos terá para nossa sociedade? Esta é uma das perguntas que faremos ao tratarmos de tal assunto. Que será bem desenvolvido com o auxílio das políticas governamentais do ensino público e eficaz no tratamento dado às necessidades do ensino/aprendizagem. Desenvolvendo com essa prática os dados estatísticos da escolarização no município, estado e país.

Concepções e sentidos é o que queremos obter em nosso sistema avaliativo como resposta aos fatores que implantamos no âmbito educativo. Uma educação que desde cedo esteja voltada para atender as demandas pedagógicas do ensino equalitário e não fragmentado, levando-se em conta os índices da evasão escolar e seus dilemas. O que se constata teoricamente nem sempre condiz com a prática aplicada.

Os sentidos da alfabetização nesse caso se resumiria a uma das utopias da modernidade que diz ser a educação um aspecto da vida humana e social representada e manifestada em sua tomada de consciência de valores e tradições culturais do fazer pedagógico. Inserido em uma ideia de reflexão do que seria esse conceito de educação.

Os objetivos, o que essa educação se propõe a fazer?

Podemos dizer que todo esse processo é feito com base em dados estatísticos IBGE) e teóricos de estudiosos como os estudos feitos pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas). Este projeto visa desenvolver esse programa da educação de jovens e adultos no Brasil distribuído por vários municípios, levando em conta as possibilidades de desempenho e evasão escolar. Diante do perfil do perfil das turmas alfabetizadoras e alfabetizadas. Sob forma de reflexão do perfil desse programa de educação. O que se constante na teoria condiz com a prática?

Essas são especulações que a cada ano o sistema educacional tenta explicar e desenvolver sua ação pedagógica. Tendo como pressupostos de atuação do programa alfabetização de jovens e adultos, o seu foco no projeto político pedagógico. Ao longo das últimas décadas, a alfabetização de jovens e adultos vem ganhando espaço nas políticas públicas de educação no Brasil, favorecidos pelo entendimento de que o aumento de escolaridade da população favorece o processo de desenvolvimento sustentável do país. Como reflexo desta preocupação, vem sendo articuladas ações de responsabilidade social de empresas, institutos e fundações empresariais, e principalmente, das organizações do terceiro setor com foco no atendimento educacional de jovens e adultos pouco ou não escolarizados, considerando a educação como um direito de todo cidadão.

Embora tenha-se conseguido, a partir dos anos 90, diminuir o número de analfabetos absolutos, ainda existe o desafio de alfabetizar cerca de 16 milhões de brasileiros ou mesmo 27,3% de jovens e adultos com mais de 15 anos e menos de quatro anos de escolaridade e que ainda não alcançaram um domínio suficiente de leitura e da escrita para plena inserção na sociedade, considerado como analfabetos funcionais. É com base neste contexto social que a alfabetização Solidária ( criada no governo Lula ) vem atuando desde 1997 em torno de cinco dimensões.

  • Atuação local – agindo no contexto social e cultural desse aluno;
  • Capacitação de alfabetizadores- pessoas da própria comunidade, agentes transformadores da formação social;
  • Parceria com Instituições de Ensino Superior (IES)- intercâmbio entre o saber constituído em bases acadêmicas e o conhecimento prévio do aluno;
  • Mobilização em torno do direito de jovens e adultos à escolarização contínua- essa mobilização se refere às prioridades do ensino fundamental e médio;
  • Avaliação- visa informar para a sociedade os resultados alcançados.

Esse processo de educação conta com a parceria de Instituição de Ensino Superior, empresas, governos municipais, estaduais, federal e pessoas físicas. O que resulta em um projeto Nacional de ensino que avalia os saberes e deficiências desses discentes, docentes e portanto desse planejamento das ações executadas nas atividades profissionais de ensino/aprendizagem.

Perfil dos alfabetizadores

Responsáveis diretos pela condução do programa em sala de aula, estes que, por sua vez, são selecionados na própria comunidade, processo que resulta na qualificação de pessoal para o sistema educacional e na expansão da rede formal de ensino, garantida pela capacitação recebida durante a execução do programa e pela prática em sala de aula. Esta proximidade do alfabetizador com a realidade é o que facilita o processo de ensino/aprendizagem.

Perfil dos alfabetizados

São pessoas que estiveram fora do ambiente escolar na idade certa, devido a alguns fatores de evasão, tais como: saúde, trabalho, transporte, familiares, escolares, dentre outros fatores. Estes foram os dados constatados em 2005, de açodo com a idade e o sexo. Aqui no Ceará a taxa de evasão, se comparada com a taxa de permanência é bem menor, visto a situação social e cultural de cada um, dentre outros fatores.

A educação de jovens e adultos e a educação na diversidade

A educação de jovens e adultos vem sofrendo mudanças significativas no seu estatuto legal, bem como, desenvolvimento de diferentes ações dos poderes públicos, com articulações em nível federal em deferentes ministérios e secretarias. As possibilidades de participação da sociedade civil nas discussões com o SECAD/MEC produziram algumas modificações significativas em algumas ações implementadas, que geraram a Agenda Territorial, na compreensão de que sem ações do ministério da educação teriam o mesmo efeito.

Art. 10. O sistema Nacional público de formação de professores deverá estabelecer políticas e ações específicas para a formação social e continuada de professores de educação básica de jovens e adultos, para professores de ensino regular que atuam com adolescentes, cujas idades extrapolam a relação idade-série desenvolvidas em estreita relação com o programa Universidade Aberta do Brasil(UAB), com as Universidade públicas e com os sistemas de ensino. (BRASIL,2010, p.04)

Outra inovação do governo em fins da primeira década do séc. XXI foi o lançamento do Programa Nacional do Livro Didático para Educação de Jovens e Adultos (PNLD-EJA), com o objetivo de avaliar, adquirir e distribuir boas obras para todos os alunos do ensino fundamental do sistema educacional público e do Programa Brasil Alfabetizado (PBA). Este programa inclui os anos iniciais e finais do ensino fundamental, distribuindo obras e coleções para alfabetizados das redes públicas de ensino do PBA.

Com base no texto da LDB/96, o referido Art. 37.  diz que: a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. A educação de jovens e adultos é um exercício pleno de cidadania, que por sua vez, tem uma função equalizadora das habilidades e competências adquiridas na educação extra escolar e na própria vida, possibilita um nível técnico e profissional mais qualificado. BRASIL, 2002, p. 10).

Os artigos 1º e 2º da LDBEN de 1996 fundamentam esta concepção enfatizando a educação como direito que se afirma independente do limite de idade. Neste sentido, é preciso buscar uma concepção mais ampla das dimensões tempo/espaço de aprendizagem, na qual educadores e educandos estabeleçam uma relação mais dinâmica com o entorno e com as suas questões, considerando que a juventude e a  vida adulta são também tempos de aprendizagem. A legislação vigente defende essa educação como sendo uma modalidade igual às demais modalidades de Educação Básica. Levando em consideração para sua oferta às necessidades e especificidades do público de direito.  Ainda existem dificuldades no reconhecimento e na implantação destes cursos nas redes públicas.

Educação, Diretrizes Curriculares para a educação de jovens e adultos asseguram o direito público subjetivo à educação, independentemente de idade, e concedem a necessidade, flexibilidade para organizar o ensino de acordo com as necessidades de aprendizagem dos jovens e adultos. P problema não está nas leis, mas na política educacional. ( DIPIERO,2005, P. 24).

Sabemos que a educação no Brasil não é uma das melhores do mundo, mas vem melhorando, segundo dados do IBGE.

Como está a educação de jovens e adultos hoje no Brasil (2013)?

O principal objetivo desta educação é de auxiliar cada indivíduo a tornar-se tudo aquilo que ele tem capacidade para ser. Cerca de 1,5 milhões de jovens e adultos devem ser alfabetizados em 2013. Estes são os dados colhidos pelo Ministério da Educação em relação a municípios e Estados que fazem parte do processo de adesão ao programa Brasil Alfabetizado. O diretor de políticas de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Muro Silva, afirma que maioria dos parceiros inscritos nesta edição é das regiões Nordeste e Norte, onde os índices de analfabetismo ainda são altos. Dados recentes em 2010(IBGE), mostram que a população com 15 anos ou mais totalizam cerca de 13,9 milhões considerados analfabetos.

Na região nordeste foi constatado os maiores índices de analfabetismo. Todos os recursos usados neste programa de ensino devem contar com o apoio dos órgãos competentes, que deverão aderir ao programa para receber recursos e o apoio técnico do MEC. Mais de 100 mil jovens e adultos vão cursar o ensino fundamental em 2013. Cerca de 122,9 mil estudantes entre 18 e 19 anos terão a oportunidade de concluir o ensino fundamental a partir do Programa Nacional de Inclusão de Jovens ( Projovem Urbano).

Este ano 15 Estados e 124 municípios aderiram ao programa: a reinserção no processo de escolarização; a identificação de oportunidades potenciais de trabalho e a capacitação para o mercado de trabalho, a participação dos jovens e adultos em ações coletivas de interesses públicos; a inclusão digital como instrumento de inserção produtiva e de comunicação; e a ampliação do acesso à cultura.

METODOLOGIA

A realização deste artigo se deu através de obras que abordam a temática aqui colocada, sites da internet e também foi realizada uma pesquisa de campo, em que foi aplicada uma entrevista com aplicação de algumas perguntas em duas turmas da EJA, na cidade de Ibiapina-ce, uma de ensino fundamental que funciona no SESC e outra de ensino médio que funciona em uma escola estadual. Todos os alunos que estavam presentes contribuíram para o desempenho da pesquisa, que abordou apenas perguntas básicas sem comprometer o ensino ou o andamento da turma. As perguntas apresentadas foram:

Professores:

  1. O que você acha do método Paulo Freire?
  2. Qual a importância de Paulo Freire na Educação de Jovens e Adultos?
  3. De que forma o professor deve atuar diante das dificuldades que o aluno enfrenta em seu contexto social?
  4. Quais as medidas tomadas para que os mesmos não venham se evadir do estudo?
  5.  De que forma ocorre o processo de aprendizagem dos alunos?

Respostas:

Professora 1(ensino fundamental):

  1. O método de Paulo Freire vem auxiliar os educadores em sua prática pedagógica diária. Utilizo o método em minha sala sim, com base em metodologia diversificada, tipologias textuais e relatos cotidianos.
  2. Paulo Freire vem contribuindo para a minimização do analfabetismo.
  3. Incentivando-o sobre suas capacidades de superar estas dificuldades.
  4. Incentivo por meio de aulas mais dinâmicas, metodologias com base no cotidiano, bingos, eventos culturais como bailes e aulas de campo.
  5. De maneira lenta, pois alguns têm dificuldades na leitura e na escrita, porém utilizo textos pequenos, jogos lúdicos que auxiliam o processo de aprendizagem.

Professora 2(ensino médio):

  1. O método Paulo Freire é magnífico, tive a oportunidade de estudar Paulo Freire em capacitações de jovens e adultos. Suas metodologias inovadoras como alfabetizar a partir da “interdisciplinaridade”.
  2. Ele foi ao meu ver, um dos maiores marcos da história na alfabetização de jovens e adultos desde a época da ditadura militar.
  3. Deve dar seu conteúdo de acordo com as necessidades do aluno, isto é, algo que eles tenham dificuldades de maneira clara e eficaz.
  4. Incentivo, aulas dinâmicas e atrativas estimulando o aluno que a aprendizagem e educação andam juntas, fazendo o aluno buscar uma educação de qualidade.
  5. Há várias formas de fazer este processo. Avaliando o aluno de diversas formas e o mais importante, formando cidadãos críticos para a sociedade.

Perguntas feitas aos alunos:

  1. 1.      Quais os motivos que o levaram a parar de estudar?
  • Muitas vezes as condições financeiras, levando os jovens às grandes cidades, daí surgindo as dificuldades, ou seja, o acesso à escola.
  • Casamento e filhos.
  • Por causa de ter me casado muito cedo, e ter meus filhos.
  • Motivo da chegada de meus filhos.
  • Casamento, filhos trabalho e também voltei a morar no sítio.
  • Casei, tive filhos e o marido não permitia que eu estudasse.
  • O nascimento do meu filho.
  • O casamento e as condições financeiras.
  • Casamento.
  • Existem vários motivos: um deles é terminar o ensino médio, fazer uma faculdade, ter bastante conhecimento e aprender realmente. O saber é algo que ninguém rouba.
  • Por causa dos filhos.
  • Casei logo e engravidei
  • No começo do ensino médio, tive muita dificuldade e logo depois engravidei.
  • O trabalho, que não dava para conciliar com os estudos, ou trabalhava ou estudava e também a chegada dos filhos.
  • Comecei a trabalhar muito cedo, o horário do serviço era muito puxado, então desisti mesmo porque estava ficando cansativo auxiliar trabalho, casa e estudo.
  • A falta de vontade.
  • Meus filhos, por não ter com quem deixar.
  • O trabalho e o tempo que era muito pouco.
  • Porque eu engravidei e surgiram as dificuldades.
  • Trabalho.
  • A falta de interesse. Eu trabalhava, chegava cansado, e cheguei ao ponto de decidir a não ir mais pra escola.
  • Ter que trabalhar, não porque minha família quisesse mas porque eu queria para poder comprar minhas coisas.
  • Os motivos foram vários, morava longe da escola e na época que casei tinha criança pequena e por isso desisti.
  • Aos maridos do passado que não aceitavam as esposas trabalharem ou estudarem.
  • Vários motivos me levaram a desistir ou ter parado de estudar, mas vou especificar um que foi o principal, as minhas filhas eram muito pequenas  e não tinha com quem deixá-las.
  • Casamento e filhos.
  • Casamento, família.
  • Casamento (marido).
  • O trabalho.
  • Os motivos são vários, mas vale citar um: trabalhar.
  • Na época, há 20 anos, foi falta de condições financeiras, pois não havia ensino médio por conta do Estado, só havia no colégio do Padre e das Irmãs e era particular.
  1. Quem apoiou a sua volta aos estudos?
  • O meu tempo que sobra do trabalho nesse momento.
  • Meus filhos, esposo e amigos.
  • As minhas filhas e meu marido.
  • Todos da minha família e a minha força de vontade.
  • Minha patroa.
  • Os meus filhos e minhas irmãs.
  • Minha família, principalmente meu filho mais velho.
  • Alguns companheiros.
  • Minha filha mais velha.
  • Todos da minha família, as pessoas sabem que estudar é a melhor atitude a ser tomada.
  • Sempre tive vontade de voltar a estudar.
  • Meu esposo e meus pais.
  • A minha esposa e os amigos do trabalho. A família e também a empresa na qual eu trabalho já estava exigindo mais estudo.
  • Primeiramente a minha força de vontade e segundo meu filho e meu marido.
  • Minha família e Deus me deram forças para dar continuidade aos estudos.
  • O meu esposo e meus filhos.
  • Meus amigos.
  • Meus pais me apoiaram muito para que eu voltasse a estudar
  • O esposo, e minha mãe também me deu conselhos pra eu voltar a estudar.
  • Marido.
  • Quem me apoiou foi minha família. Me deram a maior força.
  • Minha mãe e meu esposo.
  • Minha família.
  • Meus filhos e pais me apoiaram.
  • Meus pais.
  • Minha irmã e meu esposo.
  • Decisão própria.
  • Minha filha e meus amigos.
  • Meus pais.
  • No momento, minha filha.
  • Minha família, mais precisamente minha filha.
  1. Quais os objetivos após o término do ensino fundamental ou médio?
  • Fazer um concurso.
  • Conseguir um trabalho com carteira assinada.
  • Ter melhor desempenho e mais conhecimentos.
  • Enfrentar um vestibular.
  • Dar continuidade.
  • Tentar um vestibular e aí então quem sabe cursar uma faculdade.
  • Cursar uma faculdade.
  • Para obter melhores conhecimentos.
  • Ainda não sei.
  • Fazer uma faculdade.
  • Fazer vários cursos.
  • Fazer um curso e arrumar um emprego.
  • Quem sabe fazer um curso técnico ou uma faculdade.
  • Continuar, quem sabe até mesmo fazer uma faculdade.
  • Continuar com uma faculdade e cada vez mais me profissionalizar com os estudos para ter um trabalho mais bem remunerado.
  • Obter mai conhecimentos.
  • A faculdade e um trabalho.
  • Arrumar um bom trabalho.
  • Fazer vestibular e depois a faculdade.
  • Não sei.
  • Meu objetivo é cursar uma faculdade.
  • Eu queria muito fazer uma faculdade, quero muito poder continuar estudando.
  • Eu pretendo arranjar um trabalho digno.
  • Pretendo continuar os estudos e quem sabe me formar em enfermagem.
  • Ingressar em uma faculdade, pois é meu maior sonho.
  • Fazer cursos ou até uma faculdade.
  • Me formar em um curso superior.
  • Fazer uma faculdade.
  • Fazer uma faculdade.fazer vários cursos e cursar uma faculdade.
  • Terminar um curso e fazer uma prova de concurso; tentar arrumar um emprego.
  1. Quais as dificuldades encontradas ao voltar a estudar?
  • No momento nenhuma.
  • Nenhuma.
  • Conciliar trabalho, família e estudo.
  • Algumas coisa esquecidas, mais na matemática.
  • São várias dificuldades, são as lembranças das coisas, que não voltam mias, etc.
  • Deixar os filhos sozinhos em casa para estudar é um grande sacrifício, pois não tenho com quem deixá-los.
  • Muitas. É difícil ter que voltar a uma sala de aula, após 18 anos, mas pretendo seguir adiante.
  • Falta de tempo.
  • Cumprir horário.
  • São muitas responsabilidades.
  • Porque ter passado muitos anos sem estudar.
  • As dificuldades que tenho é porque eu tenho que deixar a minha filha com a minha sogra e também moro longe e fico muito cansada.
  • O tempo que nós passamos sem ver certas matérias e hoje tá muito mudado os método de ensino.
  • No começo tive medo mais agora está dando pra encara.
  • O conteúdo bem difícil e também a parte do horário que se torna cansativo.
  • Várias dificuldades.
  • Algumas matérias difíceis.
  • Nenhuma dificuldade.
  • Em se atualizar nas matérias jamais vistas.
  • Não tenho.
  • Minha maior dificuldade foi apenas o medo de começar a estudar e não me adaptar aos estudos de novo.
  • É só um pouco na matemática, pois estou achando o ensino bom.
  • Ainda são as mesmas dificuldades, mas eu senti necessidade do estudo em minha vida.
  • Muitas dificuldades, após anos parada no tempo, estou aprendendo de novo.
  • A falta de compreensão do meu esposo as vezes se torna minha maior dificuldade.
  • Ter que deixar minha filha com alguém responsável e de confiança.
  • Conciliar o tempo com trabalho e estudo.
  • Cansaço.
  • As disciplinas.
  • Dificuldade de ter a atenção que eu tinha antes.
  • Deixar filho pequeno em casa. E em relação ao estudo está muito mudado e por ter parado há algum tempo as matérias ficaram um pouco difíceis.
  •  
  1. Quais as mudanças no seu aspecto de vida após a volta aos estudos?
  • Um bom relacionamento com novas pessoas. O aumento de meus conhecimentos.
  • Melhorei minha alto estima, conheci novas pessoas e está sendo muito bom.
  • Tudo muda a vida fica muito mais fácil por que agente fica mais atualizado.
  • Estou achando muito bom, estou com mais amizades, estou mim entusiasmando mais porque sou muito tímida.
  • Clareza em tudo que ver, e sem dúvida a vida passa a melhorar.
  • Muitas mudanças. Estudando além de você ficar atualizado aprende coisas novas, conhece pessoas maravilhosas enfim é um grande salto.
  • Tudo fica muito complicado, mas é gostoso sentar novamente para estudar. Novos hábitos mudanças na sua vida pessoal e profissional.
  • Muito proveitoso.
  • Foram muitos, pois você conhece muitos colegas e volto a me sentir  capaz pra vários casos.
  • Houve várias mudanças, umas delas  o que eu aprendo eu posso passar para alguém.
  •  Conhecer pessoas e colegas que fez mais eu querer.
  • Muitos conhecimentos, é  mais uma experiência na minha vida muito importante.
  • Mudou muito como a gente conversa com as pessoas de uma forma melhor; estamos nos se atualizando.
  • As minhas mudanças forma está mais atenta e continuar prestando mais conhecimentos.
  • Menos tempo para a família, pois trabalho de 8 da manhã ás 6 da tarde, mas por outro lado me sinto muito feliz por está tendo conhecimentos novos.
  • Mais vontade de aprender.
  • O aprendizado de coisas que eu não sei ou esqueci
  • Mudou muito a pessoas fica muito mais esperta mais disposta para ler e escrever.
  • As mudanças são mais de aprendizado e de um futuro melhor.
  • Mais difícil.
  • Mudei bastante minha educação a leitura to muito bem informada to cada vez mais aprendendo com meus estudos.
  • As principais mudanças forma ter o prazer de dizer que estou terminado meus estudos agora posso preencher um formulário de emprego, pois antes sentia vergonha de colocar que não tinha terminado os estudos.
  • Me sinto mais valorizada e útil e muito mais feliz.
  • Houve muitas mudanças, uma delas é que sou novamente aluna.
  • Muitas mudanças ocorreram, tenho mais vontade de aprender e de me tornar cada vez melhor no meu estudo e no meu aspecto de vida.
  • Minha vida melhorou 100% e as expectativas são as melhores
  • De expectativa
  • Alto estima , melhor comunicação, novos amigos, melhor desempenho para o trabalho, novas conquistas.
  • Uma nova vida
  • Melhorou tudo até melhores amizades agente consegue
  • Mais conhecimento, porém por outro lado fica complicado porque tenho filho pequeno e fica tudo muito corrido

Das perguntas feitas aos alunos do ensino fundamental (EJA), concluiu-se que as dificuldades foram acarretadas devido a problemas financeiros, e ao fato, também de estes serem de idades acima de 50 anos. Aos problemas culturais familiares e a falta de acesso ao ambiente escolar na idade certa. Todas as entrevistadas eram mulheres e que o maior benefício de estudar para elas era a companhia, a inclusão, a vontade de aprender e prosseguir, apesar das críticas.

Já a turma do ensino médio mostrou-se bastante confiante e determinada, com a maioria jovens, entre 20 e 60 anos, é uma turma que se fundamenta na vontade de melhorar de vida a partir dos estudos, conseguir um bom emprego. O que se observou também é que como a maioria é jovem, as dificuldades e os problemas que acarretaram a evasão escolar foram a construção de famílias, tornando-se pais ou mães tiveram que abandonar os estudos, e agora voltaram com disposição e vontade de terminar e dar continuidade.

Considerações finais

Com a realização deste trabalho foi observado a finalidade da EJA, ensino de jovens e adultos no Brasil, diminuindo de maneira eficaz o analfabetismo e contribuindo para a geração de uma sociedade capaz de gerar seus próprios conceitos e de poder estar se inserindo com igualdade na busca pelos seus direitos como cidadãos.

Observou-se também as leis que regem este modelo de ensino e quais as suas especificidades, o que mudou na educação. Através de resultados colhidos por órgãos públicos ou não, a EJA veio contribuir para mudar o ensino dessa categoria para que assim fosse proporcionar melhor resultado. Já que é direito de todo cidadão ter acesso aos estudos, principalmente os que não puderam usufruir deste direito na idade correta. A educação no Brasil melhorou e o índice de analfabetismo diminuiu nos últimos anos. Fazendo com que este método de ensino seja valorizado e trabalhado com metodologias que favoreçam o sistema e as necessidades dos alunos de acordo com eu contexto.

A educação de jovens e adultos é um processo que deve ser analisado a partir do momento em que se refere ao uso e atribuições das leis que são destinadas a se cumprirem. As mudanças ou os modos de esta ser trabalhada e que dê assistência correta aos destinatários deve passar acompanhamentos, já que sabemos que a educação no Brasil tem suas falhas, essa parte não está imune às decadências e descumprimento do correto. Mesmo com tantas leis que garantem o ensino de qualidade a todos não se pode confiar no que se concretiza no papel. As leis têm que serem seguidas e trabalhadas de maneira correta e eficiente. O que não ocorre na maioria das vezes.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LAFIN, Maria Hermínia Lege Fernandes. Educação de Jovens e adultos e Educação na Diversidade. NUP-Núcleo de publicação de CED. Florianópolis, 2011.

MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Os Sentidos da Alfabetização. Editora UNESP. São Paulo, 2000.

Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos-ALFASOL Avaliação Finaç. Módulo XIX: alfabetização solidária. São Paulo, 2005.

Site: WWW.brasilescola.com/educacao/educacao-no-brasil.htm

Site: WWW.meuartigo.brasilescola.com>educação

Site: WWW.artigonal.com>educação

Site: WWW.brasil.gov.br/.../2013/.../cerca-de-1,5-milhão-jovens-e-adultos...

Site: www.brasilescola.gov.br

PARACER CEB 11/2000, In: SOARES, Leôncio. Diretrizes Curriculares Nacionais: Educação de jovens e adultos. Rio de Janeiro: DP e A, 2002.